Death Note: Os Sucessores - 2 Temporada escrita por Nael


Capítulo 10
Cap. 9: Renascimento


Notas iniciais do capítulo

Antigos amigos e inimigos renascem das cinzas para se juntar a luta.

"Eu ergo as minhas bandeiras e tinjo minhas roupas
É uma revolução, eu acho
Vamos pintá-la de vermelho para ficar bem, oh"

Música: Radioactive - Imagine Dragons



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– Misa. – Ryuk voava atravessando as paredes, invadindo os cômodos e gritando pela loira. – Misa, onde você está? – ele saiu num corredor. – MISAAA!

A mulher saiu surpresa por uma porta e encontrou o shinigami no corredor. Ele estava ofegante e com a aparência estranha. Como Deus da Morte estava sempre usando roupas estranhas e gastas, mas daquela vez era diferente. Elas estavam rasgadas e ele sagrava.

– Ryuk?? – ela se aproximou confusa e ele caiu de joelhos no chão com a cabeça baixa. – O que houve com você? Nem consegue respirar... Se bem que... Shinigamis respiram?

– Sim, mas é outro ar. – ele ergueu a cabeça. – Me escute com atenção porque estou encrencado até o último fio de cabelo por causa de Kira.

– Como assim?

– Eu mexi e quebrei com as leis dos shinigamis, mas talvez ainda possa reverter isso. – ele pegou seu caderno. – Pegue meu Death Note. Dessa vez Kira tem que ganhar essa guerra. Do contrário será o meu fim.

De repente ele foi jogado contra a parede. Misa se esquivou para o outro lado sem entender.. Dois shinigamis seguravam Ryuk que nem tentou lutar e começou a ser arrastado pelo chão pelos braços. Foi quando um deles viu o que estava faltando.

Misa que estava despercebida começou a ser encarada por Ryuk. Ela não conseguiu ver os outros Shinigamis, mas de repente Ryuk que tinha sido agarrado por mais quatro Deuses da Morte com o intuito de deixar os outros livres a encarou.

– O... O que? – Misa falou baixo quando ouviu um barulho e viu a parede ser arranhada.

– Mate. Agora! – Gritou Ryuk e Misa saiu correndo.

Abriu o Death Note onde, convenientemente, encontrou a caneta de Ryuk. Pensou um pouco se lembrou do nome de um criminoso. Se pôs a escrever quando algo lhe puxou pelo tornozelo fazendo ela cair e bater a cabeça.

O Deus da Morte que estava no andar de baixo terminou de subir para o andar onde se encontrava Misa. A jogou por lado e pegou o Death Note. Começou a andar quando foi forçado a parar. Se virou para trás.

Misa segurava um pedaço de papel onde havia um nome escrito em vermelho. Da sua testa pingava um filete de sangue. Ela riu.

– Idiota. Não devia ter pegado. – ele deixou o caderno cair. – A posse passou pra você e de você pra mim. Agora está preso aqui.

O shinigami jogou o caderno pra ela.

– Maldito Ryuk. – disse a figura composta de sobretudo negro e fechado, mas apesar disso tinha a voz calma, feminina e suave. – Muito bem Misa Amane. Sou Nigeri.

– Nigeri... – ela se aproximou. – Acho que vamos nos dar muito bem. – ela sorriu, quase parecendo a antiga Misa.

– Ah é. E por quê?

– Porque quero te propor um acordo.

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– Tudo pronto. – informou o agente da CIA à um dos homens mais importantes do mundo. E não. Não era o presidente dos Estados Unidos da América nem de qualquer outra nação.

– E o que o presidente disse? – o diretor da Agencia de Nevidim quis saber.

– Parece que aquele que usa o codinome N conseguiu convencê-lo, senhor.

O homem sorriu. Nate... Ele ainda sabe persuadir uma pessoa como ninguém.

– Certo. Obrigado Agente Park. Eu assumo daqui. Volte para a CIA.

– Sim, senhor. – o homem de casaco verde escuro se retirou deixando o chefe sozinho na imensa sala de comando.

Vlade Fawkes era a pessoa mais poderosa do mundo depois de L. Contudo só ocupava esse cargo justamente por não deixar esse poder subir a cabeça ou usá-lo da maneira errada.

Depois das descobertas do Death Note, a morte de Light Yagami e a existência de shinigamis várias autoridades e organizações influenciadas por Near ajudaram a fundar a mais autônoma, obscura e secreta organização de todas. Nem mesmo o presidente da maior potencia mundial sabia muito sobre eles uma vez que este cargo estava sempre mudando de mãos.

Assim, Vlade Fawkes que já estava no comando das coisas há anos era uma fonte poderosa de informação, tinha conhecimento de coisas inimagináveis reportadas apenas ao próprio L.

Este cargo também tende a mudar constantemente de mãos, assim como o do Diretor, mas a diferença é que para esses cargos não se elege aquele que teve a maior campanha eleitoral, a musica mais chiclete ou comprou mais pessoas. Para ocupar um desses cargos você tem que merecer. Mesmo os mais baixos funcionários não são escolhidos a esmo.

Por isso o Detetive L e a Agencia Nevidim são incorruptíveis e as únicas coisas capazes de realmente proteger as pessoas. Ainda que tenha poder para causar e vencer inúmeras guerras eles são cedem ao mal.

Vlade chegara aquele posto por conta dos inúmeros serviços prestados a Near e era a única pessoa além de sua esposa e o atual L que sabia de seu passado e que ele continuava vivo.

Ele ligou o computador central e sua enorme tela se iluminou com o N.

– Sr. Fawkes. – disse uma voz distorcida. – Bom vê-lo de novo.

– Gostaria de dizer o mesmo N. – ele se aproximou da tela. – Todos já foram embora. Estamos completamente sozinhos aqui.

Ouviu um bipe e a imagem desapareceu revelando um homem. Não era muito velho, estava em plena forma, mas ainda sim seus cabelos eram brancos como as nuvens.

– Pensei que tinha se aposentado. Não esperava que fosse precisar dos nossos serviços mais uma vez. – disse o Diretor.

– Eu também não contava com isso, mas a situação é delicada.

– Sim. Acabei de receber os relatórios do L e também seu pedido.

– Na verdade é um pedido meu também. – disse Near. – Com a autorização do Conselho e apoio do Presidente Capelle.

– A palavra do Conselho eu devo aceitar, mas só porque Dylan Capelle é o presidente dos Estados Unidos não pense que a palavra dele pesa alguma coisa aqui.

– Eu sei disso. Sei também da sua descrença com políticos, mas permita-me lembrá-lo de que em tempos como esse é sempre bom ter uma figura pública de autoridade.

Ele pareceu pensar um pouco.

– Sempre com suas lições de moral. Fico pensando porque alguém assim abandonaria o posto. Não acredito que seja só pela Lissana.

– Deixemos minha vida particular fora disso. Além do mais não conhece o Novo L para sabe se fiz uma boa ou má decisão.

– Conheço tudo o que ele fez. E pra falar a verdade se parece muito com você. – ele começou a digitar. – Se bem que ás vezes me lembra o Mello... Mas não é minha função ficar questionando vocês superdotados. Sou apenas uma sombra na escuridão. Mesmo que alguma coisa aconteça é o Detetive L que está exposto. Nós continuamos intactos.

– Sim. Esse é o acordo. Como eu disse é preciso ter figuras públicas.

– Certo. Tudo pronto aqui. Basta colocar na caixa e enviar. Vamos tomar todas as preocupações até chegar no L.

– Obrigado Vlade. Ah! Não preciso nem dizer que isso é Assunto de Sigilo 5.

– Claro que não. Sabe como as coisas funcionam aqui. Apenas o alto escalão sabe coisas significativamente relevantes e ainda sim não chega a ser tudo. Nem mesmo eu tenho todas as informações, vocês L são uma organização muito cuidadosa. – Vlade disse encostando relaxado na cadeira estofada. – Posso perguntar o que fará agora?

– Pra começar vou acabar com a minha aposentadoria. – disse Near enrolando uma mexa do cabelo.

– Haha. – Vlade riu. – Só mesmo você para acabar com uma aposentadoria, Near.

– É temporário. Depois volto a me aposentar. – o homem riu um pouco mais e Near esboçou um sorriso também. – Preciso entrar no caso Kira uma vez mais, ajudar o Novo L pela última vez. Afinal tudo isso começou comigo, lá atrás. Os resultados dessa guerra são culpa minha. – Ambos ficaram sérios de novo. – Por isso está na hora de voltar, parar de me esconder, acabar com essa mentira e ser Near uma última vez.

– Neste caso, conte sempre comigo. – ele bateu continência. – É bom que esteja de volta aos negócios. Acho que nunca devia ter saído dessa ramo. É o melhor do que faz.

– Obrigado pelo apoio. Ainda que eu te considere um amigo, como você mesmo disse nós L somos uma entidade muito cuidadosa, mais do que isso muito desconfiados. Há coisas que nem mesmo você sabe sobre mim. Há segredos que não podem ser revelados. – o homem se mexeu na cadeira. – Mas há uma razão para haver tantas mentiras... Elas podem destruir um império, mas também salvar milhões de vida.

A tela voltou a ficar escura enquanto Vlade assimilava as palavras de Near. Como sempre ele o havia deixado pasmo e sem últimos argumentos.

Só espero que esses nerds saibam mesmo o que estão fazendo. Afinal cabe a nós arrumar as bagunças do L já que somos os invisíveis, os Nevidim.


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Notas finais do capítulo

"Ryuk: ........

A Prisão Itami... Como pude vim parara aqui? E todo aquele poder? ...
Estou fraco. Não sei nem quanto tempo se passou desde que fui levado do Mundos dos Humanos. Não sei o rumo das coisas, será que Maisy ganhou?...

Tenho que fugir, mas mal consigo me manter consciente. Que força é essa que está tirando tudo de mim... Estou por um fio. Não acredito que deixei minha vida nas mãos de uma garota fria e calculista que não deve dar a mínima. O que diabos aconteceu comigo?

Sinto que posso morrer a qualquer instante e... E ele ri, ri na minha cara. Não que eu possa discordar, pelo contrário, ele tem todas as razões do mundo pra rir de mim. É. Eu reconheceria essa risada em qualquer lugar de qualquer mundo.

Eu abro meus olhos e com dificuldade viro a cabeça para tentar enxergá-lo melhor. Seu corpo podia estar diferente, ter se decomposto, as roupas sujas e o cabelo bagunçado, mas aquele sorriso e aqueles olhos são inconfundíveis.

— L... Li... Light... – com dificuldade consigo pronunciar. E ele ri.

— Ryuk... Como os mundos dão volta, não é. – sua voz debochada entra fundo na minha mente. Então ele realmente está aqui. Ele é real. Ou eu estou enlouquecendo? – Quem diria que voltaríamos a ser colegas de quarto, hein...

A risada de Kira é a única e última coisa que ocupam minha mente."



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