Ao sair avistei uma carruagem extremamente charmosa e elegante. Era a carruagem real. Vocês devem estar se perguntando: Como ela pode descrever uma carruagem dessa maneira tão estranha? Nunca viu nenhuma não? Na verdade, não.

Embora tenha nascido e crescido em Konoha, nunca fui muito de sair alem das terras dos meus pais. Lembro-me de ter visto uma carruagem real apenas uma vez na vida quando disseram que o príncipe esta voltando de seus estudos no exterior pra assumir o  trono já que o rei tinha falecido. Isso foi a uns 3 ou 4 anos atrás. De qualquer modo, eu nunca mais depois ou antes disso, tinha visto uma carruagem tão linda.

- Milady. _ Disse o cocheiro abrindo a porta para que eu entrasse.

Estendi a mão aceitando a ajuda que ele me ofereceu para subir. Quando estava lá dentro, muitas coisas começaram a se passar em minha mente. Por exemplo agora mesmo com a divida paga, não poderei voltar pra junto de meus pais, porem, tinha um destino incerto no castelo real. Mais duas coisas vinham a minha memória a cada minuto. A primeira era a imagem de um menininho que costumava brincar comigo quando éramos pequenos. Lembro-me de uma vez que estamos brincando e minha irmã Moegi acordou. Como minha mãe estava ocupada, foi pegar ela pra fazê-la parar de chorar. O menino me olhou com a minha irmã no colo e começou a fazer caretas pra ela. Logo ela parou de chorar e começou a brincar com ele. Disse que ele tinha jeito com crianças e ele me disse que estava treinando para quando tivéssemos nossos filhos. Não preciso dizer que fiquei corada e dei um belo tapa na nuca dele.  Ele começou a dar uma risada estridente que me deixou mais nervosa. Não sei por que me lembro disso. Pensei que era por conta da saudade que sentia de Moegi mais, de tantas lembranças, por que tinha que vir logo essa?

A segunda era de uma lei que se aplicava a mim. Uma lei muito antiga que dizia que, se um nobre olhasse nos olhos de uma dama, não importasse a classe dela, esta deveria pertencer a ele  até que ele escolhesse o que deveria ser feito dela. Diz uma lenda que essa lei foi criada por conta de um príncipe que desejava muito uma certa aldeã mais o pai desta não a queria conceder por que a havia prometido a um lorde. O rei cansou- se das lastimas do filho e reuniu o povo para o anuncio de uma nova lei. Ordenou que a jovem fosse deixada próximo ao príncipe e que esse agisse conforme a lei assim que ela fosse lida. Assim se criou essa lei e o príncipe conseguiu a jovem que tanto desejava. Não sei se lembram mais o príncipe me olhou nos olhos quando tirou minha venda. Pois é. Agora estou a mercê dele até que ele descida o que vai fazer comigo.

Chegando ao palácio, fui conduzida por criados a uma sala. Tenho que dizer que nunca vi nada igual. Acho que agora vocês devem estar dizendo: Que novidade! Primeiro a carruagem e agora uma sala. Mais a sala era mesmo muito bonita. Tinha um piano cujo matéria de que era feito parecia ser extremamente luxuoso e brilhante. Sua madeira parecia luzir mais ainda sob a luz de velas como vou descrever mais tarde. A sob lareira tinha um algumas flores em vasos e obvio uma pintura de sua majestade o rei acompanhado de sua majestade a rainha. Mais uma vez, o ver aquele quadro, a imagem daquele pequeno garotinho me veio à mente. Não sei por que mais, o rei me lembrava ele. Devo estar ficando louca ou coisa do tipo. Os sofás e as poltronas eram macios como se fosse um gramado recém nascido. Ao me sentar em um deles, afundei. Aquilo era tão relaxante!

- Com licença senhora. _ Ouso uma voz mais não faço caso. – senhora! _ será que é comigo? Mais eu não casada ainda pra ser senhora.

- Desculpem-me! Esta falando comigo? _ digo olhando pra duas servas que estão paradas a minha frente. Uma balança a cabeça confirmando. Ela tinha longos cabelos negros e olhos cinzas. Era muito bonita. A Outra era loira e tinha os cabelos loiros e olhos azuis. Parecia bem impaciente. – eu não sou senhora. Sou senhorita.

- Tanto faz. _ responde a loira. – Logo se casara com o príncipe e será a senhora da casa e rainha. _ Diz a loira de modo simples.

Pra mim não era nada tão simples assim. Não imaginava, ou não queria imaginar, que as coisas estivessem assim tão serias. A morena logo parece perceber que existe algo me incomodado.

- Tudo bem senhorita? Precisa de algo?

- O que vocês fazem aqui? _ Tudo bem não pareci muito educada. Mais não sabia quem eram elas. Ainda estava na defensiva desde que sai da casa do Orotimaru.

- Eu sou a Ino. E ela é a Hinata. Somos suas servas. Estamos aqui pra te servir. Mais se não quiser, eu volto pra cozinha e para meus chocolates.

- Posso ir com você? _ acho que pela minha pergunta, Essa tal de Ino percebeu que eu estava meio perdida ali. Que na verdade, eu nem imaginava ou tinha digerido aquele dia.

- Seria melhor trazermos aqui pra senhorita. _ fala Hinata.

- Se ela quer ir melhor! Não temos que ficar andando pra lá e para cá. _ Ino como sempre muito pratica, pra não dizer, preguiçosa.  Logo, ela me arrasta ate a cozinha onde varias cozinheiras se assusta com minha entrada.

- A Lady quer chocolate. _ grita Ino. Logo varias delas aparecem com bandejas e mais bandejas de chocolates. Confesso que me senti ótima ao ver tudo aquilo.

- Ela não deve comer tanto. _ fala Hinata. – Se Naruto-kun a ver assim, vai ficar nervoso com a gente.

O que ela disse?

- Você disse o que? Quem vai me ver assim?

- D..des.. Desculpe! _ Ela se curva. – Sei que não deveria chamá-lo assim mais nos crescemos juntos e...

- Não me refiro à maneira que o chamou. Refiro-me ao nome que dele. Qual é o nome dele?

- Você não sabe? Em que planeta vive? _ me pergunta Ino. – Como não sabe o nome do seu futuro rei e de seu noivo?

- Eu sempre me mantive ocupada nos vinhedos da minha família.

- Percebesse. Olha só suas roupas. Olha suas mãos. São tão rústicas. _ Comenta Ino.

- Ino! _ repreende Hinata. – Não deveria falar assim com ela.

- Vocês ainda não me responderam. Como se chama o príncipe?

- Uzumaki Naruto! Esse é o nome do seu noivo.

De imediato tudo fez sentido. O nome do meu amigo de infância e o príncipe era um só. Por isso ele não saia da minha mente.  Aqueles olhos e a voz que me ressuscitaram memórias antes perdidas em minha mente do meu amigo perdido agora estavam mais presentes do que nunca.

- Tenho que vê-lo. _ disse dando um pulo de onde estava sentada.

- Calma ai! Embora ele já tenha chegado você só poderá vê-lo quando ele o chamar.  É a lei. _ Retruca Hinata.

- Não me importa! Tenho que vê-lo imediatamente.

- Pra quem não sabia o nome do príncipe, você esta bem apressadinha. Não se preocupe, depois do casamento, o verá todo dia.

- Ino! _ Fala Hinata vermelha.

- Por que você não sai do meu pé? _ perguntei já nervosa. Aquela Ino estava começando a me dar nos nervos.

- Não podemos! Somos suas servas. _ respondeu Hinata.

Servas? Eu agora tenho servas? Interessante. Se elas são minhas servas, pelo menos por um tempo, tem que fazerem o que eu mando certo?

- Bem, tenho uma ordem pra vocês.

- Obrigada Hinata. Não podia esperar mais tempo pra dar por a corrente em nossos pescoços. _Ino como sempre.

- Quero que vão imediatamente colher flores para mim.

- Colher flores?? _ perguntaram as duas.

- Sim! Flores de sakura! Quero que tenha arranjos de flores de sakura por toda a sala real.

- Está atrasada. Desde que Naruto assumiu os deveres reais, tem flores de sakura por toda sala do trono. _ responde Ino sorrindo desdenhosamente.

- Tem é? _Tudo bem ela ainda não me venceu. – E por que não tem naquela salinha onde estávamos?

- Por que ninguém vai lá desde que o rei morreu. _ me explica Hinata. – Quando toda família real estava viva, todos os dias eles se reunião no fim do dia naquela sala. Depois da morte do rei, Naruto-kun nunca mais entrou naquela sala. Você só foi levada pra lá por que não sabíamos ainda o que o príncipe pretendia com você.  Mais assim que ficaram claras as intenções do príncipe com você, nos fomos até você pra satisfazer seus desejos ate que arrumássemos seus aposentos.

- E o que o príncipe pretende comigo? _ eu sei que foi uma pergunta meio sem sentido, mais precisava fazer pra ter certeza do meu futuro.

- Se você será a rainha, o que acha que ele quer? _ Ino foi bem sarcástica ao e dizer isso.  Acho que ela não estava me levando muito a serio ou me achava um baka. Afinal, como futura rainha eu poderia muito bem puni-la severamente por seus sarcasmos comigo.

- O que estão esperando? Vão buscar minhas flores.

- Sim senhora! _ Fala Hinata e sai puxando Ino.

Obvio que eu queria me livra das duas. Pareciam mais uma escolta pra dentro de casa do que minhas servas. Eu disse casa? Essa não é minha casa. Estou aqui temporariamente e devo corrigir isso imediatamente.

Esperei um tempo depois que elas saíram pra ir procurar a tal sala do trono. Juro que se tivesse alguém vendendo um mapa de turismo eu daria de tudo pra conseguir um. Esse lugar além de magnífico e soberbo era enorme. Aposto que nem que eu andasse o dia inteiro iria conseguir conhecer tudo.

Andei, andei e andei, e nada. Ate mesmo encontrei Hinata e Ino voltando de seu serviço de colher flores. Sorte a minha ter ouvido a voz delas antes delas me verem e ter dado tempo de me esconder se não eu tava frita. Mais algo não me agradou muito nessa historia delas.

- Francamente Ino. Como pode pensar assim da lady Sakura?

- Por favor, Hinata, não seja inocente. É claro que ela não passa de mais uma dessas moças interesseiras que só estão atrás do Naruto pra se tornar uma rainha. Tenho certeza que ela esta de acordo com as Ordens de Sasuke e Orotimaru. Eles fariam tudo pelo trono.

- Mais Naruto a salvou de lá e salvo as terras dos pais dela. Por que ela faria isso?

- Por dinheiro! Por que mais?

Elas seguiram caminho e logo depois sai de meu esconderijo: Atrás de uma armadura. A conversa das duas me fez ver o verdadeiro motivo de Naruto ter me ajudado: provocar seus inimigos Orotimaru e Sasuke. Mais eu queria fazer parte dos seus jogos de cão e gatos com eles. Eu quero, e vou conseguir voltar pra minha casa.