Gintama! escrita por Kasu251


Capítulo 6
Memórias de um samurai -Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora minna. Ultimamente não tenho tido tempo para escrever. Espero que me perdoem e apreciem este capitulo.
No capitulo de hoje, não apareceram as personagens do costume.



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Há cerca de 20 anos atrás, um Amanto do clã Taiyo chegou ao planeta conhecido como Terra. Ele usava calças castanhas, sandálias de madeira, um enorme casaco castanho cuja manga direita parecia ter sido arrancada e ligaduras à volta da barriga.

Tokegawa caminhou durante varias horas, até que finalmente chegou a uma aldeia remota. Ele estava bastante cansado, então decidiu apoiar-se na parede de uma casa, mas ele tinha-se esquecido de quão grande era a sua força e derrubou a casa inteira.

Então todos os aldeões, zangados e armados de forquilhas, espadas, arcos e flechas, começaram a cercar o Taiyo, que só esfregou a cabeça e disse. “Desculpem lá. Já agora, o meu nome é Toke…” Ele não teve tempo de dizer mais nada, pois uma flecha tinha acabado de passar a poucos centímetros da sua cabeça. “Bem… Acho melhor correr.”

E com isto começou a fugir para fora da aldeia, mas os aldeões continuaram a segui-lo e atirando flechas enquanto ele gritava. “Eu já pedi desculpa! O que querem que eu faça?”

“Volta aqui! Seu monstro!” Falou um dos aldeões.

“Hei! Onde estão as tuas maneiras? Não é correto chamar os outros de monstro!” Gritou Tokegawa, enquanto pensava. “Nossa. Não sabia que os humanos podiam ser tão bárbaros, afinal eu sódestruíuma casa.”

A perseguição contínuo até á clareira de um bosque, onde o Taiyo foi encurralado. Os aldeões atiraram flechas de todas as direções e Tokegawa fechou os olhos para enfrentar o seu temível destino. Mas quando os abriu, todas a flechas estavam cortadas e espalhadas pelo chão. E à sua frente estava um homem de cabelo castanho claro, preso com um rabo-de-cavalo e com uma franja que lhe fazia sombra nos olhos.

O homem agarrou o ombro de Tokegawa e disse. “Vamos!” E atirou uma bomba de luz que cegou temporariamente os aldeões. Quando recuperaram a visão os doisestranhosjá tinham desaparecido.

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Mais tarde num canto recôndito da floresta, Tokegawa e o seu misterioso salvador descansavam da sua repentina fuga.

“Ufa! Passou perto. Muito obrigado, já agora o meu nome é Tokegawa Hideo.”

“Yoshida Shouyou. Prazer em conhecer-te, Hideo. E será que me podias dizer o que és?”

“Do que estás a falar? Eu não pareço um Humano?” Falou Tokegawa surpreso.

“Bem… de aspeto até te pareces um pouco, mas normalmente os humanos não têm o cabelo de duas cores, dentes tão afiados, nem olhos de lagarto.” Respondeu Shouyou. “E a maioria não consegue derrubar uma casa, apenas se apoiando.”

“Parece que não tenho escolha. A verdade é que… Eu sou uma fada mágica da floresta dos sonhos, que quer saber mais sobre os humanos.”

“Nem uma criança acreditaria nisso.” Falou Shouyou, com uma gota de suor na parte traseira da sua cabeça.

“És uma pessoa bastante perspicaz. Parece que vou ter de falar a verdade.” Disse Tokegawa, com um ar derrotado. “Na verdade eu sou um Amato do clã Taiyo.”

“Amanto?”

“Sim, Amanto.” Então, Tokegawa explicou-lhe o básico sobre os Amanto, de onde vinham, que existiam em vários planetas desta galáxia e que possuíam um vasto e poderoso império.

“Entendo. São uma espécie misteriosa.” Raciocinou Shouyou no final da explicação.

“Sim. Basicamente isso.” Respondeu o Taiyo, com uma gota de suor na parte traseira da sua cabeça. “Agora que já falei um pouco sobre mim, podias dizer-me o que fazes.”

“Eu sou apenas um samurai que recentemente deixou de seguir o egoísta Shogun que governa este país.” Explicou Shouyou.

“Ha. Um samurai.” Percebeu Tokegawa.

“Sim. Sabes o que é?” Preguntou o jovem samurai.

“Claro que sim. São aqueles pratos depeixesefrutos-do-mar frescos, fatiados em pequenos pedaços. Certo?” Respondeu Tokegawa de uma forma inocente.

“Isso é Sashimi!” Corrigiu Shouyou.

“A serio? Então o que é um samurai?” Perguntou o Taiyo confuso.

“Na verdade acho que não há uma definição específica. Eu penso que um samurai é aquele que, com a sua espada, protege aquilo que quer proteger.” Explicou Shouyou.

“Protege aquilo que quer proteger.” Repetiu Tokegawa com um certo brilho nos seus olhos verdes. Ajoelhou-se, fez uma vénia, quase tocando com a cabeça no chão e gritou. “Por favor Shouyou-san! Ensine-me a ser um samurai!”

“O quê? Mas eu nunca ensinei ninguém na minha vida. Não seria um bom professor.” Respondeu Shouyou.

Então Tokegawa levantou-se rapidamente, agarrou o kimono de Shouyou e começou a abana-lo e a dizer. “Não digas isso! Por favor! Shouyou-sensei!”

“Shouyou-sensei? Soa bastante bem.” Pensou o samurai de cabelo castanho, enquanto era abanado. “Ok. Eu serei o teu sensei.”

“Boa! Vamos começar.” Falou Tokegawa animado.

“O quê? Queres começar agora?” Perguntou Shouyou surpreendido. O Taiyo limitou-se a abanar a cabeça afirmativamente, muito rápido. “Parece que não há outro jeito. Que os treinos comecem!”

“Sim!” Gritou Tokegawa animado.

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Um mês depois, Tokegawa e Shouyou foram a um restaurante de sushi para celebrar o rápido progresso do Taiyo nos treinos. Sentaram-se no balcão e Shouyou fez os pedidos. Quando colocaram os pratos de sushi a sua frente, Tokegawa os ficou encarando.

“O que foi? Nunca tinhas visto sushi antes?” Preguntou o samurai de cabelo castanho fitando o seu amigo e discípulo. “Experimenta. É bastante bom.”

Tokegawa comeu um bocado de sushi e disse. “É bom, mas acho que podia ficar melhor.”

“Experimenta colocar-lhe um pouco de wasabi.” Falou o sensei apontando para uma tigela cheia da pasta verde e extremamente picante.

O Taiyo, em vez de colocar apenas um pouco de wasabi, mergulhou um pouco de sushi na pasta e levou-o lentamente à boca.

Shouyou, ao reparar no erro do amigo, gritou, em câmara-lenta. “Não… Hideo… Isso é… picante… de mais.” Mas o nobre samurai não conseguiu avisa-lo a tempo.

Depois de Tokegawa ter comido aquela quantidade de wasabi, ficou calado durante um momento e disse com os olhos emlágrimas “É a melhor coisa que já alguma vez comi. Adoro este sabor suave.”

“Ele acha aquela quantidade de picante, suave? Ele é mesmo um monstro.” Pensou Shouyou com uma gota de suor na parte traseira da sua cabeça. Depois pegou numa espada que trazia e deu-a ao seu primeiro discípulo.

“Porque me estás a dar este presente?” Perguntou Tokegawa, aceitando a oferta.

“É uma recompensa por teres progredido tanto neste último mês. Decidi que mereces uma espada verdadeira. É uma espada Murata, as melhores espadas que conheço.” Respondeu Shouyou.

“Incrível!” Falou o Taiyo enquanto observava a sua primeira espada real. “Irei usa-la sempre! Agora temos de celebrar!”

“Isso mesmo! Duas garrafas de sake, por favor.” Pediu o orgulhoso sensei.

Os dois homens brindaram, mas assim que Tokegawa bebeu o conteúdo do seu copo, caiu desmaiado.

“Hideo. Estás bem?” Perguntou Shouyou preocupado.

Recebeu como resposta um soluço vindo de Tokegawa que tinha os olhos em espiral e a face completamente vermelha.

“Parece que ele não aguenta o álcool.” Pensou Shouyou vendo o estado do seu amigo.

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Três meses mais tarde, Tokegawa estava a fazer algumas compras no mercado de uma aldeia onde ele e Shouyou estavam hospedados, quando se encontrou com uma senhora idosa.

“Bom dia senhora Tamura.” Cumprimentou ele.

“Bom dia Tokegawa-san.” Respondeu ela simpaticamente. “Você tem treinado bastante?”

“Pode crer. Já agora como vai o senhor Tamura?”

“Bastante bem de saúde.” Respondeu a idosa. “Ele estava bastante enérgico ontem à noite.”

“Bom saber. Eu ainda tenho algumas coisas que fazer, portanto adeus.” Despediu-se Tokegawa. “Tenha cuidado nas suas atividades noturnas com o seu marido.”

“Não te preocupes. O meu corpo ainda aguenta muito mais.” Falou a senhora, indo-se embora.

“Senhora simpática.” Pensou o Taiyo enquanto se dirigia para uma colina isolada, de onde se podia ver a aldeia toda. Retirou um celular do seu bolso, marcou um número e depois de ser atendido disse. “Daqui o almirante da frota Amanto nº 46, Tokegawa Hideo.”

“Oh! Tokegawa-san.” Cumprimentou a voz do outro lado da linha. “Como correu a missão de infiltração? Eles acreditam que és seu aliado?”

“Sim chefão. Eles acreditaram por completo.” Confirmou o Almirante Taiyo. “Só tem um problema.”

“E qual é?” Perguntou a voz.

“É que eu sou tão bom a mentir, que acabei acreditando também.” Disse Tokegawa no seu ar relaxado.

“O que queres dizer o com isso, Tokegawa?” Perguntou a voz irritada.

“Estou dizendo que me despeço, chefe imbecil. E já mandei a minha frota voltar para trás.”

“O quê? Não podes fazer isto. Na tua frota estão as nossas tropas mais fortes.” Gritou a voz extremamente irritada. “A que se deve isto?”

“Eu nunca fui a favor que começar uma guerra contra este planeta pacífico. E acho que finalmente encontrei algo que quero proteger.” Falou Tokegawa, observando a aldeia e depois deu um grande sorriso. “E deixe-me avisa-lo, acho que vão ter grandes dificuldades em tentar conquistar o país dos samurais.”

“Maldito! Vais pagar por está traição!” Gritou a voz, que rapidamente foi silenciada por Tokegawa, que destruiu o celular com a sua mão.

“Parece que as coisas vão começar a ficar agitadas.” Murmurou o Taiyo, voltando para a aldeia.

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Dois meses se passaram e os humanos e os Amato já estavam em guerra. Tokegawa e Shouyou tinham entrado no exército Jouishishi e agora perseguiam um Amanto que se parecia com um morcego humanoide, que tinha conseguido informações confidenciais do exército Jouishishi.

“Temos de alcança-lo rápido, antes que ele entregue as informação aos seus superiores.” Relembrou Shouyou, enquanto corria atrás do alvo.

“Mas ele é muito rápido com aquelas asas. Não vamos conseguir alcança-lo a tempo.” Falou Tokegawa, que já estava a começar a ficar cansado.

Mas de repente o inimigo que eles perseguiam, foi cortado ao meio. Os dois samurais ficaram completamente espantados. Então um homem de cabelo negro desarrumado e olhos vermelho-vivo, que usava um colar com uma pena de corvo, umas calças negras com padrões de ondas vermelhas no final e um casaco vermelho com padrões de pássaros negros, que trazia uma espada ensanguentada, apareceu de entre a folhagem.

“Isto é por teres interrompido o meu cochilo.” Disse o homem de cabelo negro, antes de suspirar. “Estes Amanto são mesmo um saco. Gostava tanto de estar em casa. Os meus níveis de açúcar devem estar em baixo.”

“Quem és tu?” Preguntou Shouyou apontando a sua espada para o misterioso homem que tinham acabado de conhecer.

“Oi. Olha para onde apontas isso. Ainda podes magoar alguém.” Falou o estranho, embainhando de novo a sua espada e levantando os braços. “Eu sou apenas um samurai vagabundo que de vez em quando mata alguns Amanto.”

“Oh! Parece interessante.” Disse Tokegawa, que estava menos desconfiado que Shouyou. “ Qual é o teu nome?”

O samurai vagabundo fez um olhar de peixe morto e disse cutucando o nariz. “Sakata Karasu. Prazer em conhecer-vos.”


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Notas finais do capítulo

Então gostaram?
Espero ter captado a personalidade do Shouyou-sensei.