Acordei no pulo com a minha mãe berrando la de baixo.

-Claryssa, você tem escola. Levanta logo.

-Já vou.

Levantei fiz minha higiene matinal, coloquei a camiseta do uniforme, uma calça jeans, vans e um casaco e desci.

-Você está atrasada senhorita.

-Desculpa mãe, vou comer rapidinho e já vou. – tomei um copo de leite e peguei umas bolachas pra eu comer no caminho. – mãe vou indo.

-Boa aula.

Peguei meu material, abri a porta e vi que Bry já estava andando pra escola, então o chamei.

-Bry – gritei e ele olhou.

-Ta atrasada, vamos logo. – corri ate ele, e depois fomos andando.

Chegamos e o sinal tocou assim que colocamos os pés la dentro. Entramos na sala e nos sentamos em nossos devidos lugares. De repente a caixinha de som começo a apitar, ou seja, a diretora iria nos comunicar algo.

“Bom dia alunos desculpa atrapalhar a aula, mas gostaria de pedir para os alunos Bryan e Claryssa do segundo ano C para comparecer a minha sala imediatamente”

Olhei pro Bryan e fizemos uma cara de fudeu.

-Vocês escutaram bem não foi? Podem ir la na sala dela. – disse a professora. Nos levantamos e fomos.

-O que será que ela quer com a gente? – Bryan falou assim que saímos da sala.

-Boa pergunta.

Chegando à sala dela, batemos na porta e entramos.

-Bom dia – dissemos juntos.

-Bom dia – ela disse com uma cara de mal comida – vejo que temos dois alunos que ontem pularam o muro da escola, para matar aula. Acharam que ninguém ia ver? Mas é ai que vocês se enganam, temos câmeras nos muros.

-A ideia foi minha, eu a forcei a fazer isso. – disse Bryan.

-Para com isso Bry, você sabe que não é verdade – olhei pra diretora – a culpa é de nós dois. Me desculpa por fazer isso, eu estou passando por um momento difícil com a perda do meu pai, e não queria ficar aqui.

-Você tem que aprender senhorita Claryssa, a saber, separar a vida pessoal dos estudos. – disse fria. Como ela pode falar uma coisa dessas?

-Eu perdi meu pai, você ouviu o que eu disse? Não foi por qualquer bobagem. – disse já com algumas lagrimas escorrendo. Bryan segurou minha mão apertou e olhou pra mim.

-Que seja senhorita, não é motivo para isso. Amanha os dois não precisam vim para escola. – nos levantamos, e ela tinha conseguido me destruir com suas palavras.

-Não tenho culpa se você é uma mal amada e mal comida. Se não tem sentimentos, que tipo de pessoa você é? – virei e falei. Escutei Bryan rir baixinho.

-Olha o respeito menina. Desse jeito você vai ter que ficar mais tempo longe daqui.

-Se eu pudesse, era o que fazia. – sai da sala e fui seguida por Bryan.

Encostei em uma parede e desabei, me sentei no chão chorando.

-Não fica assim Clary, ela é uma idiota por falar essas coisas.

-Você tem noção do que ela falou?

-Sim eu tenho. Por favor, não fica assim.

-Eu juro que eu tentei me segurar, mas não da. A ferida ainda esta aberta. – ele me abraçou.

-Vai passar, eu to aqui.