Death Note: Os Sucessores - 2 Temporada escrita por Nael


Capítulo 6
Cap. 5: Revelações


Notas iniciais do capítulo

Ryuk ao acatar as ordens de Maisy acaba tendo uma grande revelação.
Estaria ele se tornando a peça mais poderosa desse tabuleiro?

"Em razão do que fiz
Eu vou começar novamente
E o que quer que venha
Hoje acabará
Estou clemente"

Música: What I've Done - Link Park



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Scott pegou uma das motos, colocou o capacete e partiu a tempo de encontrar o caminhão.

– Mais rápido – disse Maisy para a mulher de cabelos curtos e escuros ao seu lado.

– Não dá. Vamos acabar batendo. – respondeu Sayu. – O caminhão chama muito a atenção. Temos que trocar de veículo.

– Mas também não podemos parar. – Maisy ficou pensativa. Ela viu uma figura pelo retrovisor. Era Ryuk que atravessou o teto.

– Maisy...

– Ryuk. – ela se virou para o shinigami que estava de ponta cabeça. – Me dê boas notícias. – Ela esticou a mão esperando pelo caderno.

– Ryuk... – seus olhos faiscaram. – Onde está o meu Death Note?

– Bom... É... A notícia boa é que a parte do plano referente a Misa deu tudo certo.

– Ah! Maravilha. – disse Sayu fingindo simpatia.

– Ótimo. Agora nós é que vamos morrer. – Maisy reclamava olhando para trás. Scott estava na sua cola. – Ryuk lembra do que eu disse lá no prédio, não é?

– A sua ameaça? Claro que sim.

– Então acabe com aquele homem na moto.

– Mas ele já está interferindo no seu tempo de vida. Se eu escrever o nome dele posso morrer.

– Então ache outra maneira de tirar ele da nossa cola. Anda logo. – o shinigami atravessou o teto novamente. – Vamos esperar a moto tombar e depois nos encontramos com Misa.

– Tem certeza de que é uma boa ideia Maisy? E se derem um jeito e nos seguirem e se...

– Não vão. Tenho tudo sobre controle.

– Tem razão. Estou paranoica e assustada de novo. – Sayu firmou a voz. – Você é a sucessora e o legado do meu irmão. Não devo e nem vou questionar as suas ordem Kira.

– Excelente. Obrigado por tudo Sayu. Digo... Tia. – ela riu sendo convincentemente simpática. – Não consigo me acostumar com isso. Tia te faz parecer uma velha chata.

Sayu sorriu.

– Ah! Não fale nada com relação a isso perto da Misa.

– Claro. Pode deixar.

Ryuk obedeceu Maisy e voou em encontro com Scot. Colocou as mãos no guidão fazendo a moto parar e empinar para frente. O rapaz caiu em direção ao asfalto, mas apoiou as mãos no solo, deu uma cambalhota mal feita e bateu as costas no chão.

O shinigami soltou a moto em seguida e Scott rolou para o lado antes que ela o atingisse. Ela caiu fazendo um estrondo horroroso. Carros frearam e curiosos apareceram.

Scott saiu do meio da rua dizendo as pessoas em volta que estava bem e não iria para o hospital.

Ryuk esperou para ver o que ia acontecer. Ele tirou o capacete, ficando de costas pro shingiami enquanto explicava à um senhor que não estava machucado.

Seu cabelo era castanho claro e um tanto cumprido. Ryuk ficou espantado e pensou que se pudesse morrer de um ataque cardíaco aquela seria a sensação.

– Li... Light? – Scott se virou olhando para rua a procura do caminhão, mas ele já tinha sumido. – Não. Parece mais com a Mais... Outro borrão... Amane e Yagami. Esse policial que estava caçando Kira é na verdade seu irmão. – ele girou ao redor do rapaz. – Então você é o outro bebê, o filho de Light e Misa. Hehe. Isso é intrigante. Hehe. – e saiu voando.

O comunicador dele tocou.

– Alô?... Sophie. Finalmente. Você está bem?

– Sim. Estou a caminho do Quartel General. Quero todo mundo reunido lá.

– Mas... Kira acabou de... Alô?.. Sophie? – ele desligou. – Como sempre, né L?

Ele pegou um táxi e parou uma quadra antes do Quartel General onde ambulâncias se amontoavam, uma corrente de policiais afastavam os curiosos e repórteres.

Scott mostrou seu distintivo da SPK e passou. Viu Hilde e se aproximou.

– Não consegui. – falou num tom melancólico.

– Tudo bem. Sei que você fez tudo o que podia. Além disso não devia ter deixado você ir.

De repente mais dois táxis chegaram, de um deles saiu Annie. Scott a reconheceu pelos inconfundíveis cabelos ruivos e olhos castanhos. Do outro saiu um senhor de cabelo grisalho e uma garota de cabelos escuros.

– Me deixem passar. – disse Annie com a mão no ombro ferido.

– Tudo bem. Estão comigo. – Scott se aproximou e elas passaram a fita de isolamento. – Annie, Sophie, Watari... Estão todos bem?

– Sim. – disseram Watari e Annie. Sophie simplesmente passou por eles e foi até a entrada onde as pessoas estavam feridas e havia cinco mortos.

– Quem é ela? – Sussurravam. – Será a garota do telefonema?

– O que aconteceu aqui? – Sophie se virou para Scott e então todos se lembraram de sua voz. Era ela, aquela garota era o Novo L. Todos a encararam.

– Kira tinha ajuda. Um caminhão invadiu o lugar e a levou. Tentei segui-los, mas não consegui. A moto capotou, acho que foi o shinigami.

– Hum... – ela andava pelo lugar. – Então agora Kira tem ajuda...

– Eu acho que sim. Tentei pegar Amane, mas ela estava bem protegida. – disse Annie. – Alguns homens foram manipulados pelo caderno, mas com certeza estava lá para ajudar ela. No final das contas Kira tem mesmo uma organização ao seu lado.

Ela parecia brava, franziu a testa e encarou os dois.

– Meu plano era pra ser perfeito. A prova de falhas. – ela fechou o punho. – Como pude nunca cogitar que eles a ajudariam?

– Sentimos muito. Bobeamos, eu sei. – disse Annie. – E isso resultou na morte de várias pessoas, mas ao menos conseguimos o caderno. Não ficamos sem nada. Ainda estamos no jogo.

– Kira foi muito esperta. Preparou distrações para todos nós. – Sophie olhou para os policiais que se aproximaram para ouvir a conversa. – Não se desculpem nem sintam muito. A culpa de tudo isso foi minha. Afinal, eu sou o L.

Ela pulou num bloco de concreto que havia caído e olhou para os outros 10 policiais que escaparam com vida e receberam atendimento medico ali mesmo.

– Meu codinome é Sophie Miller e eu sou o L. Escutem bem o que eu vou dizer. – o silêncio pairou no lugar enquanto as pessoas de fora tentavam entender a cena. – Quando eu pedi o serviço de vocês garanti que ficariam em segurança. Escondi a identidade de vocês e suas famílias, mas dadas as atuais circunstâncias eu não sei mais se posso garanti isso. Não sei mais se posso ganhar essa guerra.

Todos concentraram seus olhos nela. Apesar de sua baixa estatura ela impunha uma presença que chegava a assustar. Era como se ela pudesse ler a mente de cada um, como se pudesse fazer tudo e nada a atingisse mesmo quando se dizia derrotada.

– Então pensem bem nos seus próximos passos. Não julgarei ninguém, não direi que são covardes ou medrosos. Também não serão rebaixados nem nada do tipo. Pelo contrario, ganharam uma recomendação do próprio L. – ela fez uma pausa. – Então se quiserem sair, se não conseguem mais lidar com isso peço que se retirem da investigação. Não quero ser responsável pela morte de mais ninguém.

– Eu não te conheço L. – disse Hilde. – Mas sei o que fez e pode fazer. Eu não me importo de morrer se for para deter Kira. Conte comigo. – ela deu uma passo a frente.

Outras 6 pessoas contanto com Scott e Annie também deram um passo a frente. Os outros cinco policiais restantes ficaram parados.

– Eu tenho duas filha, uma mãe idosa e... L Eu... Não posso correr mais risco de morrer. Me desculpe. - gaguejou um.

– Minha esposa... não tem outros parentes. – outro se aproximou e disse abaixando a cabeça. – Me desculpe também, mas estou fora.

– Não é necessário se desculparem. Eu entendo. Obrigado a todos por tudo.

Eles se retiraram, as ambulâncias levaram os feridos e o IML os mortos.


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Notas finais do capítulo

"Ryuk: Light... Ah! Light. Quanto ainda posso esperar de você?

Mesmo agora tudo sempre remete a ele. Por mais que eu tente esquecer, fingir que tudo foi a tempos atrás e viver esse momento não consigo. Como um Deus da Morte eu matei inúmeras pessoas sem nunca parar para pensar direito sobre isso. Se eram boas ou más, se suas famílias sofreriam, que consequências trariam e muito menos se e como isso me afetaria. Mas com o Light é diferente. Por mais que eu tente, por mais que eu me esforce ele sempre volta, como se estivesse sempre por perto observando. Como se fosse um fantasma ele sempre vem para me assombrar.

Agora consigo entender um pouco melhor a Maisy. Se ele encontrou uma maneira de falar com ela, aposto que ela também se sente nessa situação em que me encontro constantemente. Só que isso me leva a mais perguntas.

Se Light conseguiu mesmo conversar com ela, lhe guiar, lhe ensinar e tudo mais que ela me disse por que não fez o mesmo com o garoto? Conhecendo-o bem ele tentaria influenciá-lo para poder usá-lo. Light não polpa esforços nem ninguém para conseguir o quer.
Se sabia da Maisy devia também saber do rapaz. Por que não fez nada com relação a ele?

Isso é estranho. Sou eu ou de repente toda essa história da Maisy começa a parecer simplesmente loucura?"



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