Revogar:1. >Tornar nulo. 2. >Tirar o efeito a, fazer que deixe de vigorar.

Eu me debatia e tentava de todos os modos possíveis me livrar daqueles bruta montes mau educados mais não tinha jeito. Quanto mais eu tentava fugir, mais forte eles apertavam meu braço e mais doía. Meus pais imploravam tempo e lutavam também pra eles me soltasse.

Perdão! Que palavra mais pesada que se concedesse trazia enorme leveza pra quem a pedia. Acho que não me apresentei a vocês. Sou Haruno Sakura e tenho 18 anos. Como podem ver, estou contando minha história para que vocês assim como eu, aprendem que a vida pode dar voltas que a gente nem imagina. Se você está se perguntando de onde conhece meu sobrenome, quer dizer que você, assim como muitos, também aprecia um bom vinho. Isso mesmo! Sou filha de Dom. Haruno, dono do melhor vinhedo que se conheceu até anos atrás.

Mas como disse, isso foram anos atrás. Alguém que ainda não sabemos andou sabotando nossas safras por colocar enxofre em nossas terras. As nossas reservas são vendidas agora unicamente ao palácio, mas mesmo assim, não temos muito dinheiro pra manter as terras. Demoramos cerca de 3 anos pra limpar nossas terras e tivemos que esperar mais dois pra que elas se recuperasse totalmente. Para que pudéssemos recomeçar, meu pai pegou dinheiro emprestado com um lorde que cobra juros altíssimos. Mas como com a recuperação das terras e dos vinhedos poderíamos devolver tudo no prazo, não nos preocupamos muito.  Mas não esperávamos que uma tempestade acabasse com todos os nossos sonhos. Meu pai se lamentou muito por que queria usar a terra para meu dote. Mais agora, elas teriam de passar pras mãos do Lorde que nos emprestou dinheiro para que quitássemos nossas dividas e nos ficaríamos sem um lar.

Mais não esperávamos o que realmente acontece. O Lorde sei- lá- o- que não quis as terras do meu clã como pagamento. Ele quis a mim! Da pra acreditar? Meus pais assim como eu tentavam se soltar pra me ajudar a fugir daqueles trogloditas mais não conseguiam. Eles me colocaram dentro de uma carroça com barras de aço como se eu fosse uma prisioneira condenada por roubo ou algo parecido. Eu fiquei em pânico. Meu coração parecia que ia sair pela boca a cada centímetro que aquela carroça desconfortável e suja percorria. Sem contar que eu não era à única lá. Mais era a única mulher. Fora o desconforto e o medo do que vinha a seguir, fiquei com medo da maneira como aqueles ladrões me olhavam.

Chegamos ao castelo do tal lorde e logo tamparam meus olhos. Por que fizeram isso? Simples! Existia uma lei a mais de dois séculos que dizia que, se um nobre olhasse fundo nos olhos de uma garota, ele deveria assumi-la como concubina, serva ou esposa. Muitos faziam isso pra forçar uma garota a ser sua concubina. Era uma lei fria e sem nexo, mas o que poderíamos fazer se ela existia? Somente um rei ou uma rainha poderia revogá-la.

Bem, voltando a minha historia, fui levada a um salão, pelo menos era o que parecia, onde escutei conversas que pararam assim que entrei.

- Essa é a jovem Haruno? _ perguntou um homem que pela voz, tinha mais ou menos uns 30 anos.

- Sim Sr. Ela está aqui como o Sr. Pediu lorde Orotimaru. _ respondeu o carrasco que me empurrava onde queria que eu fosse. Peraí? Lorde Orotimaru? Era esse o Noé do lorde que tinha emprestado o dinheiro para meu pai.

- Ela lhe agrada? _ perguntou Orotimaru.

- Com licença Sr. _ Interrompi eu. Afinal, era meu futuro que estava em jogo ali não era? Não acharam que eu iria ficar calada? – Gostaria de agradecer primeiramente pelo Sr. Nos ter emprestado o dinheiro. Mais até onde eu saiba, e eu sei exatamente o que foi combinado, eu não fazia do acordo.

- Quem se importa com isso? _ Eu que vos falo não conta? – Você apenas tem que ficar quieta e obedecer às ordens. Afinal, agora não é mais que uma serva. _ Ok! Ele estava me dando nos nervos.

- Ela é irritante. Não tinha nada melhor? _ quem esse outro pensa que é?

- Ora Sasuke, ela é da sua idade e é bonita. Acredito da pra pro gasto. _ Dá pro gasto? Deixa só eu me ver livre dessas cordas.

- As terras e a moça. Acha que poderíamos ter ganhado algo melhor?  Não importa o que diga. Recebemos bem mais do que pensamos.

- As terras? Mais não sou eu o pagamento por essas terras? Não podem tirar tudo dos meus pais. As os vinhedos são tudo o que eles têm. _ Eu não podia escutar aquilo e ficar quieta. Meus pais já tinham me perdido. Ficar sem mim e sem os vinhedos seria muito pra eles. Já tinha sido um golpe muito forte perder minha irmã. E agora mais isso.

- Não acha que vale tanto assim acha? Deveria reconsiderar seu valor e se por em seu lugar. _ Aquele chato que parecia ser mais novo que o Lorde estava começando a me dar nos nervos também.

- Isso são modos de lidar com uma dama Sasuke? _ Ouvi uma voz diferente e pelo que deu pra perceber um pouco nervosa. Que ótimo! Mais um idiota! – Nunca te ensinaram que deve tratar bem uma dama?

- Ela é uma serva! _ Respondeu o tal do Sasuke.

- E isso faz diferença? Ela ainda é uma dama a meu ver. _ Tai! Gostei desse outro. Sem que eu esperasse, me fizeram me curvar.

- Não seja tão dura Majestade. _ Opa! Majestade?  O príncipe esta aqui?  

- Não me importa que seja! Só tratem uma dama como deve ser tratada.

- Majestade por favor, gostaria de te pedir ajuda...

- Cale-se! _ A ta! Só por que você quer seu filhinho do papai.

- Sasuke! Deixe-a falar. Quem é você? _ Ótimo! Tinha a atenção do príncipe.

- Senhor eu...

- Não deveria perder tempo com a criada majestade. Levem-na daqui. Acredito que tenha vindo por outro motivo Senhor.

- Não me larga! _ Eu gritava enquanto tentava me soltar.

- Soltem-na! _Ordenou o príncipe. – Quero ouvi-la. Mais antes, vim saber por que disseram que as terras dos Haruno agora são suas. Tenho que me preocupar com a qualidade do vinho?

- Não majestade.

- Sim majestade! _ Gritei eu. Meu momento havia acabado de chegar. – Somente meu pai sabe fazer um vinho sem igual.

- É a filha dos Haruno?

- Sim majestade sou. Meu pai pegou um empréstimo do Lorde Orotimaru mais como não pudemos pagar no tempo previsto, eles nos cobraram mais do que deveríamos e nos tiraram os campos e afastaram a nossa família.

- O que pretende fazer com os campos dos Haruno Orotimaru?

- Continuar com os vinhedos. _ Responde Orotimaru.

- E quem os vai cultivar? Você nunca lidou com isso. Quando vamos ter de novo um vinho de boa qualidade?

- Não vão! Somente minha família sabe como fazer um bom vinho senhor. _ Vocês podem estar achando que estou sendo dramática não é? Mesmo que não acreditem, isso é a mais pura verdade. Os vinhos dos Haruno não eram conhecidos em vão. Poderiam até ser caros mais o gosto e a qualidade deles era conhecidos por todos já que não havia mais ninguém que tivesse vinhos tão bons. E o segredo desse vinho passava de geração a geração. È isso! – Sua majestade, lorde Orotimaru nunca vai conseguir uma qualidade tão boa de vinhos como a minha família faz por que o segredo dessa qualidade passa de geração a geração. Ou seja, tirando meus pais, somente eu sei o que os torna tão bons, e não pretendo revelar tal segredo tão intimo ao meu senhor nem que dependa de minha vida. _ Falei bonito não?

- Você agora é nossa serva. Não precisa revelá-lo. Ira fazê-lo para nos. _ falou o da voz metida. Estou detestando cada minuto mais esse tal de Sasuke.

- Ela não o fará! _ Falou o príncipe com certeza em sua voz e certo grau de autoridade.   – Quando o reino precisou de ajuda a uns anos atrás, os Haruno de muita boa vontade nos ajudaram financeiramente sem pedir nada em troca. Temos uma divida para com eles e você Orotimaru, tem uma divida para com meu pai. Ele nunca a cobrou mais sei que se a tivesse cobrado, não só teria perdido tudo como seu titulo e seu nome teria sido jogado na lama. Entretanto como seu filho, eu posso fazer isso.  _ Viva ao Príncipe! Pisa, esmaga, contorce.... _ Mais também não o farei. _ O que?  - Entretanto, lhe ofereço 1/3 dos meus laranjais pela terra dos Haruno. Sabe que isso dará muito mais do que as terras valem ou do que eles lhe devem.

  - Nós não precisamos de sua compai...

- Obrigado majestade. Embora ache que o senhor fez um mal negocio.  _ Lorde Orotimaru corta o Sasuke. Acho que se ele não tivesse feito isso, o príncipe teria tido uma discussão feia com o metidinho.

- Disso cuido eu.  _ respondeu o príncipe.

- Obrigado majestade. _ Eu disse me curvando. Divida paga, Posso voltar a minha casa.

- Mais a garota ainda é nossa pelos contratempos que nos causaram. _ Lorde Orotimaru só poderia estar brincando.

- Ofereço mais um terço pra que ela seja minha.

- Toda sua majestade.

Como assim “Ofereço mais um terço pra que ela seja minha?” O que está acontecendo? A divida foi paga não tenho minha liberdade não?

- Não se preocupe! _ Escuto o príncipe sussurrar no meu ouvido. – Ficara tudo bem.

Depois dessas palavras, sinto uma mão quente em meu rosto. Tiram minha venda e eu vejo tudo azul da cor do céu. Meus olhos ainda estavam se acostumando com a luz quando o azul se afastou e pude notar que na verdade, o céu que eu via era os olhos do príncipe.

- Levem-na ao palácio! Vou dar as novas para os Haruno.

- Majestade deixe-me ir com você. _ Pedi quando pude vê-lo. Mais só o vi de costas, pois ele estava atravessado da porta e não se virou pra me responder.

- Melhor descansar milady. _ Foi à única coisa que ele me respondeu antes de sair.

Antes de ser conduzida a carruagem real, dei uma boa olhada a minha volta. Pude ver um homem pálido com olhos de serpente me olhar de maneira tão fria que vez meu corpo congelar de medo. Logo lembrei das palavras de meu pai ao dizer que lorde Orotimaru era tão frio e amedrontador que parecia uma serpente pronta pra atacar. Logo, conclui que ele era Orotimaru. Em seguida, vi um jovem de bela aparência, cabelos bagunçados e olhos cor de ônix olhando para mim de maneira nervosa. Embora ele fosse extremamente bonito e não posso negar que mesmo com aquela aparência ele fosse sedutor,  logo conclui que ele fosse o metido e ridículo Sasuke.

- Não comemore ainda sua vitoria garota irritante. _ Disse ele antes de sair da sala.

Eu simplesmente ergui a cabeça e sai da sala acompanhada pelos guardas reais que haviam ficado ao meu lado.