Death Note: Os Sucessores - 2 Temporada escrita por Nael


Capítulo 2
Cap. 1: Há 19 anos - Parte 1: Reunião


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Aconteceu de tudo só porque ia publicar o capítulo.
Mas então... Vamos retomar a guerra. Agora voltando ao seus primórdios. O jogo tem que continuar.

"Sangue novo junta-se a esta terra
E, rapidamente, ele é subjugado
Pela constante e dolorosa desgraça
O jovem aprende as regras deles
.....
O que eu senti
O que eu soube
Nunca refletiu no que eu demonstrei
Nunca livre
Nunca eu mesmo
Então eu nomeio-o o Imperdoável"
Música: The Unforgiven - Metallica

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– Tudo certo, senhorita Amane. Pegue o resultado amanhã de tarde. – disse a recepcionista do laboratório.

– Está bem. Obrigada. – Misa respondeu toda contente. – Eu sei que vai dá positivo.

Ela deixou a clínica onde tinha acabado de fazer um exame para comprovar a gravidez. Uma de suas maquiadoras achou seus enjoos e tonteiras suspeitos.

Agora mesmo que o Light não tivesse me pedido vou ter que deixar meu trabalho de modelo e atriz. Mas sei que ele vai ficar super feliz quando descobrir que vai ser papai... Eu ainda poderia posar grávida. Não. Isso é perigoso agora que recuperei minhas memórias. Ah! O importante é que vamos nos casar, eu estou grávida e mesmo que fique gorda e feia Light vai continuar a me adorar, ele disse que me ama. – ela seguia toda contente pela rua. – E Kira nunca esteve tão invicto. É um belo e novo mundo para ter um filho.

Light estava ocupado com toda a preparação para encontrar Near então Misa esperou pra contar a ele a novidade, queria estar com todos os papéis em mão. Vai ser a melhor surpresa do mundo pra comemorar a morte de N e do resto da SPK.

Light já tinha saído quando ela pegou o resultado confirmando que estava grávida. Misa estava ansiosa esperando a volta de Light no apartamento. O celular dele não atendia, o do Matsuda e dos outros policiais também não.

– Será que ainda estão com N? Ou será que Light conseguiu matar todos eles?

Uma sombra pairou sobre ela e a loira se virou para a varanda onde ele estava agachado no parapeito.

– Ryuk... Ah! Que bom que você chegou. O Light também voltou? – ela correu pra perto dele. – Não tem problema. Você é como se fosse da família, então vou te contar primeiro.

– Ah! Misa... – ele tentou avisá-la.

– Eu estou grávida Ryuk! Light vai ser papai e você... Bom, você pode ser o Tio Ryuk. – ela riu. – Mas não fale nada que eu te contei primeiro, viu. Quero fazer uma surpresa pro meu Light.

– Hã? Ata. Eu sei disso. Dá pra ver o tempo de vida deles do lado do seu. Só que estão zerados. Os números só aparecem depois que nascem. Mas Misa não era isso que eu queria te falar. Vim te avisar que...

– Você esta falando no plural? Quer dizer que são dois? São gêmeos? Haa Light via adorar, mas aí ele vai saber que te contei.

– Misa o Light está...

– Já sei! Eu conto pra ele e você fala isso, tá.

– Misa você tem que fugir. – ele perdeu a paciência e falou descendo do parapeito antes que fosse interrompido de novo.

– O que? Por que? – bateram na porta e Misa saiu correndo. – Ah! Light, Light você não vai acreditar...

– Ai. Não adianta mesmo. Pelo menos eu tentei. – Ryuk levantou voo e voltou ao seu mundo. Foi a última vez que viu a moça pessoalmente.

Misa abriu a porta e viu Matsuda, Mogi e Aizawa, os outros policiais usavam máscaras e armas.

– O que é isso?

– Misa Amane. – um garoto de cabelos brancos com uma máscara que lembrava Ryuuzaki saiu do meio dos homens. – Você está presa sob acusação de ser o Segundo Kira e cúmplice de Light Yagami.

– O que? – mas que depressa os policiais a seguraram e vendaram seus olhos. – Mas o que... Onde está o Light?... Me soltem. Não podem fazer isso. Light, Ligh... Ryuk... – eles a amordaçaram.

– Yagami está morto. – disse Near, Misa se debateu e soltou um grunhido. – O shinigami o matou. Está quase acabado.

Misa era levada sob gritos abafados e os homens começaram a revirar o apartamento em busca de evidências. Matsuda confiscou a bolsa de Misa e foi quando viu o papel.

– Essa não...

– O que foi Matsuda?

– Misa está grávida. – ele mostrou o papel.

Algumas semanas depois eles discutiam sobre a pena de morte de Amane. A SPK achava que ela ainda poderia ser útil e dizer onde estava o caderno desaparecido quando comprovaram que o outro caderno era falso. Os policiais japonês, com exceção de Matsuda que não tomava partido, queriam a sua morte logo após o nascimento dos gêmeos. Mas todos se viraram e encararam o adolescente de cabelos brancos que brincava com legos. A palavra final e absoluta cabia ao Detetive L.

– Então Near como vai ser? Temos que resolver isso logo.

– De fato ela pode nos levar ao caderno... Se ela souber onde está. Talvez Yagami tenha escondido a localização até mesmo de Amane e ela realmente não saiba nada. Neste caso... – ele bateu o dedo derrubando uma pilha de legos que se desmontou. – Mas este é um pequeno problema passageiro.

– Pequeno? – disse um dos policiais.

– Passageiro? – outro se irritou.

– Sim. Se eu interrogá-la uma única vez já será suficiente e eu terei me decidido. O que em preocupa mesmo agora é a sua gravidez.

– O que tem isso?

– Essas crianças não deveriam existir. – todos se espantaram com a fala do garoto. – Aposto que muitos acham o mesmo, mas é considerado errado sequer pensar isso, imagine então falar.

– Mas...

– O fato é que os filhos só podem ser duas coisas com relação a seus pais. Ou são extremamente diferentes ou absolutamente iguais. Como são gêmeos eu receio que um siga os passos de Light Yagami. Talvez fique pior que ele... E eu não posso deixar isso acontecer. Até porque implicaria na morte de todos aqui.

– Isso é um absurdo Near. – Matsuda se irritou e gritou. Pela primeira vez na vida estava tão quieto que nem se lembravam que ele estava lá. – Essas pobres crianças nem nasceram e você já está jogando com elas. NÃO! Elas não tem culpa dos pais que tem, não devem ser punidas nem julgadas pelo que Light fez.

Ele parou e tomou fôlego, depois apoiou as mãos na mesa e olhou para o garoto.

– Eu não vou deixar que nada aconteça aos filhos da Misa. Protegerei aquelas crianças custe o que custar. E não deixarei ninguém, mas absolutamente ninguém lhes fazer qualquer mal.

– Matsuda, seu idiota. – gritou Aizawa. – Assim você parece estar ameaçando o L.

– Eu sei. É exatamente isso.

– Matsuda...

– Está tudo bem. – disse Near por fim. – Eu compreendo Sr. Matsuda. Sendo assim eu acho que podemos chegar a um acordo.

– Que acordo?

– As crianças ficam vivas, mas separadas. Nenhuma pode se quer saber da existência da outra. Muito menos sobre seus pais. Vamos tentar manter tudo em segredo o maior tempo possível.

– Certo. Parece uma boa ideia, mas... Não seria o caso de cuidarmos delas, então? Eu poderia adotá-las...

– Se fizer isso será um homem morto. Quando elas descobrirem sobre seus pais, uma hora isso vai acontecer, ao menos uma, se tiver sorte, vai querer se vingar. Afinal você atirou no Yagami.

– É, mas posso... Olha, podemos cuidar delas, contar a verdade e fazer com que entendam e fiquem do nosso lado, se é este o caso e...

– Não. Para uma criança é muito simples. Existe apenas um lado bom e um mal. E o que ela julgar mal tentará eliminar. É tão simples quanto montar um quebra-cabeça. Não vamos conseguir induzi-las a nos dar a razão por muito tempo, pelo contrário, isso só faria com que tivessem mais ódio.

– Certo. Então vamos seguir seu plano. – Matsuda cruzou os braços.

– Ah! Sim. Mais uma coisa. Um deles vem comigo. Vai para a Wammy’s House.

– O que? Se é assim por que não posso ficar com uma delas? Afinal você é o L, é tão ou mais culpado quanto todos nós aqui pela derrota do Light.

– Sim. Mas não terei contato com a criança. Além do mais precisamos ficar sempre de olho nelas. Assim como em Amane. – ele continuou a montar os legos. – É isso ou... – ele bateu o dedo numa pilha que caiu em efeito domino derrubando outras. – E aí eu começarei uma guerra contra você Sr. Matsuda. E acredite, assim como Ryuuzaki eu odeio perder. E se eu jogar com o senhor é claro que irei ganhar.

– Está dizendo que sou b...

– Estou dizendo que sou o L. – ele alterou um pouco a voz. – Minha palavra tem mais peso e valia. Veja bem, não se trata de inteligência ou força. Será um jogo de poder, por isso irei ganhar.

Matsuda fechou a cara e parecia furioso.

– Eu quero ajudá-lo a fazer o melhor para as crianças por isso digo tudo isso. – o garoto voltou a montar o lego. – Não sou seu inimigo Matsuda.

– Eu sei. – ele suspirou e abaixou a cabeça. – Mas a sua sinceridade às vezes é uma maldição.

Ele parou de montar o brinquedo olhou para Matsuda um tanto espantado e voltou ao trabalho.

– De fato é. Tenho um pedido Sr. Matsuda.

– Qual? – ele perguntou exausto.

– Ficaria responsável pelo Caso Amane? Tomaria conta do monitoramento e tudo mais referente a Misa?

– Sim. Farei isso.

– Ótimo. As peças estão todas em seu devido lugar. Está finalizado. – ele colocou a ultima peça e reorganizou a ordem das torres de modo que em meio ao colorido das peças, quando olhado de cima, no centro em branco se formava a letra L.

– Então Misa Amane não será condenada a morte? – perguntou um dos agentes da SPK.

– Não, por enquanto não. Sinto que ela ainda me será muito útil.


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Notas finais do capítulo

"Near: Eu sabia que não havia acabado. Que mais cedo ou mais tarde o confronto iria recomeçar. Kira estava morto, mas não derrotado.

Eu sempre soube que aquelas crianças trariam tudo de volta e por mais que eu tomasse as devidas precauções não poderia evitar aquilo pra sempre. Tudo o que eu poderia fazer era preparar alguém que pudesse me suceder, terminar a luta que comecei. Algo que Ryuuzaki nunca pensou direito.

Hoje eu vejo que também cometi meus erros e deixei Sophie com toda a responsabilidade. Talvez eu deva mesmo retornar, essa guerra também é minha. E se para deter Kira eu tiver que perder, eu tiver que morrer será um sacrifico pequeno para garantir a vitória do Rei."