A Força De Uma Paixão. escrita por Kah


Capítulo 47
Um Lugar Para Nós Dois...




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Marquei uma consulta para o dia seguinte com uma ginecologista que vovó me indicou, queria ter certeza que estava tudo bem com meu bebe, e também começar logo o pré-natal para poder acompanhar cada etapa do desenvolvimento dele.

Carlos Daniel me acompanhou, tinha mil coisas em minha mente, eu estava apreensiva, ansiosa, com medo, com duvidas. Vovó me disse que era bastante normal para “uma mãe de primeira viagem.”

Chegamos e logo fomos atendidos pela doutora Márcia, eu tinha tantas perguntas para fazer que não sabia nem por onde começar, mas conseguimos nos entender e esclarecer boa parte delas já de imediato.

Carlos Daniel e eu respondemos um extenso questionário, e assim a Doutora foi montando um histórico da minha e da saúde dele. Na verdade fiquei um pouco envergonhada, pois muitas das perguntas dela eram um tanto intimas, mas conclui que isso era algo com que eu deveria acostumar-me. Por fim ela me passou alguns exames os quais eu deveria fazer prontamente.

— Paulina sua gravidez foi descoberta bem no inicio, esta no máximo com seis semanas de gestação, e essa é uma grande vantagem para podermos acompanhar o desenvolvimento do bebe. Por isso quanto antes me trouxer esses exames melhor.

— Claro doutora, vou providenciar o mais rápido possível.

— Ótimo, vou te receitar algumas vitaminas, é importante que beba muito liquido, e se alimente bem. O primeiro trimestre é o mais delicado, por isso recomendo que evite esforços.

Carlos Daniel que durante toda a consulta esteve bastante interessado em tudo segurou a minha mão de maneira mais acentuada. O olhei e ele me passando segurança me fez entender que ele finalmente começaria a tirar as suas duvidas.

— Que tipos de esforços devem ser evitados doutora?

— Bem, para que não ocorra um risco de deslocamento de placenta, e assim evitar um parto prematuro, o ideal é que evite pegar peso, ou fazer atividades muito desgastantes.

— E isso vale ao... – Carlos Daniel mais uma vez me olhou. Só que dessa fez fazendo-me corar instantaneamente, eu sabia perfeitamente que pergunta veria a seguir.

— Sexo? – doutora Márcia perguntou antecipando-o enquanto esboçava um sorriso intimidador deixando-me ainda mais desconfortável.

— Sim, - ele também sorriu – quero saber se não há perigo para o bebe ou minha esposa.

— É uma duvida bastante comum, alguns homens sentem esse medo de machucar a parceira ou o bebê durante o ato sexual, - ela dizia calmamente e Carlos Daniel prestava atenção a tudo, na verdade eu também estava bem atenta ao que ela falava – mas fiquem tranquilos, vocês podem manter relações sexuais sem temor algum durante toda a gravidez, o pênis não tem como machucar o bebe. Estão liberados para transarem. E à medida que a barriga for crescendo, vocês vão encontrar posições mais cômodas para praticarem sexo e sentirem prazer.

— Isso me alivia bastante doutora. – Carlos Daniel disse com um enorme sorriso.

— Imagino que sim. – ela disse sorrindo novamente daquela maneira enquanto nos observava.- Mais alguma dúvida?

—Não. –Respondemos em uníssono.

—Nesse caso estão liberados. Estarei esperando que tragam os exames para que possamos dar inicio ao pré-natal.

— Ok doutora.

Saímos do consultório em total sintonia. Carlos Daniel estava radiante. Sentia-me tão agraciada, jamais pensei que em minha vida ainda existiria um espaço para a verdadeira felicidade.

Após alguns minutos de total silencio dentro do carro enquanto ele nos conduzia pelo transito conturbado Carlos Daniel surpreendeu-me com uma pergunta.

—Paulina você gostaria que fosse uma menina ou um menino?

O olhei de imediato para constatar sua irradiante alegria. Aquela pergunta era totalmente inesperada. Eu não tinha uma opinião formada para poder lhe responder. Pensei rapidamente e tentei não interferir em sua empolgação.

— Quero que seja saudável. E torço para que tenha muitas das suas qualidades.

—Minhas qualidades?

—Sim. A começar pela sua beleza.

Uma de suas mãos soltou o volante e buscou a minha coxa exposta a acariciando com delicadeza.

—Acredito que ele ou ela, teria mais sorte se viesse com a sua Lina.

Ri timidamente de seu comentário e o respondi com sinceridade.

— Uma mistura de nós dois. Isso sim seria perfeito.

Ele sorriu de relance para mim e continuou a dirigir ainda com aquele irradiante sorriso em seus lábios. Poderia o observar incessantemente daquela maneira, jamais me cansaria.

Assim que chegamos em casa passamos por um interrogatório, Lizete e vovó queriam saber todos os detalhes da minha consulta. Estava amando saber o quanto minha princesa estava contente por ter um irmãozinho ou irmãzinha. Vovó também me alegrava com as suas constantes bajulações.
~*~

—Paulina. Preciso ir à fábrica. - Carlos Daniel disse assim que saí do banheiro.

—Por quê? Pensei que ficaríamos em casa hoje.

—Surgiu um imprevisto. Prometo que assim que consiga o resolver eu volto.

—É serio amor? – O olhei apreensiva. - Posso ir contigo e te ajudar a resolver.

—Não meu amor, não há necessidade. Prometo que não demorarei. Fique aqui e descanse esta bem?

—Esta bem.

Aproximei-me dele e lhe dei um beijo casto. Ele acariciou minha face, depois meu ventre e então se foi.

Resolvi deitar um pouco para descansar após o almoço e acabei cochilando. Despertei com o insistente som do aparelho celular.

—Alô?

—Paulina sou eu amor.

—Você não veio almoçar. Senti sua falta. Acho que os hormônios já estão me dominando. – Falei com a voz manhosa.

—Desculpa amor meu. Eu prometo te recompensar. Você poderia fazer uma mala rapidamente para nós dois?

—Mala? Como assim?

—Reservei uma hospedagem para essa noite e amanhã em um hotel fazenda. Rodrigo se encarregara da fabrica.

—E Lizete?

—Patrícia e Rodrigo dormirão essa noite ai na mansão. Você pode fazer isso em meia hora?

—Posso...

Arrumei uma mala para cada um de nós com tudo o que achei que seria necessário. Tomei um banho rápido e coloquei um vestido ao qual fiquei imaginando em meu corpo quando minha barriga começasse a crescer. Carlos Daniel adentrou o nosso quarto enquanto eu conversava com o nosso bebezinho.

— A mamãe e o papai estão muito felizes meu amor, sua irmãzinha Lizete e sua bisavó também, já te amamos tanto meu amor.

— Você não faz ideia de como essa cena me faz bem.

O olhei pelo espelho ainda com minhas mãos em cima de meu ventre que ainda não salientava nada. Sorri para ele em resposta.

—Já fiz as malas, estou ansiosa com essa viagem repentina.

Ele veio até mim, e envolveu seus braços em minha cintura enquanto abraçava-me carinhosamente.

—Merecemos um momento assim. Essa noticia esta me fazendo o homem mais feliz do mundo. Quero estar presente em tudo meu amor, quero acompanhar tudo o que não pude quando Paola esperava Lizete.

Seu rosto entristeceu de imediato quando ele pronunciou o nome da minha irmã. Eu tentei mudar de assunto para não estragar o momento maravilhoso que vivíamos.

— Vamos nos despedir de Lizete e vovó?

—Vamos. Mas antes preciso de um beijo.

Sorri completamente apaixonada enquanto ele me virava para ele. Nossos olhares conversaram trocando juras de amor antes de nossas bocas se encontrarem.

—Te amo Paulina.

—Eu também te amo Carlos Daniel.

~*~

A despedida de Lizete não foi algo fácil de administrar. Não consegui segurar as lagrimas quando vi sua carinha de descontente. Confesso que se não fosse Carlinhos chegar com Patrícia e ela se alegrar com a presença do primo eu teria desistido de viajar.

A viagem foi tranquila, em menos de duas horas já estávamos nos acomodando na maravilhosa suíte que Carlos Daniel havia reservado para nós.
Um ambiente aconchegante e muito elegante. A parte da qual eu mais gostei foi à sala. Nela tinha apenas um sofá, um tapete imenso branco, algumas almofadas vermelhas e uma pequena lareira. Imaginei instantaneamente Carlos Daniel me fazendo sua ali naquele tapete.

—Você gostou?- Carlos Daniel perguntou-me já me envolvendo em um abraço enquanto eu ainda estava parada enfrente a lareira admirando o crepitar da lenha. Fazia um maravilhoso som.

—Não. Eu não gostei – lhe respondi virando-me para ele, envolvendo meus braços em seu pescoço.

—Não? – Ele perguntou-me já com um ar de desapontamento.

—Não... Eu amei.

Ele selou instantaneamente seus lábios aos meus. Meu desejo subitamente aflorou. Estava loucamente apaixonada pelo meu marido naquele exato momento. Eu queria muito que ele me fizesse sua.

—Foi você quem pediu para deixarem a lareira acessa?

—Sim. Aqui faz bastante frio você percebeu?

—Adorei esse detalhe.

—Estou vendo.

Acariciei seu rosto e lhe beijei sem reservas. Pude sentir seu desejo crescer exatamente em cima de meu ventre.

—Esta me provocando senhora Bracho?

—Nesse exato momento não. Mas pretendo depois de tomar um banho.

—Banho?

—Sim.

—Posso me juntar a você?

—É o que mais desejo. – sorri roçando meus lábios aos seus.

Subimos para o andar de cima ainda abraçados. O quarto era lindo. Poderia viver bem em um lugar assim. A vista da enorme janela de vidro era esplêndida. Havia um lago a alguns metros do hotel. Com certeza faria um passeio por ali no dia seguinte.

Sentei-me na cama enquanto Carlos Daniel buscava as nossas malas. Estava um pouco cansada, mas minha empolgação ao momento era maior.

—Esta cansada Lina?- Carlos Daniel perguntou enquanto colocava as malas no chão.

—Um pouco.

—Sabes que tens que repousar bastante a partir de agora.

—Eu sei, mas agora a ultima coisa que quero é descansar.

Carlos Daniel olhou-me surpreso.

—Então o que você quer?

— Depois do banho eu te conto.

Respondi-lhe e corri rapidamente para o banheiro para não ter que encará-lo novamente após ter lhe mostrado encorajamento.

Tirava minhas peças intimas quando ele parou na porta e ficou a me observar. Continuei a me despir tentando ser mais sensual em meus atos, mas ainda era algo que não desempenhava com total desenvoltura.

Ele não se moveu nem tampouco falou nada. Adentrei a banheira que ainda não estava completa e tentei relaxar.

—Vai ficar ai parado só me olhando?

—Não. – ele sorriu e começou a se despir.

Ficamos em silencio novamente e então o pude observar melhor enquanto tirava as suas roupas. Meu marido era absolutamente de tirar o fôlego.

—Apreciando a vista Lina.

Fui pega praticamente o comendo com os olhos. Deus os hormônios com certeza estavam fazendo-me ficar mais desejosa. Sorri timidamente ainda sem desviar meus olhos dele.

—Gosto de ser observado assim pela minha esposa – Ele disse já se aproximando, parando exatamente a minha frente na banheira.

—Gosto que goste que eu te observe assim. Gosto quando também de você me olhando assim.

—Gosta?

—Sim.

Carlos Daniel me puxou junto com ele fazendo com que ambos ficássemos de pé na banheira frente a frente.

—Então me de esse prazer de admirá-la novamente.

Ele me deu um beijo casto e sentou no lado oposto da banheira me olhando sem reservas.

—Você sabe o quanto és linda senhora Bracho?

Sorri da forma como ele falou. Não tinha respostas para sua pergunta. Sim. Não. Fiquei em silencio.

—Seu rosto perfeito, seus seios bem feitos, sua cintura fina, sua pele aveludada, macia. Seu delicioso traseiro... - Ele disse a ultima frase de maneira pausada fazendo-me virar de costas para ele me acariciando com sutileza as nádegas.

—Eu te desejo tanto Paulina.

—E eu a ti Carlos Daniel...

Ele se pôs de pé novamente e colou seu corpo as minhas costas. O desejo já existente entre nós se intensificou e eu pude sentir o mesmo me queimar por dentro.

— O que queres que eu faça. Peça. Peça-me o que quiser.

—Quero fazer amor na frente da lareira.

Senti o ar de seus pulmões aquecer minha orelha enquanto ele sorriu ao meu pedido.

—Agora?

—Sim. Depois voltamos pro banho.

—Ok. Seu desejo é uma ordem senhora Bracho.

Carlos Daniel me virou para ele e nos beijamos da maneira mais carnal existente. Quando nos faltou o ar nos pulmões ele me pegou em seus braços e me levou em direção ao local ao qual os meus desejos seriam saciados.


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