Passados Distantes E Futuros Grandiosos escrita por Arianny Articunny


Capítulo 37
Diferenças no "igual"


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna!
Eu sei, demorei mais uma vez. Sinto muito mesmo! Cada vez mais os capítulos estão ficando complicados de escrever, pois acabam requerindo mais pesquisas sobre Jutsus, elementos, natureza, chakra e por aí vai, e pra completar sou muito exigente o que pode ser ótimo mas custa mais tempo fazer algo elaborado e bom. Além de que a partir de agora a quantidade de fatos mais detalhados e exibindo a personalidade real do Naruto e o porque dele ser de tal jeito começa a ser mais explorada, e eu quero passar a vocês de forma detalhada e completa. Então eu sinto muito mesmo mas é realmente complicado, mas acredito que no próximo cap chegaremos em um arco crucial para a essa história.
Bom espero que gostem!
Boa leitura!



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Flash back: on

—Nada bom. Ele esta fazendo aquilo. –o albino fala aparentemente pra si mesmo.

—O que? –pergunta Sakura.

—O que deu a ele seu nome na anbu. Ele está manipulando o adversário, fazendo-o fazer exatamente aquilo que ele quer. –explica.

Nisso já bem afastados, os dois jovens se encaram. E em suas mentes as bestas se agitam sentindo uma a outra. O que ninguém ali sabia era da enorme rivalidade entre o primeiro e o ultimo dos nove bijuus, que se fuzilavam dentro das mentes de seus hospedeiros. Sentindo o desafio lançado pelo Uzumaki ambas queriam manter seu orgulho intacto. Ambas rosnaram pra seus respectivos jinchuurikis:

“Não ouse perder, moleque! Senão vai pagar por isso!”

E ao ver o sorriso que aparecia no rosto do garoto loiro o Hatake acrescentou.

—E é exatamente por isso que dizem que ele é tão traiçoeiro quanto uma raposa. –diz enquanto observa preocupado com o que pode acontecer a seguir.

Flash back: off

—O que ele está fazendo está mais pra provocando do que manipulando... –observa Kiba entre resmungos.

—A parte de manipular eu até entendo, pois daria maior controle sobre a situação, mas provocar não me parece uma boa estratégia. Já que uma pessoa irritada costuma usar mais força que o normal o que deixaria tudo mais perigoso. –fala Shikamaru confuso com a forma do loiro conduzir as batalhas.

—Isso é verdade. Mas para uma raposa tudo que lhe importa é a diversão. –expõe o Hatake voltando toda a sua atenção na batalha que estava começando a desenrolar.

—Ele tem mania de usar esses clones né? –fala Sasuke vendo que o outro tinha feito uma centena, enquanto o Sabaku tinha liberado areia a sua volta.

— Hábito. O nii-san usa ela à anos, desde antes de sair de Konoha. –contou o Uzumaki de cabelos negros como a noite, surpreendendo aqueles que estudaram na academia com o de cabelos dourados, afinal o Kage bunshin não fazia parte da grade de matérias da academia.

—Substituíram o bunshin comum, ilusório, por este para ele, já que ele não possuía controle do chakra e dificuldade com a técnica original. –explica o de cabelos brancos antes de qualquer um até mesmo perguntar.

Nisso os dois jinchuuriki se olhavam, avaliando-se, procurando brechas, as fraquezas do outro. Enquanto isso se testavam, o Uzumaki testava a barreira de areia do ruivo com os clones, cada um usando uma forma, velocidade e técnicas de lutas diferentes. Já o Sabaku observava e analisava as características apresentadas pelo loiro enquanto isso. Nenhum dos dois se movia, pelo menos não seus corpos reais. Parecia que isso se manteria assim eternamente. Até que um dos clones conseguiu ultrapassar a defesa, em um ataque rápido e feroz, conseguindo arranhar o rosto do usuário de areia.

Gaara surpreso com o que havia acontecido resolve mudar de postura, surpreendendo a todos quando avançou para uma batalha corpo a corpo. E então foi a vez do Uzumaki ficar numa postura mais defensiva, desconfiando do oponente, pois este não tinha o perfil para esse tipo de luta, sendo assim devia ser uma armadilha. E estava certo, pois durante a troca de golpes o Sabaku tentava prende-lo com areia.

—Droga. –praguejou o ruivo, usando a areia pra perseguir o outro que havia escapado e se afastado após ter certeza de suas intensões.

—Parece que essa velocidade não é o suficiente pra lutar contra você. –o jovem comenta após correr e desviar de diversos ataques, sendo quase pego por um que foi colocado em sua frente por pouco. A essa altura o primeiro jinchuuriki já estava rodeado de quase toda sua areia, usando-a de maneira ofensiva, aumentando a quantidade de ataques e o tempo entre eles. Para ser capaz de lidar com isso o nono mudou sua postura para algo mais inclinado, selvagem, alterando assim sua velocidade e agilidade, as aumentando.

Em pouco tempo se tornou uma briga e perseguição de gato e rato. Eles estavam a mesma altura, mas não estavam satisfeitos. A cada minuto aquela sensação aumentava, a necessidade de se provar, de ser o mais forte. Por mais afastados que estivessem do resto do grupo não lutavam a sério, não ainda. Parecia faltar algo... Faltava... Um... Estopim.

—... –Naruto estreita os olhos e e abre um esboço de um sorriso, de puro escarnio enquanto se aproxima do ruivo com velocidade e começava uma serie de golpes aleatórios, a primeiro olhar. –Por que você luta? Por que você existe? –murmúra para o outro, entre cada golpe. –Como armas. Existimos apenas para matar... Apenas para destruir... –continua. –Por quê mantem essa máscara pacifica e humana?

—Devo te perguntar a mesma coisa, Naruto. Ou também não o faz? –rebate Gaara na mesma intensidade, após se afastarem um pouco e trocarem olhares. Tudo isso sob os olhares incrédulos e temerosos de quem os assistia.

—Soube que também eras um assassino. Não sente falta de ter sangue em suas mãos?

—Naquela época eu era um tolo que achava que essa era a única forma de provar e confirmar minha existência.

—Hum... Deve ser bom ter essa mentalidade como desculpa. –sussurou mais pra si mesmo, só que o outro não percebeu esse detalhe.

—Do que está falando? Qual era a sua então?

—Natureza. Ao contrario de você não tenho uma boa desculpa para isso, pelo menos nenhuma tão romantizada.

—Não pode estar falando sério. Pelo que contaram nossas personalidades na infância eram totalmente contrarias, alguém que era conhecido pelo seu sorriso não tem como ter tal natureza. –rebateu o ruivo, embora o loiro não pareceu gostar muito do que ouviu.

—É mesmo? –plantou a duvida.

—Se um de nós já foi “bom” é mais provável que tenha sido você, Naruto! –argumenta o ruivo.

“Você tem que ser um bom menino, Naruto...”

Ao ouvir aquelas duas palavras o Uzumaki parou, aquele momento não havia sido a voz de Gaara que ele havia escutado, foi uma que aconteceu a muito tempo, no passado. Foi o suficiente para mudar a expressão, o que era expressado nos olhos do jovem, pois assim que a frase surgiu em sua mente os gritos de desespero que ele havia lembrado mais cedo haviam retornado. Após ficar vazio um brilho cruel apareceu, como naquele momento em que ele tinha feito o Yondaime bater na arvore.

—Aaah, que chato. –diz o loiro do nada, mudando completamente o clima de discussão que estava tendo. –Devo mudar a brincadeira? –parece se perguntar, refletindo sobre isso alguns instantes antes de se afastar. –Divirta-me, Sabaku no Gaara. –diz antes de se afastar e jogar uma bomba de fumaça, que provavelmente era diferente do normal, já que era como uma densa fumaça, nem clara nem escura, como uma neblina, que rapidamente se espalhou e parecia que não cederia tão cedo.

Em poucos segundos a ação já havia recomeçado, mesmo que não se pudesse ver com muita clareza o que se passava, sabiam pelo barulho que o Uzumaki agora avançava repetidamente contra a defesa do ninja de Suna, algumas risadas cruéis também surgiam de vez em quando, mas a pior parte eram as provocações cruéis que eram focadas justamente na ferida, feitas propositalmente para fazer o oponente perder o controle, tanto da situação quanto dele mesmo.

—Já que insiste em dizer que somos diferentes então diga-me, Gaara, como foi a primeira vez que você matou? Não estou falando das vezes que sua areia matou pessoas inconscientemente para lhe proteger. Estou falando da primeira vez que você quis matar. Qual foi a sensação? Você gostou? De sentir o sangue em suas mãos? De ouvir os ossos se partindo... Do grito de agonia e desespero da presa que sabe que não há como escapar... –por algum motivo a cada frase dita pelo jovem eles conseguiam visualizar um sorriso traiçoeiro em sua face.

—... –durante alguns minutos o jinchuuriki do Ichibi não soube sequer como processar o que estava escutando, quanto mais reagir. Talvez o Uzumaki falasse aquilo mesmo sem saber se teria acontecido mesmo daquela forma, mas foi o suficiente pra dolorosa memoria a muito enterrada ressurgisse em sua mente.

Aquela noite amaldiçoada. Aquela noite que seria somente mais uma onde tentaram mata-lo. Matá-lo por ordens do Yondaime Kazekage. Por ordens de seu pai, de seu próprio pai. Mas justo naquela noite foi diferente. Tudo mudou. Ele mudou. Ele matou. Ele morreu. Quem havia tentado assassina-lo na vez havia sido a ultima pessoa que ele esperava que o fizesse. A única pessoa que ficava com ele, a única que cuidava dele, a única que parecia de importar com ele. Mas isso apenas foi o começo do tormento. Pois as palavras ditas por esse alguém foram piores do que todas as tentativas de assassinato que havia passado em sua breve vida.

“Você é minha pessoa preciosa, Gaara-sama...”

‘Então... Você não teve escolha... -falei querendo acreditar'

“Não... Você está errado...”

“Na verdade, eu, lá no fundo, sempre odiei você...”

“...Gaara... Um demônio que só ama a si mesmo e luta apenas por seus próprios motivos.

“Você nunca foi amado.”

Um grito vindo do ruivo foi o suficiente para saberem que algo tinha mudado. Dessa vez o Uzumaki conseguiu atingi-lo. E com uma repentina brisa o resto da fumaça foi dispersada dando para eles verem quem estava naquele meio. Na frente deles não estavam mais os dois que estavam antes, pelo olhar, postura e o “ar” em volta deles era possível notar que quem estava ali agora eram os dois assassinos criados por Konoha e Suna. Dois jinchuurikis que só se importavam em descobrir quem era o mais forte. Talvez toda aquela tortura por palavras tenha sido para isso, pensaram alguns.

—... – Naruto limpou o sangue que saia de um corte em sua bochecha direita, que rapidamente se fechou. – Assim está melhor. –sorriu. –Vamos vez o quanto você consegue me machucar. –desafia, enquanto seu chakra forma uma cauda atrás de si em resposta as modificações corporais feitas pela areia terem se iniciado no ruivo.

Dessa vez sua velocidade estava bem mais próxima da que eles viram mais cedo quando os viram correndo e lutando na floresta. Seus golpes estavam imprevisíveis, rápidos demais pra defesa de Gaara ser completamente capaz de detê-los, provando que sua força também havia aumentado.

Em contrapartida o de cabelos vermelhos liberava cada vez mais da sua areia pra rodear seu corpo, reforçando-o, o deixando com metade parecido com sua besta interior. Com esse poder extra ele conseguia fazer pequenos danos no Uzumaki, sempre que este tentava se aproximar demais e quebrar sua defesa. Mas essa situação, mesmo que mais emocionante que a inicial estava irritando eles. Pois poderiam ficar nisso o resto da vida e nenhum dos dois ceder. Se eles queriam se provar o mais forte precisariam ir mais longe que isso, e neste momento nenhum deles se importava com nada além disso ou com as consequências que poderiam vir.

Então pouco tempo depois o primeiro já estava começando a ser coberto pela areia numa mini versão do Ichibi, porém ainda sem apagar as características físicas de seu portador, prontamente partindo pro ataque. O nono que a todo tempo fugia e desviava, as vezes usava sua cauda pra se proteger, que até o momento não parecia ter se sentido nem um pouco ameaçado pelo outro, parou em êxtase ao notar o que estava para acontecer.

Quando os olhos amarelos encontraram-se com os do loiro, suas pupilas se contraíram, afinando-se e se tingiram de vermelho. O que houve a seguir pode ser descrito como uma troca de rugidos, pois não foi nenhuma troca de palavras civilizadas como antes. E então a luta de jinchuurikis começou.

O mini-Shukaku alternava tiros de areia e balas de vento contra o garoto-raposa que rapidamente desviava, correndo em círculos numa velocidade alarmante, já haviam perdido a conta de quantas voltas quando o da areia começou a apresentar sinais de tontura por tanto ter girado no mesmo lugar. E foi quando o Uzumaki avançou, e com uma facilidade absurda, conseguiu jogar o outro pro ar, e quando já estava numa altura considerável, ele apareceu sobre o outro, que ainda estava confuso, e usando uma cambalhota dupla como impulso usou sua calda pra impulsionar o ruivo pra baixo, caindo contra o chão e formando uma grande cratera.

—... –Naruto retornou ao solo com uma queda suave como a de um felino, mantendo-se sempre em silencio, porém conforme o tempo se passava cada vez mais o olhar em seus olhos parecia com o de um predador atrás de uma presa, ansiando pelo simples prazer de matar. Reparando nisso os Uzumakis ficaram tensos.

No meio da cratera, olhando para o portador da raposa, haviam dos olhos amarelos brilhando intensamente, parecendo querer se vingar do golpe que sofreu. Logo em seguida ele lança uma lamina de vento de 180° que destruiu boa parte desta clareira. Mas foi apenas uma distração pois logo um soco de areia lança o Uzumaki para trás antes dele sequer pensar em descruzar os braços em defesa contra o ataque anterior.

Naruto saiu rolando e quicando no chão por alguns metros até se segurar no solo usando as mãos como garras assim evitando ir pra mais longe. E quando tirou suas mãos de lá puderam ver que realmente agora haviam garras ali, embora ele não estivesse mais utilizando o poder da raposa já que não havia nenhum traço vermelho em seus olhos, apesar que eles estavam, curiosamente, com a pupila afiada.

Repentinamente ele não estava mais aquela distancia e sim iniciando uma sequencia de chutes contra a areia. Quando parecia que ia parar, ele aparentemente se dividiu e dois, mantendo os golpes e distraindo o primeiro jinchuuriki que ainda não havia percebido. Esse outro Naruto parou em cima dos ombros, enfiou as garras na cabeça de arreia e, tudo no mesmo segundo, partiu no meio, quase arrancando a armadura de areia.

—Outra provocação. –comenta Menma após muito tempo em silencio.

—Sim. Mas de novo? Por que ele ainda continua com isso? –pergunta Shino.

—Na verdade o nii-san pode continuar com elas pela eternidade. Ele ainda está apenas brincando, se puderem perceber. –explica o moreno.

—E quando ele vai sério? –pergunta Tenten curiosa.

—Ele vai aumentando de seriedade conforme o quão ele queira matar o alvo da vez ou conforme o quão irritado esteja. –responde o Uzumaki.

—Resumindo, se aparentar ser algo divertido ele vai usar o oponente, estendendo a luta o quanto quiser, mas caso não seja nada interessante, ou não haja tempo, ou forem muitos ele irá acabar num instante. Embora já tenha visto casos em que ele brincou com muitos oponentes ao mesmo tempo, as vezes fazendo com que todos o odiassem e outras que se voltassem uns contra os outros. –complementa Kakashi, já que também havia convivido com o loiro por um tempo. –Ele continua assim não é? –o Uzumaki moreno assente, confirmando.

—Esse jeito de conduzir uma luta, parece bem danoso... –comenta Neji, em tom neutro mas pensativo.

—Como ele pode saber logo de cara quais lutas serão divertidas e quais não serão? –pergunta Kiba, curioso.

—E-ele não se importa o quão perigosa essa forma de lutar é?! Provocando as pessoas desse jeito ele não tem medo? –questiona Hinata, parecendo um tanto irritada e decepcionada.

—Eu acho que ele tem um sexto sentido sobre isso, são poucas as vezes que ele erra. –Menma responde a primeira pergunta.

—Isso é algo que apenas vendo conseguirá entender, Hinata. Ninguém nunca entendeu ao certo os hábitos e manias desse garoto, nem sua personalidade. Apenas temos uma teoria de que ele age dessa forma, como o esperado de uma raposa, de tanto ouvir ser chamado assim, tornando o que era esperado dele real. –conta o Hatake, voltando a prestar atenção a luta que acontecia bem na frente deles.

—...! Não... –sussurra Hikari do nada, ficando em alerta, tensa antes de jogar um cristal pra manter a barreira de proteção deles e avançar na direção do loiro, como ela havia feito na luta dos irmãos.

—O que aconteceu? –pergunta Sakura, confusa pela ação repentina da ruiva.

—Não sei ao certo. A Hikari-chi deve ter sentido que algo ruim ia acontecer. Afinal ela que possui a ligação por chakra mais forte com ele.- explica o moreno de forma que era claro que não daria mais explicações.

—Naruto-kun! PARE! –gritou Hikari parando em frente ao garoto, que pareceu voltar a si e jogar o jutsu que estava executando pra direita, que saiu como uma lamina de chakra de vento que atingiu o lago que tinha ali espalhando agua pra todo lado, o que impediu a todos de ver o que estava acontecendo por alguns instantes. O suficiente pra não verem a bola de vento, carregada de chakra, que o mini-shukaku lançou, ao mesmo tempo em que a atenção de todos estava voltada para o loiro, ir com força pra cima dos dois Uzumakis. Naruto apenas teve tempo para puxar Hikari e usar o próprio corpo, de costas para o ataque, para protege-la.

Quando a agua parou de cair e a poeira baixou a visão era um tanto assustadora. O chão havia sido quase destruído, a única parte que estava menos pior era depois de onde os Uzumakis estavam. Naruto havia usado uma cauda de chakra como escudo, mas não foi suficiente pra conter o impacto. Somente quando a desfez que viram o preço que essa defesa causou. O loiro estava bem machucado, tanto que o sangue que havia começado a escorrer, estava se acumulando a seus pés. Seu braço direito estava quebrado em quase três partes com um dos ossos entre o cotovelo e a mão bastante exposto.

—... –Naruto olhou pro braço, e sem demonstrar emoção o puxou para baixo forçando os ossos a se alinharem novamente. O som de ossos se partindo e a quantidade de sangue que saiu com o movimento deixou a todos desconfortáveis, inclusive, Gaara que agora estava mais controlado. –Eu sei que provoquei, mas não esperava que fosse realmente me ferir a esse ponto. – chakra vermelho começou a sair e a rodeá-lo formando rapidamente o manto da raposa. –Isso ainda dói sabia? –perguntou com um sorriso nos lábios, não combinando em nada com as palavras ditas. –Devo puni-lo? –a voz alterada, como se não fosse a única presente, e com um olhar louco e aura assassina. –Só preciso de uma cauda pra lidar com você. –e avançou batendo no ruivo que mantinha a forma de seu bijuu, até deforma-la. Por mais que tivesse batido muito no Sabaku, ironicamente ele não havia feito nenhum machucado que fosse difícil de curar e quando se sentiu satisfeito parou, e controlou sua respiração até que o manto se desfizesse e se jogou no chão cansado tampando os olhos com o braço bom.

—Naruto-kun! –Hikari foi até ele assim que se recuperou do choque. –Você está bem?! –ia se ajoelhar perto dele.

—Não olhe pra mim! –rosnou de primeira. –Eu estou bem. Apenas, vá. Cuide do Gaara, não tenho tanta certeza se não o machuquei. Só vá, okay? –falou com a voz meio rouca. A Uzumaki foi sem insistir no assunto, dando um tempo pro amigo se recuperar.

Ao contrario do que o loiro temia ele realmente não havia machucado o ruivo, na verdade o maior ferido na luta havia sido ele próprio. Os que assistiram estavam perplexos com esse encerramento, pois por um instante o Uzumaki havia virado uma pessoa completamente diferente.

—Naruto... –Sakura se aproximou hesitante, sendo acompanhada pelo grupo. –Tem certeza que não precisa de tratamento?

—Já tive ferimentos piores. –respondeu simplesmente e começou a passar entre eles indo em direção ao lago.

—Volta aqui! Deixa eu examinar isso! –exige a rosada nada convencida pelas palavras do outro segurando a gola da blusa que o loiro usava que se rasgou revelando um corpo cheio de cicatrizes. –Mas o que...?

—... –primeiro o choque depois a raiva em seus olhos pela atitude da Haruno. –Esta satisfeita agora? –falou o Uzumaki removendo o resto do tecido e mostrando o braço cujo a cura estava tão avançada que só era visível partes ainda sem pele, avermelhadas por onde saiu o osso e erram as piores feridas, coisa que demoraria dias pra uma pessoa normal, independente de ser ninja ou não. Mas era perceptível que estas já estavam começando a desaparecer.

—Sim... É... –Sakura até ficou desnorteada. Como era possível alguém se curar tão rápido sem sequer ter tido atendimento medico ou qualquer cuidado.

—Ei, Naruto, e essas cicatrizes em suas costas? Se você se cura tão rápido ao ponto de não sobrar marcas como pode haver tantas? –questiona Ino, assumindo a duvida pela amiga.

—Essas não, simples. –o loiro deu os ombros, mas deu a impressão de esconder o olhar.

—Como elas foram feitas então? Não tem como ser uma cura seletiva. –retruca o Uchiha, notando e não deixando esse detalhe passar.

—Não. É. Da. Conta. De. Vocês! –respondeu Naruto lentamente, cerrando os olhos de forma hostil.

—Nii-san? Você não disse que era melhor não usarmos os bijuus? –pergunta Menma confuso, aproveitando pra mudar de assunto.

—Disse, mas isso vale apenas pra você. –esclarece. –Não nos coloque no mesmo barco.

—Heeeh? Por quê?!

—Primeiro porque eu precisava saber como estava meu controle e reação ao chakra da raposa, pois tenho a sensação que irei precisar. –exemplificou deixando o chakra vermelho sair e passar pelo braço machucado, curando-o completamente. –Segundo porque seu corpo não ia lidar bem com o chakra.

—Como se... Nós somos irmãos! Sendo assim eu também deveria ser compatível!

—Não funciona assim, baka! Não importa se temos a mesma genética! Não... –parou e tocou a bochecha passando a mão pelas marquinhas em seu rosto. -O chakra da Kyuubi é venenoso. Eu só tenho certa imunidade pois meu corpo... Meu corpo já foi formado com o chakra dela presente no meu organismo.

—E como o chakra dela funciona nas outras pessoas então? –Shino olha pra eles através de seus óculos.

—Dependendo da quantidade. Pode causar feridas, queimaduras. Mas pode matar também, lentamente ou rápido se intoxicarmos todo o sistema do alvo. Pode se constar como uma forma de tortura também pois é bem doloroso. –Naruto disse tudo com um sorriso no rosto como se tivesse boas memorias embora o assunto fosse perverso. –Mas no caso do Menma, ele pode usar diluindo com o próprio chakra e com treinamento, mas a partir da quarta cauda fica mais difícil.

—Falando assim faz até parecer que esse poder é tão importante assim... –o Uchiha falou pra provocar pois se lembrava da reação do Sabaku quando sugeriu que eles gostavam do poder que tem e queria ver qual seria a reação do loiro.

—Porque ele é, Uchiha. –começa o outro. –Nesse mundo somente aqueles que tem poder podem viver. –diz como se explicasse tudo.

—E aqueles que não podem se defender? Aquele que não são shinobis, por exemplo. O que você diz deles? –rebate o Uchiha, um tanto sem reação com a resposta praticamente oposta a do outro jinchuuriki sobre o assunto.

—Eles devem ter utilidade de alguma forma. De qualquer maneira, alguém com poder os permitem viver. –dá de ombros como se fosse simples.

—Como você pode achar isso? –o Uchiha não consegue entender, nem aceitar.

— Aqueles considerados sem valor, empecilhos ou desnecessários são facilmente descartados. Se ninguém forte os apoiar eles morrem ou serão mortos. Essa é a verdade. –começa. –Ao contrario do que sei vocês acreditam, o mundo não é gentil. Se não souber se cuidar ele passa por cima sem pensar duas vezes, ele nem sequer vai dar falta da sua existência. Essa é a lei da vida, essa é a lei da natureza. Quer que entendam e aceitem ou não! –terminou com um tom mais rude, chegando perto do agressivo. O moreno do Sharingan ia revidar, discutir com o outro sobre essa opinião absurda, mas a oportunidade foi roubada antes de começar a falar.

—É melhor se revelar e aparecer de uma vez. Não estou de bom humor então não me faça ir até aí. –Naruto diz sério em um quase rosnado.

 -Há quanto tempo você sabia? –pergunta o Anbu que apareceu na frente deles num shushin.

—Entediante. Sério mesmo que você está me perguntando isso?

—Eu só estava curioso! –responde o shinobi, aparentemente frustrado e irritado pela resposta do ex-anbu.

—“Eu”? Curioso? Esse tipo de sentimento é aceitavel? –Naruto coloca a mão no queixo pensativo antes de sorrir de lado, como e tivesse descobrido algo interessante. –Desde quando Danzo permite que produtos defeituosos vão para o campo?

—Defeit...??! E você seria o que então? Você poderia ter sido a obra prima do nosso mestre! –o outro reagiu com mais raiva avançando em direção ao loiro que sumiu e reapareceu atrás do mesmo, na mesma fração de segundo.

—Exato. Então porque você acha que seria capaz de encostar em mim? –provoca. –Como seu senpai devo lhe mostrar o porque de anbus não poderem ter sentimento? –avançou pra cima do aparentemente mais novo, antecedendo cada movimento de defesa deste até conseguir arrancar a mascara. –Pois eles te deixam previsíveis. Te tornam uma presa fácil, principalmente pra alguém como eu. Todos da NE foram criados com esses princípios. Você não sabia? Não foi treinado por eles, não é? Para ser aceito deve ter algo especial em sua genética. –parou olhando para o rosto de um garoto que tinha no máximo uns 16 anos. –Será que devo destruir o novo brinquedinho do nosso “mestre”? –o menino mais novo arregalou os olhos e recuou alguns passos, o Uzumaki estava liberando sua saki apenas pra cima dele.

—N-não... V-você não faria... –o jovem e ingênuo Anbu tentou argumentar completamente nervoso.

—Eu sou Nogi. O traíra. Não há nada que não se possa esperar de mim. –deu um passo na direção do mesmo que recuou e começou a correr. –Pobre criança... Te enganaram e mandaram pra sua morte. –falou baixo de forma que foram as ultimas palavras que este ouviu antes de ter sido decapitado pela katana negra que o Uzumaki tirou de um selo no braço. -... –pegou a cabeça pelos cabelos e olhou para a face cheia de pavor antes de colocar a mascara que havia tirado dele.

—Continua detestável como sempre, Nogi. Brincando com sua presa desse jeito, se divertindo com o medo. –comenta um segundo Anbu, este mais alto e com um manto negro de capuz, parado na beira da clareira. –Não teme a reação dos outros de Konoha ao verem esse comportamento, sua verdadeira natureza?

—Oh, por favor, não me engrandeça tanto! Esse tempo todos eles pediram por um demônio. É claro que esse pedido seria atendido já que insistiram tanto. –Naruto respondeu com um tom jovial, quase inocente, enquanto sorria para a cabeça e a admirava como um troféu.

—Você é doente. –diz o outro sem hesitar mas sem qualquer emoção.

—Eu sei. –o loiro deu de ombros como se não se importasse de ter concordado com tal afirmação. –Exatamente por isso que você vai ouvir o que vou pedir. –foi a vez dele afirmar. –Avise a Danzo para parar de enviar vocês pra me vigiarem. Se não o fizer... –olhou para a cabeça e a jogou pra cima do ninja. –Irei continuar matando cada um que vocês mandarem como tenho feito desde que saí de Konoha. Acredite, irei fazer isso até que não sobre mais nenhum. Entendeu?

—Irei passar seu recado. Com sua licença, irei me retirar. –disse formalmente antes de desaparecer.

Continua...

Próximo capitulo: Seguindo as raposas


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Notas finais do capítulo

Bem, e aí? Algum comentário após lerem essa confusão toda e lapsos da personalidade um tanto distorcida do nosso Naruto? Espero que estejam tão ansiosos para entenderem o que causou isso e fez ele ser assim quanto eu estou para mostrar pra vocês! Na minha cabeça a história já esta bolada até bem a frente, na guerra, mas algumas vezes é dificil interligar tudo ao passar pro papel.
Ah! E estou chateada por ninguém ter falado nada sobre o que propus no cap passado, ia facilitar tanto as nossas vidas, pois iam ser capazes de perguntar sobre o andamento da fic, tirar duvidas, além de ter noticias dessa escritora atrapalhada.
Irei tentar escrever e postar o mais rápido que puder, pois quero postar pelo menos um por mês esse ano.
Beijinhos! Até breve!
OBS: Criei uma fic sobre o universo alternativo dessa, sobre como seria a vida do Naru se ele não houvesse saído da vila mas nesse mesmo universo que eu criei, se quiserem por favor deem uma olhada.



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