A História De Nós 2-Segura Em Suas Mãos escrita por Leo Guedes


Capítulo 16
Capítulo 16- Não Importa o Rótulo


Notas iniciais do capítulo

Olá leitoras...
Desculpem a demora...
Enfim, boa leitura...



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Horas Depois...

Lídia estava deitada em sua cama de casal olhando para a tela da televisão onde passava um programa médico sobre diagnósticos difíceis quando a música Mulher de Fases-Raimundos começou a soar pelo quarto e a parda começou a seguir o som até encontrar o celular.

“Oi, Danielle” –L

“Oi, Lídia. Eu queria saber se você não estaria interessada em passar o dia comigo hoje aqui em casa?” –D

“E a dona Laura?” (carata) –L

“Ela está na minha antiga casa. Inventou algo pra fazer na empresa, mas eu sei que o que ela quer é apertar as correntes que a prendem ao fantasma do meu pai. Então eu vou ficar sozinha por uns dois ou três dias, assim sendo, eu agradeceria se a minha ‘nerd’ skatista preferida pegasse a sua mochilinha vermelha, preta e cinza e me fizesse companhia por esse período de tempo.” –D

“Claro, será um imenso prazer. Em duas horas eu estou aí.” –L

“Certo. Beijos, morena” –D

“Pra você também, loira.” –L

Lídia colocou algumas roupas dentro da citada mochila vermelha, preta e cinza e deixou um bilhete preso por um imã na geladeira com apenas três palavras escritas com um marcador vermelho em letras bem grandes “DORMIR FORA... LID”, em seguida pegou o skate e foi para a casa da loira.

Danielle tomou um banho relaxante para se recuperar das ultimas palavras de sua mãe antes de ir embora, em seguida vestiu roupas confortáveis, penteou os cabelos e pôs os óculos.

Danielle: _Olá, senhorita Damasceno. É um grande prazer revê-la. –disse para si mesma no espelho antes de levantar e descer as escadas.

Não demorou muito para ouvir o interfone.

“Quem é?” –a loira perguntou mesmo sabendo que a única pessoa que frequentava aquela casa era Lídia Santana.

“A entregadora de pizza.” –respondeu a morena em um tom zombeteiro.

“Eu não me lembro de ter pedido pizza. Acho que você veio no endereço errado, moça.” –a loira devolveu entrando na brincadeira.

“Que pena, então acho que tenho que ir embora.” –lamentou a morena.

“Entra logo, boba.” –disse a loira um segundo antes de apertar o botão que abria o portão.

Lídia entrou com o skate na mão e Danielle viu que as roupas da skatista estavam completamente molhadas.

Danielle: _Oi. –disse ignorando o fato.

Lídia: _Oi. –disse dando um selinho na garota de olhos azuis. –Posso tomar um banho? Um carros me jogou agua no caminho pra cá. Talvez mais de um.

Danielle: _Claro. Se quiser companhia também, é só me avisar.

Lídia: _Danielle! Me respeite.

Danielle: _Você é muito chata. –respondeu Danielle dando passagem para Lídia. –Qual a vantagem da minha mãe estar viajando se a minha namorada é puritana?

Lídia: _Primeiro que eu não sou puritana, segundo que eu ti mostro a vantagem assim que eu terminar de tomar banho.

Dito isso, Lídia entregou o skate para Danielle guardar, já que sempre que a parda ia para a casa da loira, o skate era confiscado enquanto estivessem dentro de casa. Caso algo quebrasse ou estivesse estranhamente fora de lugar, a loira estaria em apuros com a mãe. Em seguida, a parda subiu as escadas correndo, já sabia bem o caminho dentro daquela casa, então Danielle ficou no andar de baixo.

Danielle foi até a “biblioteca” da casa e guardou, como Lídia exigia, muito cuidadosamente o skate um uma das prateleiras livres, que não eram muitas já que a paixão de Danielle eram os livros. Tendo feito isso, Danielle pôs um dvd no aparelho de dvd e deixou aberto em “Episódios” antes de caminhar em passos lentos até a cozinha onde fez uma boa quantidade de pipoca e fez um pouco de suco para si, já que Lídia era um tanto viciada em coca-cola ou qualquer coisa que tivesse cafeína.

Estava distraída olhando para dentro da geladeira quando sentiu o corpo ser rapidamente virado e seu fôlego ser total e completamente tomado por um beijo enquanto sentia um aperto um sua cintura.

Lídia: _Essa.

Danielle: _O que? –de alguma forma, uma zonza e hipnotizada Danielle Damasceno conseguiu achar palavrinhas para formular uma pergunta.

Lídia: _Essa é a vantagem da sua mãe estar viajando. –Lídia colou os lábios mais uma vez aos de Danielle que ainda estava lenta, mas conseguiu processar a frase no meio do beijo. –É melhor você fechar essa geladeira. –concluiu soltando a loira e indo até o balcão onde se recostou cruzando os braços.

Danielle: _Ok. –disse a loira se virando e fechando a geladeira.

Lídia: _Temos Glee pra hoje? –perguntou passando a mão pelo cabelo longo e cacheado que cheirava a creme.

Danielle: _Certamente. Paramos no episódio 18 da segunda temporada, certo? –perguntou Danielle tornando a abrir a geladeira e tirando de lá o que pretendia antes de Lídia lhe tirar a concentração.

Lídia: _Nós sim, mas eu assisti até o fim da segunda temporada sozinha. Espero que não se importe que tenha visto sozinha sendo que você já viu antes de mim.

Danielle: _Não me importo. Mas onde você viu?

Lídia: _ (breve hesitação). Online.

Danielle: _Online? Mas você disse que a sua internet é muito lenta pra você ver um episódio inteiro em um dia só ou sem ter vontade de quebrar o computador.

Lídia: _De fato. Mas eu não vi em casa.

Danielle: _Onde? –Danielle se sentiu ficar tensa, tinha uma ideia de onde.

Lídia: _Optimus.

Danielle: _Lídia Santana, você tinha me prometido há dois meses que seria a ultima vez que você ia naquela lan house.

Lídia: _Eu sei, mas eu estava no auge do meu estresse e o Leochato estava na pista atazanando todo mundo. Eu pensei em ti ligar, mas era o dia em que a sua mãe voltava daquela viagem e eu não queria aumentar desnecessariamente o seu nível de estresse com os meus problemas, então resolvi isso com Glee.

Danielle: _É que eu não gosto que você fique perto daquele cara, você sabe disso.

Lídia: _Ele sabe que eu sou comprometida e além do mais não era nem o dia dele. Além do que você sabe que eu te amo, então não importa se ele tentar algo.

Danielle: _Eu sei. É que eu sinto ciúmes e não poder fazer nada é frustrante.

Lídia: _E pra mim também. É tudo muito frustrante, mas quando estamos juntas e eu sei exatamente o porquê de estarmos nos esforçando nessa relação eu não ligo pro que as pessoas falam sobre você ou se todos os meninos da escola ti querem e se tem certas garotas de preto querendo invadir o meu território.

Danielle: _Ah, fala sério que vamos falar disso de novo?

Lídia: _Quer dizer que você pode ter ciúmes e eu não?

Danielle: _Não foi isso que eu disse, eu só disse que o lance da Garota de Preto não tem nada a ver.

Lídia: _O do olhos-verdes também não. Eu disse quando a menina chegou na sala que era pra você ficar longe dela e de vez em quando eu vejo vocês de papinho. Eu to mentindo?

Danielle: _Não. Mas isso é quando ela vem torrar a minha paciência e eu não deixo barato. Ainda mais quando ela fala que...

Lídia: _O que?

Danielle: _Das minhas amizades, que ela vai acabar comigo como eu fiz com ela antes de vir pra cá.

Lídia: _Se você ignorar, talvez ela pare. Talvez não tenha percebido, mas a Garota de Preto gosta de ATENÇÃO e PUBLICO, então se você não der bola, não tem problema.

Danielle: _E é só você parar de ir naquela maldita Optimus Lan House que acabou o teu contato com o Olhos-Verdes.

Lídia: _Aff. Fica aí.

Danielle: _Aonde você vai?

Lídia: _Lá em cima. Espera aí.

Danielle não entendeu nada, mas ficou esperando a morena voltar. Quando ela voltou, entregou um embrulho com, aparentemente um livro.

Danielle: _O que é isso?

Lídia: _De dia dos namorados. Eu sei! A gente não namora, mas, sei lá, temos algo muito forte e eu te amo e que se dane os rótulos, eu não preciso de desculpas pra dar um presente pra pessoa mais importante da minha vida.

Danielle: _Nossa. –disse Danielle sem saber o que mais dizer.

Lídia: _Vai abre. Quero ver se você gostou.

Danielle abriu o embrulho, mas não era um livro como ela pensou, mas sim uma espécie de agenda, na verdade um diário, mais precisamente, com uma foto das duas na capa. Não era a mesma que Danielle tinha no criado mudo, mas sim, uma em que elas estavam sorrindo em meio a um beijo e Danielle olhou para Lídia.

Lídia: _Eu não me importei em ser discreta com a foto de capa porque isso é uma coisa pessoal. É pros seus pensamentos, sentimentos, desabafos e tal. Não que seja realmente necessário, mas eu gostaria que você pensasse em mim quando usasse, como se mesmo que eu estivesse longe, eu pudesse ti ouvir caso você precise de mim.

Danielle: _É perfeito. Eu também tenho uma coisa pra você. Duas na verdade. Queria ter sido tão criativa quanto você, mas você parece que tem criatividade saindo até pelos ouvidos. –Lídia riu e observou Danielle saindo da cozinha e voltando logo em seguida. –Aqui está.

Lídia abriu o primeiro embrulho, que também tinha formato de livro, e de fato era um. Mais especificamente A Culpa é Das Estrelas. Lídia sorriu para o livro em seguido desviou os olhos para Danielle antes de desviar os olhos para o outro lado.

Lídia: _Ah não. Não, não. –Danielle apenas ria gostosamente. –Covardia. Isso é muita covardia. –disse Lídia abraçando o livro e em seguida o colocando em cima da bancada cuidadosamente.

Danielle: _Eu sabia que você queria um, mas tinha medo de chorar, então eu resolvi isso pra você. De nada. Eu também te amo.

Lídia: _Okay.

Danielle: _Okay. Abre o outro.

Lídia: _Tá bom. –quando Lídia abriu o saquinho de presente e a caixa que estava dentro, arregalou os olhos e entreabriu a boca. –Eu não acredito.

Danielle: _Gostou?

Lídia: _Eu amei. É linda. –Lídia tirou de dentro da caixa uma caneca da casa Corvinal (Hogwarts) com o símbolo e um pequeno texto.

"Quem sabe será a velha e sábia Corvinal

A Casa dos que tem a mente sempre alerta

Onde os homens de grande espírito e saber

Sempre encontrarão companheiros seus iguais"

Danielle: _Quando falamos sobre filmes e sagas, eu me lembro de você ter falado o quando amava e se orgulhava da sua casa ser a Corvinal e praticamente me matou com os olhos quando eu perguntei se não era supostamente melhor ser da Grifinória.

Lídia: _Muito obrigada, eu amei. Mas eu pensei que você não fosse se importar com a data.

Danielle: _Você já disse agora a pouco exatamente o que estava na minha cabeça quando comprei isso mesmo sabendo que a gente não namorava. Que se dane os rótulos, eu não preciso de desculpas pra dar um presente pra mulher que eu amo.

Lídia: _Eu te amo muito, Dani. Desculpa pelos meus ciúmes bobos.

Danielle: _Eu tenho que me desculpar também. Eu sei que não confio nele, mas eu te amo e confio em você. Então vamos lá assistir a partir do episódio 18 da segunda temporada.

Lídia: _Mas esses eu já vi.

Danielle: _É, eu sei. Sabe... –Danielle se aproximou de Lídia como quem não que nada e rodeou o pescoço da parda. –Essa seria uma ótima desculpa pra prestar atenção na vantagem da minha mãe estar viajando ao invés da televisão.

Lídia: _Essa ideia me parece simplesmente fabulosa. –respondeu Lídia pondo as mãos da cintura da loira a lhe lançando um sorriso torto.

Danielle: _Só é uma pena que a minha namorada seja uma baita puritana.

Lídia: _Sua namorada não é puritana. É responsável e respeitadora. Alguém tinha que ser nessa relação, ne?

Danielle: _Eu não me importaria que ninguém fosse.

Danielle e Lídia passaram a tarde aos beijos e carinhos tentando esquecer as discussões porque o mais importante é que elas se amavam. Embora Danielle ainda morresse de ódio do semi-puritanismo de Lídia.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curttidos... Dadianas, manisfesem-se...
xoxo
by: Déborah Amorim



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