Broken Flower escrita por Fleur dHiver


Capítulo 20
Novidades a Mesa


Notas iniciais do capítulo

Quem imaginaria dois capítulos na mesma semana? É isso que ocorre quando a fanfic está para fazer aniversário. Pois é hoje! Broken Flower está fazendo dois aninhos hoje. Dois anos de muito drama, muitas lágrimas e felicidade em poder compartilhar isso com vocês. Alguém disse que fazia aniversário hoje, junto com a fanfic, mas não consigo achar o cometário, mas é dedicado a você também. Um dia auspicioso. kkkkkk Espero que gostem, uma boa leitura;*



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Observou com atenção a forma como os pratos estavam distribuídos, girando todos um pouco para a esquerda, parecia melhor, mas não perfeito. Não dava para acreditar que iria mudar a porcelana pela sexta vez. Era bobeira estar agitada por causa de um almoço com os amigos, mas era a primeira vez que teria um almoço com os amigos após o casamento.

Naruto tinha tomado um café da manhã com ela, mas aquilo era diferente. Além de ter desmarcado da última vez por ter dormido demais. Havia uma necessidade de dissipar qualquer mal-entendido no ar e precisava mostrar como o seu casamento estava bem, porque estava. Fitou a cozinha por sobre seus ombros, Sasuke cutucava alguma coisa, provavelmente beliscava algo, não tinha como negar que tudo estava mais que bem.

A não ser os pratos para o almoço, analisou mais uma vez a porcelana branca com detalhes pretos nas bordas. Essa estava simples demais, a anterior era floral demais, a outra formal demais, necessitava urgentemente de um meio termo. Tinha certeza que dentro de uma caixa no escritório tinha um conjunto excelente que haviam ganhado de casamento.

A campainha tocou atraindo a atenção dos dois, Sakura morreu o lábio inferior, sentido o nervosismo começar a aflorar. Sasuke surgiu em seu campo de visão, mas antes que ele voltasse a sumir no corredor ela o segurou pelo braço.

— Preciso que pegue o conjunto que ganhamos de casamento. — Ele olhou dela para os pratos devidamente alinhados na mesa de jantar.

— Qual é o problema desses agora?

— Estão simples demais. — A campainha tocou outra vez e ele soltou um suspiro, passando a ponta do indicador em sua sobrancelha. Como explicar que ele ninguém, a não ser ela, se importaria com os pratos?

— Sakura, você sabe quem está vindo almoçar conosco não sabe? — Respondeu com um aceno de cabeça, segurando a borda do vestido que usava. — Acha que o Naruto e o Suigetsu vão se importar com o tipo de louça que você vai usar para servi-los?

— Não, mas...

— Teme, larga a Sakura-chan e vem abrir a porta! — Pressionou os lábios, formando uma linha fina. Estava mais do que corada naquele momento, estava quase roxa. A vontade de socar Naruto veio com força total e olha que fazia anos que ela não sentia essa necessidade.

— Está tudo perfeito, querida. Não se preocupe. — Ele acariciou bem de leve sua bochecha, partindo para atender ao chamado irritante do Uzumaki e ela continuou parada no mesmo lugar, com um sorriso bobo nos lábios.

Agora ela era “querida” não mais irritante ou insuportável ou só Sakura naquele tom tedioso. Agora ela recebia caricias e sorrisos, estavam se tornando um casal, um casal de verdade. Tinha feito muito bem em não largar tudo e desistido naquela briga, era só falta de diálogo, quando conversaram, as coisas empacaram um pouco, mas com esforço de vontade e persistência se resolveram.

— Olá, Sakura-chan!

Cruzou o batente em direção a entrada, Naruto estava sem sua roupa laranja gritante, mas o sorriso usual e contagiante continuava lá. Abraçou-o, em seguida a Hinata que já estava com sua barriga levemente a mostra.

— A, Hinata, já consigo vê-la. — A garota corou, encolhendo os ombros e passando uma das mãos sobre o ventre. — Vocês já sabem o sexo?

— A consulta está marcada para daqui há duas semanas. — Com um sorriso doce estendeu uma caixa, embrulhada com primor, para Sakura. — Eu trouxe a sobremesa, espero que não se importe.

— Obrigada!

— Mas eu sei que é o menino. — Confidenciou Naruto assim que a esposa passou por eles, dando uma piscadela com seus vibrantes olhos azuis.

Tão fofos, não demorou para que Naruto se juntasse a sua esposa, passando um dos braços pelos ombros dela. Suigetsu entrou como uma bala, estragando a bela visão. Passou por Sakura sem nem ao menos cumprimentá-la. Foi direto para a cozinha, precisava se certificar de que não seria forçado a comer nenhuma iguaria esquisita.

— Suigetsu!

Correu atrás do idiota que já estava fuçando toda a comida que tinha preparado, destampando as travessas, mexendo nas panelas. Colocou a sobremesa de Hinata sobre a bancada e o puxou pelo braço.

— Pare de mexer!

— Só estou me certificando que você não preparou coisas com frutos do mar.

— Eu preparei comida com frutos do mar. — O rapaz bufou, virando para ela bastante emburrado, soltando-se do aperto de Sakura. — Mas fiz os seus separados e com outros ingredientes. Sou legal, não sou? — Apontou para dois pratos que apesar de serem semelhante aos outros estavam destacados.

— Posso dizer que você é aceitável, princesa. — Deu uma risadinha ao ver a careta que ela fazia após suas palavras. — O que é essa gororoba? Vai servir isso? — Apontou para o que parecia ser uma papa amarelada com pequenos pedaços de banana dentro de uma das panelas. Sakura grunhiu, puxando-o pela camisa.

— Fora da cozinha! Fora agora!

Livre da presença de Suigetsu, Sakura pode servir a refeição. O primeiro prato foi chawan mushi* era a entrada e como pratos principais serviu chahan*, takoyashi* e tonjiru*. Não houve nenhuma confusão durante o almoço. Durante a maior parte do tempo ficaram em silêncio, eventualmente Naruto falava alguma besteira, irritava Sasuke e era irritado por Suigetsu com alguma provocação, incluindo a menção do apelido dado por Sai que curiosamente deixou a Hinata estupefata. Aparentemente o apelido não tinha fundamento e perturbou bastante a esposa de seu amigo.

— Sakura-chan, é tão bom saber que você evoluiu na cozinha. — Comentou Naruto com leveza, remexendo seu arroz com os hachis. — Nas nossas primeiras viagens era triste até quando você se oferecia para pôr o lamen para ferver. — Corou com o comentário que arrancou risada da maioria dos presentes.

— Não exagera, Naruto. Eu fiz algumas coisas erradas, mas eu tinha 12 anos.

— Algumas coisas? Eu comi muito peixe com gosto de carvão para você vir me dizer que foram só “algumas coisas” — Ouviu uma risadinha vinda do seu lado e se virou a tempo de ver o Sasuke encobrir seu ar de riso com o chã verde que tomava.

— Se dependesse de você nós teríamos só lamen na veia.

— O que seria muito bom! Seriam todos iguais a mim. — Deu uma risada desdenhosa e em resposta recebeu um mostrar de língua, muita maturidade exalando daquele que tem pretensão em ser Hokage.

— Que bosta todos seriam se fossem parecidos com você. — Suigetsu estava sentado ao lado de Hinata que estava ao lado de Naruto que observava o espadachim por sobre a cabeça da esposa. — Eu ia preferir me matar a viver nesse mundo.

— E tudo seria muito melhor sem você. —Já podia sentir que os ânimos entre os dois se exaltariam outra vez.

— E então Hinata, como vai à decoração da casa nova? — A Uzumaki se agitou ao ver a possibilidade de acabar com aquela discussão boba.

— Vai bem, fora do clã eu tenho bem mais liberdade para fazer as coisas como eu quero. — Acenou com a cabeça, vendo os garotos sossegarem em seus assentos.

— Já está montando o quarto do bebê?

— Bem, mais ou menos, não por mim. Eu esperaria até saber o sexo, mas papai e Naruto cismaram que é um menino e já começaram a comprar muitas coisas para garotos. — Deixou um sorriso escapar só de imaginar Naruto entrando em uma loja de artigos infantis, se houvessem brinquedos ele poderia acabar comprando algo para si e esquecendo do filho.

Naruto seria pai. Como viver em um mundo onde seu melhor amigo: falador, perturbado e nada responsável teria que cuidar de uma criança? Parecia tão estranho imagina-lo assim e ao mesmo tempo tão certo. Assim que Hina começou a falar, o semblante dele mudou, o jeito mudou, ali estava um pai e um amante. Seu amigo estava realmente mudado.

— Como alguém com um pinto minúsculo fez uma criança? — Naruto jogou o guardanapo de linho que segurava sobre a mesa.

— Já chega! Vou afoga-lo na privada! — Naruto já estava pronto para pular em cima de Suigetsu e esse já estava pronto para correr.

— Naruto!

— Acalmem-se, meninos! Eu vou pegar a sobremesa. — Levantou-se em um pulo, Sasuke a ajudou, pois na pressa quase derrubou a cadeira.

— Vou ajuda-la, Sakura-san. — Hinata também se afobou, Naruto estava quase esmagando-a contra o braço de Suigetsu. Antes de sair ela sussurrou algo no ouvido do marido que parou, a fitou e sorriu.

— Princesa, a sobremesa não é aquela gororoba que eu vi na panela, é? — Fecho a cara. Por que ele não poderia esquecer aquilo? Fuzilou Suigetsu com o olhar.

— Não, não é! A sobremesa foi a Hinata quem trouxe. — Escapou da sala de jantar antes que alguém mais falasse, mas pode ouvir Naruto perguntar de que gororoba estavam falando. Maldito Suigetsu e sua boca grande.

A sobremesa de Hinata era um belo cheesecake com calda de cereja por cima. A Uzumaki levou a torta para mesa e Sakura pegou os talheres, a louça e um potinho com biscoitos amanteigados para Sasuke, já que era o mais próximo de um doce que ele comia.

— Princesa, o que era aquela coisa estranha? — Suspirou, partindo a torta com a espátula e começando-a a distribui-la entre os pratinhos a sua frente.

— Por que você não esquece isso?

— Por que você faria algo para ser servido e não serviu? Deu errado foi? — Obviamente ela ignorou seu questionamento, revirou os olhos ao ver o sorrisinho dele e de Naruto perante o seu possível fracasso culinário.

— Não era para ser servido, foi algo que fiz para comer sozinha! — Estendeu um prato para Suigetsu e outro para Karin que estava tão quieta que passou despercebida por todo o almoço.

— Então está guardando o melhor, só para você, Sakura-chan. — Questionou Naruto, raspando a parte caramelizada de sua sobremesa e levando a boca.

— Não a nada de melhor.

— Diga logo o que é?

— Purê de batata com banana. — Deu uma garfada em sua sobremesa sem fitar os outros a mesa, sabia que todos os olhares estavam sobre ela. Não tinha uma explicação para dar, pois nem ela sabia mais o que tinha lhe dado para preparar aquilo no meio da madrugada. De manhã, quando começou a preparar o almoço olhou para aquilo e quase vomitou, mas não era essa sensação que tinha tido no meio da madrugada.

— Que nojo! Por que alguém comeria isso?

— Vai por mim, mulheres comem coisas estranhas. A Hinata as vezes pede para eu comprar umas coisas muito loucas. — Parou com o garfo no meio do caminho para a boca. Havia ouvido direito? Naruto tinha acabado de compara-la a Hinata? Sua esposa, doce, delicada e grávida? — Se a Sakura-chan já come essas coisas estranhas normal. Imagine quando engravidar. — Naruto explodiu em uma gargalhada, mas Sakura não conseguia encontrar a graça. — Pobre do teme.

Enjoos, falta de apetite, desmaios, desejos esquisitos. Há quanto sua regra tinha vindo? Ela não conseguia nem lembrar, talvez uns dois meses. Dois meses? Ela já estava grávida de dois meses? Quer dizer ela não estava, ou melhor, não sabia se estava. Tinha tomado a pílula religiosamente, mas se fossem dois meses talvez tenha sido antes de começar.

— Cala a boca, dobe.

A voz de Sasuke a trouxe de volta a almoço que tinha sido completamente esquecido por ela. Fitou-o com atenção, mantinha seu olhar sobre Naruto que falava qualquer coisa sobre treino agora, o assunto gravidez tinha sido esquecido e Sasuke não parecia agitado ou perturbado, nem tinha notado que havia ficado abalada ou feito uma correlação. Nem tinha como. Quais contatos ele já teve com uma mulher grávida? Qual interesse ele já teve em saber o que ocorre dentro desse período? Nenhum!

Para Sasuke, a observação de Naruto foi apenas uma das muitas coisas idiotas que o amigo disse e nada mais. Pegou seu copo de chá tomando um bom gole, ao voltar seu olhar para frente, deparou-se com Hinata a fitando, um sorriso singelo nos lábios, mas podia notar que ela tinha chegado a uma conclusão parecida com a sua.

Deixou um sorrisinho escapar, mantendo o corpo em frente ao seu rosto. Não queria aquela criança, por temer que todo o seu casamento só existisse em função disso, mas agora, ela era feliz. Podia sentir que tudo estava caminhando da forma como deveria. Uma criança seria mais do que bem-vinda. O que poderia dar errado?

— Karin! Estou falando com você, seu tribufu. — Suigetsu tentava ter a atenção de Karin, mas a garota não conseguia deixar de observar Sakura. Seus olhos vermelhos não pareciam desdenhosos, ou raivosos, mas sim puro assombro.

Karin havia assistido a todo o processo de alto analise de Sakura. Via maneira como ela ficou após o comentário de Naruto, as sutis mudanças que sua fisionomia tiveram enquanto ficou em silêncio analisando algo invisível aos olhos de todos. Depois viu o sorriso cumplice trocado com a esposa do idiota do melhor amigo de Sasuke, toda aquela cena caiu como uma pedra em cima da kunoichi. Sakura estava grávida, não tinha dúvidas disso e não importa mais nada em sua vida. Sasuke nunca deixaria a mãe de seus filhos.

— Qual é o seu problema?

— Eu preciso ir.

Na afobação, acabou derrubando a cadeira em que estava, puxou às pressas colocando no lugar em seguida, Sasuke chegou a se levantar e todo o corpo de Sakura ficou tenso com tal movimento, mas ele não fez nenhum movimento a seguir apenas fitou a garota desaparecer no corredor. Quando o som da porta batendo ecoou ele voltou a se sentar.

— Eu fiz alguma coisa. — Juugo deu de ombros como resposta e toda a mesa ficou em silêncio, mas Sakura amargou um pouco aquele assunto e ao que indicava Sasuke também, pois não tocou mais em seu chá.

— Você acha que pode estar mesmo grávida? — Sussurrou, Hinata ao seu lado. Fitou a louça em sua frente e o prato que ensaboava. O almoço havia terminado fazia algum tempo, Juugo e Suigetsu ficaram para uma rodada de café e chá, mas logo partiram. Naruto e Sasuke conversavam na sala de forma suspeita e Sakura acabou sendo obrigada a aceitar a ajuda de Hinata, coisa que realmente não queria. Uma visita lavando a louça, nada convencional.

— Não sei, eu ando tomando o remédio, mas é sempre uma possibilidade. — Hinata parou de secar o copo fitando a Uchiha com espanto.

— Oh! Pare de tomar esses remédios, pode fazer algum mal ao bebê. — Hinata estava certa, poderia está fazendo algum mal a criança, sem nem perceber. Dois meses carregando uma criança e tomando anticoncepcional.

— Vou jogar a cartela fora. Hinata, peço que não contem a ninguém, nem mesmo a Naruto. — A esposa de seu amigo a fitou, com o olhar um pouco surpresa, mas concordou logo em seguida. — Eu nem sei se estou mesmo, pode ser só loucura da minha parte, sempre fui excêntrica. E quando eu tiver certeza absoluta, caso esteja, quero que o Sasuke seja o primeiro saber. E se Naruto desconfiar...

— Vai gritar para a vila inteira e correr para festejar com o “teme”. — A Uzumaki corou ao repetir o apelido nada carinhoso que Naruto tinha dado a Sasuke. — Eu entendo, não precisa se preocupar, seu segredo está bem guardado comigo.

— Obrigada

— O que você acha que aconteceu com a Karin? — Deu de ombros como resposta e aquele tipo de assunto foi esquecido. Como diria a ela que isso era porque Karin teve um possível caso com seu marido e notou que ela estava grávida? Não tinha uma forma sutil de dizer isso.

Passaram mais algum tempo conversando sobre amenidades e decorações, apesar de não ter falado mais nada por medo que um dos rapazes voltasse a cozinha, todas as vezes que Hinata falava de algo relacionada a criança que carregava dava um leve toque em Sakura, ou piscava. Ela estava animada com essa ideia e ela tinha ficado animada com a leveza daquele dia.

Sentia falta de suas amigas, de encontrar com Ino fora do hospital e conversar sobre amenidades, com Temari. Durante esse período sufocante poucas foram as vezes em que se permitiu ter tais prazeres, por que não voltar? Tudo estava em seu devido lugar agora.

— Não se preocupe, eu tenho certeza que vão nos ouvir dessa vez. Por que eles não estão dando uma justificativa plausível para tal. Pegue as missões e vamos dobra-los pelo cansaço. — Franziu o cenho não entendendo nada daquele assunto. Dobrar quem? Que missões? Sasuke e Naruto estavam tendo algum tipo de problema?

— O que está havendo? — Colocou sobre a mesinha de centro da sala a bandeja com chá e torradas. Ambos se afastaram, o ar conspiratório sumindo, no entanto Sasuke continuava sério e pensativo.

— Estava planejando uma incursão a cozinha para descobrir que tanta demora era essa. — Pegou um dos biscoitinhos feito pela amiga, tomando um bom gole no chá de pêssego que ela servirá.

— Estava convencendo Hinata a me deixar por laxante no seu chá. — O pobre quase engasgou com a bebida quente, fitando a amiga com olhar esbugalhado e logo a esposa que sorria pela brincadeira.

— Eu não permitiria. — A voz doce de Hinata o acalmou, trocaram um olhar delicado e Sakura se sentiu constrangida por fita-los nesse momento, voltando sua atenção para Sasuke que mantinha seus olhos negros de águia sobre ela, quentes como fogo.

— Muita sorte ela estar comigo, se eu estivesse só: você estaria correndo para o banheiro agora.

— Sakura, você tem andando muito com o teme. Está se tornando má sem propósito. Vou perde-la para alguma cobra andrógena? — Foi a vez de Sakura se segurar para não cuspir a bebida, mas de vontade de rir, não deveria rir daquilo, não deveria mesmo.

— E desde quando você sabe o significado da palavra andrógena, dobe?

— Eu sei de muitas coisas que você nem imagina.

— Sabe nada, não passa de um usuratonkachi*.

— Você é um chato. — Sakura pensou que teria que intervir, mas Naruto pois fim a discussão voltando-se em sua direção. — Eu quero cheesecake.

— Naruto-kun, a Sakura-san já guardou. — Suspirou pondo sua xicara sobre a bandeja.

— Não tem problema, Hinata. Eu pego. — Levantou-se ajeitando o vestido que usava, Naruto deu um pulo e se ergueu junto com ela.

— Vou com você. — Achou estranho mais não disse nada, afinal era Naruto e coisas estranhas se tornavam usual perto dele.

Tirou a torta da geladeira e cortou uma fatia para seu amigo falador que estava estranhamente quieto em seu canto no balcão. Serviu a porção no prato de sobremesa e estendeu para o amigo.

— Aqui está, vamos voltar e... — Parou de falar ao notar que algo a mais estava no balcão da cozinha. Próximo aos dedos de Naruto tinha um envelope creme, simples com seu nome escrito nele. Empurrou o prato para Naruto pegando o pequeno envelope.

Tendo-o em suas mãos pode notar os detalhes daquela caligrafia com atenção e só tinha a visto uma outra vez, em um bilhete que ela preferia que nem existisse. O que aquilo significava? Fitou Naruto que mantinha um olhar sério sobre ela.

— Antes de partir ele pediu que eu lhe entregasse isso. — Naruto voltou a cabeça para a porta que dava ao corredor. — E pediu que fosse em particular.

— Naruto, não é o que você está imaginando. — O Uzumaki deu um suspiro erguendo uma das mãos para cala-la, seu semblante ainda carregado.

— Eu sei que você nunca trairia o Sasuke, mas eu vi a forma como vocês dançaram e na despedida dele perguntou diversas vezes por você... — Sakura mordeu o lábio inferior, sentindo seu coração falhar uma batida. — Eu fui uma das pessoas que mais disse a você que esse casamento era um erro e de uns tempos para cá acho que me equivoquei, mas mesmo antes ainda acharia isso errado. — Apontou para o pedaço de papel entre seus dedos. — Se Hinata recebesse uma carta de outro homem e meu melhor amigo estivesse acobertando isso, eu não responderia por mim. Estou me sentindo o pior dos seres, mas fiz uma promessa e eu costumo mantê-las, está entregue. Mas pense bem no tipo de caminho que está seguindo, não imagino o que Sasuke faria se encontrasse essa carta, independentemente de seu conteúdo.

Naruto não sabia, mas Sakura não tinha dúvidas do quão devastadora seria a irá de seu marido caso descobrisse que ela tinha aquela pequena carta em mãos.

...

Página: Fleur D'Hiver


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Notas finais do capítulo

Hoje não é dia de falar do capítulo e sim da fanfic que há dois anos vem arrancando lágrimas e suspiros de vocês e muita risada da minha parte ao ler os surtos. Nada que eu ame mais do que ver cada um que acompanha essa história me dizendo que foi tocado, que sentiu, que riu e chorou com cada pedacinho do que está escrito.
Escrevo BF com meu coração e ao vê-los falar assim, sinto que meu coração está chegando até vocês. Sou muito gay mesmo, aceitem isso. kkkkkkkkk Aceitem meu coração!
BF foi uma fanfic que caminhou entre trancos e barrancos e já chegou a passar um capítulo inteiro com um comentário e sem nenhum novo acompanhamento, lá em seus primórdios, então me regojizo em vê-la como está agora. Agradeço a Ana Oliver, a Asume Uchiha, a Danny, a Debby por trilharem esse caminho desde o começo ao meu lado e a todos os navegantes que foram chegando aos poucos, ficando e ocupando seus espaços com primor Ikeda, Shitara, Sabaku no Nanda, Sah, Danilindinha, Saori, Midori, Gabby, Jessica, Michelinha, Haruka, Bella21, Yas, Chii, Liza, Seatler, Deya, NandaSan, Jebs, Hitsuzen, Hana Uchiha, Sakura Silva, Debora, Pink,Miss Hope, Saya, Maah, Yuno, Flor, Yumi, Luna, Lidiane, Arishia, Kia. Não importa o tamanho, importa a intensão, o valor e o amor. Amor que vocês tem pela história e que eu tenho por vocês. Obrigada.
Obrigada a Danilindinha por aquele comentário em que dizia ter criado a conta só para comentar a história e recomenda-la, aquelas palavras ainda estão gravadas a ferro e fogo em mim e nem digo a você quantas vezes eu li linha por linha tanto do comentário quanto da recomendação.
Danilindinha, Bolacha Chan, NandaSan, Sah, Ali Angel, Miss Hope, Fabiola e Deya não tem palavras para agradecer o fato de vocês acharam que essa história valia a pena a ser recomendada ao mundo. Vocês dizem que foram ganhadas, roubadas, derrubadas. Eu viciei vocês, eu encantei vocês, fiz com que desejassem mais e mais, mas são vocês que fazem isso comigo.
Eu e essa história não seriamos nada sem cada uma das 342 pessoas que acompanham essa história e das 96 que a elegeram como uma de suas favoritas. Escrevo por vocês e para todos vocês. E esse é o dia de Broken Flower e o dia de todos nós.
Sei que demoro mil anos a responder os comentários então obrigada de novo por não desistirem de mim.
Espero que hoje vocês me contem em que momento BF ganhou vocês e aquela cena que não tem como esquecer, mesmo que queiram. Vou estar aguardando com carinho.
Espero que curtam nosso dia!