O Dia-a-dia Da Família Shion escrita por Hari Zang Elf


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo fresquinho para vocês! Como eu já tinha boa parte pronta e sem publicar, eu simplesmente publiquei o resto depois de uma revisada. Esse capítulo é o que estou continuando, por isso a demora. Sinto muito.
Quanto ao último, pode demorar um pouquinho agora. Mas não se preocupem. Pretendo finalizá-la e não vou abandoná-la.Obrigada a todos que acompanham, principalmente a miihchan Hyuga pelos comentários.



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O rapaz corria em direção a casa, a respiração rápida. Não tinha conseguido acertar ela. E nem ele também. Mas agora podia entender a situação claramente. Aquele cara iria pagar eles e levá-los para fora do país se cumprissem com o objetivo? Com certeza. Iria mantê-los seguros? Certamente que não. Seja lá o que for que ele queria com a morte deles, com certeza não valia a dele próprio.

Ele entrou pela porta dos fundos, chegando ao salão de baile, se dirigindo a porta com acesso ao jardim. Mas antes que a alcançasse um tiro atingiu o lustre do salão, caindo em cima do rapaz.

– Uma pequena aula. - Riku se aproximava com passos leves, recarregando a bala perdida da arma, puxando o rapaz semi-acordado. - Tenha certeza que vai atingir seu alvo.

– Cadê ele? - Gino entra no salão, pronto para acertar alguém. Não vendo nada ele respira fundo e olha para Riku. - Você o matou?

– Não. Não sou idiota. Pela altura e pelo físico é impossível ser ele.

– E você viu daqui?

– Não é a toa que essa é a minha arma favorita. - Apesar da conversa amigável eles podiam sentir. Alguém se aproximava. - Meia volta.

Ao ouvir Gino se virou e acertou a porta, derrubando em cima da garota que se aproximava sorrateiramente, perseguindo alguém. Com certeza não era eles, uma vez que parecia procurar outra pessoa. E pelos berros já sabia quem eram.

– O que fazem aqui, crianças? - Riku perguntou, pegando a mini-lanterna do bolso e acendendo no rosto de Len, Rin e Oliver.

– Resolvemos esperar por vocês... - Rin começou com a voz aguda, reconhecendo aquele olhar do pai. Ele estava extremamente irritado. Ela pegou o irmão que tremia feito vara verde e o empurrou para frente.

– S... só o... Big Al t-tem carteira, n-n--n-n-não podíamos voltar... - Len começava a se desculpar, a voz parecendo mais um rangido agora. Sem ver o pai se acalmar ele corre para trás da irmã, empurrando Oliver para a frente, que não entendia nada.

– O Big Al queria que voltássemos de algum jeito, mas estávamos empolgados com a conversa... A luz acabou e nos assustamos, todo mundo correu pra todos os cantos! Acabamos nos perdendo. - Oliver explica de onde ele acha que deveria, recebendo um olhar de irritação ainda maior e empurrando os gêmeos para a frente do pai. - Ele é parente de vocês!!!

– E agora? - Gino dizia tentando ao máximo segurar a risada, enquanto o outro parecia cada vez mais irritado. O maior defeito dele era que sempre tentava manter a calma, até chegar o momento que não sabia mais o que fazer... E explodia descontando na primeira coisa que encontrasse pela frente. - Vamos voltar para a sala.

*

– Um tiro? - Akaito pergunta para os irmãos, preocupado, e observando o lugar. Estavam na antiga biblioteca da mansão, onde não havia mais livros, mas as estantes ainda se erguiam imponentes e enfileiradas, esperando pelo momento de voltarem a receber conhecimento.

– Dois. - Mokaito responde com um suspiro, servindo um copo de água para os dois irmãos mais novos, Kaiko e Nigaito, que ainda estavam assustados.

– Por que você contou a eles? - Taito pergunta retornando da janela próxima, depois de assistir Riku derrubando um garoto que tentava fugir.

– É melhor eles estarem cientes da situação. E preparados para qualquer caso. - Mokaito se aproximou da porta, onde Zeito vigiava. Eles haviam descido para a biblioteca e encontrado os dois irmãos escondidos ali. E não saíram até agora. Quanto mais tempo continuassem ali mais fácil seria para serem encontrados. - Os outros também se espalharam, acho que seria melhor procurá-los...

– Fujam. - O Shion que vigiava saiu em disparada após dizer aquilo, tentando agarrar a sombra da pessoa a sua frente.

Mas o indivíduo desvia, jogando uma cadeira da sala vizinha em cima dele, obrigando-o a se defender com a mão machucada.

– Sabia. - Zeito apertou um pouco mais as bandagens, cujo ferimento sangrava e esperou. Ninguém antes havia feito algum ferimento nele sem receber algo em troca. Talvez a única exceção fosse seu pais. Não importava, agora era a hora do troco.

O silencio reverberava dentro da sala de jantar, com portas ligando não só a biblioteca, como ao salão de baile e ao corredor. Uma sombra surgiu sobre ele, fazendo com que saltasse, desviando por pouco da espada curta que mais parecia um facão.

– Essa é a segunda vez que você desvia da Kana. Você parece um animal. Nem parece ser irmão do Kaito idiota! - A garota gritou com ele, visivelmente irritada. Ela era bonita, com longos cabelos negros, olhos cor de mel e uma pele pálida. Tinha um corpo bem marcado e sem exageros, além de ser forte. Muito forte, o que fez Zeito dar um leve sorriso. Aquele era o tipo de garota dele, pensava lembrando-se de Zatsune. - Que sorriso é esse?

A espada desceu rapidamente da horizontal, sem lhe dar oportunidade para atacar, novamente. Ele desviou, mas ela se afastou rapidamente. Aquela agilidade realmente era um problema, estava brincando de gato e rato. Ela voltou a investir. De novo e de novo. Desviar dos ataques ficava cada vez mais difícil e a morena não perdia o pique.

– O que foi? Parecia tão confiante agora a pouco! - Ela gargalhava, atacando cada vez mais rápido. - Agora não é tanto assim, não é?

– Troca de turno. - Uma voz veio de trás dela. Ela se vira, bem a tempo de bloquear um picador de gelo que quase perfurou seu tórax. Ela chuta rapidamente o rapaz para longe, não deixando-o se aproximar mais.

– Ela é minha. - Zeito se aproxima por trás e dá um soco em seu estômago, enquanto Kana se distrai, fazendo-a saltar para longe.

– Malditos covardes! Dois homens contra uma dama, é?

– Eu disse troca de turno. - Taito gira o picador, arrumando a sua posição em sua mão, com um sorriso doentio, se aproximando dela.

– Eu disse que ela é minha. - Zeito move o pescoço, arrancando o cachecol e a blusa para ganhar mobilidade. Aquele único soco não era o suficiente para satisfazê-lo.

– Que felicidade! Tem dois rapazes disputando por Kana! O que mais Kana poderia querer? - Sua voz soava ácida. Vindo os dois ou apenas um deles, iria cortá-los em pedaços com seu facão.

– Vamos resolver da maneira da mamãe. - Taito se vira para o irmão, apontando o picador para ele, que apenas ergue a sobrancelha, irritado.

"Vai ser mais fácil se livrar deles do que Kana pensava. São dois estúpidos!" Imaginava a menina, se deliciando com a cena. O Kaito podia ser assim, pelo menos!

– Jan, Ken, Pô!

– O quê? - Exclamou Kana, quase derrubando a espada, vendo a mão dos dois acenando tesoura e não acreditando no que viu.

– Aikodeshou!

– Estão fazendo Kana de idiota! - Ela chorava, pulando no meio deles e chutando um para cada lado, perseguindo Taito. - Vocês são dois idiotas igual ao Kaito! Kaito idiota! Irmãos do Kaito idiotas!!! Morram!

– Garota estridente! - A menina é jogada longe, caindo quase do outro lado da sala, aos pés de Raito. Chihaya havia acertado ela com a parte de madeira do machado, de modo que ela não devia ter se machucado muito. - Meus bebês, vocês estão bem?

– Estou ótimo mamãe. - Taito responde com um sorriso surpreso.

– Perdoe eles. Todos os meus filhos são bem alienados... Eles não têm muita noção de circunstância ás vezes. Igual a mãe. - Raito fala para Kana enquanto a ajuda a se levantar, deixando-a envergonhada. Ele arruma os cabelos bagunçados dela e lhe dá o seu maior sorriso. - Eu não sei o que o Kaito fez para te irritar... Mas tenho certeza que se você falar com ele, verá que não é bem assim.

– Eu... Eu não posso! - Ela chorava aos cântaros, caindo aos pés dele e largando a espada de lado. No fim era só uma menininha... Pensavam o casal Shion, observando-a melhor. Ela devia ter a idade da Miku, muito provavelmente. - Eu prometi a mamãe que mataria ele!!!

– Mamãe?!!!

*

– Que silêncio... - Miku andava encostada na parede, logo atrás de Big Al, enquanto observava as sombras dos objetos, iluminados pela luz da lua.

– Quando foi que viemos parar no meio de um campo de guerra? - Big Al pergunta para ela, que dá de ombros e continua em frente carregando o cabo de vassoura que havia encontrado antes. - Me empreste isso.

Ele pega o cabo de vassoura das mãos dela e o joga longe.

– Aquilo era a minha arma! - Miku grita e no mesmo instante o local por onde o cabo passou libera várias explosões, transformando o corredor em campo aberto. - Esquece.

– Como eu disse: um campo de guerra.

– Você é bom nisso, hein? - Kikaito aparece atrás dos dois, carregando um pacote de batatas fritas e arrastando um garoto.

– O que é isso?

– Batata frita. Quer?

– Estou perguntando daquilo! - Ela aponta para o garoto espancado que ele arrastava como se fosse um saco de lixo. - Quem é ele, o que ele faz aqui e porque você trouxe ele para cá?

– Não sei o nome dele, mas ele tava a fim de arrancar a cabeça de alguém. E como ele tentou me atacar quando eu fui até a van eu ataquei ele. Legitima defesa. E se tiver mais malucos por aí ele tá mais seguro com a gente. Batata frita, Al?

– Não, obrigado. - Big Al responde, andando mais para a frente e agarrando uma flecha que quase acertou seu nariz. - Os outros malucos nos encontraram.

– É seguro ir em frente? - Miku pergunta arriscando dar um passo a mais, uma espada aparecendo em frente aos seus olhos. Ela sai correndo, a tempo de desviar da parede que desmorona, dando acesso a floresta e a um rapaz de cabelos verdes bem irritado.

Ele avança para cima dela, mas Big Al o agarra e joga contra uma árvore. Uma outra sombra se move por trás dele, mas Kikaito o chuta, revelando uma garota de cabelos rosados e carregando uma besta, que atira nele. Kikaito pega um tronco no chão e o usa de escudo, enquanto outras flechas voam na direção dos dois, que entram na floresta. Enquanto isso Miku pega pedaços de madeira e os atira com tudo na direção da menina, tentando distraí-la.

– Ninguém disse que teriam outros aqui. E não disseram que eles seriam bons de briga também! Vão se ferrar! - A menina praguejava continuamente tentando acertá-los, até cair desmaiada depois de Miku acerta-la com um pedaço de tronco.

– Eu que digo vá se ferrar! - Miku começa a chutar as coisas dela para longe e a espancá-la com a sua bolsinha. - Minhas férias morreram! Agora só falta dizerem que vamos ter que pagar os estragos!

– Você não sabe se isso vai realmente acontecer... - Kikaito segura ela, antes que o ataque de raiva dela passe da bolsinha que ela estava carregando e causando belos estragos para algum objeto mais perigoso.

– Se acontecer posso matá-los? - Ela pergunta em um fôlego e com os olhos brilhando de desejo assassino.

– Não é uma boa idéia...

– Não sabia que a personalidade dela era tão ruim... - Big Al comenta enquanto carrega os dois garotos desfalecidos.

– De acordo com o meu irmão, só quando fica realmente estressada. Do contrário é uma princesinha. Mimada e fofa.

– O que disse?

– Palavras do meu irmão! - Kikaito responde rapidamente, tendo a boca tampada pela Miku, que puxa ele mais para dentro da floresta, dando acesso a um morro. Logo abaixo eles vêem o avô dos Kagamine e uma bela mulher, cuja voz era muito familiar.

– Entendo... Agora eu entendo. - O velho homem coçava o queixo, pensativo.

– Eu agradeço por toda a sua ajuda até agora, mas... - A mulher se aproximou dele e se inclinou, tirando uma lâmina da manga de seu vestido. - Vai ficar no meu caminho ainda?

– Eu tenho dois lindos netinhos para cuidar, sabe?

– Falastrão. - Ela dá uma risada leve, ele nem mesmo se alterou com a ameaça, sorrindo. Ela se afasta e vê o Colt apontado para seu abdômen. ´Devia ter imaginado´.

– SHHHH! - Os dois fazem para Big Al ao vê-lo se aproximar, confuso.

– Bem... Eu avisei que você estava subestimando-os... No momento que recebessem sinais aquela mulher iria virar uma fera cuidando dos filhotes... - Ele guarda a arma, observando-a se aproximar do morro, curioso. - E usaria tudo que tivesse para protegê-los.

– Ainda não acabou. Ainda posso usar isso contra ela. - Ela fala apontando para as árvores e sorrindo, permitindo aos garotos verem seu rosto. A ultima coisa que viram antes de tudo escurecer. - Não é verdade crianças?


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Notas finais do capítulo

Eles são fortes, não? Estou tão feliz de fazê-los lutar um pouco!



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