Fake Smile escrita por Isadora Pacheco


Capítulo 3
Capítulo 3




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Eu com certeza seria morto agora. Apenas um milagre iria me salvar agora. Ela levantava sua foice no ar e eu me encolhia, com 3 centímetros de distância do meu rosto, ela parou. Acho que nunca fiquei tão feliz na minha vida! Seus olhos ficaram azuis e sua foice desapareceu.

-Y-Yukki, você...

-Oh, não! Vocês estão bem?! – Ela abria a mochila e pegava as rosas que estava usando ontem na sua casa. – Desculpem-me...eu fiz isso de novo. Por favor, me perdoem! – Uma pétala caia de uma das rosas e ela dava um grito de dor sem explicação, ninguém havia batido nela.

-Y-Yukki, você está... – Eu tentei chegar perto dela.

-NÃO TOQUE EM MIM, SEU VADIO! – Gritou me encarando com o olhar mais furioso que podia. Eu me afastei um pouco dela, seu rosto se acalmou e ela voltou a fitar as rosa, as pegando com cuidado e as guardando na mochila. Seus olhos estavam mais brilhantes que o comum, estava claro que ela iria...chorar?

-Desculpe, Daichi! – Disse passando as mãos no rosto na expectativa que não iria ver ela chorar, sua voz estava rouca. – Eu sou um ser desprezível! Como eu pude, como eu pude fazer essas coisas com pessoas com qual não passei nem um dia? Eu sou um monstro, eu sou...

Sem pensar duas vezes, á abracei de leve para não assusta-la, eu não gostava de Yukki principalmente de quase me matar mas ver ela chorando daquele jeito me deixava muito triste, se pensar bem, ela sofreu no passado e estava sofrendo de novo, mas não sabia com o que então não podia ajuda-la muito. Mas fiz o que pude. Enquanto a abraçava, pude sentir lágrimas quentes em meu ombro, de repente me toquei que provavelmente ela não gosta desse tipo de coisa então a soltei para ela me dar um bronca logo de uma vez.

-Não, por favor fique! Está bom! – Disse enquanto me puxava e me abraçava novamente. Estava bem claro que para ela fazer isso, ela estava realmente mal. Mas eu ignorei e a abracei novamente e ficamos lá em um profundo silêncio e com o cheiro de sangue aumentando cada vez mais.

-Ok, já chega. – Disse me empurrando de leve com o rosto virado para o lado.

-Já está melhor?

-Estaria melhor sem você se metendo na minha vida. – Agora ela havia voltado ao seu estado normal.

-Mas então...pode me explicar o que é isso? – Apontei para as suas mãos cobertas de sangue

-E se eu não quiser explicar? – Disse com o tom mais frio que podia.

-Vou ter pesadelos, serve? – Sinto que vi um pequeno riso vindo de sua boca.

-Pode ser amanhã? – Falou dessa vez olhando para mim.

-Ahn...se você quiser.

-Está bem. – Disse enquanto pegava um lenço e limpava suas mãos e sua boca ambos cobertos de sangue, logo depois pegava um casaco e o vestia. – Se fosse você, faria o mesmo.

-Hein? Por que? – Ela apontou para a minha camisa que estava com o sangue de quando nos abraçamos. Eu peguei um casaco que minha mãe havia me obrigado a levar e o vesti, quem diria que ele seria útil?

-Bom, já vou indo. – Disse andando para fora naquela rua

-Nos vemos amanhã? – Ela parou

-Talvez... – E continuou a seguir seu caminho e logo desaparecia. Seguindo o seu exemplo, eu também sai de lá, e sinceramente, estava com medo. Não se via isso todo dia principalmente de uma garota que você conhece há dois dias.

Felizmente, meus amigos já tinham voltado para casa então não teria que dar satisfação há eles. Fui para a minha casa direto ao meu quarto e lá liguei o meu computador. Para que? Tentar descobrir sobre o que a Yukki era, porque certamente humana ela não era. Ao longo fui vendo vários seres sobrenaturais, arcanjos, lobisomens, vampiros, fantasmas, mas nenhum se encachava na personalidade de Yukki, o mais próximo foi o vampiro porque não tem muitas emoções se bem que, ela ri e sorri de vez em quando. Resolvido, a minha conclusão é que ela seja uma vampira. Depois disso, o dia ocorreu todo normalmente tirando que meus amigos me mandaram mensagens me perguntando o que tinha acontecido e eu resolvi ignora-las. Porém, infelizmente, não consegui dormir de novo, diferente de quando fui para a casa dela, eu tinha mais perguntas que o normal. Por que ela matou aquelas pessoas? O que significava aquelas rosas? Eu morreria também? E a principal...

O que é ela?

Olhei pela 18519 vez o relógio e já era manhã, me arrumei e também coloquei o material do dia na mochila e desci, meus pais olhavam a TV com uma cara meio chocada.

-Bom dia! – Disse tentando tirar o clima silencioso da sala.

-Bom dia...- Eles continuavam atentos na TV, então sentei ao lado deles.

-O que há de errado? – Perguntei

-Olhe para a TV e terá uma resposta.  – Olhei e vi a noticia, não fiquei muito surpreso. “Foi encontrado dois alunos mortos em uma rua quase deserta na madrugada de ontem. Não foi possível identificar quem matou e qual arma foi usada.”. Depois disso começou a passar pessoas que ouvir gritos de um garoto e uma garota, mas foi curto.

– Essa rua é próxima da sua escola! Cuidado! – Falou meu pai.

-Terei. – Mas acho que é difícil quando o assassino em questão é seu colega de classe. Fui pro colégio sem ao menos tomar café-da-manhã. Assim que entrei na sala, Aoi vinha para perto de mim.

-Hey, cara, o que aconteceu que você sumiu de repente ontem?

-Ah...eu estava preocupado com uma pessoa.

-Quem? – Perguntou Asami

-Ninguém que os interesse.

-É uma garota, não é? – Falou Aoi

-Ó-Óbvio que não, de onde você tira essas ideias? – Menti

-É uma garota. – Disse Asami olhando para Aoi

-Com certeza! – Concordou Aoi. Do nada, a porta da sala abriu e apareceu uma garota lá. Ela tinha o cabelo ruivo e ondulado e tinha olhos verdes, sua pele era branca como a da Yukki e tinha sardas em seu rosto.

-Hum, com licença? – Ela chegou perto de mim. – Nessa sala o lugar é marcado ou eu escolho onde quero sentar?

-Você que escolhe... – Disse a encarando. – Você veio ontem para a escola?

-Não, não. É por que tive que ajudar a minha família ontem, estamos de mudança. – Disse dando um sorriso. – Onde você se senta?

-É...aqui. – Apontei pra minha mesa

-Se importa se eu me sentar na sua frente?

-Nem um pouco. Não mando no colégio mesmo.

-Muito obrigada! Qual o seu nome?

-Daichi Matsumoto.

-Daichi, nee? Prazer em te conhecer! –Quanto mais sorria mais dava pra perceber que seus caninos eram afiados, ela colocou sua mão escondendo sua boca. – P-Por favor, não olhe, eles me dão vergonha!

-Ah, sinto muito!

-Bem., se importa de eu conversar um pouco com você?

-Agora? É que estava conversando com meus amigos. – Fui sincero

-Nós temos que ir Daichi, a gente se fala depois! – Disse Aoi enquanto puxava Asami.

-Se não quiser ficar comigo, pode falar Daichi-kun.

-N-Não! Sem problemas! Meus amigos se foram mesmo! Vamos ficar juntos, então! – Falei para a garota. Ela realmente parecia ser legal. Eu e ela nos sentamos em nossos lugares e começamos a conversar, ela era feminina e fofa, seu nome é Hitomi Izumi, me contou praticamente todos os detalhes sobre ela, do tipo que ela é ruiva natural, a cor do seu quarto é rosa, ama coelhos, odeia comentários sobre seus caninos, amava viajar, gostaria de se casar com 23 anos e várias outras coisas. Hitomi é uma bela garota em todos os sentidos, acho que a partir dai seriamos ótimos amigos. Novamente, a porta da sala abriu, dessa vez era Yukki e eu havia visto ela entrar, quando ela ia se sentar atrás de mim, ela olhou para Hitomi e arregalou um pouco seus olhos mas logo voltou a sua expressão séria e se sentou sem dizer nada.

-Bom dia para você também Yukki. – Disse me virando para trás.

-Nunca pedi que me desse bom dia. – Como é bom ouvir essas coisas de manhã, só que não.

-Seja mais educada com seu amigo. – Falou Hitomi olhando para Yukki com um rosto fofo.

-Tsc, você não manda em mim até onde eu sei.

Eu fiquei com medo do pequeno segundo da forma que Hitomi olhou para Yukki, será que elas iriam odiar uma a outra?


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