Death Note: Os Sucessores - 2 Temporada escrita por Nael


Capítulo 11
Cap. 10: Os Olhos de Kira


Notas iniciais do capítulo

"Só essa noite eu ficarei
E nós jogaremos tudo fora...
E se eu, se eu acabar
Será só por sua causa
Só essa noite."
Música: Just Tonight - The Pretty Reckles

Com mais presa do que nunca, qualquer erro avisem lá nos comentários.



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Misa corria pelos corredores com todas as suas forças. Esse lugar é enorme. Parece até a Clínica Tamashi. Precisava encontrar o Novo Kira rápido. Ryuk lhe contara, durante seu pequeno vôo pela cidade, que ela estava com problemas, que L tinha encurralado-a. Bom agora ela daria, mais uma vez, a Kira a vantagem. Ela seria seus olhos.

Chegou até o pavilhão onde ela devia estar. Não sabia quem era, seu rosto estava coberto aquela noite e as vezes que se falaram pelo comunicador foram rápidas, durante os banhos de Misa.

Estavam planejando alguma maneira de levar L até a Clínica, fazer com que interrogasse Misa de novo e talvez assim obter alguma informação. Mas não foi preciso, Maisy conseguiu repensar uma nova estratégia e chegar até o grande detetive. Ela só não esperava que L tivesse um contra plano e nunca cogitou outra coisa senão o seu absoluto sucesso.

Os guardas, apesar de serem gentis não lhe deixaram passar do saguão. As ordens de Kira eram claras: queria completo e absoluto sossego para analisar a situação e pensar em uma nova estratégia.

– Vocês não entendem. Talvez nem saibam da onde vem o poder de Kira, sobre a espécie do Ryuk, mas é muito importante que eu fale com ela agora. Depois da minha informação ela pode ganhar esse jogo. – a mulher implorava para os homens que se mostravam indiferentes a tudo.

– Desculpe. As ordens são claras. E a senhora deveria estar na ala hospitalar.

Senhora? Não sou tão velha e não estou tão acabada... Misa suspirou. Estava voltando a ser ela mesma.

– Vocês acreditam em Kira e seus propósitos?

Os homens estranharam aquilo, mas responderam com um sim energético.

– Entraram aqui dispostos a tudo, até mesmo darem suas vidas em nome desse propósito?

Ela estava jogando um jogo um tanto injusto. Os homens que haviam ficado no galpão onde Ryuk a deixará caminharam para a morte certa. O shinigami anotou o nome de todos e estabeleceu a hora da morte. Assim mesmo que fossem capturados ou algo do tipo L não teria nada e Misa conseguiria fugir. Todos sabiam e haviam concordado com isso. E se foram capazes de tal coisa para proteger Misa apenas para que ela pudesse levar informações até Kira com toda certeza fariam ainda mais por ela em pessoa.

– Estamos aqui para fazer o que for preciso em nome do Deus Kira. Sacrificar nossas vidas será meramente relativo. – disse um dos homens.

– Se para alcançar esse propósito maior tiver que morrer que assim seja. Sei que terei ajudado a construir um Novo Mundo, que se lembrarão de mim e meu sacrifício. Morrerei feliz defendendo os ideais de Kira, o nosso Salvador. – concluiu o outro.

– Mesmo que não saibamos de todos os segredos da irmandade, nossa lealdade é inquestionável, a senhora nos ofende com essas perguntas. – rebateu o primeiro.

– Me perdoem. – ela tirou um caderno preto da cintura que a jaqueta cobria. – Queria apenas confirmar. Afinal pessoas inocentes e boas não devem morrer. Foi o que Light me disse, mas claro que alguns sacrifícios são necessários. – foi o que aprendi vivendo com ele. Ela escreveu rápido e então os encarou sorridente. – Morram felizes, ajudaram a garantir a vitória de Kira.

Eles a encararam de volta por um tempo sem entender.

– O que quer dizer?

– Trinta e oito. – ela olhava o relógio logo acima da cabeça deles. – Trinta e nove, quarenta.

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Ryuk... Onde você se meteu?

Maisy andava pelo quarto-apartamento. Não notou nada de errado. Parece que não havia câmeras e não encontrou nenhuma escuta ou qualquer coisa do gênero.

Parece que essas pessoas me idolatram mesmo. Posso utilizar isso ao meu favor.

Depois de algum tempo vasculhando o local e encontrar diversos mimos ela se entediou. Sem notícias de Ryuk se sentou na poltrona e ligou a televisão. Naquele momento Maisy jurou que ela teria um ataque cardíaco. Sua foto do colégio do ano passado estava no centro da tela. Ela aumentou o volume pensando que seria seu fim. L me expôs para o mundo? Ela seria tão ousada e negligente assim?

– A filha de Raiden Takeshi, o diretor das Indústrias Tulevik no Japão, Maisy Takeshi está desaparecida. – informava o ancora. – Nessa manhã de sexta-feira ela foi deixada aos cuidados de uma enfermeira por ter ficado doente. Os familiares saíram de casa e quando voltaram ambas, a filha e a enfermeira tinham desaparecido. O quarto da jovem foi revirado.

O que diabos é isso?

– Ao que parece a enfermeira identificada como Amanda Mizuho é uma sociopata que já prestou serviços a família uma vez. – o homem continuou. – Acredita-se que ela estava estudando a família e a situação até encontrar o momento certo para agir. Ao que sabemos, Amanda Mizuho é altamente perigosa e provavelmente raptou a jovem por criar uma afeição e desejo por ela. Mas segundo sua psiquiatra ela mostrou comportamento agressivo quando encontra alguém que julgue mais bela do que ela própria, que tenha uma vida ou algo que ela não possui. Talvez possa vim a ser ciúme de alguma pessoa, disse a Drª. Hiromi Uchida.

Mas que mentira é essa?

– Assim o que ela pretende na verdade é de certa forma, ocupar o lugar dessa pessoa utilizando os meios mais nefastos para isso já que tem uma visão deturpada da realidade e profundo conhecimento de enfermagem. Até o presente momento apenas tentativas de agressão foram registradas, mas recentemente foi comprovado que ela tem tendências homicidas. Então se tiver qualquer informação sobre esta mulher. – uma foto apareceu ao lado da de Maisy, a mulher tinha cabelos amendoados, olhos castanhos, pele morena e boca marcante, uma foto falsa. – pedimos que liguem imediatamente para a polícia ou mesmo para a nossa produção. Assim como se tiverem qualquer informação sobre o paradeiro da jovem Maisy Takeshi.

Maisy trocou rapidamente de canal, mas na outra emissora o assunto era o mesmo. A filha de um importante empresário havia sido sequestrada por uma sociopata.

Aquela não é a enfermeira, ela está do lado da L. Hana já estava me vigiando a esse ponto? O quanto ela sabe sobre o antigo Kira afinal?

Começou a percorrer todos os canais freneticamente sem encontrar outro assunto senão aquele. Então de repente parou e jogou o controle no chão.

– Maldita! – bateu a mão na mesa de centro. – Agora todo o Japão está me procurando!

– Eu só queria... – ela ouviu a voz chorosa do menino e se virou para televisão. Na tela Masao dava um entrevista e seus pais apareciam emocionados atrás. – Eu só queria quer minha irmã voltasse logo. Ela é sempre tão boa e esforçada, a melhor irmã do mundo. – ele começou a chorar e passar as mãos nos olhos. – Nunca fez nada para ninguém e sempre me ajudou. É inteligente e super educada não tem motivos para alguém querer sequestrá-la. – ele encarou a câmera. – Eu não me lembro dessa Amanda, quando ela cuidou de mim eu era pequeno e dormi o tempo inteiro, mas queria dizer que se alguém se torna enfermeira é pra ajudar as pessoas. Então por favor, devolva minha irmã.

Outra matéria sobre seu sumiço e a periculosidade da tal sociopata começou a passar. Maisy ficou encarando a televisão sem acreditar nos seus próprios olhos. Que belo circo você armou, hein L.

Um barulho a despertou de seus pensamentos. Ouviu uma gritaria vindo do lado de fora. Será que não fui clara quando pedi paz e sossego?

– Você não entende Sayu, eu tenho que vê-la. – gritou a loira segurada por Katsu.

– Misa não pode... – ela tentou segurá-la e se chocaram uma contra a outra deixando um objeto cair.

E então, já cheia das armações de L e da falta de informações de Ryuk, Maisy saiu nervosa do quarto abrindo a porta com um estrondo

– Mas o que está acontecendo aqui? – Maisy saiu para o corredor irritada. E foi quando viu o caderno no chão.

– Kira. – Misa gritou alegre conseguindo se soltar e caminhar um pouco para perto dela. – Eu tenho que... – ela olhou para a garota que havia se abaixado e pegado o caderno.

Esse é o do Ryuk. – ela pensou assustada.

Foi quando ela viu Misa a encarando com uma expressão de terror.

– Se...Seu nome. – ela começou a dar um passo para trás. – Como?... Estão mortos... O que... E esse borrão. – ela gaguejava aterrorizada e caminhou para trás até bater no peito de Katsu que impedia a passagem. De cabelo solto dava pra ver a semelhança entre as duas. – Amane e... Yagami. Você é...

Maisy segurou o caderno e se aproximou dela sem hesitação até ficar frente a frente com a mulher que tentou matá-la. Cerrou os olhos e falou no seu tom mais aterrorizante.

– Olá mamãe. Há quanto tempo.


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Notas finais do capítulo

"Ryuk: ..... "

Não havia mais como nem onde escrever, nem mesmo seus próprios pensamentos conseguiam entrar em ordem e fazer sentido. Tudo o que restava agora era o silêncio que pairava mortal interrompido apenas pelas suas debochadas e inconfundíveis gargalhas.



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