Sempre Ao Seu Lado escrita por HR


Capítulo 12
Capítulo 12 - Início da verdade




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   Quando deitei, me senti até um pouco vitorioso. Aliás, havíamos vencido a guerra e eu, comemorava mais uma vez por ter vencido o coração de Elena.

    O outro dia amanheceu nublado, com cara de tempestade. O céu na verdade já amanheceu preto, parecendo noite, indicando algo ruim. E se existia coisa pior do que ver as pessoas levarem quem você mais ama, então que venha o que há de vir.

-Damon, acorda! Temos que ficar em posição! – sinto George  me chacoalhando.

-Hei! Calma! Já acordei! – resmunguei.

      Desci as escadas do beliche ainda sonolento, botei minha armadura, ainda sentindo o curativo de Chantai. Saí do depósito e me enfileirei ao lado dos outros, para mais um dia de treinamento que eu distinguia inútil. Mas eu estava enganado, não era para o treinamento. Elena passava por nós ao lado do rei e a rainha, indo em direção à charrete que os espera.

-Vejam só meus caros! Isso poderia não estar acontecendo, mas está. Esta mulher está grávida de um soldado – Percebi os soldados se perguntarem um para os outros quem havia sido. Pois somente George e Fred sabiam da nossa relação. – Preciso citar o seu nome? – Vi o rei me encarar.

        Desviei o olhar, olhei para Elena que estava segurando suas lágrimas. Caroline chegara mais tarde, sendo a primeira a entrar na charrete. A rainha obrigou Elena a entrar logo depois e assim ela fez. Agora eu não a via mais.

-Você sabe quem é? – perguntou um dos homens que eu nunca havia falado, para mim.

      Não respondi. Já era ridícula essa situação. Engravidei Elena, e então eu acho que isso deveria ser algo que tivesse que ser resolvido entre mim e ela. Mas não, as pessoas dizem como se aquilo fosse uma calamidade. Deus! Quando isso vai acabar?!

-Alguém tem algo pra falar? – o rei ainda me encarava.

-Creio que não. – falei encarando-o também.

-Então que assim seja. – ele sorriu.

      Uma governanta entrou na charrete e logo ela partiu, levando consigo tudo o que me importava. O rei e a rainha olharam para os soldados e mandaram-nos começar o treinamento. Depois, entraram no castelo e nós fomos em direção ao campo, onde havia uma pouco de sangue ainda, mas ficando com uma coloração preta pelo fato da manhã estar negra.

-Hei você que é Damon Salvatore? – alguém perguntou e eu me virei.

-Sou eu sim, por quê? – franzi a testa.

-Até que enfim te achei. – Ele sorriu e bateu na minha cabeça com um pedaço de troco, me fazendo desmaiar.

Acordei amarrado, sem camisa e somente de cueca, de frente para o trono do rei Arthur. Ele estava me encarando feio, como antes. Me olhei de cima a baixo, tentando me soltar das correntes que estavam em mim, que me agoniavam. Tentei me levantar, mas logo um soldadinho de chumbo imbecil me jogou no chão novamente,  me fazendo cair de cara no chão. Ele me levantou bruscamente e me deixou de frente com o rei.

-O que vocês querem comigo?! – perguntei já revoltado.

-Todos que engravidam mulheres neste lugar, merecem um pouco de dor. – ele sorriu.

-Ah, claro. Faz o maior sentido. – resmunguei. – Vocês não acham que cada um devia cuidar do seu nariz? Eu dormi com Elena sim, eu assumo. Você já dormiu com a rainha e teve Henry, não vejo problema nenhum!

       Ergo as sobrancelhas e vejo sua cara se fechar, e logo estralar os dedos. Um segundo depois, senti algo bater com força nas minhas costas, me fazendo berrar. Senti algo quente escorrendo pelas minhas costas, provavelmente sangue. O rei se aproximou de mim.

-Como você ainda ousa falar nesse tom comigo? – ele me encarou. Abri a boca para lhe responder. – Não fale! Somente ouça!

-Como o senhor quiser. – Senti novamente baterem com um chicote em mim. – Caramba! – Senti novamente. – Tudo bem! eu calo a boca.

-Ótimo. – ele ergueu as sobrancelhas. – Primeiramente, sabem por que estão aqui? - Fiquei somente olhando-o. - Agora pode falar! – ele revirou os olhos.

-Ah, tá. Obrigado. – Olhei-o incrédulo. – Não, eu não sei Mr. Been. Por quê?

-Porque eu precisava de novos soldados para a guerra. Mas vejo que você não ajudou muito.

-Por que me escolheu então?

-Porque você é forte, ágil, e esperto. – Ele fez uma pausa, e continuou rapidamente. – Até certo ponto, claro.

-Obrigado pelos elogios, mas passa pra parte que me interessa, por favor.

-Tudo bem. Quer saber por que não é mais vampiro, certo? – ele sorri como vantagem.

-Como você sabe sobre vampiros?

-Bom, vamos começar pelo começo... - Ele caminha com a sua bengala de ouro, olhando para os ares pensativo, procurando um jeito de começar a história toda na qual eu me interesso.


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