Quando Dois Corações Batem Forte escrita por RJ Vitola


Capítulo 23
De olho no relógio


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões a todos pela demora, especialmente ao André e a "Eternamente sozinha" (desculpa, eu ainda não sei o seu nome, flor) que chegaram a me mandar mensagens preocupados com a demora. Acho que eu devo uma explicação, então ai vai: ESCOLA. Nossa, eu me enrolei muito com essa invenção macabra que chamam de prova hehe Bom, mas por fim consegui e estou aqui postando o capitulo 23!
Espero que gostem e peço desculpas outra vez... Me contem o que acharam nos reviews, ok?



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Estavam, de certa forma a deriva. Os dois titãs desprovidos de seus poderes e lutando com uma meta-humana capaz de manipular a Terra. Agora sim dava pra ter uma ideia de como Dick se sentia, ou deveria se sentir.

Com Tara ainda caída no chão, Garfield tomou posição a cerca de seis metros da mesma. Ravena fez a mesma coisa, porém parando do lado oposto ao que o metamorfo estava.

Não demorou muito e a loira se levantou com um pouco de dificuldade, os lisos cabelos cobrindo-lhe as feições. Sem dizer uma palavra, Markov levantou a cabeça e fixou os olhos na porta à sua frente.

–Isso vai ser interessante...- Ela disse em um tom sombrio, enquanto um sorriso medonho tomava-lhe novamente os lábios.

Virando-se rapidamente para Gar, a garota levantou a mão, fazendo com que uma rocha de cerca de três metros e meio de diâmetro voasse em direção ao rapaz. Em um salto, Garfield conseguiu escapar, mas uma parte do pedregulho roçou em sua perna, provocando um extenso corte superficial. Caído no chão, o metamorfo apertou com os dedos a parte da perna a fim de estancar o sangue e diminuir a dor.

Tara pôs-se a caminhar lentamente em direção ao rapaz.

–Eu ia te deixar viver... – A loira para ao lado de Gar- Antes dessa brincadeirinha, é claro... Agora me diga, valeu o preço? – A garota diz, quase que cuspindo as palavras na cara de Gar.

Ravena sente um aperto no peito. “O que é isso?” pensa consigo mesma, porém não tem tempo de buscar uma resposta. Corre em direção a Tara joga-lhe a rede farpada nas costas, fazendo a loira arquejar de dor.

–Ora, sua... – Markov diz, correndo em direção a empata.

Tara tenta proferir um soco no queixo de Ravena, mas a garota desvia. A empata tenta dar-lhe um chute na altura das costelas, porem Terra segura seu pé a poucos centímetros do alvo e o gira, fazendo Ravena cair estatelada. Ainda no chão, Tara lhe acerta com dois chutes nas costelas, fazendo-a se encolher e arquejar de dor.

–Foi muito divertido te fazer sangrar, querida, mas se não se importa tenho outros assuntos a resolver... – Diz a garota cuspindo no chão ao lado de Ravena.

Então era isso? Todo esse trabalho para morrer na praia? Bom, o que eles esperavam? Dois contra uma maluca com poderes de geocinese...

–Markov! – Ravena grita, sua voz rouca e exausta – Isso ainda não acabou.

Estalando o pescoço e os punhos, que até então estavam relaxados ao longo do corpo, Tara se vira vagarosamente para a empata.

–Como quiser, Gema... – Sorri, com desdém.

Terra avança correndo na direção da empata e roda o corpo com toda força para lhe deferir um chute. Ravena desvia por um triz, sentindo a leve brisa provocada pelo movimento da loira. Talvez devesse ter passando mais tempo treinando lutar sem seus poderes, certamente Richard ou Rose poderiam ter lhe ensinado alguma coisa útil para uma hora como essa.

Tentando investir em uma estocada com a pá, Ravena mira e acerta Tara no antebraço esquerdo, bem perto do pulso. Sangue começa a escorrer pelo braço da traidora.

–Você está começando a me irritar... – Balbucia a loira por entre os dentes, investindo novamente contra a empata.

Ravena se abaixa desviando de um soco que Tara lhe dirige, mas quando se levanta novamente é acertada pela mão de Terra vinda do lado oposto. A empata olha rapidamente para Gar, o sangue rubro contrastando com sua pele verde. “Porque ela não usa seus poderes contra mim?” a titã se pergunta, mas logo seu subconsciente lhe sopra que talvez seja mais prazeroso para Tara ferir- lhe com as próprias mãos.

Antes que Tara pudesse lhe acertar com um soco abdominal, Ravena desvia, dando alguns passos para traz e pega a pá que havia caído no chão. Dessa vez é a empata que avança em direção a Terra. Tenta deferir-lhe um soco no abdome, mas a loira segura sua mão e torce seu pulso para traz. Dor, bem que podia ser uma dos sentimentos sumidos. Com sua mão latejando sobre o aperto forte de Tara, a titã defere-lhe um chute, acertando algumas costelas.

Um momento de trégua, Tara aperta suas costelas tentando diminuir a dor enquanto Ravena meche seu pulso e o massageia com a outra mão. Num breve instante, enquanto se dá conta de sua respiração ofegante, Ravena lança seu olhar a procura de Gar no lugar onde ele havia caído depois do golpe de Tara. Ele não estava mais lá. Markov avança novamente, impedindo Ravena de continuar sua busca.

Uma breve e voraz sucessão de golpes é trocada entre as duas. Alguns arranhões, hematomas, torções e possíveis ossos quebrados são ganhos, mas nada que possa impedir nenhuma das duas de continuar. O corte que Ravena fizera no braço de Tara fora superficial, portanto já parara de sangrar. As duas estão ofegantes, rodeando uma a outra em busca de qualquer brecha para atacar.

Correm ao encontro uma da outra e ocorre outro combate voraz, só que dessa vez mais demorado. Tara acerta um soco na maça do rosto de Ravena, que por sua vez lhe defere dois chutes laterais acertando-lhe uma vez o abdome e outra a parte exterior das coxas. Quando Tara lhe defere um chute no joelho, Ravena tenta desviar, mas só consegue diminuir o impacto, caindo no cão mesmo assim.

Pressionando o joelho, a empata conseguiu diminuir um pouco da dor, mas quando tentou se levantar tornou a cair. “Por Azur... Tenho que me por de pé!” pensou consigo mesma.

–Bom, - Tara começou, com um ar de vitória na voz – Ainda não posso matá-la... Mas o tal do Sangue não disse nada sobre danos físicos irreversíveis – Uma risada lunática irrompeu de sua garganta.

Olhando fixamente para Ravena, Terra levantou o braço, fazendo um pedaço de rocha de quase o dobro do tamanho da empata sair da terra. Ravena não desviou os olhos do olhar frio e perturbado da loira. Quando Markov estava prestes a lançar lhe o pedregulho, Ravena não desviou o olhar, vendo assim um belo tigre verde voar em cima da traidora.

Com Tara novamente no chão, o tigre voltou à forma de Gar.

–Mas como? – A loira perguntou, visivelmente confusa.

–Você devia ter ficado de olho no relógio, Markov... – Gar disse, lançando uma leve piscadela para Ravena.


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