Só Tu Sabes escrita por Cari-chan


Capítulo 1
Capítulo único




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 A água fria corria. Os pêlos eriçavam-se. A roupa colava ao corpo pequeno e frágil. Os sedosos cabelos rosa sobre a face ocultavam os olhos esmeraldinos que não cessavam de chorar.

 

Porquê?

 

Os dias eram comuns. Rotina que afligia a alma. Magoava. Um vazio insano apoderava-se dela. A água não conseguia levar toda aquela tristeza. Congelava-a.

 

 

 

Alua há muito que já subira. O som oco da noite reinava no pequeno apartamento. A escuridão invadia toda a casa.

 

 

 

O coração procurava um motivo. Uma resposta. Sasuke. Os anos passavam-se. O amor ia se degradando. Não havia muito para falar sobre eles. Nunca houve. Acreditou por anos, que aquele amor lhe preenchia. Uma paixão que inventou. Uma personalidade que nunca existiu. Um sorriso que guardara e que sempre fora mudo. Seria o amor uma ilusão?! Não. O que é real é palpável. E, aquele amor nunca fora sentido. Tocado. Deixou simplesmente levar-se por um sentimento inexistente, para assim, sentir-se preenchida

 

 

 

Perdemos sonhos. Perdemos amores. E muito mais. A vida não era um conto de fadas. Era uma luta. A vida é como todas as outras, tinham dias. Uma lei já há muito aprendida.

 

 

 

Hoje isso não era suficiente.

 

 

 

 A melancolia invadia-a completamente. Se o cansaço tivesse cheiro…. Inalava a Sakura.

 

 

 

A água parara de correr. Agarrou na toalha de algodão. Tirou a roupa. O corpo frio de pele branca. O espelho reflectia a face de uma mulher. Não era mais uma criança.

 

 

Todos somos escravos de medos. Não deixaria que eles tomassem conta dela. Fecharia aquela porta que um dia abriu. Sasuke deixaria de ser um tormento para ela.

 

 

 

O pijama de flanela verde agora aquecia-lhe. Os dias de Invernos tinham chegado. Os flocos de neves desciam preguiçosamente do céu para caírem sobre o chão fofo já branco.

 

 

 

Os comuns mortais tinham, por vezes, maneiras de exteriorizar o que sentiam. Livrarem-se de sentimentos negativos. Uma delas era escrever. Nunca fui dada a grandes filosofias. Na verdade, não tinha grande empatia com as palavras. Aquele exagero poético. Aqueles eufemismos perfeitos que sempre tentavam aliviarem a dor.

 

 

 

O que poderia fazer então? Olhava para a folha branca e o lápis sobre a cama. Não sabia porque fazia aquilo, mas, sentia a necessidade de arrancar aquela tristeza que lhe preenchia a alma. Espera… porque não desenhava? O seu companheiro de equipa fazia-o. Ela também podia tentar.

 

 O lápis começou a desenhar a forma de uma menina sem rosto sobre a cama. Cabelos longos. Camisa de noite. As cortinas esvoaçavam mostrando a lua no meio do céu. Entre as mãos, uma flor já sem vida. As cores eram extintas.

 

O espírito sentia uma leveza, depois de o ter terminado. Tornou o desenho, as palavras que não conseguia escrever. Os sentimentos que não conseguia exteriorizar. Não estava perfeito, mas, para ela bastava.

 

 

 

A neve parara de cair. O som agudo do despertador. Sete horas. A noite fora dormir, e ela esqueceu-se de segui-la. Um novo dia iniciava-se. Inspirou fundo. Não estava cansada. Olhou mais uma vez para o desenho, e deixou um leve sorriso fugir dos lábios. Uma nova vida seria iniciada naquele mesmo instante.

 

 Saltou da cama, retirou o pijama jogou-o sobre a cama que não tinha sido desfeita. Sentia-se livre. O chuveiro chamava-a para um banho quente. Sentia-se acolhida pelos seus próprios braços. Os olhos fecharam-se. Um belo jovem de cabelo dourado de olhos azuis celeste acompanhado do sorriso mais bonito que alguma vez vira, apoderava-se totalmente da sua mente sem pedir permissão. Despertou. Sentiu um nervosismo demasiadamente agradável. O corpo simplesmente estaria a trair-lhe a cabeça e o coração. O calor da água deveria estar a agitar os neurónios. Acontece.

 

 

Saiu do banho e vestiu a roupa mais quentinha que tinha. O estômago pedia por comida que não tinha sido dirigida no dia anterior. O café fumegava e o pão tinha sido espalhado com uma boa dose de doce de amora. Subiu ao quarto, olhando para o desenho sobre a cama. As mãos instintivamente agarraram-no. Aquele seria, uma página a ser esquecida por entre as memórias. Saiu de casa, mas, não havia vento. Inspirou aquele ar frio, sem ter de preocupar-se em tê-lo a cortar cruelmente a face alva.

 

 

***

 

Olhou para uma parede pintada de azul enquanto aproximava-se do hospital. Não havia ainda ninguém a vaguear nas ruas. Retirou o desenho de dentro do casaco de lã grosso, voltou a olhar para ele e colou-o. Pronto. Somente aquela parede, saberia o que sentiu na noite passada. Olhou para um lado e para outro para certificar-se que ninguém a tinha visto. Não tinha nada a esconder, mas, aquele momento era só dela. A parede e ela. Voltou a dirigir-se para o hospital, finalmente, aquele assunto estava encerrado. Assim, pensara.

 

 

***

 

 

 - Yosh! Nem este frio vai deitar-me abaixo! Vou treinar! Treinar! Trei… atchim! - a voz que antes soava com imensa energia, foi abatida por um espirro.

 

 

- Maldito frio, deveria ter trazido mais um casaco. – as mãos esfregavam os braços com a intenção de aquecê-los.

 

 

Parou. Os olhos captaram algo que não tinha reparado antes. Aproximou-se do objecto estranho analisando-o por alguns segundos.

 

 

 - Quem faria um desenho tão triste? – perguntou-se a si mesmo, ao ver tamanha melancolia numa simples folha de papel.

 

 - Já sei! – como que uma luz ilumina-se a mente, começou a correr na direcção oposta.

 

 

***

 

Minutos passaram. Com lápis de cor nas mãos, começou a rabiscar o desenho colado na parede enquanto mordia a língua. Terminou. Agora tinha cor. Vida. Soltou um suspiro de alívio. De certa forma tinha a sensação de ter ajudado a pessoa do desenho.

 

 

- Assim, está muito melhor! – apreciava a sua obra de arte com um sorriso estampado na face.

 

 

 A neve começara a cair novamente. Sorriu. Hoje, sem dúvida alguma, não era o melhor dia para treinar. A sua casa aclamava-o para uns bons cobertores aconchegantes e uma bela chávena de chocolate quente.

 

 

***

 

 

Mais um dia às portas do fim. A noite já tinha caído e o frio era sentido de uma maneira desumana. Sakura dirigia-se para casa, encolhida. A neve fazia com que os passos dados fizessem uns sons engraçados. Crac. Crac. Permitiu-se rir. A parede. Alguma coisa estava diferente. Foi até lá. O que tinha acontecido ao seu desenho?

 

 

 Um menino estava perto da menina que desenhara enquanto este sorria e estendia-lhe uma flor de cerejeira. O desenho até não estava mal. Sem contar que o esboço parecia tremer. Mas, quem poderia tê-lo feito? Naruto. Porque é que ele lhe veio ao pensamento? Porque só ele era capaz, de fazê-la sentir-se daquela maneira. O que é que estava a pensar?! Poderia passar por casa dele, e falar-lhe sobre isto, assim, tirava as suas dúvidas. Que dúvidas?

 

 

Ele deveria estar sozinho, naquela noite tão fria. Solitária. Talvez quisesse um pouco da sua companhia, e assim, faria um bem a ambos.

 

 

***

 

O som da campainha soou. A sobrancelha arqueou-se. Quem seria a uma hora daquelas? Dirigiu-se até á porta abrindo-a, deparando-se com uma mulher de cabelos róseos toda encapotada.

 

 - Sa-Sakura-chan! O que fazes por aqui? – perguntou nervoso enquanto olhava para ela e para dentro de casa. Estava um caos e a rosada odiava vê-la daquela maneira.

 

- Eu… eu vinha a passar por aqui, e decidi vir cumprimentar-te. Posso entrar? – perguntou com os olhos fixos num loiro completamente atrapalhado.

 

- Claro! Claro que podes! Dá-me só um minuto. – fez uns gestos com as mãos deixando a porta completamente aberta. Os olhos verdes vislumbrarem o pocilgo em que se encontrava a pequena residência.

 

 

 

Uma gota formou-se sobre a cabeça do botão de cerejeira, enquanto via o Uzumaki a tentar desesperadamente esconder as roupas sujas, as tigelas e o lixo que encontrava-se espalhado. Abanou a cabeça. Entrou em casa fechando a porta.

 

 

 

- Err… Sakura-chan… desculpa.. – o loiro coçava a cabeça ao ver Sakura a se aproximar a passos moderados até ele, mas, a voz feminina cortou o que iria pronunciar a seguir.

 

 - Anda, eu ajudo-te. Assim, terminamos num instante. – sorriu retirando o casaco começando a juntar as roupas sujas do chão.

 

 

 

Naruto olhava para ela incrédulo enquanto piscava os olhos devagar.

 

 

 - Vais ajudar-me ou não? – perguntou ao vê-lo especado a olhá-la.

 

 

 

Um sorriso lento e genuíno floresceu nos lábios carnudos. O estômago borboleteou. Que sensações desconhecidas eram aquelas sentidas agora pelo loiro? O Uchiha jamais teria aquele poder sobre ela. O coração agora era livre. Não se iria questionar, aquela sensação agradara-lhe tanto, quanto aquela que fantasiou enquanto tomava banho. Não podia comparar sensações. Sasuke só lhe trouxera lágrimas. Naruto só lhe trazia sorrisos.

 

 

***

 

A casa estava impecável. Como um furacão que passasse por lá e deixasse tudo desarrumado, mas, que voltara atrás para consertar o erro. Ambos sorriam satisfeitos pelo resultado obtido.

 

 

 

 - Muito Obrigado, Sakura-chan! Nem parece a mesma casa. – olhava á volta do apartamento, que agora sim, poderia chama-lo de lar.

 

 - Não tens de quê, Naruto. Bem, acho que é melhor ir-me embora agora. – voltou a olhar para ele. Sentiu uma imensa vontade de senti-lo junto de si.

 

- A esta hora? Nem penses! Hoje ficas aqui, comigo. – cruzou os braços atrás da cabeça, sempre acompanhado por aquele sorriso que aquecia-lhe a alma.

 

 

 

Ele nunca tinha percepção do poder que tinhas as suas palavras. Ele era comoventemente ingénuo. Uma boa aparência alimenta a vista, mas, uma boa personalidade cativa o coração. Talvez, o loiro fora desde sempre a resposta para todas as suas perguntas. Estava tão obcecada em amar o Uchiha, quando tinha o Uzumaki sempre junto dela. Um estranho formigueiro apoderou-se do pé. Saltou assustada agarrando-se fortemente á camisola de Naruto, enquanto os braços fortes por instinto, envolviam a cintura fina.

 

 

 

 - O que foi Sakura-chan? – perguntou ao vê-la assustada.

 

- Estava ali uma barata! – a mão tremia enquanto apontava para o chão, o loiro dirigiu-se para perto do insecto asqueroso matando-o.

 

 - Pronto, já está. O perigo já passou. – gozava do desespero anteriormente sentido pela Haruno. Agarrou na vassoura, varrendo, dirigindo-se depois para a cozinha.

 

 

 

O sangue tinha subido á sua face e descido logo depois para os pés. Não de irritação, mas, pela maneira com que ele sempre tentava protegê-la. Fosse do que fosse. Até das coisas mais banais.

 

 

- Naruto, onde é que guardas os cobertores? Assim já fazia a minha cama provisória no sofá. – disse ao vê-lo sair da cozinha.

 

 - Nada disso, tu dormes na minha cama. – entrou no quarto trazendo nos braços dois cobertores.

 

- A casa é tua, eu não.. – a voz masculina soou nos seus tímpanos como uma melodia.

 

- Sakura-chan, não vale a pena discutires. Hoje és minha convidada, dormes na minha cama. – estendeu os agasalhos para que ela providencia-se a cama.

 

 

 

Nunca pensou que fosse tão fácil sorrir ao lado do Uzumaki. Eram sorrisos atrás de sorrisos. Sentia-se feliz. Única. A mente recordou-lhe o verdadeiro motivo da sua vinda.

 

 - Naruto, por acaso viste aquele desenho que estava colado na parede, perto do hospital? – perguntou enquanto fazia a cama ansiosa por uma confirmação.

 

- Desenho?! – coçou a cabeça. - Ahhh sim! Não imaginas, o desenho era tão triste, que decidi dar uns retoques nele! Mas, porquê, o desenho era teu? – olhava-a curioso, devido á pergunta repentina.

 

- N-Não! Era… era só curiosidade! – ficara atrapalhada com a situação. A confirmação que o coração necessitava.

 

- Bem… eu vou dormir. Até amanhã. – passou ao lado do loiro, e instintivamente, beijou a bochecha suavemente.

 

 

 

Naruto colocou a mão na face. Sentiu inveja. Os lábios invejavam a face esquerda que há poucos minutos tinha sido beijada. Que sabor teria a boca de Sakura? Uma pergunta, que possivelmente nunca saberia a resposta.

 

 

 

***

 

 

A almofada era fofa. A cama era cómoda. O sono não queria vir. Saber que Naruto estava mesmo ali ao lado, deixava-a impaciente. Levantar-se ou não levantar-se? Eis a questão. Poderia dar a desculpa de que iria beber água. E, quem lhe garantia que ele estava acordado?

 

 

Levantou-se. Deparou-se á entrada do quarto com uns olhos azuis fixos aos seus. Eram tão calorosos, ou até mais do que quaisquer outros olhos castanhos. Não conseguia mover-se. Não queria quebrar aquele contacto visual que a enfeitiçava. Os olhares que entravam através da pele. A mão grande deslizou sobre o rosto feminino. O silêncio cheio de palavras. Fecharam os olhos. A mão levada pelo instinto enlaçou a cintura delicada. As respirações misturavam-se graciosamente. Estavam no céu. Os lábios juntaram-se. Lento e suave. As línguas dançavam. O ar faltou.

 

 

 

Encararam-se novamente. O Uzumaki não conseguiu prosseguir com outro beijo. Abanou a cabeça. Dirigiu-se para o sofá sentando-se, mexendo no cabelo nervoso. Sakura tocou nos lábios. Sentia a quentura dos lábios ágeis e persistentes do loiro. Ele tirara todas as suas dúvidas.

 

 

 - Sakura-chan.. desculpa, eu sempre estrago tudo. – não conseguia olhar-lhe nos olhos. Doía demais. Ele sabia que ela sempre fora apaixonado pelo amigo. Não queria ser o outro, que iria tentar contemplar o lugar em falta.

 

 - Naruto…. porquê? – a pergunta saiu com demasiada naturalidade e delicadeza. O Uzumaki olhou-a de seguida.

 

 - Porque… Sakura, não me faças isto. Tu sempre gostaste do Sasuke. – baixou novamente o olhar. Um fio invisível formava-se nos olhos.

 

 - Eu não gosto do Sasuke. Já não. – aproximou-se. Um momento como aquele, tinha de ser aproveitado. Poderia confessar-lhe agora, aquilo que sempre soube, mas que estava cega para o fazer.

 

- O que dizes?! – a expressão estava confusa. As lágrimas sentiam-se na voz.

 

  - Naruto, eu gosto de ti. Só de ti. Eu sei, pode parecer confuso, mas, agora eu sei o que quero. E o que quero, é ter-te junto de mim. Desculpa, ter sido tão egoísta. – não desviou o olhar nem um segundo. As palavras podem ser mentira, mas, as atitudes revelam sempre a verdade.

 

 

 

A verdade seria exibida. Deslizou para o colo olhando-o nos olhos. Beijou-lhe a testa. As pálpebras. As faces. O queixo. A boca.

 

 

 - Eu vou mostrar-te. Só tens de me deixar fazê-lo. – corou ao dizer tais palavras. Desejava poder estar com nele naquele momento. Mostrar-lhe que amava-o acima de tudo.

 

 

 

Não deixou que respondesse. Curvou-se dando pequenos beijos sobre o pescoço do loiro. Fechou os olhos para usufruir das carícias vindas da rosada. A camisa deslizava enquanto as mãos sentiam a macieza do troco musculoso.

 

 

A mão masculina agarrou a mão pequena. Faria daquela noite, uma noite memorável. Sakura era demasiado especial. A única mulher que amou toda a sua vida.

 

 

Levantou-a do seu colo delicadamente, sentando-a novamente no sofá. Os olhos esmeraldinos pareciam confusos.

 

 

 

 - Eu vou fazer de ti, a mulher mais desejada deste Mundo. – sussurou ao seu ouvido. O corpo tremeu. Retirou a bandana deixando os cabelos cobrirem a testa. Envolveu as pérolas verdes com ela.

 

 - O que estás a fazer? – uma curiosidade e um desejo apoderava-se do corpo e da alma.

 

 - Já vais ver. – sorriu. Foi até á cozinha retirando pequenas velas. Encheria o quarto.

 

 

***

 

As velas de cor amarelas iluminavam o quarto escuro. Perfeito. Voltara á sala pegando na rosada majestosamente. Sakura sentia o coração atravessado na garganta. O loiro não iria saciar ainda a sua curiosidade.

 

 

 

O corpo feminino sentia a macieza dos lençóis. O mundo ainda estava escuro, mas o corpo estava em chama. Os lábios carnudos começaram a procurar a barriga lisa e branca como a neve que caia na rua. As mãos levantavam a camisola lentamente. Desaparecera. Os pequenos seios moldados encontravam-se rígidos e ansiosos por aquela boca ávida. Pele contra pele.

 

 

 

O líquido quente fez com que a barriga encolhe-se instintivamente. O que seria aquilo? Não conseguia raciocinar. O língua aveludada devorava a barriga subindo lentamente para os mamilos cobertos por aquela textura quente. Sakura parecia uma autêntica boneca de porcelana. Naruto receava em parti-la.

 

 

 

Começou a morder o lóbulo direito. Os cabelos dourados eram agarrados com força. As mãos massajavam os seios demoradamente. Necessitava mirá-lo.

 

 

 

Retirou a bandana. As chamas reflectidas nos olhos. Aquele sem dúvida, era o pequeno paraíso que só a eles pertencia. A quentura sentida anteriormente fora a cera das velas. Sorriu.

 

 

 - Naruto. – os olhares encontraram-se. – Amo-te. – a doçura das palavras foram captadas pelo loiro.

 

 - E eu a ti. – a sua expressão era sincera, franca, verdadeira.

 

 

 

 

Sakura sentia o corpo do loiro por entre os dedos. Agarrou numa vela enquanto via gotinha sobre gotinha a cair sobre o troco masculino. Os lábios encontraram a boca. Os mamilos. A barriga. E, o sexo do loiro que se avolumava e ansiava por Sakura. Retirou a peça incómoda. Naruto gemia de prazer.

 

 

 

Invertiam posições. Ambos encontravam-se como vieram ao Mundo. Naruto deu um leve beijo nos lábios como se estivesse a pedir permissão. Com toda a delicadeza e força, ele entrou dentro dela. Encaixavam-se perfeitamente. Os movimentos que começaram lentos, agora iam com uma veracidade espantosa.

 

 

 

- Huuum Naruto. – gemia o nome do loiro. O entusiasmo invadia-o cada vez mais.

 

 

 

Os gemidos de prazer percorriam o quarto. Os nomes espalhados por entre os lençóis.

 

 

 

Se existe sentimento tão sublime quanto misterioso, esse era o amor. Sakura repousava sobre o peito suado, enquanto ele acariciava os cabelos rosados com um sorriso que derreteria qualquer iceberg. São estes simples momentos que realmente importam e, o melhor de tudo, perduram para sempre.

 

Entre trocava de mimos e carícias acabaram por adormecer.

 

 

 

***

 

 

O sol brilhava com pouca intensidade. Sobressaltou-se. O lugar ao lado da cama estava vago. Onde estaria Naruto? Vestiu rapidamente a camisola do loiro e dirigiu-se para a cozinha. Nada. O banheiro. Vazio. Teria acontecido alguma coisa? Não. Naruto dizer-lhe-ia alguma coisa certamente. Estava atrasada. Tomou um banho rapidamente, vestiu as suas roupas e saiu. Talvez encontrasse o Uzumaki na rua.

 

 

***

 

 

 

Não o encontrara. Confiava nele, mas, uma tristeza apoderou-se do peito. O coração batia num misto de emoções desnorteadas. Estaria ele… Não. Ele jamais estaria arrependido. Tinha sido demasiado especial. Vagueava por entre pensamentos e desalentos. Olhou para a parede. O desenho já lá não estava. Espera, que desenho seria aquele? Algo tinha mudado. Aproximou-se. O inevitável sorriso flutuou por entre a boca.

 

 

 

 

 

Realmente, ela não era muito boa a mentir. Naruto percebera que o desenho deixado anteriormente fora feito por ela. Agora, encontravam-se os dois de mãos dadas. Saber que aquilo seria real dentro de algumas horas, se não minutos, fazia-a pensar que a vida apesar de dura, vale a pena ser vivida. Porque aquilo não era uma ilusão. Era real. Naruto sempre sabia o que fazer para agradá-la. Sempre soube. Até nos seus desenhos.

 

 Fim.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Ai Kami-sama... eu só péssima em fazer cenas de hentai... Ç____Ç

Err... falando da one-shot, bem, espero que tenha agradado..!


Criiiiiis..! Fiz com todo o meu carinho! Peço desculpa se não gostares.. Ç_____Ç



Beijinhos,

Cari.


P.S --» Mereço review? *.*