I Know That I Left You All Alone escrita por Camica


Capítulo 5
Capítulo extra.


Notas iniciais do capítulo

Ahn, oi gente. Esse capítulo vai ser um pouco diferente e não vai ter nada haver com a fanfic. E relaxem, eu vou explicar os pq's.
Primeiro>> eu tava afim de fazer algo que fugisse da história, sem Leon, sem Lara, sem segredos. Só Tomás e Violetta.
Segundo>> acho que vcs devem ter visto a foto da Mechi e do Ponce De León, hm... se beijando. E enfim. A Gabuzão ficou mal com isso, na verdade, muito mal, pq ela n suporta o shipper. Eu n sei se teve mais alguém que ficou mal (e leia essa fic, óbvio), então eu to dedicando esse pequeno "momento fofo" p vcs tomlettas que leem o que eu escrevo e ficaram mal por causa da maldita foto.
Agora boa leitura!



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- Droga, eu não devia ter vindo. – Tomás disse, caminhando entre aquele mato todo – A Violetta tinha razão. Cara, odeio quando ela tem razão! – rolou os olhos – Por que eu tô falando sozinho? Eu sou muito otário mesmo... Vai que alguém me ouve? Ah é, ninguém vai ouvir, eu vim sozinho. Nossa, como eu sou idiota. Eu nasci pra me ferrar mesmo. Ai, bosta, mosquitos infernais! – ele ouviu um galho se quebrar e parou de andar – Quem tá aí? – perguntou, aterrorizado – Ah não, era só o que me faltava! Não é possível ter algum bicho aqui...

Crack. Crack. Crack.

Seja lá o que fosse aquilo, estava se aproximando cada vez mais.

- SOCORRO! – ele gritou – Porra, é agora que eu morro! – ele viu algo se mexendo e de repente, aquela coisa pulou à sua frente. Ele começou a berrar de tanto susto, até que uma gargalhada conhecida chegou aos seus ouvidos, deixando-o mais irritado do que nunca.

- Eu... Não... Acredito... – disse pausadamente.

- Desculpa, foi inevitável! – Violetta praticamente gritou, enquanto ria alto.

- Considere-se uma garota morta.

- Por que eu teria medo de você? Por favor, , você achou que tivesse um bicho aqui! Estamos num acampamento, duh. – debochou, fazendo-o rolar os olhos.

- Por que você veio?

- Sei lá. – ela disse, se aproximando dele – Vim te encher o saco, talvez. Só pra provar que eu não perdi o jeito, sabe como é. – Tomás riu, inconformado. Aquela garota era impossível.

- Vamos. – disse ela – Temos uma bola pra procurar!

Eles andaram por alguns minutos, obviamente se provocando. Violetta jamais pensaria que iria atrás dele no meio de todo aquele mato. Ela surpreendia quando queria, aquilo era fato. Brigaram o tempo todo. Não que aquilo fosse novidade. Na realidade, eles nem percebiam o motivo das brigas. Aquilo estava se tornando tão comum pra eles que não era necessário um motivo específico, eles apenas se provocavam automaticamente. Os argumentos e implicâncias estavam na ponta da língua, prontos pra serem usados à qualquer momento.

- Como eu me arrependo de ter vindo atrás de você. – disse Violetta, rolando os olhos.

- Eu não te forcei a nada, meu amor. – retrucou Tomás, irritado.

- Não disse que a culpa foi sua, eu que sou uma idiota mesmo. – falou.

- Realmente, você é.

- Pedi sua opinião? Isso aqui é um monólogo. Obrigada.

- Você fica por aí falando sozinha e eu não tenho o direito de comentar?

- Tá, chega de conversar. Quanto mais rápido acharmos essa droga de bola, melhor.

Xx

Duas horas. Por duas horas eles ficaram andando no meio do nada, praticamente sendo engolidos pelos mosquitos, se provocando, e não encontrando o caminho de volta pro acampamento. Já estava escuro e eles não sabiam como voltar.

- Eu não acredito que vim até aqui! – disse Violetta, irritada – Eu sou MUITO burra!

- Para de reclamar.

- E ainda por cima tem esses mosquitos filhos de uma puta!

- Cala a boca, por favor? Ou você não percebe que suas frescuras só estão piorando tudo?

- Minhas frescuras? Ah, Tomás, pelo amor de Deus. Se você não tivesse chutado a bola pro meio do mato, e depois tivesse escutado os imbecis que só queriam zoar com a sua cara, eu não teria vindo aqui.

- Você veio porque quis, agora não reclama. – disse ele.

- Eu quero ir embora!

- VIOLETTA, CHEGA! – ele gritou – Eu desisto. – sentou-se encostado à uma árvore, enquanto Violetta continuava de pé, boquiaberta.

- O que diabos você tá fazendo? – exaltou-se.

- Entenda o seguinte: – ele começou, como se estivesse falando com uma criança de quatro anos, e ela rolou os olhos – Está tudo escuro. Não vamos conseguir voltar. Tudo que temos pra fazer é esperar que alguém venha nos procurar.

- Mas e se ninguém vier?

- Aí quando amanhecer nós vamos embora, simples. – ele deu de ombros – Andar por aí não vai te levar à nada, garota. – ela rolou os olhos, sabendo que ele tinha razão, e ficou com os braços cruzados.

- Não vai se sentar? – Tomás peguntou. Violetta rendeu-se e sentou-se encostada à uma árvore ao lado. Óbvio que não ficaria tão próxima dele. Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos, com milhões de pensamentos em suas cabeças. Não conseguiam entender como aquelas situações estranhas sempre aconteciam com eles. Desde crianças, acabavam se perdendo quando estavam sozinhos, e viviam algum daqueles momentos esquisitos e constrangedores. Era difícil de explicar. Uma corrente de vento frio passou por ali, fazendo estremecer.

- Toma, pega minha blusa. – disse Tomás, tirando sua jaqueta.

- Não, lógico que não! – ela falou – Você também deve estar com frio, não vou usar sua jaqueta, é sério, Tomás, não precisa...

- Violetta, cala a boca. – ele disse – Você me conhece melhor do que isso e sabe que eu não deixo que garotas passem frio na minha frente. – ele retrucou e ela riu fraco, lembranças tomando conta de sua mente. Realmente, algumas coisas nunca mudam.

- Obrigada. – Violetta sorriu. E o silêncio se instalou novamente.

- Posso te fazer uma pergunta? – murmurou.

- Claro. – deu de ombros.

- Você ainda tem muita raiva de mim, não é?

- Tomás...

- Não, é sério. Você ficou brava comigo por causa da Ludmila?

- O que você acha? – riu sem humor – Tomás, sinceramente, essa não é uma conversa propícia pra esse momento. Quem sabe outro dia.

- Não, Violetta, não vai ter outro dia! Você me evitou desde que viemos pra esse acampamento. É agoniante e frustrante te ver todos os dias e não poder esclarecer as coisas, sabia? Isso... Isso tá me sufocando. Qual é, você não tem coragem de falar comigo? É isso?

- O quê? Você tá me chamando de covarde? – ela se irritou e levantou-se, com as mão na cintura – Então vamos lá. Se é a verdade que você quer, é a verdade que você terá. Eu já estou cansada dos teus joguinhos. Eu tô cansada de ver você se esfregando com uma vadia ordinária que não se importa com você. Eu também estou cansada, ou melhor, exausta de brigar com você sempre pelos mesmos motivos imbecis. E já não aguento mais você dando em cima de mim, sendo que as coisas NÃO VÃO voltar a ser como eram, e você já deixou isso bem claro. Mas você curte me iludir, né? Curte se aproveitar de mim, me deixar irritada, ou melhor, me deixar “louca”. É, eu sei, faz tudo parte do seu jogo, mas eu não sou um brinquedinho e você não pode me usar quando bem entender e então quando estiver cansado, me deixar jogada num canto qualquer. Adivinha só, Tomás? Eu também tenho sentimentos! E eu tenho ouvido aquela porra daquela frase “não vou desistir assim tão fácil” martelando na minha cabeça pelos últimos DOZE MESES, e tô aqui até agora esperando que você tome uma merda de uma iniciativa, mas eu já desisti. Porque você é um babaca. E nós nunca vamos voltar a ser o que eramos. Eu já me conformei, então conforme-se também e pare de tentar foder com a minha sanidade mental, ou com a pouca que me resta.

- Violetta, eu...

- Não fala nada. – ela disse, fechando os olhos – Aliás, esquece que eu te disse tudo isso. Eu só estou muito cansada e tive um surto, não é importante, vamos fingir que nunca aconteceu.

- Eu não quero mais ter que esquecer, Violetta. Não quero mais ter que fingir. Simplesmente não quero. Isso não te cansa?

- É lógico que cansa! – retrucou – Mas isso aqui, – ela apontou para os dois – jamais daria certo. Aliás, não deu certo! Então de que adianta forçar algo que... Que simplesmente não é pra ser? – Tomás suspirou, olhando pra baixo. Violetta caminhou para longe dali, deixando Tomás para trás, ainda sem reação. Seus olhos estavam marejados, mas ela se recusava a deixar que alguma lágrima maldita caísse. Tomás mexia com seu emocional de uma forma que ninguém conseguia.

- Violetta... Espera. – ele falou, e ela se virou.

- O quê? – perguntou com a voz cansada.

- Me responde mais uma coisa... – ficou de frente à ela, os dois se encarando – Você é tonta assim mesmo ou só se faz? – sorriu, e ela rolou os olhos.

- Que tipo de pergunta é essa, Tomás?

- Você não entende? – Violetta sentiu a respiração dele em seu rosto, e aquele tão conhecido frio na barriga tomou conta de si – Não importa quantas garotas eu já levei pra cama, ou se elas eram gostosas ou não. Nada disso me interessa, sabe por quê? – Tomás segurou a cintura da garota – Porque nenhuma é capaz de me fazer sentir um terço do que você faz. Porque não são elas que me tiram do sério... É você. Só você. O que me deixa extremamente frustrado, já que de todas as meninas daquela escola, a única que eu não posso ter, é a única que eu realmente quero. E achei que você já tivesse percebido que... Que eu sou completamente louco por você. Por mais ninguém, só por você. – no impulso, ele uniu seus lábios aos dela, num beijo calmo e gostoso. Aquilo era bom demais... estava se controlando há meses pra não acabar com aquela distância que havia entre eles. Era desesperador vê-la todo santo dia e não poder fazer nada. Nenhum dos dois sabia como agir quando estavam juntos, por isso brigavam tanto. Pra controlar a verdadeira vontade. Violetta, à princípio, retribuiu o beijo, tão necessitada quanto ele. Mas então voltou à realidade e tentou soltar-se de seus braços.

- Tomás, não... – ela disse, com a testa encostada à dele – Isso não é certo.

- Por quê? – perguntou, olhando em seus olhos, o que não era fácil por conta daquela escuridão.

- Porque... Porque sim.

- Violetta... – disse, acariciando sua bochecha. Aquilo sim era covardia. Ela estava com vontade de espancá-lo por fazer aquele tipo de apelação com ela. – Eu não quero a Ludmila. Eu nunca quis. Você mesma disse que ela não liga pra mim. Qual é a dificuldade?

- É que... Tomás, para! – ela segurou o riso quando ele começou a beijar seu pescoço – Não é hora pra chantagens desse tipo.

- Violetta, para, vai... – ele pediu, manhoso.

- Eu preciso assimilar isso tudo. – falou ela – Tô pensando no seu próprio bem, Tomás. Você sabe como a Ludmila é. E outra... Não quero sair machucada de novo. – Tomás suspirou.

- Você é impossível, gatinha. – disse e ela sorriu – Eu nunca quis te machucar. Não houve um dia que eu não tenha me xingado mentalmente por isso. – os dois se encararam por alguns instantes.

- Essa nossa “bipolaridade” vai durar pra sempre, né? – perguntou ela, rindo, e ele a acompanhou.

- Ah, mas... É ela que deixa as coisas mais interessantes, não é? – sorriu. Resolveram descansar. Obviamente, o dia seguinte seria longo. Sentaram-se recostados à uma árvore. Violetta encostou a cabeça no ombro de Tomás, que colocou seu braço ao redor dela. Com as mãos livres, entrelaçaram os dedos, apenas sentindo a presença um do outro, e então dormiram, com várias lembranças do passado em mente, e sorrisos bobos estampados nos lábios.


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Notas finais do capítulo

E...? Espero que tenham gostado ;)



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