Anjo Negro - 2° Temporada escrita por docin1


Capítulo 5
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Notas iniciais do capítulo

Jhonny mais uma vez!
Me desculpem pela demora :3



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- Solte-a. – Mandei me colocando entre Joseph e a mulher no centro da cozinha

O agente que envolvia o pescoço dela com o braço recuou, se aproximando da porta entreaberta da cozinha.

- Ora, ora, ora! Black Angel, como é bom vê-la.

- Não é isso o quê dizem, geralmente. O quê você quer? Deixe-a ir.

- Mas a conversa está tão agradável! Não vai dizer “oi” para os outros?

Antes que eu dissesse mais alguma coisa, outros agentes entraram. Dois pela porta e mais dois pela janela.

- Mais uma vez: deixe-a ir.

Os agentes se aproximaram de mim. Um deles parou atrás de Joseph.

- Por favor, deixe-a ir! – Joseph pediu

- Calado! – O agente que tinha a mulher nos braços mandou

Ótimo. Eu tinha cinco agentes e dois reféns. Três deles me apontaram armas enquanto os outros dois tinha o Sr e a Sra. Morris nas mãos. Eu não tinha escolha senão me render. Levantei os braços. Mas esse não era o meu forte. Me curvei para frente ao mesmo tempo que impulsionei a perna direita para trás atingindo um deles.

Todos atacaram ao mesmo tempo, só pude desviar. Eu seria atingida por trás facilmente, mas tive uma ajuda. Asa Noturna surgiu do nada derrubando o agente que pretendia me derrubar por trás.

Asa Noturna cuidou dos três agentes enquanto eu, com um chute no rosto, deixei o agente que prendia a mulher desnorteado o suficiente para soltá-la. Ela correu chorando para os braços do marido.

Quando percebi que o homem que eu havia derrubado não parecia tão interessado em continuar lutando, me lembrei. O bebê! Era uma emboscada. Olhei para os lados, mas fui derrubada. E não foi por um agente, foi por Asa Noturna. Ele atirou o corpo contra o meu, me fazendo cair no chão. Não entendi o porquê até ouvir o tiro. Se ele não tivesse me derrubado...

O tiro acertou o armário de vidro, cheio de louça. O vidro se espalhou por toda cozinha como uma explosão. Asa Noturna cobriu meu rosto. Quando pude abrir os olhos, havia apenas três agentes, dois no chão e um segurando a Sra Morris. Me levantei com a ajuda de Asa Noturna.

O agente empurrou a mulher na direção de Asa Noturna e correu para fora. Meu impulso foi de correr atrás dele, mas não o fiz. A mulher, com vários cortes pelo corpo, nos braços de Asa Noturna, implorou com um sussurro:

- Minha filha! – E desmaiou

Corri para as escadas, subi com saltos. Só havia uma porta aberta. Era um lindo quarto de bebê, lilás com ursos de pelúcia, mas o berço estava vazio. Corri para a janela a tempo de ver uma moto dobrando a esquina, longe de mais para que eu pudesse fazer qualquer coisa.

Esmurrei o parapeito da janela e fechei os olhos de cabeça baixa.

- Droga! – Murmurei

- Eles a levaram... – Asa Noturna concluiu entrando no quarto

- Eu devia ter notado antes!

- Não é sua culpa, Black Angel. Nós vamos encontrá-la. Eu prometo isso a você.

Sorri agradecida. Ouvi o som do helicóptero da SHIELD.

- Eu tenho que ir. – Ele passou por mim e saiu pela janela

Contei tudo a Nick enquanto outros agentes cuidavam do casal machucado. Tive que ir com a SHIELD até a fortaleza voadora para contar detalhadamente o que havia acontecido e depois ver Natasha interrogando os agentes que foram capturados.

Antes de entrar em casa – já de manhã – prometi a mim mesma que encontraria a menina e a devolveria em segurança à família. Era uma promessa. Abri a porta.

Ao mesmo tempo em que entrei, precisei controlar a respiração e me concentrar em não gritar ou voar em cima dele. Fechei a porta.

- Como entrou aqui? – Ele levantou os olhos para mim, estava sentado na minha poltrona como se estivesse em sua própria casa. – Reformulando: o quê você quer?

- Eu só queria ver a sua reação. Saber se ficou abalada e, a julgar pelas olheiras, acredito que sim. Você não é uma mulher fácil, hã? – Ele se levantou caminhando em minha direção – Olha só tudo o que eu tive que fazer para conseguir a sua atenção!

- Ótimo. Você já viu, pode ir embora. Você já conseguiu o que queria, Jhonny.

Ele se aproximou com o mesmo sorriso sarcástico. Andou até ficar, realmente, perto. Encostei na porta e não o impedi.

- Não. Você sabe o que eu quero. – Seu corpo colou no meu. Jhonny tocou o meu cabelo.

- E... – Lembrei-me de controlar a voz. Toquei seu peito com as mãos, como se fosse fingir que queria pará-lo. – O que é? – Eu quase sussurrei provocativa

- Eu... Eu quero você Alicia! – Ele parecia confuso, atordoado, mas envolvido de mais para perceber.

- É uma pena que você queira tanto uma coisa que nunca vai ter! – Meu tom de voz só mudou no final, quando eu o empurrei.

- O quê?

- Sai da minha casa! – Eu abri a porta

Pov. Dick

Eu sentia os primeiros raios de sol. Não estava mais vestido como Asa Noturna, estava observando pela janela da casa de Lis. Eu pretendia entrar e esperar por ela, mas quanto cheguei, ele estava lá. Eu não podia entrar pela janela mandando-o sair.

Ela entrou, e tentou não parecer surpresa. Em menos de um minuto, ela estava encostada na porta e ele colando o corpo no dela. Ela o provocava e ele delirava. Lis o empurrou e o mandou sair. Jhonny, perturbado de mais para entender, foi sem dizer mais nada.

Lembrei da primeira vez que a vi fazendo aquilo, procurando aquele pen-drive em um agente. Eu não sabia quem ela era, era para ser apenas a Black Angel, mas aquilo me incomodou. Me senti irritado, enjoado e com vontade de mandá-la parar.

Quando Lis bateu a porta, eu já estava em pé, na sala. Ela tentou não parecer surpresa.

- Estou vendo que essa porta é inútil.

- O quê você pegou? – Perguntei

- Uma carteira. – Ela arremessou a carteira de couro marrom para mim – Ele não tinha mais nada.

- Eu odeio quando você faz isso. – Murmurei mal-humorado

- O quê?

- Não gosto quando você consegue as coisas desse jeito.

- Que jeito, exatamente? – Ela sabia do que eu estava falando, mas queria me ouvir dizer.

- Usando toda essa sua sensualidade para conseguir as coisas. – Reclamei – Eu não gosto de ver você nas mãos de outros homens.

- Mas, Dick... Isso faz parte do meu trabalho. Eu preciso das informações que consigo. – Lis pegou a carteira marrom da minha mão e jogou-a sobre o sofá – Não se preocupe com isso – Ela segurou o meu pescoço com as mãos e eu, intuitivamente, envolvi sua cintura.

- Você já fez isso comigo?

- Hum... Não – Ela falou sem firmeza

- Lis. - Insisti

- Já.

- O quê? Quando?

- Isso não importa! – Ela riu e avançou para me beijar

Um beijo calmo, mas apaixonado. Mesmo sentindo o quanto ela queria que aquilo se tornasse urgente, algo parecia errado. Me afastei por um segundo. Ela mantinha os olhos fixos nos meus e um sorriso malicioso. Lis queria que eu a beijasse e a levasse para o quarto, mas não era isso o que ela precisava.

Deslizei os dedos pela lateral de seu rosto. Ela parecia intrigada, perguntando a si mesma o quê eu estava fazendo. Sorri. Eu a abracei e só assim ela entendeu. Ela me apertou retribuindo ao abraço mais do que eu retribuí ao beijo.

Ela não tinha mais o sorriso malicioso, apenas um olhar triste.

- Era óbvio que era uma emboscada! Como eu não percebi?

- Lis, não se preocupe, você não tinha opção. Se fosse à procura da menina, eles levariam o Sr ou a Sra Morris. – Eu a apertei na mesma medida, tentando acalmá-la – Nós vamos encontrá-la e devolver aos pais.

Lis não respondeu, apenas concordou fechando os olhos em meus braços.


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Notas finais do capítulo

Então, então! O que estão achando da segunda temporada? Palpites?
PS. a Vingadora tem um faro pra romance que só ela!