Anjo Negro - 2° Temporada escrita por docin1


Capítulo 6
Mr Green


Notas iniciais do capítulo

Por favor, não me odeiem por demorar tanto! Desculpem! Eu fiquei um pouco desmotivada, mas voltei!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/408725/chapter/6

Não passamos da sala. Lis deitou sobre o meu peito, no sofá, e eu a envolvi em meus braços. A luz da lua entrava pela janela à minha frente. Pouco tempo depois, ela estava dormindo, abraçada a mim como uma criança abraçada a uma pelúcia. Ela parecia frágil, tão... pequena. Apertei seu corpo em meus braços tentando fazê-la se sentir segura.

Pov. Lis 

Acordei sozinha, em minha cama. Antes que eu pudesse ouvir qualquer barulho, eu soube que Dick estava lá. Eu o encontrei na cozinha, apoiado sobre a bancada concentrado em alguma coisa. Não precisei fazer barulho para ele virar e me descobrir atrás dele.

- Bom dia

- Oi – Sorri. Ele me observou sorrindo por um instante e então se virou entrando na cozinha.

- Ah, eu fiz café da manhã. – Com um sorriso animado, ele colocou um prato com torradas e uma caneca de café sobre o balcão onde eu estava apoiando os cotovelos

- Obrigada, Dick – Sorri antes de pegar uma torrada do prato

Vi a carteira marrom que eu havia pegado de Jhonny aberta bem ao meu lado. Era nisso que Dick estava concentrado antes de me ver.

- O quê você descobriu?

- Dois cartões de crédito, documentos legais e um papel. – Dick deslizou pela mesa uma folha de papel branco. Um quarto de uma folha de papel com nomes rabiscados.

- O quê é isso? – Comecei a ler

Onze nomes. Quatro deles, riscados com caneta vermelha.

- Consegui encontrar três. São agentes dos Homens da Noite. Dois desses que estão riscados foram capturados por Batman. Acredito que os outros nomes também sejam de agentes, já que você encontrou essa carteira com Jhonny.

- Só pode ser isso...

...]

Eu estava tão concentrada no not-book à minha frente que não vi que Dick estava pronto para ir embora.

- Eu tenho um almoço marcado com dois empresários da Oscorp e Andy. E depois, um jantar em São Francisco, então...

- Vai ficar um pouco ocupado. – Sorri tentando parecer compreensiva

Caminhamos para a porta.

- Tente não se meter em confusão enquanto eu não estiver por perto. Por favor. – Dick passou os dedos pela lateral do meu rosto e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha

Dick me puxou para um abraço.

- Não faça nada que eu não faria, Lis. – Ele sussurrou antes de ir

Fechei a porta e corri para o quarto. Saí de lá depois de um banho rápido e depois saí de casa, apenas com o quarto de papel branco dobrado dentro do bolso do casaco.

Cheguei à SHIELD com o meu uniforme original – o que significa: sem o gorro e com o sobretudo de couro. Quando o elevador se abriu, tudo parecia um verdadeiro caos. Agentes para todos os lados, mesmo poucos, pois era cedo, mas corriam por todo lado. Consegui parar Maria.

- Agente Hill. O quê está havendo?

- Eu não sei, Black Angel. Eu não sei. Esse é o problema.

- O quê?

- Alguma coisa está danificando os nossos sistemas. Fale com o Dr. Banner, ele vai saber te explicar.

Apenas assenti, ela estava apreensiva de mais para me explicar alguma coisa.

- Com licença. – Pedi antes de entrar no laboratório

O cientista levantou os olhos com um sorriso – sempre – simpático e assentiu. Ele sinalizou para que eu fechasse a porta grossa de ferro.

- Black Angel, entre. Posso ajudar?

- Hum, oi, Dr. Banner.

- Bruce, por favor.

- Claro, Bruce. Eu vi a confusão lá embaixo, e...

- Ah, sim. Nós estamos sendo atacados sutilmente – Mesmo falando sobre algo tão urgente, ele falava com extrema calma.

- Atacados? Por quem?

- Esse é o problema – Ele riu com leveza. – Não sabemos. Não achamos ninguém nos radares, observadores... Ninguém. Parece ser algo como radiação. Mas não qualquer uma. E olha que de radiação eu entendo! – Ele riu

De repente, um tranco fez tudo em cima das mesas tremerem. Bruce e eu cambaleamos. A luz oscilou antes de apagar e luzes vermelhas de emergência de ascenderam. Os óculos de Bruce caíram de seu rosto direto na mesa onde ele trabalhava, os objetos em cima das mesas tremeram. Bruce apertou as mãos sobre a mesa.

- As... As portas! – Ele murmurou

Corri para a porta de ferro. Trancada.

- Estão trancadas.

Ele parecia desesperado. Me obriguei a tentar mais uma vez, puxei e sacudi a porta. Sem sucesso.

- Bruce, eu...

- Você precisa sair daqui. – Ele balbuciou

Bruce tremia e suava. Vê-lo daquele jeito só fez com que eu ficasse mais nervosa. Além de ter que dar um jeito naquilo, a SHIELD podia estar sendo atacada novamente e eu estava presa num laboratório com um cientista claustrofóbico, ou coisa parecida.

- Black Angel, você precisa sair daqui. – Ele repetiu, estava vermelho – Agora! – Sua voz ficou grossa com o grito, completamente diferente do Bruce Banner que eu conhecia.

Não tive tempo de responder. Bruce começou a... crescer. Eu podia ver suas veias saltadas aumentando e se contorcendo por baixo da pele que começava a passar de vermelho para um tom de verde. Eu não tinha tempo para pensar no por que do cientista da SHIELD estar se transformando em um gigante verde, eu não tinha tempo para isso. As roupas começaram a ceder. Ele jogou a cabeça para trás num rugido de dor e libertação. Seria uma boa cena para um filme se minha vida não estivesse em jogo. Sua camisa rasgou, começando pelas costas e depois se transformando em fiapos de uma bela antiga camisa cor-de-rosa claro.

Agora, ele já devia ter três metros de altura. Por sorte – ou azar – o teto era alto o suficiente para suportá-lo. Verde e enorme. Tudo o que restara de suas roupas era a calça milagrosamente resistente, apenas com alguns rasgos e desfiada. Não era mais o Dr. Banner. Aquilo olhou para mim e rugiu. Rugiu como se eu fosse sua pior inimiga, seu melhor alvo.

Ele veio em minha direção, com passos pesados e rápidos de mais para algo tão grande. Saltei para o lado no mesmo instante em que ele se jogou em minha direção acertando – e amassando – a porta. Pulei em cima da mesa comprida onde o Bruce trabalhava e corri tentando me afastar ao máximo dele. De qualquer forma, que chance eu teria? Estávamos presos juntos ali.

Ele correu em minha direção, ainda mais enfurecido. Tentei saltar mais uma vez, para a mesa à minha frente, onde Bruce estava há menos de um minuto, mas calculei mal. A mão gigante do monstro – também gigante – me acertou e me arremessou para longe. Um simples toque dele me jogou longe.

Além dos computadores ultra tecnológicos, o laboratório tinha mesas brancas e compridas encostadas nas paredes além de uma no centro, onde Bruce trabalhava quando cheguei. Eu não tinha onde me esconder.

Bati na parede antes de cair no chão. Aquilo deixaria hematomas mais tarde. Quando pensei em levantar, o monstro estava no ar, arremessando-se sobre mim. Consegui girar o suficiente para escapar. Ou quase isso. Com a força do monstro, o chão cedeu. E eu não estava longe o suficiente para escapar disso também. Caí há poucos metros dele.

Enquanto ele sacudia a cabeça, levantei com um gemido e corri, o mais silenciosamente que pude. Esse andar abaixo era apenas de máquinas. Corredores repletos de máquinas. Meus olhos corriam desesperados por uma saída.

O gigante verde já havia me encontrado, voltou a correr em minha direção. Ele rugiu. O corredor era pequeno de mais para ele. Enquanto corria, esbarrando e quebrado tudo, faíscas pulavam para todos os lados.Eu estava, definitivamente, perdida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não me deixem desmotivar mais uma vez ;-;