A Caçadora escrita por o caçador


Capítulo 6
5° Capitulo: a maldita reunião, parte 2


Notas iniciais do capítulo

finalmente, agora aqui esta o quinto capitulo, agradecimentos a: o caçador e leilinha minha beta ( é difícil escrever sozinho)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/408568/chapter/6

Antes...

21 de julho de 2002, 21h30min...

— Amy, se é que este é mesmo o seu nome, por que você nunca me disse seu nome completo?— Perguntava Hector— Não confia em mim?

— Você é a pessoa em quem mais confio, mas não posso te contar ­— Eu implorava.

— Me dê um bom motivo!

— Você sabe muito bem do que estou falando, eles podem vir atrás de você, você é o único amigo que me resta, não posso perder mais ninguém.

— Eu sei me virar sozinho! Não preciso de proteção! Você mesma disse, sou seu melhor amigo, pode contar comigo para o que der e vier

Ele pousou as duas mãos nos meus ombros, e se inclinou para me olhar mais perto, olhei em seus olhos e vi que essa iria ser a pessoa mais sincera que eu conheceria em toda a vida.

— Hector...

— (...)

— Vou te contar um segredo, jura que não contará a ninguém?

— Sim.

Eu cheguei mais perto, aproximei os lábios até bem perto do ouvido direito de Hector, e sussurrei algumas palavras, a expressão de Hector se perdeu, não sabia mais o que dizer apenas me abraçou e perguntou:

— Como...

— É muito importante que não conte isto a ninguém!

— Uma jura é uma jura, não contarei á ninguém...

Agora...

Pov. Amy...

—É a sua hora de morrer! — Ele levantou a faca, mas, pude ver sua mão tremendo, ele realmente não queria fazer aquilo.

— Você não quer me matar, não é?

— Já te disse você jamais entenderia! — Ele preparou o golpe, mas em um movimento rápido vi uma mão segurando-a em seu punho o que por pouco salvou minha vida.

— Vicenzo? É você? — perguntei em tom de alívio, tentando enxergar seu rosto no escuro jardim.

— Não, a propósito, quem diabos é Vicenzo?

Meus sentidos se perderam, estava paralisada, não podia crer no que via, eu devia ter ignorado a maldita reunião e fugido, recomeçado a busca em outros tempos, mas não, Hector me encontrou.

— Aff, já voltou seu cachorro? Estou tão feliz em te ver! — Falei esbravejada enquanto pensava em onde estaria o filho da puta do Vicenzo, ah, eu pego aquele infeliz!

— Incrível como ainda na beira da morte ainda tem forças para ser cínica. — disse Hector enquanto jogava Luke no chão.

Bem ali diante de meus olhos estava Hector, eu não o via a mais ou menos uma década, como o desgraçado me achou? Hector, ainda era quase igual a antes,mesmo cabelo extremamente preto, com uma franja lisa caindo pelos olhos, a pele clara, a jaqueta de couro, todo vestido de preto, se não tivesse o luar, eu não o veria.

Pôs-se entre mim e Luke, minha vontade era de sair correndo, mas não conseguia me mexer, diante daquele choque de o ver aqui, na minha frente, agora, eu disse que se eu não o encontrasse ele me encontraria, isso é um saco.

— Ainda consegue andar?— Perguntou Hector segurando Luke, pela lapela do sobretudo com um pé na sua barriga, enquanto ele se debatia embaixo dele, ainda no chão.

— Acho que sim — Tentei me levantar, mas meu joelho estava realmente ferrado, “acho que sim!” onde eu estava com a cabeça?

A briga estava ficando feia, Luke tinha conseguido se levantar e tinha acertado um soco no queixo de Hector só que pelo o que em contei Luke havia levado uns três socos na barriga e algumas pisadas nos pés (marca registrada de Hector, são os golpes baixos) e um no rosto, Hector nunca deixa passar nada.

Hector devia ter levado uns dois ou três socos no ombro ou peito que o fez se desequilibrar um pouco e Luke aproveitou para dar um chute em suas costelas, só que isso o impulsionou na minha direção então Hector se ajeitou e deu uma rasteira em Luke que caiu de lado, já cansado.

Correu em minha direção, me apoiou em seus ombros e me ordenou a correr. Saímos de lá correndo, ambos tínhamos capuz e tratamos de colocar para não suspeitarem, ele me colocou em sua moto e acelerou, meu joelho latejavam, as costas doíam por causa da pancada na parede, mas me mantive firme não queria que o idiota na minha frente achasse que eu ainda era fraca e frágil como antes.

Ele sabia onde era a minha casa, por isso pensei que me levaria direto pra lá, mas quando chegamos numa casa típica de Verona, toda de pedra, rústica e ao mesmo tempo sofisticada, percebi que, definitivamente aquele não era minha meu dúplex, era uma casa de família, grande e espaçosa no bairro nobre da cidade.

Desci da moto com um tanto de dificuldade e dor, fui mancado para a entrada, mas Hector chegou rápido perto de mim e me pegou no colo, sério, ele passou a mão por trás dos meus joelhos e me levantou, com a outra mão nas minhas costas e caminhou até a entrada com a maior facilidade do mundo, como se não estivesse levando uma mulher nos braços, o que era um tanto estranho.

— O que você está fazendo? — Perguntei, olhando-o com os olhos estreitos.

— Carregando você, já que não consegue andar com esse joelho machucado.

Franzo cenho com isso, não preciso da sua ajuda!

Chegando até a sala ele me deitou no sofá e foi até cozinha. Demorou alguns minutos, e então voltou com uma bolsa com gelo, alguns comprimidos e um copo de água.

— Pegue este comprimido, vai melhorar a dor no joelho, e este vai te fazer dormir. — Falou me entregando um comprimido branco e um verde.

— Quem me garante que não é veneno, ou está querendo me dopar para me entregar para a polícia igual fez anos atrás?

— Sabes que eu nunca faria isto!— Bufou— Anda, tenho que te levar para casa.

Hector tirou a jaqueta e colocou sobre os meus ombros me entregou o copo de água e colocou a bolsa de gelo em me joelho.

— Não foi nada, você só bateu o joelho muito forte ele vai inchar e ficar roxo, mas você não vai morrer.

Fiquei quieta, era um alivio muito grande saber que não desloquei o joelho (exagerada, eu? Nem um pouco!), mas não ia falar nada que não fosse estritamente necessário, com esse traidor de uma figa.

Hector também não falou mais nada no caminho de volta, apenas ficou calado, me apoiou novamente em seus braços e me levou para um carro preto que devia ser seu, me colocou no banco do carona, deitou um pouco o banco e fechou o cinto, então o remédio começou a fazer efeito e eu caí no sono, quando eu acordei estava em casa, na minha cama, a luz da escrivaninha estava ligada e a brisa da janela refrescava o quarto, olhei em volta e o vi sentado lá, na janela olhando para fora, chacoalhei a cabeça para ver se tirava o maldito sono e então olhei embaixo do cobertor, meu joelho estava devidamente enfaixado e havia uma bolsa de gelo encima.

— O que você quer?— Perguntei em tom autoritário, achando aquele momento perfeito para começar um interrogatório.

— Somente falar com você, mas sempre que te acho você some novamente.

— Dá um tempo! Você não me ajudou quando precisei anos atrás, por que me ajudou agora? Você me deixou sozinha!

Bem, não é bem um interrogatório convencional, mas é o interrogatório estilo Amy.

— Amy, não foi por que eu quis, eu...

— Não quero saber, você me deixou! Você sabe como eu sofri naquele reformatório?

— Amy!

— (...)— Ele gritou comigo? Ele nunca gritou comigo.

— Não da para falar com você assim, o tal Vicenzo quer falar com você, outro dia eu converso com você, quando estiver mais calma!

— Como? Se é você que me deixa irritada!

Sem falar mais nada e me olhar com uma cara irritada Hector pulou pela janela e sumiu rua adentro como costumava fazer, eu sei ele salvou minha vida, mas não se pode contar com um ladrãozinho barato como ele. Se bem que um ladrão que tem uma mansão daquelas no bairro nobre só pode ser um ladrão da elite né?

Meus pensamentos foram bruscamente interrompidos quando Vicenzo entrou no quarto cabisbaixo com o notebook embaixo do braço, a vontade que eu tive foi de estrangular-lo ali mesmo, só não o fiz por que quando fui me levantar, já com as mãos em direção a seu pescoço, senti uma pontada no joelho, — Merda! — Eu deitei novamente na cama e comecei a sessão de palavrões que queria com todo o carinho lhe falar.

— Filho de uma puta, a onde você estava caralho! Vai se fuder você e esta porra de notebook, eu to com vontade de enfiar essa desgraça de bolsa de gelo é no seu cu... — Reparei que ele estava olhando para outro lado — Hei! Zonzo! Você ta me ouvindo desgraçado?

— Ah, desculpe, eu estava prestando atenção naquele quadro, onde você comprou?

— (...)— Onde você comprou... Onde você comprou... Aquelas palavras ecoaram em minha cabeça, ah eu pego aquele maldito detetive! Mas hoje não, ainda preciso dele... — O que você conseguiu com a maldita reunião?

Ele ficou tanto tempo quieto, que eu pensei que ele não iria responder, fiquei com ainda mais raiva dele, idiota! Até que uma hora ele decidiu que ia responder a garota que se arriscou por que ele quis dar uma de mulherzinha e ficou com medo de descer um murinho de nada e por isso, acabou o com o joelho acabado!

— Ah, a reunião, a missão foi cumprida com sucesso! Dá uma olhada nestas gravações, eu selecionei algumas partes importantes, eles estão enviando dez milhões de euros para comprar em ações de banco, suponho que isto deverá enriquecer os fundos dos Corvonero, temos que parar com isto, eles também estarão infiltrando pessoas na política e controlando bordeis e bocas de fumo pela cidade inteira, de acordo com os meus cálculos o melhor jeito de acabar com eles será saqueando seus cofres e contas em bancos, acha que consegue?

— James não me ensinou somente a matar, eu também sei muito bem como saquear bancos e cofres, como acha que comprei este apartamento á vista? Mas acho que poderemos precisar da ajuda nessa missão. São muitos bancos e todos devem estar fortemente guardados contra todos os tipos de roubos.

— Que tal chamar o James?

— Não, eu não quero envolver James nisso, ele não tem nada a ver e não aprova o que eu faço, ele não vai participar, de jeito nenhum. — Balancei a cabeça veemente para indicar que essa idéia era inviável para mim.

— Ok! Já entendi! Mas então quem pode nos ajudar?Por favor, diga que ele já sabe dos Corvonero.

— Eu não sei. — Foi a única coisa que eu consegui pensar, já que meu cérebro já estava lento de sono de novo, caramba, aquele remédio do Hector é um verdadeiro Boa Noite Cinderela.

Peraí... Hector!

Arregalei os olhos de empolgação e olhei para Vicenzo.

— É isso! — Disse ele — Hector! Você é um gênio Amy!

— Como voc...

— Sou psicólogo...

— Ah!

— Pois é vou te deixar dormir, amanhã nos conversamos ok?

— Hum-hum...

— Buonanotte, Amy!

Não respondi, eu já havia relaxado e fechado os olhos, não responderia por nada mais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

obrigado por ler, estou imensamente agradecido, e possível comente isto é muito bom, aceito sugestões por MP mas somente por MP ok? para manter o mistério.
se estiverem muito curiosos pelo que Amy disse a Hector já vou logo dizendo: eu não vou contar e pronto! nem adianta mandar MP perguntando!!! (caso alguém tente de novo)