O Retorno escrita por Daisy


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente! Agora vou tentar postar mais seguido...
Vejo vocês lá em baixo
XX



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– Filha?
– O que?
– Você precisa vencer.
Estava em um lugar totalmente desconhecido. Não me lembro como cheguei ali, só sei que me pareceu certo porque estava na frente de minha mãe;
– Mamãe, eu vou. Eu prometo, vou tirar vocês daqui!
–Daisy, se importe em sair viva daquela arena. Sozinha ou acompanhada, mas viva!
Olho para ela. Nunca esteve tão magra e com um olhar triste. Precisava tirar eles da capital, o mais rápido possível. Não sei até quando irão aguentar...
– Onde está o meu pai?
– Na cela dele. - ela desvia os olhos dos meus, pois seus olhos estão marejados - Minha flor, sinto tanto sua falta. - uma lagrima cai de seu olho
Corro para abraça-la, mas ela me impede.
– Porque...?
– Tome. - ela corta minha fala- É para te proteger quando estiver na arena. - estico a mão para pegar o objeto
Era um broche de tordo. Já o tinha visto antes na comoda do quarto de meus pais.
– Não, fica com ele. Vocês estão precisando mais. - estico a mão para devolve-lo
– Daisy, nós não precisamos de proteção.
– Precisam sim, - falo com o som de voz duro - eu não quero perder vocês. Por favor, fique com isso, mãe! Eu preciso proteger vocês, eu preciso...
– Adeus, minha pequena florzinha.
Sinto uma pancada forte na cabeça e de repente tudo fica escuro
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Acordo com uma dor de cabeça terrível. Aquilo tudo foi real?
" Preciso sair desse lugar."
Levantando da cama e sinto que estou segurando algo com muita força, mas não sei o que é. Abro minha mão direita e o vejo. O tordo de minha mãe, o tordo que transformou ela, o tordo da esperança, o tordo da revolução.
"Então foi real. Eu estive com ela!"
Precisava perguntar como havia encontrado ela, como cheguei até lá. Depois do que eu fiz na última vez que os encontrei pensei que nunca mais veria-os. Pelo visto, me enganei. Me visto muito depressa e vou para a sala do café da manhã.
"Preciso falar com Jake."
– Bom dia, fofinha! Dormiu bem? - pergunta Lili
– Oi, sim. Jake preciso falar com você.
– Sente-se e coma. Depois a gente conversa.- ele me olha com aqueles olhos azuis que ontem pareciam tão frios e hoje passam tanta calma
– Não estou com fome, preciso falar com...
– Coma! Não discuta comigo, docinho. - Jake Hutcherson, meu mentor.
" Ele me lembra o tio Haymitch."
Jake realmente era parecido com meu tio Hay. Haymitch era mentor de meus pais nos dois Jogos que eles participaram. Como Jake sabia que haveria outros Jogos? Porque ele aceitou esse trabalho, meu Deus? Treinar crianças que podem morrer em uma arena somente por diversão?
Haymitch me chamava de docinho... Porque há tantas semelhanças entre eles?
– Ei, Daisy! - Finnick está parado na minha frente - Acoooordaaaa! - ele mexe a mão várias vezes na frente de meu rosto
– Oi, desculpa. - sorrio de canto - Jake, você promete que depois que eu comer você VAI falar comigo? - falo me sentando na sua frente na mesa
– Sim, queridinha. Agora, coma ou quer ficar fraca para os Jogos? - ele enfia uma colher gigante de cereais na boca. Não respondo sua pergunta, até porque, ela não necessita de nenhuma resposta.
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Como o mais rápido possivel. Se Jake não falasse comigo eu o mataria.
– Pronto. Agora a gente pode conversar, Jake? - falo me levantando
– O que foi dessa vez? - ele continua sentado na mesa.
– Vamos para outro lugar, por favor? - Se falasse o que aconteceu hoje de madrugada poderia ser presa ou pior... Morta
– Você pede demais, mocinha. - ele se levanta e puxa meu braço - Mas é esperta.
Vamos para uma sala no andar de cima. Jake abre a porta e sinto cheiro de casa fechada. Falo tudo para ele, desde o momento que acordei com ela em minha frente até a pancada forte na minha cabeça.
– Pelo visto te deram mais uma chanse. Não está claro? - ele fala tirando uma garrafa de bebiba do seu bolso
– Sim, mas por que? - me sento em um sofá velho
– Algo bom é que não deve ser. - ele ri, uma risada que me faz sentir raiva
– Do que você está rindo, hein Jake? - me levanto e paro na sua frente - Você acha graça eu morrer? Você acha graça que meus pais morram? Você acha...
– Querida, quer um gole? - ele corta minha fala- Parece precisada. - ri novamente
– CALA A BOCA, JAKE! - pego a garrafa e jogo janela a fora
– OPA, OPA, OPA. - ele pega meu braço novamente e me atira no sofá - VOCÊ SE ACHA MUITO ESPERTA, NÃO É MESMO?
– E VOCÊ SE ACHA MUITO BOM, NÃO É? POIS BEM, VOCÊ NÃO É JAKE HUTCHERSON! - grito
– VOCÊ NÃO ME CONHECE, DAISY! VOCÊ NÃO SABE O QUE PASSEI! - ele grita de volta
– ENTÃO PORQUE ACEITOU ESSE TRABALHO? TREINAR CRIANÇAS PARA MORRER POR DIVERSÃO!
– Eu não tive escolha. - ele se senta no sofá e coloca a cabeça entre as mãos
– Como alguém não tem escolha de aceitar ou não um emprego? Justamente esse emprego.
Ele olha para mim e uma lágrima escore pelo seu rosto
– E-eu... - não posso pedir desculpas, ele não está certo - EU PERDI MEU TIO, JAKE! ELES O MATARAM! VOCÊ DEVIA ESTAR DO LADO DE PANEM, DO LADO DA JUSTIÇA! ME AJUDANDO A SALVAR MEUS PAIS! - começo a chorar
"Sou tão fraca."
– Seu tio era meu pai, Daisy. - ele se levanta e vai em direção a janela
– C-como... Meu tio Hay? Não, não pode ser. Ele... Ele nunca se casou. Você está mentindo! - vou até ele e faço-o virar para mim
– Você conhece Effie Trinket? - ele me encara
Effie Trinket, era uma amiga de minha mãe. Não lembro ao certo o que ela era, mas estava na capital com Haymitch, papai e mamãe.
– Mas eles se odiavam! - minha mãe contava de suas brigas
– Mas me tiveram.
– Eu nunca os vi juntos.
– Meu pai, quer dizer, Haymitch sumiu por um bom tempo antes de você nascer. - disso eu não sabia
– E?
– E, que eles moram juntos nesse tempo e então eu nasci. Ele me visitava pouco, mas mandava dinheiro. Foi um bom pai, pelo menos tentou. - ele se senta novamente
– Então, nós somos primos? - pergunto me sentando do seu lado
– Sim. E eu quero te ajudar. - fala virando para mim - Mas precisamos ter cuidado, a capital não pode desconfiar que somos parentes. Me matariam, nos matariam. Você entendeu?
– Sim. Mas como sabia que eu era sua prima? Tipo, se você era um desconhecido para nós.
– Eu fui na festa da sua tia Primrose. Conheci você lá. Por isso aceitei esse emprego, precisava proteger você. Falei com meu pai antes dele morrer, e suas últimas palavras foram " Cuida da minha família, da nossa família."
– E a sua mãe? - pergunto olhando para meus pés
– Morreu a algum tempo.
– Sinto muito.
– Tudo bem.
Ficamos em silencio por alguns minutos e então o abraço.
– Me desculpa, Jake. Eu não sabia.
– Me desculpe também, Daisy. Você é tão parecida com a sua mãe, sabia?
– Sei.
" Todos me falam isso"
Ficamos ali abraçados, sofrendo pela perda. Sofrendo pelo o que teriamos que enfrentar. Tudo isso me fazia cada dia mais forte, a Capital não vai destruir minha vida e nem a dos cidadães de Panem.


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Notas finais do capítulo

Oi dnovo! Td bem com vcs já que faz seculos que não posto nada aqui no Nyah?
Até o proximo cap.
bjbj