O Retorno escrita por Daisy
Notas iniciais do capítulo
Ultimo cap de hj! 16 em andamento. Quem tem tt? Segue meu fc de thg? É @irmãexplosiva
VLW
Minha mão ardia como se estivesse em chamas. Tento me levantar, mas a chuva começa a ficar mais grossa e quente.
“Vamos, pernas. SE MEXAM!”
Sem sucesso, vou engatinhando até uma pedra que estava coberta de musgo. Me apoio nela e me levanto com dificuldade. Com um berro caio no chão, olho minha mão e vejo que está cheia de bolhas e totalmente desfigurada. Meu rosto arde e sinto meu olho direito se fechando pelo inchaço que as bolhas causam. Me apoio na pedra novamente e me levanto. Minhas pernas tremem e ainda nem sai de onde estava. A chuva estava mais leve, mas ainda caia, o calor que eu sentia era imenso. Meu corpo estava em chamas, meus olhos estavam cheios de água, minha boca seca e minhas mão desfiguradas. Mas consigo correr.
“- Fiquem vivos.”
A fala de Jake rodeava a minha cabeça enquanto corria. Gritos, corpos, armas e o barulho do canhão estavam junto comigo no caminho. A chuva engrossara novamente e agora a visão ficava distorcida. Caio diversas vezes, mas não desisto de achar um abrigo. Sinto uma mão em meu ombro e me viro.
– CORRE, ANDA!
A menina de cabelos negros e mechas vermelhas me ajudava a levantar de meu ultimo tombo. Pego a faca que estava em meu sinto e jogo-a no chão
– Quem é você?– tínhamos que berrar para falar, o barulho da água era ensurdecedor.
– Não temos tempo para isso, Daisy! – ela se debatia em baixo de mim – Olhe isso! – ela mostra uma pulseira idêntica que eu e Finn ganhamos de Jake – Estou no seu time, sou sua aliada!
Não tenho tempo de pensar. Caio do seu lado. A água começava a vir em pedras, e uma me atingiu em cheio. Ela ardia mais do que a própria chuva. Continha veneno e espinhos. A garota se levanta e me ajuda.
– Rapido, estamos quase na caverna.
“Caverna?"
Nós duas corremos, ou pelo menos tentamos, para o abrigo. Chegando perto, avistamos uma menina loira baixinha que corria em nossa direção. Eu grito mais uma vez, outra pedra me atingira e junto a menina de cabelos negros caí comigo.
– Corre até a caverna. Eu cuido dela. – fala a menina se levantando
– Mas...
– VAI LOGO!
Corro cambaleando para as pedras mais altas e avisto-a. Um lago corria na frente da caverna. Ah, como queria nadar.
“Não se distraia!”
Entro dentro da abertura entre as pedras e caio de cara novamente. O chão era gelado e áspero. Meus olhos estão fechados e tento me levantar, mas não é possível. Largo o arco no chão tiro a aljava das costas e viro de barriga para cima. Respiro fundo e abro os olhos. Um menino de pele escura me olhava, grito, porque não conseguiria pegar o arco a tempo e talvez a menina estivesse por perto para me ajudar. Ele sobe em cima de mim e me debato tentando tira-lo. Sem sucesso começo a suar.
– Calma, garota! Você só vai piorar a situação.
Seu olhar era sério e firme. Ele tira uma seringa do bolso da jaqueta.
Abro a boca para gritar de novo, mas ele coloca a sua mão para abafar o som.
– Quieta. – me debato de novo – Quietinha!
Ele crava a seringa no meu braço e eu começo a ficar ofegante.
– Não, - sussurro em desespero – não, - morrer ali seria a pior coisa, daquele jeito e sem salvar meus pais- não...
Perco a consciência.
POV FINNICK:
Flash back on:
Dois pacificadores retiram Jake do recinto.
– Por quê? – pergunto
– E-eu não sei... – responde Daisy
“Que as aguas o protejam.”
– Dois minutos. – diz um dos homens
– Então, – diz a bela garota de cabelos negros e olhos azuis - Adeus!
– Isso é um adeus provisório, Daisy. – digo abraçando-a forte e beijando sua bochecha – Te vejo mais tarde? – sorrio, nós não ficaríamos no mesmo aéreo.
– Sim, com certeza! – responde ela sorrindo
Flash back off
No aéreo todos os tributos estavam em silencio. Ouvia somente a minha respiração, o que era maravilhoso. A noite passada foi terrível para mim. Sonhei com minha mãe sendo torturada, Daisy sendo morta por bestantes e eu tendo que viver na capital como avox vendo crianças sendo treinadas para morrerem nos jogos.
Quando o aerodeslizador pousa, somos levados para salas para encontrar com nossa equipe de preparação. Meus preparadores eram incríveis, eles me deixam para cima com aquela loucura da capital e aquele sotaque estranho. No meio da conversa com minha estilista um pacificador entra:
– Senhor, Odair? – ele pergunta
– Sim?
– Venho aqui para lhe informar que sua mãe faleceu. – o homem abaixa os olhos e espera a minha reação
– Obrigado. – falo me segurando para não lhe matar
– Adeus, e que a sorte esteja sempre ao seu favor. – ele sai e Lily entra.
– Oi, meu querido! Acabei de deixar Daisy com o Ramyr e vim te ver. – fala ela toda saltitante até ver meu rosto- O que houve?
– Eles mataram ela. Eles... – começo a gritar. A dor que eu sentia por saber que minha mãe estava morta era maior do que uma facada. – EU ODEIO MINHA VIDA, EU ODEIO TODOS DA CAPITAL, EU ODEIO SNOW! POR QUE NÃO ME MATARAM? POR QUE ELA? POR QUE? – sinto o gosto salgado das lagrimas em minha boca. – Eu não vou entrar naquela arena, minha mãe merece um enterro digno.
– Finnick, fique calmo, – aconselha Lily – se você não entrar matarão ela.
– Ela vai entender. – respondo sem pensar
– Você a ama?
A pergunta me pega de jeito. Se eu amo a Daisy? Claro que a amo, ela se tornou minha força nesses últimos dias. O sorriso dela era o que me deixava feliz quando acordava. Eu sei, foi tudo muito rápido, eu mal a conheço. Mas, sim, eu a amo!
– Sim. – digo após meus pensamentos
– Não perca a chance de ajuda-la a vencer esses jogos. Nós sabemos que terá somente um vencedor. Você sabe que ela vai querer morrer para você vencer, Finn.
– Não vou deixar que ela faça isso.
– Então entre naquela arena e protege-a. Sua mãe queria isso de você, e ela sente orgulho disso. Farei o possível para que quando vocês dois voltarem – ela me olha serio, Lily nunca me pareceu ter pensamentos espertos- ela seja enterrada no mesmo lugar que colocaram a memoria de seu pai.
– Eu vou vencer, nós vamos. Pela minha mãe e todos vocês! Obrigado, Lily. – abraço-a com todo o amor que ela demonstrou ter por mim esses dias
– A gente te ama muito, sabia? – ela seca uma lagrima
– Sim, e eu também.
– Cinco segundos. – uma voz mecânica surge
– Adeus.
Entro no tubo e pronuncio uma palavra sem som para Lily. Você vai saber essa palavra quando precisar.
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bjbj
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