Death Note: Os Sucessores - 2 Temporada escrita por Nael


Capítulo 3
Cap. 2: Há 19 anos - Parte 2 : Herdeiros de Kira


Notas iniciais do capítulo

Não sei exatamente o que dizer.
Deixo por conta da música:

"Se eu morrer antes de terminar
Você vai decidir
Leve minhas palavras e as transforme
Em sinais que sobreviverão"
Música: Brendan's Death Song - Red Hot Chili Peppers

Quais quer erros ortográficos avisem nos comentários, tá.



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Misa apesar de lamentar a morte de Light estava animada com a gravidez. Ela achava que seriam dois garotos que seguiriam os passos do pai, eram os herdeiros que criariam e governariam o novo mundo. Afinal, ainda havia um Death Note desaparecido.

Quando descobriu que um dos bebês era uma menina foi como se todos seus sonhos pré-idealizados tivessem ido por água abaixo e ela não gostou nada da noticia. Tinha a visão de dois gêmeos parecidos com Light que de alguma maneira o vingariam, então se dedicava apenas ao menino.

Com o resto do dinheiro que tinha das campanhas publicitárias comprou todo o enxoval dele. Se não fosse por Matsuda a menina teria ficado sem nada.

– Misa já decidiu o nome dela? – Matsuda perguntou enquanto acompanhava um ultrassom. O médico usava máscara, claro.

– Não. – ela respondeu.

– Que tal colocar um nome igual a de um parente. Qual era mesmo o nome da sua mãe?

– Não. Não quero esse nome eu só quero o... Se é tão importante assim escolha um você Matsuda.

– Tá. Vou levar alguns para você ver se gosta.

– Pode ser, tanto faz.

– E o menino?

Ela mudou completamente, em um instante ficou mais animada, os olhos mais radiantes e o semblante feliz.

– Eu escolhi alguns nomes, mas ainda não me decidi. O do meu pai é bonito, mas quero um que combine mais com Yagami...

E assim se arrastaram os nove meses. Matsuda estava sempre perto cuidado e ajudando Misa que parecia não gostar mesmo da garota. No dia 28 de julho de 2013 os gêmeos nasceram. A menina por alguns minutos ficou sendo a mais velha, mas por conta disso o menino nasceu com problemas respiratórios e foi levado imediatamente para a UTI.

Uma semana depois a menina já estava junto com Misa numa das alas do hospital enquanto o menino continuava internado. Matsuda a tranquilizava e ajudava a cuidar da garota que ainda não tinha nome.

– Misa, eu sei que está preocupada com ele, mas sua filha precisa de você. Ainda não lhe deu nem o nome. Ela precisa ser registrada e...

– Disse pra escolher um. – Misa gritou irritada sentada numa poltrona enquanto Matsuda balançava o berço.

– Tá. Que tal algo com M assim como o seu. Mira ou Mika?

Ela não respondeu. Ele voltou ao trabalho e Misa ficou sozinha lamentando seu destino. Pediu aos guardas e aos médicos para ver seu filho, mas não permitiram. Seu estado era delicado e ela não entrava na UTI nem para amamentá-lo.

Numa noite depois de mais um pedido recusado ela teve um ataque de fúria e jogou uma cadeira na parede. A garota começou a chorar e Misa se virou furiosa pra ela.

– É tudo culpa sua. Por que teve que nascer primeiro? – ela se aproximou do berço. – Por que teve que existir? Você tinha que ser um garoto, nunca conseguirá ser como seu pai e agora vai matar o filho dele, o legado do Light. Quer saber, já vou ser morta por assassinato, vou te mostrar o que acontece com aqueles que tentam impedir Kira e seus planos.

Os guardas ouviram seus gritos e o choro da criança, entraram no quarto a tempo de ver Misa pegando o travesseiro e tentar sufocar a própria filha. Imediatamente a impediram e a prenderam.

– Maldita, é tudo culpa dela. Eu perdi minha vida, minha juventude, minha beleza e Light vai perder seu sucessor por culpa dela. – ela gritava. – Ah, me perdoe Light, eu não pude nem lhe dar sucessores decentes! Eu não... –os médicos aplicaram um calmante.

Eles levaram a garota de volta ao hospital onde os médicos disseram que não haveria sequelas. Ela teve muita sorte. Misa foi parar na Clínica Tamashī e Matsuda a interrogava.

– Por que fez uma coisa dessas Misa? Eu não consigo entender. Você estava tão empolgada com a gravidez.

– Isso foi antes de saber que era uma menina.

– Misa... Ele não é o Light, não vai substituí-lo muito menos continuar de onde ele parou... De onde vocês pararam. Kira nunca voltará.

– Você é que pensa. – ela disse ameaçadora. – Qual é Matsuda, olhe ao redor. O mundo está podre de novo.

– Tem razão, mas estamos fazendo de tudo pra limpá-lo. Eu acho o poder do Death Note incrível e os ideias do Light nem totalmente errados...

– Então nos ajude Matsuda. – ela segurou as mãos dele sob a mesa fria. – Você consegue entender o que fizemos.

– Eu não disse isso Misa. O Death Note é incrível, mas não é a melhor maneira de arrumar a bagunça do mundo.

– Acha que usar o caderno é errado assim como todos os outros.

– Não. Eu apenas disse que não é a melhor maneira... Ah! Quero dizer... O poder dele é demais para os seres humanos...

– Você é um fraco Matsuda! – ela disse com raiva e ele ficou surpreso por um instante e depois ficou irritado também.

– Já chega Amane. Eu sou o policial aqui. – ele se levantou. – Eu tentei muito te ajudar, mas você não quis Misa. Basta! Posso ser mesmo um fraco por tentar ajudar uma pessoa como você, na verdade um idiota como Ryuuzaki sempre disse, mas pelo menos eu não tentei matar minha própria filha. Pelo menos eu não fico ai dependendo de um imbecil como o Light nem sonhando que ele vai voltar. – ele caminhou até a porta. – Eu devo estar errado, você deve ser mesmo da mesma laia que o Kira porque realmente não sei como consegue conviver consigo mesma Misa Amane.

Depois disso Misa pareceu ficar cada vez pior. Talvez tivesse se dado conta da realidade. Os médicos a mando de Near fizeram ela acreditar na morte não só do garoto, mas da menina também. Ela estava convicta de que o legado de Light estava acabado e enlouqueceu de vez.

O menino foi mandado para a Wammy’s House e a menina para vários orfanatos no Japão até ser definitivamente adotada aos dez anos pelos Takeshi. Antes disso não tinha se adaptado a nenhuma família.

O menino cresceu na Wammy’s onde sempre se destacou um pouco pela facilidade em tudo. Ao contrário de algumas crianças ele tinha o talento mais que natural para resolver os problemas que tinham que lidar todos os dias. E isso chamou a atenção de Near, ele não queria, mas tinha que recrutá-lo. Tinha que acabar com toda a farsa e deixar o jogo acontecer.


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Notas finais do capítulo

"Near: Annie encontrou as peças e Sophie resolveu o quebra-cabeça.Quando elas descobriram a verdade sobre Steve e seus pais ficaram em choque. Eu havia contado aos três sobre o Caso Kira cada detalhe, mas ocultei a parte de Misa estar grávida. Elas vieram falar comigo sobre o que deveriam fazer.

Annie não sabia se contar a verdade a ele era a melhor opção, receava que ele pudesse acabar ficando como o Light. Sophie por outro lado acreditava em Steve, mas não admitia. Dizia apenas que tinha feito uma promessa a ele. Deixei que elas resolvessem isso e algumas horas depois Steve me apontou uma arma. Só que não atirou. Eu não esperava que ele fizesse isso, mas também não esperava que ele agisse de forma tão pacífica. Ele nunca pensou em se vingar, em tirar a historia a limpo, ele não queria ser filho do Yagami e faria de tudo pra provar que era diferente dele.

Com isso, no dia em que víamos Annie parti Sophie me perguntou:

— Sabe professor, eu me pergunto... Como andará Maisy Takeshi?

Eu também nunca havia comentado sobre isso com ninguém. Nesse momento eu sabia que não havia mais dúvidas. Ela era o Novo L. E eu deveria morrer."