Death Note: Os Sucessores - 2 Temporada escrita por Nael


Capítulo 30
Cap. 29: Sayu Yagami


Notas iniciais do capítulo

"Por quanto tempo, por quanto tempo vou deslizar?
Separado da minha metade, eu não
Eu não acredito que seja ruim
Cortar minha garganta
É tudo o que eu sempre..."

Música: Otherside - Red Hot Chili Peppers



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Maisy terminava de contar os acontecimentos a Ryuk, claro que omitindo e pulando algumas partes. Como por exemplo, quando abraçou o irmão. Mas ele observou que Scott se mostrou um tanto desconfortável quando ela contou sobre Sophie lhe dizer que ela estava sendo usada, que tentou enganá-la e sua morte na televisão.

— Hum... – Ryuk colocou a mão no queixo pensativo. – Parece que perdi mesmo muita coisa.

— É perdeu. E quanto a você? O que aconteceu?

— Bom, eu quebrei umas regras e eles vieram atrás de mim. Pode-se dizer que passei um tempo na cadeia, mas consegui fugir com a ajuda de um velho amigo.

— Sei. E como tem certeza de que não vão voltar a capturá-lo? – ele olhou para a garota. – Ou você não pensou nisso? – ela falou debochando.

— Não vão voltar. Pelo menos tão cedo. Eu aprimorei meus poderes. Não podem mais me capturar.

— Ótimo. Mas vamos manter você afastado do shinigami da Misa.

— Certo. Posso perguntar o que está fazendo aqui? – ele se virou para Scott.

— Como Maisy disse, eu estou do lado de Kira.

— Graças a ele conseguimos derrotar Safira e agora Kira é a justiça. E também me ajudou a voltar para casa. Todos acreditam que Kira e Katsu me salvaram da sociopata que acabou sendo morta. Não é magnífico? – ela se jogou na cama rolando de um lado para o outro. – Mas e então Ryuk? Foi apenas isso? Não fez mais nada de interessante lá no Mundo dos Shinigamis?

— Não. Nada.

— Se eles descobrirem o que fez com o caderno e forem até o Palácio e...

— Tudo bem, eu a trouxe junto. – ele se referia a lápide e Maisy achou estranho ele estar falando tão vagamente.

— Hum...

— Então não serei posto fora do jogo de novo. – ele riu, mas parou logo em seguida vendo o olhar de Scott que o fitava com as mãos no bolso da jaqueta. Que medo. O que há com ele?

— Bom, Maisy tenho que ir. – Scott se levantou ao mesmo tempo que alguém bateu na porta e entrou. Era a mãe de Maisy. – Ah! Olá Senhora Takeshi. – ele ficou na frente dela.

Por favor Scott, pode me chamar pelo primeiro nome. Vim avisar que preparei um lanche para vocês. – Maisy aproveitou e colocou o caderno calma e discretamente debaixo do travesseiro. Isso que dá não poder trancar a porta. Malditos pais preocupados. Pelo menos tenho Scott para me ajudar. Conseguimos sincronizar nossos movimentos perfeitamente.

— Sinto muito, mas estou atrasado para outro compromisso. Só vim terminar mesmo o projeto com a Maisy. Quem sabe outro dia.

— Claro. É sempre bem vindo. Faz muito bem a Maisy, especialmente agora.

— Mãe. – a garota resmungou se fazendo envergonhada. Que belo teatro, Maisy.

— Certo, certo. – a mulher falou. – Eu te acompanho até a porta.

— Obrigado Senhora Tak... Lain. – e assim ele se despediu de Maisy e saiu.

— Maisy tenho que te falar algo importante. – começou Ryuk alarmado enquanto ela voltava o caderno para a estante de livros.

— Deixei as mortes com Misa hoje, então pode falar. Estou completamente disponível.

— Eu encontrei Light no Mundo dos Shinigamis. – ela pareceu se surpreender por um tempo, mas logo depois voltou a sua expressão normal.

— Ah! É. E daí?

— Foi ele quem me ajudou a escapar e controlar as almas.

— Então está devendo mais essa à Kira.

— Esse não é o ponto Maisy! Eu contei a ele sobre você, bom, mais ou menos. De qualquer maneira quando eu perguntei sobre como era sua aparência ele me respondeu que não sabia já que nunca a viu. – ela se virou para o Deus da Morte. – Eu também perguntei como ele conseguiu então falar com você, mas... Ele disse que isso nunca aconteceu! Ele disse que não te conhecia e só soube da sua existência através de mim.

— O que está dizendo Ryuk? Isso é alguma brincadeira que você julga divertida?

— Não. O assunto é serio! Lawliet estava lá também, estava justamente vigiando ele e a mim. Não tem como ele ter falado com você.

— Impossível! Eu tenho certeza de que falei com meu pai. Como você explica então tudo o que sei?

— Não sei. Mas como você é a inteligente tenho uma outra pergunta... Como você explica a queda desse Death Note? – apontou para a estante.

— Você mesmo acabou de dizer. Você não é muito inteligente. – ela o encarou sorrindo de canto. – Além disso, se você conseguiu voltar por que não ajudou meu pai a fazer o mesmo?

— Ele não pode atravessar. Está preso no pur... Num outro lugar, não exatamente no Mundo dos Shinigamis. Tanto ele quanto Lawliet conseguem atravessar as dimensões. Detalhes que não posso falar com você.

— Aonde quer chegar com tudo isso? – ela começou a se assustar como não acontecia há muito tempo.

— Você me contou que a L disse que você estava sendo usada. Bom, eu acho que ela pode ter razão. Além disso, o nome.... – ele parou subitamente e levou as mãos a barriga e ao peito.

— Ryuk? – Maisy se aproximou. – O que foi? Não me diga que a maçã te fez mal.

— N-Não... E-Eu... – ele abriu as assas instintivamente e Maisy recuou. – O v-ve...r..dade – ele soltou um grito de dor e se contorceu, primeiro caindo no chão, depois flutuando e então saiu pela janela.

— RYUK! – Maisy gritou vendo-o parti.

M-Mas que droga. Como é possível que... Arg! Yagami seu maldito. E-Então como suspeitei é v-você que está por trás da Maisy, você que e-está enganando ela... Haaa!

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Sayu corria. Tinha acabado de sair do hospital. Aconteceu que depois da morte de L ela teve um desmaio e teve de ser internada. Ficou semiconsciente ou totalmente inconsciente na maior parte do tempo então não pode receber visitas nem ligações. Então agora que tinha recebido alta, apesar das inúmeras dores que sentia especialmente no peito ela havia se trocado e corria pelas escadas até a recepção.

— Preciso usar o telefone. – falou à recepcionista ofegante com a mão no peito. – Para que venham me buscar. – concluiu um tanto mal e pensou que isso poderia atrapalhar e que a mulher a mandaria para o quarto depois, então usou todas as suas forças para transparecer calma e tranquilidade.

— Certo. Entre aqui, por favor. – ela passou para o lado de dentro do balcão. – Ali dentro. – a moça mostrou uma porta branca. – Tem um telefone na mesa à esquerda. Pode usá-lo.

— Obrigada. – ela se apressou. Abriu a porta e na viu mais ninguém. Entrou e trancou. Tenho que avisá-los logo. Não dá tempo de ir até lá. Se dirigiu até o telefone lembrando o numero de Maisy. Foi quando ouviu um click e sentiu o metal na sua nuca.

Devia ter observado melhor a sala, devia ter visto como fora fácil demais conseguir um telefone ali.

— Sayu Yagami, coloque o telefone no gancho e levante as mãos devagar. Se fizer algum movimento brusco eu atiro em você. – ela obedeceu. A voz era feminina, mas pelo reflexo do vidro da janela que usava roupas claras, touca e máscara de enfermeira.

— Quem é você? – perguntou. – O que quer? Está com...

— Silêncio. – ela apertou a arma mais forte contra sua nuca. – Pare de falar alto para chamar a atenção e escute. Nós somos os responsáveis por você ter vindo parar no hospital. Saiba que colocamos um chip rastreador em você enquanto esteve internada...

Sayu reagiu chutando a mulher e saindo da linha de tiro, mas a mulher foi rápida e a puxou pelo braço jogando-a contra a parede. Foi então que ela começou a sentir uma enorme dor no peito e por um instante achou que estava tendo um ataque cardíaco.

— Vê se fica quieta e me escuta. Colocamos também um marca-passo VDD em você já que teve, ou melhor, causamos um bloqueio cardíaco. – Sayu estava ofegante e foi jogada no sofá ainda sob a mira da arma. – Você é medica, não é? Então sabe o que isso significa... Ou será que comprou diploma?

— É um marca-passo bicameral, com um eletrodo, atrial e ventricular, pode sentir o átrio e ventrículo e estimula o ventrículo, sincronizando o ritmo.

— Exato. E você sabe qual é o grande vilão para quem tem um marca-passo?

— Ondas eletromagnéticas. – sua respiração voltou ao normal e ela falou com um pouco mais de raiva. A mulher colocou a mão dentro do jaleco e tirou um pequeno aparelho que parecia um celular.

— Este é um celular adaptado. Ele consegue emitir ondas eletromagnéticas suficientes para que todas as pessoas com marca-passo nesse hospital morram.

— O que você quer de mim, então?

— Aqui. – ela guardou o aparelhos e esticou uma pequena caixa de papelão para ela. – Abra. – Sayu obedeceu. – Há um fone interno que você deve usar o tempo todo cobrindo sempre a orelha com o cabelo. O colar e os acessórios de cabelo contêm cada um uma microcâmera e a pulseira e cinto são escutas. Você vai usar isso a parti de hoje, o tempo inteiro. Além desses aparelhos outros já foram instaladas na sua casa também. Vamos mudar os acessórios periodicamente para que não pareça suspeito. Se você tentar contar a alguém, se abrir a sua grande boca, tentar matar qualquer um ou não seguir nossas ordens, se perdemos você de vigilância por um segundo que seja acionamos o chip rastreador e... Bom. Você sabe melhor do que ninguém o que acontece com a pessoa quando um marca-passo e ondas eletromagnéticas se encontram.

— Sim. Ela tem uma parada cardíaca.

— Então coloque tudo agora. Saiba que há mais pessoas nos vigiado se tentar fugir ou mesmo me atacar atiramos em você sem hesitar. Tê-la viva pode ser uma vantagem, mas morta também não faz diferença nenhuma. É a irmã de Light Yagami então seja esperta, tá.

Sayu mesmo a contragosto obedeceu enquanto a mulher continuava apontando a arma para ela.

— Então... Quem é você?

— Pode me chamar de Naomi. – Naomi? Que brincadeira mais sem sentido. Óbvio que é uma referencia à Naomi Misora.— Pronto? Então vamos.

— Como assim?

— Vou te levar até em casa. Ainda precisa de cuidados por conta do marca-passo. Não quero que se esforce muito correndo até a Maisy. – Ela sabe! Então minha teoria está certa. Ela...— Vamos testar toda a aparelhagem antes que você possa voltar a se encontrar com eles. – elas saíram pelo corredor até chegarem ao carro preto. Naomi a acompanhou de perto fingindo a ajudar a caminhar.

— Vai me fazer de informante?

— Algo assim. Mas também vigiá-la. Não podemos correr o risco de você falar mais do que deve.

— Então não pode me matar. Seria suspeito, não é mesmo.

— Sim. Mas Maisy nunca ligaria uma coisa na outra, afinal você é a única que teve os meios de descobrir já que mentiu para todos esse tempo inteiro. Então mesmo que te matasse em nada ajudaria, além do fato de que você não quer morrer. É vaidosa demais para isso. Prefere assistir a morte da sua sobrinha, não é? – elas entraram no carro de vidros escuros onde havia um motorista também mascarado. Naomi a colocou no banco de trás e voltou a apontar a arma para ela. O motorista deu a partida.

Droga. Fui pega. Agora tudo está perdido. Não... Calma Sayu. Você pode se livrar dessa. Não se desespere. Light conseguiu usar L como próprio álibi quando fizeram o mesmo em nossa antiga casa. Claro que ele não estava grampeado como eu, mas com certeza conseguirei driblar essa vigilância. Sou muito boa nisso. Preciso apenas me acalmar e pensar com cuidado.

Maisy. Se eu conseguir contar a Maisy em forma de código, dando pistas ou algo do tipo ela poderá me ajudar. É isso. Tenho que encontrar uma maneira de contar tudo a ela.


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Notas finais do capítulo

"Matt: Continuamos revirando as lápides até finalmente encontrar o que queríamos. Uma lápide em branco. Subimos de volta a superfície, Mello terminou sua última barra de chocolate e eu meus dois últimos cigarros.

— Estamos na pior. – falei olhando pro papel pratiado na mão dele.

— Esse é o menor dos nossos problemas. – ele estava sério.

— Qual o problema? Não está saindo tudo de acordo com seu plano?

— Está. Esse é o problema. – eu ousei rir.

— Mello só porque antes o Near tava sempre dando um jeito de estragar tudo e agora as coisas correm bem não quer dizer que algo esteja errado.

— Eu não apostaria nisso. Agora em vez de Near temos o próprio L para nos preocupar.

— Sabe o que eu fico pensando. – ele olhou pra mim. – Você queria mesmo suceder esse cara? Porque sinceramente se me oferecessem o cargo eu não aceitaria.

— Antes sim, sempre admirei o L, mesmo que agora haja uma grande chance dele se tornar um problema. Mas pensando bem eu não poderia ocupar o lugar dele. Nunca tive a chance e mesmo se tivesse acho que acabaria não aceitando. – ele amassou o papel. – Sejamos franco, esse cargo sempre foi do Near. Eu só queria vingança.

Ele parecia furioso e ao mesmo tempo deprimido e feliz. Só mesmo Mello para conseguir mesclar tantas emoções numa expressão só. E eu sempre achei isso assustador.

— Não preferiria contar logo tudo pro Lawliet? Tenho certeza de que ele nos ajudaria se soubesse a verdade.

— Ele nos controlaria. E eu não serei mais usado por nenhum deles. – sorri. – O que foi?

— Nada. É só que eu sou sempre usado e você nunca me viu reclamar disso.

— Nunca –ele ergueu uma sobrancelha. – Eu sempre te paguei muito bem, nunca teve do que se queixar.

— Não está me pagando agora.

— Te tirei daquele lugar não foi? Pare de bancar o revoltado Matt.

Caminhamos de volta para o lugar onde o véu era mais fino e poderíamos atravessar de volta à nossa dimensão sombria e fria. Mello parou alguns metros antes e ficou com encarando o chão.

— Qual o problema?

— E se ele conseguir? E se não pudermos impedir?

— Do que está falando? Seu plano é brilhante. Você até descobriu como atravessar o portal, sua vantagem é grande.

— Você disse a mesma coisa quando roubei o Death Note do Yagami e no final eu acabei tendo que me explodir.

— Aonde quer chegar?

— E se eu estiver fazendo tudo errado de novo? Se eu estiver sendo orgulhoso demais?

—– Se pensa assim conte ao Lawliet. Eu ainda acho que é uma boa opção. – ele ficou pensativo. – Sei que ele vai nos entender. Afinal não é como se os objetivos dele fossem tão diferente dos nossos. Seria uma troca mútua. Ele quer proteger o Mundo dos Humanos dos Death Notes, você quer controlar o portal e eu só quero continuar tendo meus cigarros. O único inconveniente nisso tudo é o Rei.

— E se alguém tem a confiança dele mesmo que seja pouca é o L. – ele finalmente voltou a olhar para mim. – Leve isso para o local combinado. – e se virou. – Vou logo em seguida.

— Entendido.

Mello... Meu irmão bastardo, mimado e arrogante. Quem diria que depois de tudo você acabaria correndo pro L. Não, quem diria que você acabaria sendo mais racional do que emocional. Só quero ver o que vai aprontar quando descobrir que Lisa, nossa querida amiguinha de internato é a irmã do Lawliet."


Próximo capítulo dia 13/01 às 16h:10m.
Estou viajando, mas deixei tudo programado. =D
Bjs!!!



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