Broken Flower escrita por Fleur dHiver


Capítulo 36
Ânsias e Desejos


Notas iniciais do capítulo

Olá, apareci depois de ter dito que ia voltar rápido e demorei uma vida ;D
Eu digo, não confiem em mim, apenas que não abandonarei a fanfic. Espero que vocês gostem do capítulo, porque eu amo. Uma boa leitura a todos;*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/409045/chapter/36

O único som que se perpetuava era o de dentro de Sakura; o do seu coração e da sua respiração densa e pesada. A mente estava turva, cheia de pensamentos inebriantes, porém tudo cessou assim que ela sentiu uma mão tocar em seu ombro. Ainda escorada na porta, ela virou a cabeça e viu Sasuke surgindo em seu campo de visão. A mão repousada no ombro dela foi descendo e deslizando por toda a extensão do braço torneado até chegar à mão de Sakura. Ele a segurou, entrelaçando os dedos e puxando-a em direção ao próprio peitoral, para que ela se virasse.

 Sakura se virou completamente, seu coração se agitando ainda mais, as batidas ecoando em seu ouvido.

 Naquela manhã o olhar de Sasuke era pura brasa que se alastrava, passava dele e a alcançava; ela podia até mesmo sentir o calor irradiando através dele e abrindo cada poro do corpo dela. Ele a tomou em seus braços de uma vez só, beijando-a com ardência e voracidade, prensando o corpo esguio à porta junto ao dele, colocando uma de suas pernas entre as de Sakura. 

O suspiro dela foi audível em meio ao beijo turbulento. Ela o abraçou pelos ombros, os corpos colados roçando a cada mínimo movimento, o que causou um frisson instantâneo nos dois. As mãos hábeis dele deslizaram pelas curvas definidas dela, descendo pelos ombros, a lateral do busto mediano, a cintura fina, passando na curva do quadril e indo até as coxas, onde ele pegou firmemente. E com um aperto ele a ergueu, encaixando-se a ela; outro suspiro escapou. Não tinha uma parte de Sakura que não estivesse ao ponto de ebulição; sua respiração agitada mesclava-se com a dele, afoita, sedenta.

Eles dançavam ao seu próprio ritmo e ambos pareciam conhecer tão bem o compasso. Da boca às mãos, Sasuke por inteiro a procurava e poderia até dizer que com uma fome só dele, mas não era, era compartilhada. A vontade que ele esboçava de querer sentir cada parte de Sakura, ela também o sentia. Também queria tocar, beijar e explorar cada mínimo pedaço dele. O desejo guardado por meses, por quase dois anos inteiros, era devastador, incinerando tudo que via pela frente, inclusive suas mentes.

 Ela estava perdida entre toques, suspiros, arrepios e beijos, e ele ia no embalo da mesma melodia. Sakura levou uma das mãos aos cabelos dele, deixando seus dedos finos se emaranharem aos fios negros, enquanto se perdia naquele beijo que a tirava do eixo. 

O som que ecoava era o do roçar de seus corpos, suas respirações e ruídos de leve que acabavam escapando. Ela buscava o ar a cada virada que sua boca dava, e a ponta do seu nariz encostava no dele. A mão solta de Sasuke acabou encontrando um caminho por debaixo da blusa social dela e, conforme subia apressada e descuidada, Sakura ouviu os botões estourando um por um até o busto; ele fechou sua mão no seio dela e ela arfou, estremecendo.

 A boca de Sakura deslizou pela curva perfeita do maxilar dele, mordiscando, sugando e beijando-o até o pescoço. Ela sentiu a boca de Sasuke no fim da maçã de seu rosto, próxima ao ouvido; escutou os suspiros, a respiração pesada que fazia pequenas cócegas em seu rosto e sentiu o volume que se chocava e esfregava-se no meio de suas pernas, deixando-a ainda mais quente e molhada.

Ele procurou um móvel lateral para escorá-la, mas não encontrou. Não havia nada por ali, e do jeito como estavam não parecia o suficiente. Então ele a soltou e palavras não foram necessárias; com a respiração pesada, eles se encararam por alguns breves segundos e Sakura tinha a certeza de que estava pronta para se atracar com ele outra vez a qualquer instante. Ela o pegou pela mão e o puxou, juntos subiram as escadas exasperados e, ao chegar no quarto, já foram se livrando das peças de roupa.

Um sorriso nervoso escapou pelos lábios dela enquanto tirava a blusa em frangalhos. Sakura o empurrou para cama e, cambaleando enquanto abaixava a calça, Sasuke se sentou, deixando a peça de roupa largada no chão e perdendo o fôlego ao vê-la tirar o sutiã. Não conseguia lembrar-se de um outro momento em que ela estivesse tão estonteante quanto agora. Ele arrancou a própria blusa rapidamente e puxou a cueca para baixo com a mesma velocidade. Ela, por sua vez, parou na frente dele, tirando a calça e a calcinha de uma vez e levando ambas as mãos aos ombros do Uchiha. Sentando-se em seu colo, o beijou com uma calma inesperada. As mãos dele logo a procuraram, segurando a cintura fina e passando para as costas, alisando e apertando todo o dorso dela, puxando-a mais para cima em seu colo. E lá estava o lembrete da excitação dele, pressionando-a bem entre as pernas.  

Sakura apertou os ombros de Sasuke, soltando uma lufada de ar em meio ao beijo, mordiscando e chupando o lábio inferior dele. Ele puxou parte do tronco dela para cima, deixando-a de joelhos na beirada da cama, beijou-lhe o ventre e desceu uma de suas mãos pelo quadril feminino, passando pela polpa esquerda da bunda e apertando-a. Ele procurou por trás o centro feminino dela, e Sakura estremeceu ao toque, jogando a cabeça para trás. Ele a puxou de volta, com a mão livre a segurou pela nuca e trocaram um beijo que queimava intensamente, ela soltava pequenos gemidos entre um roçar de língua e outro.  

Quando os dedos dele deslizaram pelos grandes lábios, ela encolheu os ombros, deixou apenas um braço em torno dos ombros dele e levou a outra mão ao membro ereto, tomando-o delicadamente em suas mãos. Sasuke abriu a boca completamente e, interrompendo o beijo, soltou o ar duas vezes contra a boca dela, sentindo os beijos e mordidinhas que ela dava em seus lábios e no canto de sua boca. Procuravam-se, mas os toques não permitiam que o beijo perdurasse, porém o contato nunca se acabava, e observavam de perto o prazer crescente e latente que queimava nos dois.  

Sasuke passou a mão para frente e tocou com dois dedos o ponto mais sensível dela, fazendo-a arfar; deslizou o dedo do meio como se fosse penetrá-la, mas não foi até o fundo, apenas o começo, enquanto que com o indicador continuava a estimulá-la, circundando e acariciando o pequeno nódulo.

 Sakura soltou um gemido baixo, perdida no desejo profundo que a consumia e na imensidão negra que era o olhar de Sasuke, turvo de puro prazer. Dando sequência aos seus movimentos, ela aumentou o ritmo em que sua mão subia e descia, e ele fez o mesmo, aproveitando para penetrá-la de uma vez, sem parar os estímulos. A respiração deles se chocava e os ruídos aumentavam junto com pequenos tremores do corpo dela.

Ela estava pronta, sedenta e o queria desesperadamente. 

Sakura soltou os ombros dele e o empurrou para que se deitasse na cama. Ele por sua vez arrastou o corpo para cima do colchão, trazendo-a consigo. Ela se preparava para sentar de uma vez em Sasuke quando seus olhos se depararam, pela primeira vez, com um círculo dourado no meio do peito dele. Tudo parou por um segundo, quase esqueceu o que estava prestes a fazer; presa em uma corrente fina de ouro, a aliança dele reluzia. Ela o encarou e a expressão de êxtase de Sasuke foi substituída por uma ligeiramente tensa.

Não.

Não era hora. Não era aquilo. Não queria ver aquilo.

Ela só queria foder, só isso.

Sem compromisso e, com toda certeza, sem querer saber do casamento.

Sakura enrolou a corrente no dedo indicador, erguendo-a e deixando o anel escorregar pelo cordão para trás do pescoço dele, sumindo de sua visão. Para só então pôr fim àquela agonia que os tomava e sentar de uma vez. O gemido que escapou de seus lábios foi acompanhado por uma lufada de ar ruidosa de Sasuke.

 Ela começou a mover os quadris, subindo e descendo lentamente; Sasuke levou uma das mãos à cintura dela e apertou-a, deslizando a mão pela lateral da barriga feminina. Como ela estava com o corpo inclinado para frente, ele levou a outra mão à nuca de Sakura, trazendo-a para perto dele outra vez, beijando o topo de um dos seios, mordiscando a região do busto, sugando e roçando os dentes na pele macia e arrepiada. Ele também ergueu as pernas, impulsionando o próprio quadril para frente, seguindo as investidas dela e gerando ainda mais impacto no encaixe de seus corpos.

 Sakura se apoiou em um dos ombros dele, levando a outra mão ao braço de Sasuke que a mantinha por perto; ela gostava disso, do contato constante e imediato, de sentir os toques, a respiração, o cheiro, de suspirar junto com ele, poder ver claramente o quão inebriado e entregue ele estava, assim como ela. O quadril dela requebrava em alguns momentos e seguia aumentando o ritmo assim como as estocadas dele se tornavam mais rápidas. 

Ele empurrou o quadril dela de uma vez só e Sakura soltou um gemido esganiçado, estremecendo. Movendo o quadril com ele completamente enfiado dentro de si, o beijou com urgência, e Sasuke ergueu a parte de baixo do tronco enquanto ela se inclinava para beijá-lo, a fim de manter  as coisas como estavam. Os movimentos de ambos recomeçaram devagar, porém indo em uma crescente mais rápida e forte do que antes; ele a impulsionava em alguns momentos, guiando suas quicadas. O som do choque de seus quadris reverberava pelo quarto, e Sakura apertou o ombro de Sasuke com força, soltando alguns gemidinhos contra a boca dele.

Iam e vinham, agarravam-se, tocando e apertando o que podiam. A mão de nenhum dos dois parava quieta. Sasuke a empurrava com urgência, mantendo o ritmo forte, constante, enfiando por inteiro e sentindo cada mínimo pedaço de Sakura estremecer — então o ritmo era quebrado, se tornava inconstante, sem compasso, dois corpos que se chocavam e duas pessoas que se buscavam com uma ânsia não vista por tanto tempo. E começavam tudo outra vez. 

Talvez fosse o tempo que passou sem estar daquele jeito com outra pessoa, ou o fato de ser com quem era, mas não demorou para que ele gozasse, contrariando a maioria das lembranças de Sakura sobre esses momentos em que ela chegava sempre primeiro ao clímax. O som que escapou da boca dele foi o que o denunciou, algo bem mais próximo dos gemidos dela do que qualquer outro barulho que ele já tivesse soltado. Então, ele sussurrou: 

— Sakura… 

Ela o fitou e não viu o breu; o olhar dele brilhava, a engolia, e ela ruborizou. Encararam-se, arfantes. Ele passou a ponta da língua por entre os próprios lábios, conduzindo a mão que estava na nuca de Sakura ao rosto dela, acariciando-lhe a bochecha com o polegar. Ele a puxou para um beijo curto, enquanto, com a outra mão, continuava a puxá-la em direção ao seu próprio quadril bem devagar, a levantava e em seguida descia. Sakura soltou um gemidinho, fechando os olhos.

— Sasuke...

— Shh... — Ele a beijou outra vez e, quando se separaram, puxou-a para cima, mais “para cima” do que ela esperava. Ele literalmente a empurrava pelo quadril em direção à cabeceira da cama.

— Sasuke? O que está fazendo? — Sakura o questionou, rindo daquela mudança abrupta.

Ele a encarou enquanto escorregava para baixo; o olhar e o sorrisinho faceiro que surgia no rosto dele era de pura malícia. Ela engoliu em seco. Com ambos os braços ele envolveu o quadril dela e a guiou — bem, ela continuava sentada, só que agora era na cara dele, ou melhor, na boca quente e gulosa. 

Sakura segurou o estrado da cama enquanto se contorcia e era invadida pela língua sinuosa dele, para em seguida ele beijar e sugar seus lábios vaginais bem lentamente. Ele endureceu a ponta da língua para passar pelo seu clitóris intumescido e em seguida sugá-lo com gentileza; ele a devorava e ela perdia completamente a compostura, a cabeça e o equilíbrio. Sasuke continuou a chupá-la, esfregando-a por toda a sua boca e, enquanto ela se retesava por inteiro, ele brincava com o seu ponto mais sensível, passando várias vezes a língua por ele e sugando-o em seguida, descendo, subindo, fazendo-a se questionar se o vizinho ao lado poderia ouvi-la. 

Sakura caiu de bruços ao lado dele após gozar em sua boca e quando ela tinha enfim alcançado o ápice, percebeu que ainda não era o fim. Ele arrastou o corpo para cima, deixando a cabeça na mesma altura que a dela. Ela o encarou e não se surpreendeu por ver aquele olhar ainda queimando, e só de ver isso sabia que estava pronta para fazer tudo de novo. Precisava apenas de um tempinho ali, deitada, deixando a respiração se acalmar.

 A segunda vez foi completamente diferente. 

Ele foi se aproximando de mansinho, bem lentamente, até o rosto estar praticamente tocando o ombro dela, suas respirações se chocando. Sasuke afastou uma mecha que caía na lateral do rosto dela, e ela juntou as pernas com o arrepio de leve que sentiu com o dedo dele resvalando em seu rosto. As pontas de seus narizes roçaram e Sasuke fez uma viradinha, chegando à boca de Sakura. Ele entreabriu um pouco os lábios e apenas prensou o lábio inferior dela, inclinando o rosto em seguida, não mais mantendo a cabeça deitada na cama e entreabrindo mais a boca, intensificando a troca. 

Ela tinha esquecido como o beijo dele era bom, como o cheiro dele pós-sexo a instigava, como ele conseguia ser provocador com o mínimo toque e como às vezes ele gostava de beijar de olhos abertos, e que quando o fazia parecia que devoraria até a alma dela, prendendo-a naquele momento. 

Com Sakura deitada de bruços, Sasuke começou beijando a ponta do ombro direito dela subindo até a curva do trapézio; abriu bem a boca do meio do pescoço feminino até o começo da mandíbula, deslizando seus lábios e sua língua até se encontrarem com os dela. Ela sentiu um arrepio gostoso subir e soltou uma risada leve, nervosa, fechando os olhos e segurando a fronha da almofada. 

Os cabelos rosados de Sakura foram afagados e afastados com gentileza, deixando sua nuca exposta para que ele pudesse dar leves mordidinhas que a fizeram se encolher e soltar uma lufada de ar. Ele sorriu, levou a mão até o ombro dela com o polegar próximo a nuca e apertou sem muita pressão, deslizando o dedo pelas costas dela, pressionando alguns pontos no meio da espinha, descendo junto com uma trilha de beijos e leves chupadas na pele macia. Ele passou sua mão pelo fio da coluna dela inteiro e deslizou para a lateral, apertando a cintura de Sakura e a erguendo bem pouco.  

Algo frio tocou o meio das costas dela e Sakura voltou a encolher os ombros, por uma razão diferente agora.

— Você pode tirar? — Ao ouvir o questionamento de Sakura, Sasuke parou sua trilha de beijos e fez o que lhe foi pedido. Ela escutou apenas os movimentos dele e o som de algo batendo na mesinha de cabeceira. 

Antes de voltar ao que fazia, Sasuke puxou o travesseiro ao lado do dela, ergueu novamente a cintura de Sakura e o colocou dobrado ali, deixando uma parte do quadril um pouco erguida. A mão que antes apertava a cintura fina começou a descer, chegando até a virilha dela e dando um aperto forte na parte interna da coxa. Sakura prendeu a respiração, esperando um dedilhamento começar, mas ele continuou a descer, levando a mão aberta até mais ou menos o meio da coxa, e então foi fechando bem devagar. os dedos arrastaram-se pela pele dela, causando um arrepio gostoso enquanto ele voltava até a virilha e a contornava com o dedo indicador, voltando a subir. Uma maldita provocação, ela sabia. Ele voltou com seus beijos mornos que a deixavam leve, porém o toque intermitente dele a mantinha completamente quente, alerta e excitada.

 A mão dele chegou à virilha outra vez e ele desceu seu dedo indicador, passando-o pela parte externa de seus lábios enquanto o polegar subia, acariciando o monte de vênus, estendendo completamente a mão. A boca de Sasuke fez um desvio da parte final da coluna dela para o lado direito, mordendo e prendendo-a com os lábios, soltando aos poucos enquanto a mão dele ia se juntando e os dedos se encontrando bem no meio da virilha. Sakura prendeu a respiração, deixando os braços bem rente ao corpo. Ele a soltou, passando a ponta do dedo pela parte interna da coxa dela, sem subir muito dessa vez, e ela voltou a respirar, perguntando-se quando ele ia pôr fim àquele tormento. Porque, se era um pedido que ele esperava ouvir, não ouviria. 

Mas ouviu, mesmo que indiretamente, quando voltou à virilha; ela soltou um gemidinho involuntário e era tudo que ele precisava. Fechou sua mão no meio das pernas dela, deixando seu dedo do meio deslizar de baixo para cima por entre os lábios completamente úmidos; ele a penetrou com o dedo e Sakura arquejou, encolhendo os ombros e erguendo um pouco mais o quadril. Não enfiou de uma vez, passava apenas pela entrada, indo e vindo, deixando-a ainda mais lubrificada e arfante. 

Sasuke, com seu membro já ereto, deslizou pela cavidade, batendo com a cabeça dele três vezes bem na entrada; ela remexeu os quadris e ele foi deslizando-o para dentro e para fora bem devagar, até penetrá-la por completo. Ela soltou um gemido mais alto, fechando a mão na fronha do travesseiro, e ele arrumou sua postura. Sem deixar seu peso sobre ela, inclinou-se outra vez, começando a mover seu quadril, levando-o de encontro ao dela ritmicamente. 

Sakura apoiou os cotovelos na cama, erguendo parte do tronco à medida que as estocadas de Sasuke iam se tornando mais rápidas e fortes. Com ela se erguendo, ele colou seu tronco ao dela, mantendo uma mão em sua cintura, guiando o compasso de seus atos, enquanto a outra ia para os seios. Pressionou um em suas mãos, fechando um dos bicos entre o vão de seus dedos e puxando-o; ela arquejou, requebrando o quadril. 

Ele continuou a meter mais rápido e mais forte, parando e puxando o quadril dela com força, ondulando o próprio toda vez que paravam; Sakura jogou a cabeça para trás, voltando a mover as ancas sinuosamente. Sasuke a seguia, movendo-se devagar até retomar o ritmo outra vez. Em uma de suas puxadas a ergueu, ficando ambos de joelhos na cama, e sem parar as estocadas segurou o rosto de Sakura, puxando-a para um beijo. Ela arfou, completamente entregue e desejosa, sedenta por tudo aquilo.

O ímpeto dele estava mais forte dessa vez. Ele descolou seus corpos, mantendo a mão na cintura dela enquanto continuava a descer estocadas, e Sakura arqueou ainda mais os seus quadris, totalmente inclinada para frente, mantendo-se sobre os braços dobrados. Ela estava entregue, à mercê do que ele fazia, seu corpo tremendo a cada nova onda de investidas fortes e intensas que a faziam praticamente vibrar. Então, com uma última e forte estocada, ele parou. 

Sasuke gentilmente puxou Sakura pela cintura, fazendo com que ela se deitasse de costas na cama. Ele pegou uma das pernas dela e a ergueu, apoiando-a na lateral de seu dorso; segurava-a por ali com uma mão e a outra ele levou ao próprio quadril, começando a movê-lo lenta e profundamente. Sakura também ergueu o seu, completamente perdida na visão deliciosa de Sasuke fodendo-a daquele jeito, e tão devagar. Ele inclinou o corpo para frente e ela arfou, jogando a cabeça para trás; em seguida ele tomou um ritmo mais forte e intenso, diminuindo um pouco a inclinação e tendo a visão perfeita da total e magnífica entrega dela. Intercalou, entre os ritmos, a intensidade e a força de suas investidas, até ela se agarrar às cobertas da cama e soltar um gemido mais forte que todos os outros, estremecendo por inteiro logo depois. E a chegada dela trouxe a dele. 

Sasuke a soltou e caiu bem ao lado dela. Ela tirou o travesseiro, que agora estava apenas próximo da sua coxa esquerda, e o jogou para o lado dele, enquanto puxava o lençol. Por hábito, se enrolou e ficou de bruços. A respiração pesada, o cabelo grudado na testa, a sensação que a dominava era de leveza; tinha sentido falta de ser tocada, dessa intimidade, de gozar, obviamente… Já nem lembrava mais quanto tempo fazia desde a última vez. Sentiu a mão de Sasuke repousar no meio de suas costas, o dedo indicador dele descendo e subindo pela parte que o lençol não cobria. Ela cruzou os braços sobre o travesseiro, apoiando a cabeça em cima deles e virando-se para ele. 

Sasuke estava deitado de lado, sua atenção em outro lugar. Mas, assim que Sakura se ajeitou na nova posição, ele a encarou, a mão subindo para o ombro e afastando uma mecha de cabelo do rosto dela, que sorriu. A respiração dele parecia bem mais compassada que a dela. Ele parecia calmo também, sereno, porém uma brasa ainda queimava em seu olhar, agora bem branda, um fogo baixo, mas que ela não ousaria duvidar de sua potencialidade. 

Sakura umedeceu os lábios. O que dizer? Não sabia e, por não saber, preferiu permanecer como estava. Às vezes palavras só complicavam as coisas, e não era como se ela ou ele estivessem incomodados com a quietude. Sasuke manteve sua atenção nela, mas não tardou a desviar, ficando distante outra vez. Ao mesmo tempo que queria saber o que ele pensava, ela também não queria; assim como também queria que ele continuasse atento a ela, também não o queria. 

Era confuso, ela sabia, mas era como se sentia e, por ora, preferia não pensar a respeito. 

         Relaxada como estava, e com Sasuke ainda a acariciando, lentamente Sakura acabou por pegar no sono. A real era que tinha dormido mal no chão do quarto de Sarada, além de vir de um plantão, um conjunto de coisas que não combinavam. Quando acordou se sentiu meio perdida no tempo; ao olhar para a janela percebeu que já tinha escurecido, tinha perdido o dia todo. Espreguiçou-se, enrolando-se por completo em uma coberta que não era a que ela lembrava de estar usando quando apagou. Sasuke não estava deitado ao seu lado, virou a cabeça para a mesinha de cabeceira e o cordão dele não estava ali também. Era possível que ele tivesse… 

Sarada!

Acalmou-se no mesmo instante em que quase teve um ataque cardíaco. Não, Sasuke não iria largá-la na cama e deixar a filha a esmo no mesmo dia; ou estava aqui em algum lugar com ela, ou tinha ido buscá-la no Naruto. A agitação fez com que a moleza logo a abandonasse, se desvencilhou da coberta e levantou, indo direto tomar um banho rápido. 

Após o banho colocou uma roupa folgada e confortável e saiu do quarto à procura dos dois. Passou primeiro pelo quarto de Sarada, que estava vazio, mas a bolsa que tinha preparado para ela ir ao Naruto estava em cima da cadeira de balanço; eles estavam em casa. Desceu a escada apressada, ouvindo os ruídos costumeiros de Sarada vindos da cozinha. 

Um “a” infantil seguido de um “a” bem mais grave. Ela riu, já imaginando o que veria e não errou. Sasuke estava dando a janta para ela, fazendo algumas caretas enquanto abria a boca e Sarada o imitava. Ele mantinha um sorriso leve no rosto que só a pequena era capaz de arrancar em momentos assim, onde ele achava que só estavam os dois. 

Observou-os do batente da porta assim como fazia quando Sarada era uma recém-nascida e eles ainda estavam em Suna, morando juntos por um tempo. Fitou o chão quando uma lembrança veio, seus lábios formigaram na mesma hora e encolheu os dedos dos pés, vendo a ponta deles esbranquiçar. 

— Oi, conseguiu descansar bem? 

A voz de Sasuke a trouxe de volta. Encostou a cabeça no batente, enquanto a balançava em afirmação. Ele balançou também e deu um meio sorriso para ela. Sakura engoliu em seco, virando o rosto. 

Não. 

Não sorria.

— Eu… — A voz dele deu uma pequena falhada e ele pigarreou, fazendo Sakura voltar a encará-lo. — Eu não vou poder ficar com a Sarada essa semana, saio em uma missão amanhã.

Por que ela achava que aquela resposta não era o que seria a primeira frase?

— Tudo bem, eu vejo com o Naruto e a Hinata. 

Ele acenou afirmativamente e pegou Sarada no colo, levando o prato dela à pia. 

— Eu acho que já vou indo. Quer que eu a leve para lavar a boca e tudo mais? — questionou enquanto se aproximava com a pequena no colo. Sarada sorriu assim que a viu, mostrando seus três únicos dentinhos.

— Não, eu faço isso. 

Ele entregou a ela a pequena, passando a mão nos cabelinhos escuros dela e inclinando-se para frente para dar um beijo no topo de sua cabeça. Sakura umedeceu os lábios na mesma hora, sentindo seu coração palpitar. Sasuke estava próximo demais... Balançou a perna em um tique nervoso, porém ele não desviou na sua direção, arrumou a postura e então a encarou. Ela viu quando o olhar dele deu uma leve desviada para a sua boca. No automático ela acabou dando um passo para trás, abrindo espaço para que ele passasse. 

— Boa noite, Sakura. 

— Boa noite… — murmurou ao vê-lo passar por elas direto até a porta, sem nenhuma olhadinha para trás sequer. Assim era melhor, muito melhor, especificar os limites e principalmente respeitá-los. Essa missão tinha vindo muito a calhar, o distanciamento seria ótimo para eles.

Porque, bem, ele fez uma torta. Era difícil ter a certeza de que ele tinha entendido que o que ela queria era algo totalmente físico e nada que fosse além.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

HOT HOT HOT HOT
IN FIRE
Agradecimento especial sempre pela Alê pela betagem maravilhosa, demorada, porém perfeita sz
Espero que de coração que vocês tenham curtido escrever as potarias me deixa sempre meio insegura e envergonhada SIUADHADUIAHDPIUSH Enfim, me digam se vocês curtiram. Próximo capítulo sem previsão minha vida deu uma virada de 180º e eu ainda to trabalhando de segunda a sábado.
Além de que vou ter que caçar uma beta por um tempo, a minha tá quase parindo. ;DDD
Até a próxima.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Broken Flower" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.