Gintama! escrita por Kasu251


Capítulo 8
O picante e o sukonbu podem ser compatíveis?


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o tão esperado capitulo OkiKagu!
Peço desculpa pelo atraso e espero ter alcançado as vossas expectativas.



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“Gintoki!” Gritou Otose, frente à porta do Yorozuya. “Sai de uma vez! É dia de pagar o aluguer!”

“O Gintoki-sama saiu.” Explicou Tama subindo as escadas.

“E onde é que o idiota se meteu?” Perguntou a dona do edifício.

“Disse que tinha encontrado uma boa forma de ganhar dinheiro e saiu juntamente com a Kagura-sama e o Shinpachi-sama.”

“No que será que aqueles idiotas estarão a pensar?” Suspirou Otose.

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“Prontos para a caça à toupeira?” Gritou Gintoki usando um macacão de trabalhador cor-de-laranja, com uma pá e uma picareta às costas e um capacete com luz.

“Sim!” Responderam Shinpachi e Kagura, vestidos da mesma maneira.

“Sim senhor!” Respondeu Aki aparecendo de repente, vestido da mesma maneira e fazendo continência.

“O que fazes aqui?” Gritou o trio Yorozuya pontapeando o recém-chegado.

Aki levantou-se e retirou o pó do macacão. “Ouvi dizer que a Kagura-chan precisava de ajuda, então vim ajudar. E na verdade os meus fãs estavam a começar a ter saudades minhas, já que há muito tempo que não aparecia nesta fanfic, e eu não posso desiludir as leitoras que me adoram.” Disse ele, enquanto pensava. “Agora mesmo, a Kagura-chan dever ter ficado com ciúmes. Assim o meu plano para a conquistar estará a correr como esperado.

“Gin-chan? Achas que vamos mesmo conseguir muito dinheiro?” Perguntou Kagura que, juntamente com o resto do trio Yorozuya, já estava há alguns metros de distância do jovem Sarutobi.

“Não te preocupes. Este plano vai sem dúvida resultar.” Respondeu o samurai de perante continuado o seu caminho pelo bosque.

“Eu foi completamente ignorado.” Murmurou Aki enquanto via o trio distanciar-se. “Kagura-chan! Espera por mim!”

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Depois de andarem alguns minutos, chegaram à entrada de uma caverna.

“Acho que está na hora de revermos o plano.” Falou Shinpachi enquanto tirava um papel de uma mochila que trazia.

“Isso é mesmo necessário, Shinpachi-kun?” Disse Gintoki cutucando o nariz.

“Sim.” Respondeu o samurai megane enquanto desdobrava o papel e o colocava em cima de uma pedra que tinha, aproximadamente, o tamanho de uma mesa. “Afinal, os leitores ainda não perceberam o que estamos a fazer aqui.”

“Estás a dizer que os nossos leitores não são inteligentes o suficiente para entenderem o que se está a passar?” Falou Kagura imitando os movimentos de Gintoki. “Patsuan. És realmente do pior, devias ser retirado desta fic.”

“Eu não disse nada disso!” Gritou Shinpachi. “Muito bem… Como podem ver neste cartaz que encontramos, o príncipe Hata perdeu a sua toupeira de estimação, Moly. Ela pode ser facilmente identificada por ter uma mancha preta com a forma de um coração à volta do seu olho direito e por um laçarote rosa no seu pescoço. Ela foi vista a entrar nesta caverna e se nós a conseguirmos pegar, seremos bem pagos.”

Todos abanaram as cabeças positivamente, compreendendo o plano.

“Entrar naquela caverna será a oportunidade perfeita para estar a sós com a Kagura-chan.” Murmurou o pequeno assassino. “Ainda bem que aquele bastardo inútil do Okita não está aqui.”

“Pois. Porque seria muito mau se ele estivesse aqui.” Disse Sougo que estava ao lado de Aki.

“Sim, realmente seria muito mau.” Concordou Aki até que percebeu quem estava ao seu lado e saltou para trás, como prevenção e também pelo susto que levou. “Parece que voltaste para estragares os meus planos. Meu rival.”

“O que queres dizer com isso” Perguntou o príncipe dos sádicos.

“Não te faças de desentendido! Eu já percebi que tu também gostas da Ka…” Aki não pode terminar a sua frase, pois um tiro de bazuca, proveniente de Sougo, passou perigosamente perto da sua cabeça.

“Estavas a dizer algo?” Perguntou Sougo com uma expressão sádica no rosto.

“Não me posso esquecer que ele é um cara perigoso, é melhor tomar cuidado.” Pensou Aki enquanto tirava uma kunai de uma bolsa que trazia.

“Sougo para de fazer confusão!” Gritou Hijikata chegando ao local, acompanhado de Kondo, Yamazaki e outros dois membros do Shinsengumi.

“Oi! O que os ladrões de impostos estão a fazer aqui?” Perguntou Gintoki aproximando-se do vice-comandante demoníaco.

“Isso não é da tua conta, Yorozuya.” Respondeu Hijikata encarando Gintoki.

“Vieste aqui para brigar, sádico?” Falou Kagura quando percebeu a presença de Sougo.

“Mesmo se eu viesse tu ias perder.” Respondeu o capitão da 1ª divisão. Entre aqueles dois era quase possível ver faíscas entre os seus olhares.

“Mas afinal, porque o Shinsengumi está aqui?” Perguntou Shinpachi tentando que aquela situação não se tornasse noutro duelo entre o Yorozuya e o Shinsengumi.

“Nós viemos capturar a toupeira de estimação do príncipe Hata para pegarmos a recompensa.” Respondeu Yamazaki.

“Então o dinheiro dos impostos não é suficiente para vocês, sanguessugas de dinheiro.” Reclamou Gintoki.

“Nós precisamos do dinheiro para renovar o arsenal do Shinsengumi.” Respondeu Hijikata.

“Nós precisamos muito mais desse dinheiro!” Falou o albino. “Não comemos uma refeição decente há quase uma semana.”

“Quem tem dinheiro para estar sempre a comprar Jumps e leite de morango, tem dinheiro para comprar maionese e ser feliz.”

“Quem é que seria feliz com essa coisa amarela e nojenta?”

“Cala-te, viciado em açúcar!”

“Oi! Não metas o açúcar nisto!”

“Pronto, pronto. Não discutam.” Kondo tentou acalmar os dois rivais. “Porque não trabalhamos juntos e dividimos a recompensa?”

“Nem pensar!” Responderam Gintoki e Hijikata em uníssono.

“Gin-chan!” Avisou Kagura.

“Hijikata-san!” Avisou Sougo.

“Vou indo na frente para pegar a toupeira primeiro!” Gritaram ao mesmo tempo enquanto corriam lado a lado para o interior da caverna.

“Esperem aí!” Disseram Gintoki e Hijikata seguindo o mesmo caminho.

“Porque é que as coisas acabam sempre assim?” Murmuraram Shinpachi e Yamazaki entrando também na caverna, seguidos de Aki.

“Bem… Vamos ficar aqui à espera deles.” Ordenou Kondo para os seus dois subordinados.

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“Parece que perdemos a Kagura e o Soichiro-kun.” Falou Gintoki depois de andarem algum tempo dentro da caverna, que mais parecia um gigantesco sistema de túneis.

“O quê? Aqueles dois estão sozinhos num lugar como este?” Reparou Aki. “Kagura-chan! Por favor diz-me onde estás!”

“Cala-te.” Ordenou o samurai de permanente batendo na cabeça do jovem assassino. “Ainda causas uma derrocada.”

“Mas será que eles vão ficar bem?” Perguntou Shinpachi.

“O Sougo e a China Girl sabem safar-se sozinhos.” Respondeu Hijikata acendendo um cigarro.

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Noutra parte da caverna, Sougo e Kagura lutavam como de costume.

“Só consegues fazer isso, China?” Perguntou sarcasticamente, o capitão da 1ª divisão cruzando a sua espada com o guarda-chuva da Yato.

“Eu vou acabar contigo numa fração de segundos.” Falou Kagura preparando-se para pontapear o seu rival, mas este percebeu as sua intensões e desviou-se rapidamente, fazendo-a cair no chão.

“Vais precisar de fazer muito mais, se o teu objetivo é derrotar-me.” Provocou Sougo.

“Isso é o que vamos ver.” Respondeu Kagura levantando-se e começando a disparar balas do seu guarda-chuva.

Mas Sougo desviou-se rapidamente e usou a sua bazuca em Kagura, mas esta conseguiu abaixar-se a tempo, fazendo com que o projétil embatesse numa das paredes da caverna, causando uma explosão seguida de um desabamento de rochas.

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“Que som foi este?” Perguntou Yamazaki exaltado.

“Parece ter sido uma explosão.” Respondeu Gintoki.

“Só pode ter sido obra daqueles dois pirralhos.” Falou o vice-comandante.

“A Kagura-chan está em perigo?!” Gritou Aki. “Eu tenho que salvá-la.”

Mas quando o jovem Sarutobi correu na direção da explosão, pisou algo peludo, que logo depois revelou ser a cauda de uma toupeira gigante com garras e presas extremamente afiadas, que se levantou e olhou para o quinteto com uma expressão de raiva e sedenta de sangue.

“Uma mancha preta com a forma de um coração à volta do olho direito.” Falou Hijikata com uma expressão assustada.

“E um laçarote rosa no pescoço.” Completou Gintoki com uma expressão semelhante à de Hijikata.

“É a Moly-chan!” Gritou Yamazaki apavorado.

“Fujam!” Gritou Shinpachi começando a correr e a ser seguido pelos outros e a toupeira gigante.

“Nós não devíamos capturar aquilo?” Perguntou Aki, que fugia juntamente com os outros.

“Tens razão.” Concordou o samurai de cabelo prateado. “Tu és um ninja, não é? Então usa uma bomba de gás sonífero ou algo assim!”

“Sim eu tenho.” Respondeu o pequeno assassino. “Mas duvido que funcione em algo deste tamanho.”

“Então o que devia-mos fazer?” Gritou Hijikata.

“Corram!” Respondeu Gintoki. “Corram como o vento!”

E todos aumentaram a velocidade, enquanto eram perseguidos pela toupeira colossal.

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Kagura acordou um pouco confusa, quando reparou que Sougo estava em cima dela, com alguns machucos e uma pequena expressão de dor, ao que parece ele a protegera de algumas rochas que tinham caído do teto, com o seu próprio corpo.

“Finalmente acordaste, China.” Falou Sougo, fazendo algum esforço para não se notar a dor que sentia.

“Porque fizeste isto?” Perguntou Kagura ficando um pouco vermelha.

“Não sei. Simplesmente apeteceu-me.”

“O que faço? O que faço?” Pensou Kagura enquanto observava os olhos vermelhos e cálidos de Sougo. “Esta cena é muito parecida aquela na novela, onde os dois protagonistas se beijam. Mas isso nunca iria acontecer, isto é “Gintama!”, não é lá muito romântico e o nosso autor não iria escrever uma cena assim tão clichê. Espera ai! Porque é que eu estou a pensar nisso neste momento? Ele é apenas o meu rival e nada mais. E é impossível que ele goste de mim dessa maneira. Droga! Porque é que eu estou a pensar nisto outra vez? Será que eu gosto dele?”

Sougo observava a jovem Yato ficar cada vez mais vermelha, na opinião dele, ela estava tão vulnerável como um pequeno coelhinho, estava tão bonita que ele não resistiu e começou a aproximar-se lentamente do seu rosto. Kagura estava tão confusa que decidiu ficar parada enquanto o seu rival se aproximava. No fim, os seus lábios encontraram-se num suave toque que lentamente se transformava num beijo cada vez mais apaixonado, eles queriam que aquele momento durasse para sempre, mas infelizmente foram interrompidos pelo estrondo de o corpo inconsciente de Moly ter atravessado uma das paredes da caverna. Quando Shinpachi, Yamazaki, Hijikata, Aki e Gintoki saíram das costas da toupeira monstruosa viram o “casalinho” naquela posição comprometedora.

“Ka… Ka… Kagura-chan?” Falou Aki sendo atacado por uma aura de depressão e ficando de joelhos.

“Okita-kun?” Falou Gintoki com uma expressão e tom assustadores. “O que estás a fazer?”

Então Yamazaki e Shinpachi agarraram os braços do furioso samurai, tentando impedir que ele matasse o jovem sádico.

“Acalme-se um pouco, Danna.” Pediu Yamazaki enquanto tentava, com grande dificuldade, segurar Gintoki.

“Gin-san, isto é normal na idade da Kagura-chan, eu acho.” Disse o samurai megane tentado acalmar o seu chefe.

“Pensando bem.” Começou Hijikata acedendo um cigarro. “Já era de esperar que isto acontecesse com eles os dois.”

Gintoki conseguiu libertar-se da dupla Tsukkomi e dirigiu-se até Kagura e Sougo, que se levantaram rapidamente, ainda um pouco corados pelo que tinha acontecido.

“Espera Gin-chan!” Falou Kagura pondo-se entre Gintoki e Sougo. “E-Eu acho q-que go-go-gosto dele.” Disse Kagura completamente vermelha e constrangida. Essa fala fez Aki desmaiar.

“Não preciso que me protejas, China.” Falou Sougo trocando de lugar com Kagura e ficando frente a frente com o antigo Shiroyasha. “ Eu decidi que amo a China Girl, portanto não vou deixar que ninguém se intrometa no nosso caminho, nem mesmo você, Danna.”

Gintoki ficou encarando Sougo, que mostrava um olhar confiante e decido, e disse cutucando o nariz. “Bem… Parece que não posso fazer nada. Mas acho que aquele careca não vai gostar nada disso.”

“O que acabou de acontecer?” Perguntou Sougo ficando confuso.

“Parece que o Gin-chan aceitou o nosso namoro.” Falou Kagura com um grande sorriso.

“Do que estás a falar, China? Eu nunca disse que estávamos a namorar.”

“É mesmo? Então aquilo de há pouco não foi uma declaração?” Falou Kagura num tom sarcástico e fazendo o Okita corar um pouco.

“Pelo menos a minha declaração foi bem melhor que a tua. Afinal o que foi aquele “acho que gosto dele.”?” Falou Sougo lançando um olhar desafiador para Kagura.

“Achas mesmo?” Respondeu ela devolvendo o olhar.

Então os dois começaram mais uma das suas típicas brigas, destruindo algumas partes da caverna.

“Afinal o que mudou na relação deles?” Perguntou Shinpachi com uma gota de suor na parte traseira da cabeça.

“Não é óbvio?” Respondeu Hijikata soltando uma pequena nuvem de fumaça. “Eles estão mais felizes.”

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No dia seguinte Kondo entregou o que restava de Moly ao príncipe Hata.

“Moly-chan! O que te fizeram?” Gritou o príncipe idiota enquanto chorava e abraçava a toupeira gigante.

“Desculpe. Tivemos alguns problemas para captura-la.” Desculpou-se o comandante gorila.

“Não quero ouvir as vossas desculpas. E podem esquecer a recompensa!”

“Já estava à espera disso.” Respondeu Kondo um pouco deprimido.


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Notas finais do capítulo

Esta foi a primeira vez que escrevi um momento romântico e espero que tenham apreciado.
Espero que eles não tenham ficado muito OOC.