A Força De Uma Paixão. escrita por Kah


Capítulo 46
Amor e Cuidado




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Eu o abracei com força, afundando meu rosto em seu pescoço, era um momento tão sublime que não sabia exatamente como expressar, saber que uma vida, que o fruto do nosso amor, crescia em meu ventre era maravilhoso.
— Vamos ter um filho meu amor! – disse entre lagrimas, sentindo meu coração transbordar de emoção, amor, alegria.
— Um filho minha vida! Você vai me dar um filho! - ele disse se afastando para me olhar - Eu estou tão feliz meu amor, me fazes tão feliz.
Ele sorriu e seus olhos se fixaram no pequeno par de sapatinhos brancos, aquilo parecia ser um sonho.
— Eu te amo tanto Paulina. – disse pousando suas mãos em meu ventre e o acariciando – E não imagina o quanto me sinto feliz.
Coloquei minhas mãos sobre as suas, ele sorriu e alcançou meus lábios para me beijar. Um beijo doce e cheio de carinho. Ainda me olhando ele se inclinou ate minha barriga e beijou ternamente ali onde o nosso bebe crescia.
— Eu ainda não acredito Carlos Daniel, parece que estou sonhando. – disse deixando mais lágrimas escaparem de meus olhos.
— Ah minha vida... – ele acariciou minhas bochechas e limpou as lagrimas de meu rosto – Te amo a cada dia mais. Paulina, nunca imaginei ser tão agraciado, abençoado. Ah minha Lina...
— Queria tanto que estivesse comigo Carlos Daniel. – disse o abraçando novamente e recostando minha cabeça em seu ombro.
— Se eu imaginasse que estava grávida teria te acompanhado meu amor, quero estar presente em cada fase, a partir de agora vou te acompanhar em todas as consultas... - ele se afastou me olhando intensamente – e vou cuidar de vocês.
— Eu sei meu amor... – sorri enquanto ele acariciava meu rosto.
— Ficará tão linda quando sua barriga crescer, - ele sorriu capturando meus lábios e me beijando demoradamente - imagina minha Lina, nos casamos há pouco tempo e já vamos ter um bebezinho, me fazes tão feliz, tão completo.
— Você também Carlos Daniel, – acariciei seu rosto – você é tudo pra mim, é meu amigo, confidente, me completa de todas as formas, és meu amor e meu amante... E agora... Agora vamos ter um filho, um fruto do nosso amor.
— Você é maravilhosa minha Lina... – outra vez trocamos um beijo, apaixonado e repleto de carinho - Eu sempre estarei aqui meu amor, vou dar meu melhor por vocês.
Sentia uma felicidade tão sublime. Algo que jamais me imaginei sentindo, depois de tudo o que sofri em fim apenas era feliz.

Naquele dia fizemos amor da forma mais carinhosa e intensa que era possível, podia sentir seu amor e cuidado por mim em cada toque, em cada olhar que compartilhávamos. Adormeci em seus braços fortes, sentindo-o colado a mim durante toda a noite exalando o amor que sempre sonhei viver.

***

Despertei pela manha ainda abraçada a Carlos Daniel, ele tinha uma das mãos sobre meu ventre e o acariciava levemente, sorri e levantei meu rosto para olhá-lo, ele mirava o teto e com meu movimento baixou o olhar para o meu.
— Bom dia. – eu disse sorrindo com a voz rouca.
— Bom dia, amor meu... – seus olhos pareceram me aliviar, e pude notar certo receio em sua mirada – como se sente?
— Estou ótima, - disse deslizando minhas mãos por seu peito e logo beijei seu queixo – melhor impossível.
Segui com meus lábios por seu rosto, beijando cada centímetro daquela maravilhosa face, mas assim que colei minha boca a sua e tentei aprofundar o beijo, Carlos Daniel o cessou e se afastou.
— O que foi meu amor? – perguntei confusa por sua reação, ele nunca havia agido de tal forma, sempre havia correspondido as minhas caricias.
— Não é nada minha vida, é melhor nos arrumarmos e descermos para o café, agora você precisa se alimentar direito. – ele disse beijando minha testa e logo se levantou enrolando uma toalha na cintura.
Me sentei na cama ainda atordoada com tudo, tentando entender o que havia acontecido, e uma angustia tomou conta de meu peito, já tinha ouvido falar que as mulheres ficavam mais sensíveis durante a gravidez.
— Você não me quer mais? – perguntei sentindo meus olhos marejarem e desviando meu olhar do dele.
Carlos Daniel rapidamente se sentou ao meu lado na cama e segurou minha mão, me obrigando a olhá-lo.
— Claro que quero, não é nada disso Lina, sabe muito bem o quanto te desejo.
— Então... Por que não... Por que não me quer agora? – perguntei sentindo meu rosto corar e meus olhos pinicarem.
Carlos Daniel me puxou para seus braços e afagou meus cabelos.
— Oh meu amor, eu apenas temo em te machucar ou machucar nosso bebezinho, ontem senti tanto medo de estar te machucando, de estar sentindo alguma dor...
— Sabe que nunca me machucaria assim, - disse deixando algumas lagrimas escaparem de meus olhos – foi maravilhoso te sentir ontem, você sabe que foi. A forma como me amou... foi mágico.
— Eu sei que foi minha vida, - ele beijou o alto de minha cabeça e me apertou mais em seus braços – mas tente me entender, só estou cuidando de vocês, e não esta sendo fácil me controlar, sabe que todo meu corpo reage com um toque seu, mas, por enquanto não quero arriscar a te fazer mal, não antes de conversar com seu medico e tirar todas minhas duvidas. Eu não entendo muito sobre isso, não sei ate onde podemos chegar, só quero garantir que estarão bem.
— Vai falar sobre isso com ele? – perguntei sentindo meu rosto corar.
— Vou minha linda, - ele sorriu brevemente – e não precisa se envergonhar, acho que é bastante normal os casais terem esse tipo de duvida, principalmente os homens. – seus dedos puxaram meu queixo fazendo com que eu o olhasse – Mas agora pare de chorar, esta sendo mais difícil pra mim do que pra você, e tenha certeza que assim que tirar todas as minhas duvidas vou te recompensar com o maior prazer.
Pronto! Carlos Daniel havia conseguido tirar um sorriso de meu rosto, por um lado ele tinha razão, embora tivesse quase certeza que não havia problemas em mantermos relações, eu me esforçaria em esperar que ele conversasse com o obstetra, e naquele momento o mais importante era mesmo o nosso filho.

Depois de trocarmos alguns beijos naquela cama, seguimos para o banheiro e acabamos por tomar banho juntos, Carlos Daniel estava deslumbrado com minha gravidez, e eu estava adorando tudo aquilo.
Antes de descermos fomos ate o quarto de Lizete, precisávamos dar a ela a noticia do irmãozinho, Lizete já estava de pé quando entramos em seu quarto, ela, com a ajuda de Adelina, penteava os cabelos, e quando nos viu correu ate nós, nos abraçando com um lindo sorriso no rosto. Adelina nos cumprimentou e desceu para ajudar Cacilda a colocar a mesa do café.

— Como minha princesinha dormiu? – Carlos Daniel perguntou enquanto a pegava no colo e sentávamos em sua cama.

— Muito bem papai, e também tive um sonho muito bonito com nós três. – ela sorriu e me olhou.

— E como foi esse seu sonho meu amor? – perguntei interessada.

— Nós três estávamos em lugar bem bonito, tinha uma barraca e uma fogueira, e o papai tocava violão. – ela disse sorrindo.

— É mesmo Lizete? – perguntei – E ele tocava bem?

— Tocava sim mamãe, e você cantava com ele. Bem que podíamos fazer isso não é mamãe?

— Bom, acho que podemos programar algum dia e sair para acampar. – respondi sorrindo olhando para Carlos Daniel. – O que você acha meu amor?

— Podemos ver, - ele sorriu para Lizete que o abraçou com força – mas antes temos que lhe contar uma coisa Lizete.

— O que papai? – ela perguntou afastando-se para olhá-lo com a testa franzida.

— A mamãe e eu... bem, nós vamos te dar um irmãozinho, ou irmãzinha. – ele disse com a voz mais suave possível, Lizete arregalou os olhos e intercalou seu olhar entre nós dois.

— Um irmãozinho!? – ela disse e pareceu pensar na idéia, seus olhos se estreitaram em mim e logo depois em Carlos Daniel – Quando ele chega?

— Vai demorar um pouco meu amor. - respondi acariciando seus cabelos – Minha barriga ainda vai crescer e ficar bem grande.

— Igual a da mãe da Laurinha? – perguntou.

— É sim meu amor. – respondi com um sorriso – Mas, agora me responda o que acha de ter irmãozinho?

— Hmm... – ela colocou a mão sobre o queixo pensativa, ri de seu jeitinho concentrado – eu vou gostar de ter um irmãozinho mamãe, e vou ensinar a ele um monte de coisa.

— Ah meu amor! – sorri dando um beijo estralado em seu rosto – Tenho certeza que vai ensinar.

— Você sempre será nossa princesinha Lizete, - Carlos Daniel disse sorrindo – te amo muito minha filhinha.

— E eu... – ela disse nos olhando – amo muito, muito, muito vocês.

Abraçamos Lizete ao mesmo tempo, ela gargalhou entre nós. Lizete era uma menina muito esperta e inteligente, e logo teríamos um bebezinho para dar ainda mais alegria a nossa família, um bebe que já era tão esperado.

Descemos os três juntos, Carlos Daniel com Lizete no colo e eu ao seu lado, foi uma manha incrível, embora vovó tenha nos chamado de lerdos por não perceber o obvio, estávamos radiantes.

Tudo parecia estar caminhando bem, parecia que realmente havíamos encontrado a felicidade completa.


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