Criminal Love escrita por Nicole Horan


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoinhas :) Como eu estava em "dívida" com vocês, aí está mais um capítulo. Peço logo desculpas pois acho que não ficou tão bom, mas enfim. Espero que gostem... Leitores fantasmas, deixem review! :3
Boa leitura! ~♥



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No dia seguinte, amanheci dentro do carro. Não sei nem explicar como. Mas amanheci. Ao meu lado, Bob acordava lentamente. Olhei para o banco de trás e Melanie estava deitada, dormindo. Olhei para o céu, e o sol era de rachar. Deveria ser 10 horas da manhã, mais ou menos. Bati no ombro de Bob e disse pra ele acordar logo.

Ele se espertou e se ajeitou no banco do carona, ao lado do motorista. Ligou a rádio do carro, e resolvemos seguir viagem enquanto Melanie ainda dormia.

O plano era voltar ao Posto, mas acabei mudando de ideia no meio do caminho e fomos até o casarão. Aquele onde encontramos a boneca. Na rádio, tocava Sweet Child O’ Mine e eu me senti um verdadeiro Axl Rose com meus cabelos ao vento. O que me lembra que há um bom tempo eu não uso gel. Ou tomo um demorado banho. Não que eu esteja fedendo, também não é assim. Mas sinto falta de poder chegar em minha casa, brincar com Edgard e ir tomar um delicioso e demorado banho e depois vestir meu pijama e ir dormir. Pois a única certeza que tinha, era que outro dia nasceria e eu ainda trabalharia com o que gosto. Mesmo não tendo casos há um tempo...

O que me lembra também de ter que agradecer a Deus por este. Sinto-me tão realizado no momento. Estamos tão perto de descobrir quem é o responsável por isso, tão perto de resgatar Lily e levá-la pra casa onde receberá todos os cuidados adequados. Ela é uma menina tão boa... Lembro-me quando o Senhor White a levou pela primeira para conhecer o Posto. Ela aparentava ser bem novinha, e usava uma fita vermelha no cabelo, que continha seu nome escrito. Ela ainda a usa, eu acho. Apesar de fazer tempo desde que a vi usando.

Apesar de pouco conhecer a menina, sei que Lily tem um dom incrível.  Sei pai vivia se gabando por causa disto. “Tem uma apresentação de Lily para ir, não posso faltar”, “Ela é tão maravilhosa em cima dos palcos”, “Dança como se estivesse voando”, bla bla bla... Então imagino que ela realmente saiba dançar. É uma pena que seu pai não tenha mais uma apresentação da filha para ir. Pelo menos não agora...

E a Senhora White, havia se separado de Cliff quando descobriu a traição do marido. Por isso estranhei quando ela apareceu junto com ele naquele dia, no Posto. E principalmente quando ele a chamou de “esposa”. Mas não tenho nada a ver com isso. Do mesmo jeito, deve ser difícil para uma mãe (e até mesmo um pai) ver sua filha numa situação dessas. E contando com três pessoas para salvar a vida dela.

Quando chegamos à casa, deixei Bob e Melanie no carro, peguei minha arma e um pacote de luvas que sempre deixo no carro e entrei. A vizinhança ainda não havia aparecido na rua porque ainda era muito “cedo”, mas logo, logo a rua estaria cheia e eu não poderia ficar ali por muito tempo. Até por que, desde que a equipe do Posto do Texas veio aqui, interditaram o local como cena de um crime e ninguém estava autorizado a entrar lá.

Peguei minha arma, por via das dúvidas, e a coloquei por debaixo da meia que estava usando por causa de minhas botas. Dessa vez, explorei a casa como não havia feito antes. Comecei pela sala. As paredes tinham um papel colado que era todo florido. E o chão, era de madeira. Os sofás, que ficavam perfeitamente alinhados uns com os outros, eram de uma estampa fina e cara, mas eram bem estofados e confortáveis. Procurei por algum papel, algo diferente que ajudasse a encontrar nova pista. Olhei para a estante alta e larga que ficava de frente para os sofás, e encontrei uma tevê e um telefone. Ao lado, havia pequenos espaços para colocar CDs, livros, e outros. Muito bem organizado, devo dizer. O que me leva a pensar... Quem morou aqui? Porque não é possível alguém ter cometido um crime em sua própria casa. Seria meio idiota.

Como não encontrei nada interessante na sala, passei pelo corredor e me dirigi à cozinha. Pequena, simples, porém desorganizada. Comparada com a sala, parecia que a cozinha havia sido remexida diversas vezes e nunca havia sido reorganizada. Um total caos. Pilhas de pratos em cima da pia, a porta da geladeira já estava caindo, o fogão só tinha três pés, e havia vários papéis em cima da mesa. BAM! Papéis!

Coloquei as luvas, e puxei uma cadeira. Sentei-me e analisei papel por papel. Havia cartas, promoções de revistas, contas a pagar e todas com o endereço da casa e nome do proprietário. James Hollyser. Uma nova pista, talvez. Peguei todos os papéis que estavam sob a mesa e os coloquei no bolso. Corria risco de perder as digitais, mas não tinha aonde guardar a não ser ali.

Olhei para o relógio que tinha na parede e fiquei preocupado. Já era quase meio dia e a rua logo ficaria movimentada. Subi as escadas rapidamente, e fui para o último quarto da casa, onde encontramos a boneca. Ainda me lembro quando o encontramos naquela noite. Observei o sangue seco no chão e as pegadas também. Ao lado, uma fita separando o local em questão para que não tivesse contato com nada e nem ninguém.

Parece que o local havia sido bem revistado pela equipe do Posto. Não havia nada que eu pudesse encontrar ali. Eu acho... Saí do quarto, e me deparei com uma porta. Ela estava trancada e nem com todas minhas habilidades para abrir a fechadura, ela não abriu. O que me fez pensar novamente... Porque não abriram essa porta?! Resolvi arrombá-la. Três empurrões com meu ombro foram suficientes para que a porta se abrisse. Deparei-me com uma espécie de biblioteca. Havia várias prateleiras cheias de livros, e mais papéis em cima da mesa. Dessa vez, não demorei muito. Fui direto para a mesa e bem em cima, havia um número. E embaixo estava o nome “James Hollyser”. Como se fosse uma assinatura. E ele estaria enviando o número para alguém.

Guardei o papel dentro do bolso, e quando saí do quarto, olhei para o chão. Uma coisa me chamou atenção e me surpreendi por não ter visto isso antes. A fita vermelha, escrito “Lily” com uma letra única. Estava presa à porta, quase imperceptível se não se olhasse com atenção.

Com isso, achei que não havia mais nada para descobrir no local. Havia pegado o que precisava, e saí correndo até chegar a meu carro. Melanie já havia acordado e como sempre, estava de mal humor. Perguntou por que não a acordamos e o que estávamos fazendo ali. Não respondi nenhuma pergunta, tirei as luvas de minhas mãos e as joguei pela janela enquanto ligava o carro e corria até o Posto do Texas – 079.

Quando chegamos lá, eu estava nervoso. Fui passando pela porta, por tudo e todos sem falar com ninguém olhando para um ponto fixo no fim do corredor. A sala de Carlos. Melanie e Bob corriam atrás de mim, chamando minha atenção e pedindo desculpas às pessoas que eu ia esbarrando.

Quando cheguei à porta do escritório dele, bati na porta e esperei ele responder. Não queria ser grosso, mas sei que quando estou com raiva saio de mim. Quando ele disse que eu podia entrar, ele subiu o olhar e levantou-se. Olhou para mim, com cara de dúvida e esperou eu acabar de jogar tudo o que tinha no bolso em cima da mesa.

- O que é isso? –ele perguntou assustado. Foi bem no tempo em que Melanie e Bob chegaram à sala, ofegantes.

-Isso foi o que vocês não conseguiram achar – passei a mão no rosto suado, e depois levou minha mão até a cintura. Senti Bob me dar leves tapas no ombro e Melanie me olhava assustada.

-Espera... Você foi até aquela casa, Adam? –Carlos me olhou mais sério ainda.

-Sim. – eu disse o encarando

-Você sabe que aquela é uma área interditada, ninguém podia vê-lo ali, iriam levar suspeit...

-Eu sei! Mas eu preciso resolver isso, Carlos. Eu não posso ficar sentado esperando vocês resolverem tudo por mim. – eu disse um pouco mais calmo.

-Fez bem – ele disse, sentando-se novamente em sua cadeira.

-Fiz? –passei a mão no rosto novamente e sentei-me.

-Você está certo, Adam. –ele disse pegando a fita de cabelo de Lily que estava sob a mesa. –Não poderia ter feito trabalho melhor.

Senti um alívio e ao mesmo tempo uma dúvida. Eu jurava que ele iria brigar comigo, mas ele não havia motivos reais. Eu realmente ajudei mais um pouco. Melanie e Bob observaram tudo enquanto eu explicava como achei as pistas e como encontrei o lugar. Eu nem mencionei que eles não haviam revistado o local direito por que achei que não era o momento e as coisas estão bem melhores agora.

Carlos disse que era melhor eu ligar para o número do papel, enquanto Bob pesquisaria sobre James Hollyser. Melanie e Carlos foram encontrar Charlie para que ela analisasse a fita vermelha.

Bob e eu ficamos na sala de Carlos, e peguei o telefone. Eu não sabia ao certo o que faria quando ele atendesse, se ele atendesse. Disquei o número e esperei os toques do telefone. Nada... Mas na segunda chamada, uma voz rouca atendeu ao telefone.

-Alô? –e logo ao fundo, outra voz perguntando quem era. E em seguida, o que eu temia ouvir. A voz de Lily.


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Notas finais do capítulo

Enfim, é isso, minha gente. Obrigada por ler! Não esqueça de deixar sua review e seu comentário pelo Face Chat, se assim preferir. Ah, e me conte qual foi sua parte preferida. ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULOOO o/
♥ Thanks for ready this shit. ♥