Por Trás Das Câmeras escrita por Juh MM


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. Eu sei que eu demorei um milênio para aparecer aqui, mas é que eu tava sem idéias e estive ocupada, mas prometo que não vou sumir por tanto tempo assim mais uma vez. Aproveitem o capítulo.



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Corri por algum tempo, mas não sei dizer quanto tempo. Só sei que chegou uma hora em que eu precisei parar, e não sei como fui parar no parque, um lugar ao qual venho para pensar desde que o achei aqui, quando me mudei.

Eu chamo de parque, mas não é bem um parque, é um campo grande com muitas árvores e é um pouco afastado de todo o estresse da cidade, não muito, mas o suficiente para descansar.

Acho que minha mente acabou assumindo o caminho enquanto corria e por isso vim parar aqui.

Me sento em baixo de uma árvore, e fico lá, só observando tudo.

Não sei porque corri pra fora do hospital depois da conversa com Miguel, só senti que precisava ficar um pouco sozinha, sem ninguém pra ficar me perguntando se eu estou bem ou porque terminamos.

Não sei direito porque terminamos também, só sei que estou virando uma confusão ambulante.

Nem sei mais quem eu estou me tornando, eu era uma pessoa forte, que não me prendia a esses dramas femininos, e agora olhe para mim, eu estou sentada de baixo de uma árvore, querendo voltar pra casa porque terminei o meu namoro.

Começo a ficar frustrada comigo mesma, e só de ódio, solto um grito alto.

– Ei, calma! - Ouço uma voz falar.

Me levanto e me viro para olhar para o estranho.

– Desculpa, não queria te assustar. Só estava passando e ouvi seu grito e fiquei preocupado.

Um rapaz alto, moreno com olhos verdes apareceu.

– Quem é você? - Eu pergunto, ainda assustada com esse cara aparecendo do nada.

– Meu nome é Gustavo. E você ?

– Sou a Natalie. O que você estava fazendo aqui por perto?

– Eu estava correndo, então ouvi você gritando e vim ver o que estava acontecendo.

Só agora percebo que ele está todo suado. Ainda um pouco na defensiva, falo:

– Bom, já viu que estou bem, agora pode ir embora.

– Jamais! Nunca deixaria uma garota que parece que vai chorar, ficar gritando e sozinha no meio do mato.

– Primeiro, não pedi para você me ajudar. Segundo, não vou chorar. E terceiro, isso não é no meio do mato e eu só gritei uma vez!

– Ta bom, senhora esquentadinha. Mas mesmo assim, não vou deixar você aqui sozinha. Posso saber o que você está fazendo no meio do mato?

– Bom, a minha irmã está no hospital por causa do ex-namorado que parece que vai deixar de ser ex e voltar a ser atual namorado, eu comecei a ensaiar para o filme que vou fazer, acabei de terminar meu namoro com meu melhor amigo e nem sei mais se ele quer continuar a ser meu amigo e minha irmã acha que estou me apaixonando pelo meu colega de trabalho. - Eu estouro. - Isso não é suficiente para você?

Sei que não deveria ter falado tudo isso sobre mim, afinal ele podia fazer alguma coisa comigo, mas eu estava tão estressada que acabei abrindo a minha boca grande e falando tudo de uma vez.

– Wow, calma, vai com calma. Você fala muito rápido quando está desse jeito.

Explico para ele de novo, mais calma agora, e durante a explicação acabamos sentando em baixo da árvore em que eu estava sentada.

– Nossa, nunca pensei que fosse conhecer uma atriz que vai fazer um filme! - Ele fala. Dou uma cotovelada no estômago dele e reviro os olhos. - Ei, não revire os olhos! Estou animado, só isso.

– Só acho que você parou de prestar atenção na parte de que eu sou uma atriz.

– Não, eu entendi tudo. E eu acho que você não tem que se preocupar com a sua irmã e o namorado dela, eles vão ficar bem. O filme já está garantido. Sobre o seu namoro, acho que ele vai entender tudo e vai continuar a ser seu amigo. Agora, sobre o seu colega de trabalho, acho bom você tomar cuidado com esse coraçãozinho.

– Você acha que o Miguel vai entender tudo? E porque você acha que eu tenho que tomar cuidado com o Leo? - Pergunto.

– Eu acho que ele vai entender, porque ele não me parece te amar nesse sentido e sim no sentido fraternal. E eu acho que você tem que tomar cuidado com o Leo, porque você fica de um jeito diferente quando fala dele.

Continuamos conversando,até percebermos que já está bem tarde. Gustavo e eu acabamos nos tornado amigos, no fim de tudo. Ele acabou me oferecendo uma carona para casa, e mesmo eu falando não e não e não, ele continuou com o papo de cavaleiro dele de " não vou te deixar sozinha " e blá, blá, blá.

Então, acabei indo com ele pra casa. Eu sei que quando eu chegar, vai ser aquela coisa de "onde você estava?" "a gente tava preocupado" "você não pode sair entrando em carros de estranhos" e tudo mais. E eu concordo que é certo que não da pra sair entrando no carro de qualquer um, ainda mais hoje em dia com tantos sequestros e mortes, mas se o Gustavo quisesse fazer alguma coisa comigo já teria feito quando me encontrou sozinha no meio do mato.

Expliquei aonde eu morava para ele e quando chegamos lá, trocamos telefones e prometi que manteria contato com ele, agradeci a carona e quando estava saindo do carro, ele falou:

– E Nat, não se encana com as coisas, eu acredito que as coisas vão se resolver em seu tempo.

Abracei ele e falei:

– Muito obrigado, você é uma ótima pessoa e um ótimo amigo.

Saio do carro e vou para casa. Entro e vejo as meninas no sofá assistido filme. Emily fala:

– Finalmente você chegou!

– Está tudo bem? - Laura pergunta, preocupada.

– Miguel contou, não é? - Eu pergunto. Elas acenam com a cabeça, afirmando. Eu suspiro.

– Bom, vocês já sabem de tudo, então vou contar o que aconteceu depois que eu sai correndo do hospital. Eu fui para aquele campo que eu gosto de ir pra pensar e fiquei lá pensando, aí um cara acabou aparecendo lá, aí começamos a conversar, e por incrível que pareça, acabamos virando amigos, o nome dele é Gustavo, e ele que me trouxe pra casa.

– Criatura de Deus, como que você sai falando, virando amiga e aceitando caronas de estranhos? Ele podia ter te matado! - Emily exclama.

– Quando ele apareceu, eu fiquei meio receosa, mas acabei me acalmando, porque se ele quisesse fazer algo comigo, já teria feito. - Respondo.

– Aí, quer saber? Vamos esquecer essa história, eu acho bom você ir tomar um banho, deitar e descansar, e amanhã a gente vê tudo, pensa em tudo. - Laura fala.

– Concordo com você, Laura. - Eu falo.

Sai para o banheiro, tomo meu banho, me arrumo para dormir e deito. Mas meu sono demora a chegar, então fico olhando para o teto e pensando no que vai acontecer amanhã.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Me respondam nos comentários. Beijos, até o próximo.



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