Passados Distantes E Futuros Grandiosos escrita por Arianny Articunny


Capítulo 36
Habilidades e continuando a viagem...


Notas iniciais do capítulo

Gente! Gomenasai! Realmente mil desculpas. Sei que é indesculpável essa demora mas eu realmente, realmente sinto muito. Pior que eu realmente achei que ia terminar rápido dessa vez mas esse cap deu muito mais trabalho que deveria. Fora as correrias do curso técnico a noite e minha vida normal que esta tudo corrido e embolado. Também tive que pesquisar bastante pra conseguir montar algumas partes. Mas acho que ficou bom pelo menos.
Ah! E eu fiz a imagem do cap, passei alguns dias no photoshop por causa disso também, espero que gostem.
Boa leitura.



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Flash back: on

—Então porque parece que você queria que ele não nos contasse o que quer que fosse falar? –pergunta Sasuke, gesticulando irritado, pro outro que havia parado em frente a porta, que estava fechada.

—Talvez porque talvez hajam coisas que mesmo eu não queira relembrar... –responde o outro com a voz com algum sentimento. Pois ele assim que chegou na porta tinha notado aonde estava, pois no calor do momento nem havia reparado ou pensado. E se pudessem ver o rosto dele no instante em que aconteceu, teriam visto um relance de pânico que passou em sua face, antes de se retirar batendo a porta com força. O que fez todos acharem que ele tinha ficado furioso com a intromissão deles.

Flash back: off

Já do lado de fora da casa, Naruto estava parado, respirando duramente. Quem não tivesse visto o olhar assassino e o quanto ele havia se esforçado para matar Koji poderia achar que estava em choque. Mas não era bem assim. Era o lugar que o sufocava. Por isso sair pela porta pela qual entrara na verdade não foi uma grande ideia. Pois, como assombrações, podia ouvir risadas infantis vindas daquele campo, vozes de crianças que ele não queria lembrar. O loiro sacudiu a cabeça exasperado e apertou os punhos, em frustração e agonia. A rápida morte do Kirigaya não deu nem de aperitivo, não havia sido suficiente. Sua saki(intensão/vontade assassina) vazou, de forma que os ninjas dentro da casa estremecessem, era carregada de um ódio, um vazio e uma escuridão sem precedentes, mas tão rapidamente que nem todos perceberam e entenderam de fato o que era, pois durou menos que um milésimo de segundo. O próprio loiro estava tão perturbado que nem notou que a exalou. Fazia tempos que não ficava tão perto de perder a razão, e as lembranças que lhe vieram assombrar não permitiam retoma-lá. 

Antes mesmo de pensar se viu num ambiente diferente. Havia água à seus pés, estava sentado numa ruína qualquer caída por ali. Não dava pra ver muito ao longe, numa negridão sem fim, exceto a silhueta de grades, um gigantesco portão, seu verso. O único som era de uma goteira perto, dos encanamentos no teto. Sentiu alguém lhe envolver pelas costas, passando por cima dos ombros, uma melodiosa risada feminina.

—Kukuku... -ria a criatura, enquanto se aproximava  de seu ouvido. -Faz tempo que não te vejo assim... Praticamente se afogando na culpa e rancor novamente.

—Cale a boca, maldita Kitsune! -rosna Naruto.

—Posso fazer isso parar se quiser... -fala Kyuubi lhe oferecendo exatamente o que ele queria, o tentando, esperando um tempo para ver a reação do jovem em relação à proposta. Este apenas continuou de cabeça baixa, somente trincou os dentes com força causando um leve rangido. Ela sorriu, essa era sua resposta, assim como esperava ele não havia negado. -Isso terá um preço... como sempre. -sussurrou lentamente sorrindo, o envolvendo mais fortemente. 


E então, aos poucos, tudo escureceu. Fora de sua mente, o loiro reabria os olhos devagar. Estes ficando levemente turbulentos antes de ficarem vazios. Atrás da parede, dentro da casa, se escondeu alguém que o observava. Apoiado na parede Sasuke estava de olhos arregalados e boca aberta, abismado com o que tinha acabado de presenciar nos olhos do outro, um olhar que ele já tinha visto em si mesmo, vazio, como se tivesse perdido tudo e caído nas mais profundas trevas. Um olhar que nunca esperou ver no outro. O Uchiha voltou ao quarto pensando o que teria acontecido pra deixar o Uzumaki daquela forma, pois não fazia sentido que alguém que não tinha nada desde o começo ter os olhos de quem perdeu tudo.

—E aí, Sasuke-kun? -pergunta Ino preocupada com o estado do loiro.

—Não sei dizer. Ele estava com um olhar perdido, perturbado, mas não faz sentido já que ele realmente queria matar o Kirigaya. -responde o moreno sem contar realmente o que estava pensando.

—Isso não faz sentido! Ele mata o cara depois fica se remoendo?! -esbraveja Kiba.

—Hikari, Menma, vocês sabem o que aconteceu aqui? Ele contou algo pra vocês? -pergunta Temari, tentando entender.

—Não... -responde a ruiva balançando a cabeça com um olhar triste.

—Peraí gente, vamos tentar reunir o que temos até agora. -fala Shikamaru. -O Naruto já viveu aqui, junto com outras crianças que foram capturadas na mesma época, todas morreram menos ele, todos ficavam nesse mesmo quarto e por fim Danzo o comprou, levando-o pra Ne. -enumera. -Aí temos que pensar: o Naruto estava no quarto quando aconteceu? Como elas morreram? Quem ou o que matou elas?

—Não seria melhor perguntarmos pro Naruto-kun e pedirmos pra ele nos contar? -sugere Hinata, realmente acreditando que, agora, fora da vila ele contaria as coisas sem problemas.

—Desculpa mas, sem querer parecer rude, o Naruto-kun não vai contar nada, mesmo se perguntarmos. As coisas não funcionam assim com ele. -Hikari falou, balançando a cabeça no final, como se lamentasse por isso.

—Como pode ter tanta certeza?! -rebate Hinata, demonstrando mais uma vez seu desgosto pela ruiva, que suspirou antes de responder.

—Porque é assim que ele é. Ele não gosta de falar sobre o passado, principalmente o dele próprio. Principalmente se comprometê-lo. E se o falar foi só porque quis. Não adianta pressiona-lo. -explica a Uzumaki séria mas calma, embora cansada com o ressentimento da outra.

—Eu tenho que concordar com ela, ele não vai falar. O jeito dele mais cedo em relação a tudo isso deixou bem claro. Fora que ele parece sentir uma espécie de culpa por isso. -Sasuke se pronuncia.

—Culpa? Mas... -alguns indagam pensativos.

—Aposto que foi o tal Koji que matou eles, isso explicaria a raiva do Naruto. -fala Shino.

—É! E ele se sente culpado por não conseguir salvá-los! Eu também me sentiria se não conseguisse ajudar meus amigos. -concorda Lee.

—Faz sentido mas não bate com a forma que o Kirigaya agiu e falou depois que descobriu que era o Naruto. -comenta Neji. E ficam em silêncio, tentando resolver o dilema.

—Isso não importa. Diversas coisas podem ter acontecido, de várias formas diferentes. Sem ele nos contar é quase impossível que descubramos o que aconteceu a oito anos atrás por conta própria.- Kakashi falou, recebendo olhares indignados e confusos com sua primeira afirmação.- Mas… Uma coisa é clara, independente desses detalhes: O que aconteceu aqui o marcou, de forma que ele tenha passado a acreditar que só os mais fortes merecem viver. Fora essa característica não dá para afirmar, nem mesmo teorizar sobre de que outras formas o que passou aqui o afetou. -os mais novos  ficaram desanimados ao ouvir isso. -Mas se estão tão curiosos podemos olhar o que achamos por aqui para tentar recolher mais pistas sobre isso, mas nada é garantido. -falou e todos logo começaram a revirar o quarto, o Hatake tinha quase certeza absoluta que eles nem prestaram atenção ao aviso no final.

Cada um foi em direção a primeira coisa que os chamou a atenção tomando cuidado para não repetirem, a não ser se fosse algo relevante e/ou deixasse algum deles em duvida. Como o Jounin mais velho havia dito não tinha muito o que se fazer, pois a maioria das coisas só comprovava o pouco que sabiam. A quantidade de mantas, almofadas, cobertas e mochilas batiam com o número previsto: 6. Porém enquanto tiravam as coisas do caminho e as organizavam empilhando-as em um canto, um deles tropeçou em algo no mínimo curioso. Ali, jogada de qualquer jeito, estava uma bandana de Konoha, de pano azul, desgastada mas provavelmente nunca usada, e em outro canto havia uma bolsa ninja, semi-aberta com algumas kunais e shurikens saindo dela e em sua volta.

—Essa é… -Lee começa a falar ao ver a bandana.

—Sim. É a bandana que ganhamos quando nos formamos na academia. -confirma Sai.

—Mas o que ela esta fazendo aqui? -pergunta Sakura intrigada.

—Ela sem duvida era do Naruto, mas… Se ele voltou a vila porque a deixou pra trás? Junto com o resto das coisas dele...? -questiona Sasuke.

Foi então que uma luz acendeu na mente deles: Em que condição o encontraram aqui e o levaram de volta a vila? E junto dela uma hipótese, talvez quem quer que tenha buscado o garoto não se importava com isso, e pior ainda o levado a força. Mas ainda assim não batia. Se as coisas aconteceram assim porque o loiro acabou ficando nas mãos do líder da Ne? Com certeza se ele tivesse pedido o Sandaime o tiraria de lá, não é? Teriam feito uma lavagem cerebral no menino para controla-lo? Mas mesmo assim, se o Hokage se importava com o Naruto por quê o deixaria nas mãos de alguém que só o via como uma arma?

·Mais cedo em Konoha

Após a partida do time Uzumaki e a equipe 7 a Hokage deu uma bronca nos moradores junto com o Yondaime mas em resposta receberam lamurias indignadas da população, que não entendiam como aqueles que deveriam ser seus exemplos podiam perdoar a raposa, só então os dois hokages viram com seus próprios olhos o quanto o garoto Uzumaki era odiado, embora não entendessem e se perguntassem como as coisas ficaram dessa forma.

—Anata(Querido)? –ouviram uma voz conhecida chamar, viraram-se e encontraram uma ruiva que ambos conheciam bem.

—Kushina... Por quê não veio para a despedida do nosso filho?

—É claro que não viria. Ele nunca gostaria disso. Você sabe! Então por quê você a fez? –pergunta com uma feição sentida.

—Eu pensei que seria uma boa ideia... Nunca achei que algo assim fosse acontecer... –confessa Minato penalizado.

—... –Kushina suspirou pesadamente, Minato provavelmente não teve má intensão, afinal ele sempre foi o tipo de pessoa que só via e esperava o melhor das pessoas. –Você viu os olhos deles?  Viu como o trataram? Como pudemos deixar nosso filho, o meu bebê passar por algo assim? Imagina só o tipo de vida que ele viveu! Como pudemos fazer isso com ele?? –questiona pro marido e para si mesma com lagrimas nos olhos.

—Ei! Querida, se acalme! Eu sei que isso foi ruim de se ver mas não consigo acreditar que o Sandaime ia deixar nosso filho sofrer ou passar necessidade. Ele nunca foi esse tipo de pessoa. –o antigo Hokage diz seriamente.

—Desculpa por me intrometer mas preciso concordar com Minato, o Sensei não era esse tipo de pessoa. -se proclama Tsunade. -Mas se quiserem podemos tentar descobrir como ele foi criado e como foi sua vida aqui. -sugere.

Os três concordaram e foram em direção ao prédio Hokage pois com certeza achariam alguma informação lá nos registros. Comprovando que eles estavam certos pouco depois encontraram um documento que falava sobre a época que o garoto ficou no hospital após nascer. Mas estranhamente não dizia muito além do tempo, longos 5 anos, além de ser o único documento relacionado ao garoto nos registros de habitantes da vila. Confusos olharam uns para os outros e recomeçaram a rever as anotações e os livros.

—O que estão procurando? -soa a voz de Koharu, conselheira desde a época do Sandaime, assustando-os.

—Ah! Koharu-san, à quanto tempo! Estamos procurando os documentos relacionados ao meu filho. Você sabe porque não estamos achando nos dados dos habitantes da vila? -saúda-a e pergunta, querendo sanar essa dúvida.

—Vocês não vão encontrar nada aí. -respondeu simplesmente, após alguns minutos em silêncio, causando espanto.

—Por que não? -pergunta Minato. -Sei que ele é um Jinchuuriki mas mesmo assim sempre houveram registros aqui dos anteriores...

—É um segredo da vila. Aquele garoto. Então é claro que não estariam aqui, onde todos que trabalham aqui tem acesso. -explica após suspirar.

—O que...? Por quê? -pergunta Kushina com o coração apertado depois de ouvir aquilo.

—Por que? Porque você acha? -a mais velha revirou os olhos sem paciência. -Tem dois motivos principais: Primeiro como o filho órfão do antigo Hokage ele correria perigos caso anunciado, afinal ambos vocês tiveram inúmeros inimigos, segundo ele é o primeiro jinchuuriki filho de uma jinchuuriki, o que faz dele um caso único e especial que a própria essência é um mistério. -diz seria.

—A primeira eu entendo. Mas... -Minato olhou pra esposa. -Como assim a essência dele é um mistério?

—Comportamento e personalidade instável e inconstante. -respondeu como se fosse simples. - Em alguns momentos parecia que algumas de suas ações eram calculadas, ele aprendia as coisas muito rápido, com três anos ele já lia e era uma criança relativamente quieta, porém bem antes de completar dois ele era agitado, desastrado e curioso, com quatro foi para um quarto com janela após muita insistência do mesmo após descobrir que havia um mundo lá fora, a partir daí ele se esforçou para aprender todo o necessário pra poder viver do lado de fora. Aos cinco anos, quando demos um pequeno apartamento pra ele, mudou novamente de personalidade alguns meses depois. Ficando hiperativo, aprontando e pregando peças pela vila, porém disperso. Quando entrou pra academia foi pior do que esperávamos, desinteresse pelas aulas apesar de ler os livros depois, sempre péssimo nas provas escritas e zombando com as provas práticas. Ia mal em todas as disciplinas ninjas básicas, principalmente no arremesso de shurikens apesar de descobrirmos depois que sua mira e forças eram ótimos. O problema? Seu chakra. Era grande demais e o garoto não conseguia controlá-lo. O que era terrível pra um jinchuuriki ter. Por isso fizemos algumas alterações no que ele aprendia, jutsus mais fortes, de rank mais altos porém extremamente parecidos com os que ensinavam na academia. O que deu certo, pois era mais fácil pra criança coisas que gastavam mais chakra, já que este não conseguia ser controlado. -contou sem emoção.

—… -ficaram em silencio absorvendo o que escutaram.

—Ne, Koharu-san, poderia me contar onde eu posso encontrar mais informações sobre ele? Sobre onde e como ele cresceu, quem cuidou dele… Sabe de alguém que possa me contar mais? -pede a Uzumaki após um tempo, decidida fazendo a mulher olhar pra ela com algo entre pena e descrença.

—Não acham que vocês não têm mais direito e que esta tarde demais pra fazerem isso? -jogou na cara deles, virou de contas e começou a sair. -Podem começar pelo hospital se quiserem, pode ser que encontrem algo interessante por lá. -foi tudo que disse antes de ir embora.

Eles seguiram essa dica, com as palavras dela pesando em suas consciências. Chegando lá, depois de discutirem um pouco na recepção e com a diretoria descobriram que o menino ficou até os 5 anos vivendo num prédio anexo sobre supervisão 24 horas. Onde viveu todos esses primeiros anos sem nunca sair de dentro desse mesmo edifício. Uma das enfermeiras mais antigas os guiou até la. Pois foi uma dos poucos selecionados que fez parte da equipe medica responsável por ele.

—Por que Naruto ficou tanto tempo nas dependências do hospital? -pergunta Tsunade intrigada, afinal por que não mandaram o garoto pro orfanato ou alguém ficou responsável por ele.

—… -a senhora ficou em silencio, em duvida, pensando se deveria contar ou não, principalmente por ser uma pergunta da própria Hokage, mas por fim cedeu. -Ele teve uma doença desconhecida, quando ainda tinha somente um ano e pouco, em torno de um ano e três meses. Essa doença deteriorava todas as células dele, nenhum procedimento pra combatê-la funcionava a única coisa que conseguimos descobrir foi que tinha alguma relação com chakra. Cremos que o que o salvou e o manteve vivo foi a Raposa, pois encontramos resíduos do chakra dela no corpo dele durante esse período. –conta de forma imparcial. -Graças a essa doença ele passou pouco mais de seis meses em estado de coma, porém quando acordou estava diferente. Os olhos dele mudaram, ficaram mais claros, lembrando mais pedras de gelo que um oceano, inicialmente pensamos que ele havia perdido a visão, mas quando olhou na nossa direção parecia ser capaz de ver nossas almas, um olhar sagaz, quase inumano, mas ao mesmo tempo desconfiado. Lembro que foi como se ele nos avaliasse, se éramos ameaça ou algo assim, mais em poucos segundos isso sumiu, voltando a agir como uma criança comum. –os fazendo lembrar de como a conselheira lhes contou sobre as vezes as ações dele parecerem calculadas. –Chegamos. Esse foi o ultimo quarto que ele viveu antes de permitissem que ele vivesse na vila.

Parou em frente a uma janela de vidro, quase uma vitrine, que dava do corredor pra dentro do quarto. Era simples, frio e extremamente impessoal. Continha apenas o básico: cama, um guarda roupa, uma mesa com uma cadeira e uma estante com livros. Fora isso apenas alguns poucos brinquedos e bichinhos de pelúcia gastos. Tudo estava do jeito que o menino havia deixado, como se ninguém tivesse ousado entrar lá depois. Como estava todo o prédio alias, completamente abandonado, quase como se estivesse mal-assombrado ou amaldiçoado. Kushina olhou pra dentro do cômodo, conseguia visualizar perfeitamente um pequeno loirinho de cabelos arrepiados de costas pra eles, apoiado na parede e meio deitado sobre o parapeito da janela olhando lá pra fora.

—Eu... E-eu preciso ir embora. –falou antes de correr pra longe dali. Aquele ambiente estava lhe fazendo muito mal, aquilo tudo estava e o pior de tudo: a dor da culpa e do remorso. Logo sua mestra e seu marido lhe seguiram antes parando pra agradecer a mulher que os guiara.

—Querida? –chamou o loiro, olhando nervosamente pra outra kage. –Está tudo bem? O que h-...

Não pode terminar pois a ruiva havia se virado e se jogado pra cima dele, o abraçando forte e chorando. Chorando copiosamente.

·Atualmente, com a equipe 7

Quando finalmente os ninjas saíram da casa, Naruto já havia se acalmado e estava sentado pouco longe dos campos olhando para o horizonte. Já haviam conferido se não havia mais nenhum mercador de escravos, avisado e libertado as crianças, que aos poucos se reuniam do lado de fora ficando aos cuidados de Sakura e Ino que as examinavam pra ver o estado delas. Os outros se encararam em duvida se se aproximariam de Naruto ou não, mas antes de poderem decidir o jovem já vinha em direção a eles, como se nada houvesse acontecido, como se ele não tivesse ainda rastros de sangue em sua mão e roupas.

—Como elas estão? –perguntou indicando as crianças com a cabeça, fazendo-os arregalar os olhos.

—Elas estão bem, só um pouco confusas, famintas e levemente desidratadas. – responde Hikari sorrindo pra ele, que suavizou um pouco o rosto.

—Isso é comum, a maioria não deve estar aqui mais do que uma semana. –o loiro comentou calmamente.

—Como você pode saber e ter tanta certeza sobre isso? –pergunta Kiba descrente. 

—Porque como Shikamaru sugeriu e vocês claramente puderam notar: eu já estive no lugar delas. –respondeu Naruto sem humor, vendo algumas caras surpresas. –Pensei que já tivéssemos passado dessa fase mas pelo jeito não. –suspirou entediado.

—Então você realmente já esteve aqui. –falou Sasuke, como se realmente só esperasse o outro confirmar isso.

—Não, Sasuke, eu só fiquei com vontade de matar alguém e já que não podia matar nenhum de vocês foi tal do Koji mesmo. –rebateu brusco, com o humor sombrio.

—Isso não tem graça, Naruto. Você não... –começou Sakura, que havia se juntado ao grupo a pouco tempo junto de Ino.

—Sou um assassino? Ah, qual é! Vocês acabaram de ver com seus próprios olhos, já sabem que eu fui da Anbu. O que acham que eu fazia lá? Compunha musicas para o Danzo? –fala ácido, revirando os olhos impaciente. –Vocês precisam tirar essa ilusão da mente de vocês sobre eu ainda ser o Naruto que vocês conheciam, ou melhor, que não conheciam, já que a maioria de vocês mal falava comigo na época.

—Já chega, Naruto. Eles já entenderam. –intervém Kakashi sentindo que as coisas estavam ficando perigosas com essas oscilações do Uzumaki, que bufou cruzando os braços.

—Temos que ver o que faremos com as crianças. –fala Shikamaru, tentando ajudar a colocar ordem na situação.

—As que quiserem partir podem, as que não sabem ou não tem pra onde ir serão mandadas pra Konoha já que ainda estamos no território do País do Fogo. –o Uzumaki solucionou rapidamente.

—Pera, assim do nada? Como eles vão até lá? Alguém vai ter que levar eles. –fala a Yamanaka.

—Que chatice, vocês hein. Sai escreve uma mensagem pra Konoha sobre eles e avisando que vão ter que lidar com isso e ajudar as crianças. –manda, logo que o outro terminou o loiro foi até as crianças, entregou o pergaminho pras duas mais velhas e explicou o que tinham que fazer e o que aconteceria, e então simplesmente as tele-transportou. –Prontinho. Satisfeitos agora? –perguntou irritado, fazendo-os olhar pra ele incrédulos, mas sem palavras pra argumentar. 

—Ah! Naruto, aqui. –diz Tenten estendendo uma folha de papel pra ele. –Acho que isso precisa ficar com você. –quando o jovem olhou a folha este viu sobre o que se tratava bateu na mão dela fazendo a folha cair e empalidecendo de leve. Assim que caiu no chão viram que se tratava de um desenho infantil com seis crianças, entre elas um menino loiro.

—Não quero! –praticamente gritou olhando pro desenho, se afastando como se fosse venenoso e sacudindo a cabeça como se tentasse afastar alguma coisa. Todos estranharam sua reação.

—Ei! Precisava mesmo disso, cara? –fala Sasuke. –Eles não eram seus amigos?

—Não é da sua conta, Uchiha. –Naruto sibilou. –Vamos embora daqui.

 -Você nem ao menos vai visitar os túmulos deles? –pergunta Hinata, em choque. 

—Não. Acreditem, eles não gostariam que eu o fizesse. E mesmo que quisesse, não faço ideia de onde os capangas de Koji colocaram o que sobrou deles. –respondeu frio.

—Não sabe? Onde você estava esse tempo todo pra não saber? –questiona Temari.

—“No lugar que eu nunca saí. O inferno.” –respondeu mentalmente e riu sem humor. Virando de costas pra eles e correndo pra longe. Obrigando todos a segui-lo.

Assim como na primeira vez, seguiram em frente até o Uzumaki parar do nada novamente. Olhando pra um lago que tinha ali perto.

—Aqui está bom. –fala mais para si mesmo que para os outros. 

—Ok, porque paramos dessa vez? –pergunta Sasuke, assim como na primeira vez que aconteceu. 

—Treinar. –o outro respondeu simplesmente.

—Hã? Assim? Do nada? –pergunta Tenten, lembrando levemente do sensei de seu time um pouco receosa.

—Algum problema com isso? –rebateu seco, de forma que todos se apressaram em negar. -Além disso vocês precisam disso.

—Falando assim você faz parecer que somos fracos, Naruto-kun. Você não leva fé na nossa chama da juventude? –diz Lee sentido.

— Seja lá o que seja isso. –começa ignorando a indignação final de Rock Lee. -Eu não disse isso, vocês apenas que vocês não são bons o suficiente, inocentes e ignorantes com suas próprias habilidades, acabando assim com todo o seu potencial. –explica, sendo que suas palavras só pioraram a situação. 

—Como é que é?! –grita a maioria da equipe 7, dessa vez completamente indignada.

—Esta menosprezando nossas habilidades? –fuzila-o Neji.

—E o que herdamos de nossos clãs?! –completa Ino. 

—Estou quase desistindo de deixar vocês interpretaram o que digo por conta própria. Parece que estou falando com crianças. –resmunga o loiro sem paciência.

—Não é nossa culpa, já que você deixa brechas nas suas falas para que esses maus entendidos ocorram, seu problemático. –retruca Shikamaru impaciente sem parar pra pensar no humor instável do outro.

—Ele está certo, nii-san. Seja direto de uma vez. –fala Menma, recebendo um olhar mal-humorado do irmão, que claramente lhe sussurrou algo entre “cala boca, Menma” e “Ninguém pediu sua opinião.”

—Suas habilidades não são ruins. Mas tem falhas. Aberturas que qualquer inimigo pode explorar. –inicia. –Muitos de vocês estão tão preocupados em manter as técnicas que vem de seus ancestrais que nem ao menos tentam aprimora-las. Até mesmo chegando ao ponto de não tentarem sequer corrigir ou compensar suas próprias fraquezas.

—E você sabe como “corrigir” isso? –questiona Sasuke irritado.

—Se não tivesse uma ideia não estaria falando com vocês agora. –responde Naruto sem emoção, sendo chamado atenção pela Uzumaki que o olhavam mandando-o se comportar.

—Se você é tão bom e inteligente assim ao ponto de fazer isso como você pode ter ido tão mal na academia a vida toda? –indaga Sai e Naruto suspirou.

—Imaginem que o chakra é uma chama. Cada um possui uma tonalidade, brilho e calor único. –exemplificando formando uma chama em sua mão com seu chakra. –Na maioria das pessoas essa chama não é algo que se cria sozinha, como todos sabem o chakra é criado a partir da fusão de duas energias de forma consciente e ordenada. Porém no meu caso, sendo um Uzumaki essa chama já faz parte de mim. Podemos até dizer que ela é uma energia por si só. E o fator mais importante: é “inconsciente”. Ou seja, não é algo controlado. Quase uma comparação entre uma chama comum e uma chama inapagável. Como vocês lidariam com um fogo incontrolável? –deixou o questionamento no ar por um tempo antes de retomar. –Difícil não é? Basicamente é algo quase impossível. E a única forma de lidar com o impossível é não tentar lidar com ele. Não tentar controla-lo, parar de tentar isso. Você tem que entrar em sintonia com a essência dessa chama: Inconscientemente. A única forma de consegui-lo é se tornar um com a chama, pois ela não é nada mais do que sua essência.  –completou, soltando um meio sorriso sem graça por ter se empolgado. –Em resumo eu era e ainda sou incompatível com os métodos da academia. –deu de ombros.

—Nossa... Como você sabe isso tudo sobre chakra? –pergunta Sakura absorta e em choque, assim como todos seus amigos com toda essa explicação. Até Kakashi estava abismado com a forma que o loiro expôs tudo isso. 

—Vocês se enganam ao achar que a especialidade do clã Uzumaki são selamentos. Está certo que temos grande habilidade nisso. Na verdade, é o Chakra, sempre o foi, já que nós temos mais do que qualquer outro e na sua forma mais pura e natural. –fala recebendo olhares de surpresa e admiração.

—Então o que sugere para começarmos?

—Quantos de vocês sabem seu elemento? –vendo que somente o Uchiha, Temari e Hinata levantarem as mãos, o que era o esperado. –Bem iniciaremos por aí. –e jogou um saco na direção deles. –Aí contem pedaços de papel sensível a chakra, uma versão aprimorada do que o comercializado normalmente. Quero que todos façam o teste pois podem ter mais de uma natureza, que será facilmente indicada por essa versão ser mais sensível. Uchiha, faça o favor de explica-los sobre o significado de cada reação depois. –olhou pro moreno de forma que ele soubesse que isso não era discutível. –Agora continuando vou falar o que cada um precisa autoanalisar.

—Shikamaru, você usa basicamente apenas nos jutsus de sombra dos Nara. São ótimos para imobilizar e controlar alguns movimentos do adversário, porém lhe deixa exposto enquanto os utiliza. Nunca aprimorou muito seu taijutsu e controle de armas o deixando apenas com o básico nas horas de emergência. Sei que analise e estratégia é o seu forte mas não deixe isso se torne uma fraqueza: uma mente forte nem sempre vence com um corpo fraco. Meu conselho é que você tente melhorar no combate corpo a corpo e curta distância. 

—Ino, você possui a mesma fraqueza em relação a exposição devido as suas técnicas se basearem na transferência de mente entre outros jutsus mentais, que requerem extrema concentração e consequentemente a deixam extremamente vulnerável. Seu taijutsu é ligeiramente abaixo da média e seu uso de armas básicas é aceitável. O fato de ser usuária de ninjutsu medicinal faz com que seja ainda mais importante você ser capaz de se defender já que não é só sua vida em suas mãos. Tem que melhorar sua resistência e taijutsu além de ter que obter alguma técnica que garanta sua proteção enquanto utilizar as técnicas de seu clã e não tenha ninguém livre pra cuidar disso por você. 

—Choji, as técnicas do seu clã permitem que você não tenha muito problemas quanto as distancias dos ataques, garantindo força e resistência pra jogar qualquer coisa longe e aguentar bastantes ataques. O que lhe deixa independente dos dois fatores seguintes: utilização de arma e taijutsu. Mas que não o impede de aprimora-los e incorpora-los durante o tempo que utilizar o Baika no Jutsu, por exemplo. Adquirir técnicas de ataque de longa distancia também pode virar um grande trunfo depois.

—Lee, no taijutsu é praticamente imbatível, num combate corpo a corpo, porém é o oposto quando é uma luta a média e longa distancia. Independente de não ser capaz de utilizar ninjutsu e genjutsu existem muitas formas de compensar isso. Pode-se utilizar o chakra sem selos, injetando ou projetando-os sob alguma arma para lutas em diversas distancias, dependendo pode até criar linhas de chakra pra prender kunais a você e controla-las a distancia, o chakra elemental seria extremamente vantajoso nesse aspecto pois aumentariam os danos. Além de que existem muitas formas de enganar as mentes dos adversários sem usar genjutsu, ilusões sem chakra pode-se assim dizer, basta usar a mente da pessoa contra ela mesma, como usar uma forma de andar combinado com a respiração para fazer a pessoa achar que está mais a frente do que esta na realidade ou até achar que existem clones.

—Tenten, você se concentra muito na utilização de armas. O que pode ser vantajoso mas também pode te limitar muito. Fez delas uma característica sua então não precisa se desapegar delas apenas foque em criar mais variações de distancias e principalmente de jutsus variados a partir destas. Usa-las para induzir o inimigo em um genjutsu seria uma ótima forma de inovar, até mesmo podendo colocar diversos tipos de selos nelas como armadilhas remotas.

—Hyuugas, vocês se limitam e se concentram demais no Jūken, dependem demais desse estilo que tem grandes limites em relação a alcance. Numa luta precisam sempre manter o adversário no limite do seu alcance ou arriscar e ir atrás dele, o que os deixa extremamente em desvantagem contra usuários de media e longa distancia, independente de terem o Kaiten ou não. Nenhum de vocês tem chakra pra aguentar uma batalha que exige tanta resistência assim. Sendo assim vocês possuem apenas duas opções usam isso ao seu favor, aprimorando suas técnicas e criando variantes que cumpram essas exigências e aprendem novas técnicas, ou continuam do jeito que estão, pelo orgulho de clã de vocês, até que tenham o azar de caírem no cenário que falei.

—Kiba, sua principal vantagem é nunca lutar sozinho por causa do Akamaru. Assim como já falei pra alguns de seus colegas, seu estilo se baseia em combates corporais te deixa em desvantagem em outros tipos de luta. Sua selvageria pode ser seu trunfo mas também pode ser usada contra você, num momento de raiva, devido sua impulsividade. Seus sentidos aguçados podem ajuda-lo a localizar seus inimigos com antecedência possibilitando que monte armadilhas. Seria bom que desenvolvesse e aprendesse algumas técnicas das outras modalidades ninja e de distancias variáveis.

—Shino, a habilidade com insetos é muito útil por ter diversas formas de utiliza-los. Por variarem de tipo, função e tamanho você pode usa-los pra infectar ou detectar seu alvo antes mesmo dele nota-lo. Por isso usaria essa vantagem pra aplicar desde venenos mortais a paralisantes, até mesmo soros da verdade dependendo da situação, alucinógenos também podem ser usados, caso não de pra transmitir através de uma picada pode ser espalhado pelo ar através de pólen. Seria aconselhável também melhorar seu taijutsu e até variantes deste com insetos e ter algum que possa te tirar de genjutsus caso te coloquem em algum.

—Sasuke, você é o único que usa as três áreas ninjas com certa habilidade. Porém tem dificuldade de usa-las de forma harmoniosa, tirando grande parte da sua vantagem. Seria bom treina-las e aprende-las melhor, principalmente sua transição. Seu Sharingan serve mais do que apenas pra prever ataques e lançar genjutsus, devia fazer como seu sensei e usa-lo pra copiar técnicas, seria útil pra aprender jutsus mais rapidamente e aprimorar seu arsenal.

—Sakura, seu treino com Tsunade fez com que adquirisse uma força de se invejar. Porém isso entra em conflito com suas habilidades como iryo-nin, pois uma necessita que vá para as linhas de frente, num embate corporal, enquanto a outra precisa que você se mantenha em segurança para tratar de quem precisar. Isso seria resolvido caso você conseguisse recuperar seu dano sem ter que parar pra se curar mas não possui habilidade ou talento para tal coisa. Por isso pode usar sua força como um trunfo caso alguém se aproxime achando que como medica será vulnerável, mas em geral o ideal pra você seria aprender jutsus de longa distancia ou utilizar um armamento que possibilite ataques do tipo e que utilizem força bruta, de preferencia ambas as formas.

—Sai, sua habilidade com jutsus com tinta servem tanto pra ataques a distancias variadas quanto pra aprisionar o inimigo. Por parte de combate a curta distancia você usa uma Tantō com certa maestria e seu taijutsu tem traços do estilo anbu, o que indica que teve treinamento desde cedo por alguém que fazia parte da Ne ou que foi discípulo de Danzo, sendo mais especifico. Sua principal desvantagem seria a falta de jutsus elementais.

—Temari, sua habilidade com futon e ataques a distancia a diferenciam dos outros.

Pelo fato de ser de Suna e filha do Kazekage é perceptível que teve um treinamento rigoroso, embora taijutsu e genjutsu não sejam seu forte. Com um pouco de treino e dedicação é capaz de conseguir usar o vento num combate corporal. Espalhar venenos através do seu leque também pode ser uma boa ideia.

—Todos devem meditar, isso ajudará a se conectarem com seu chakra, por fim controla-lo e entende-lo melhor. Podem se ajudar e aconselharem uns aos outros, mas nem tudo funciona igual pra duas pessoas então se concentrem a tentarem resultados sozinhos. Aqui tem alguns jutsus e conhecimentos básicos sobre cada elemento base, no pergaminho com sua correspondente cor. -E por fim terminou de falar. Todos ainda estavam absorvendo as palavras do loiro, alguns em choque, outros completamente indignados, quanto tempo ele havia pensado nisso tudo?

—Se você já tinha tudo isso em mente porque não focou o treino pra isso desde o inicio? –pergunta Kiba impaciente.

—Porque seria um desperdício de tempo. Tínhamos bem menos de dois meses antes da invasão, afinal. E as coisas que acabei de sugerir demorariam pelo menos o dobro de tempo pra terem resultados significativos. –o loiro explica calmamente dando os ombros. –Além disso agora teremos pelo menos meio ano antes de algum acontecimento dessa escala novamente. Pois sem Nagato os planos da Akatsuki vão ser levemente atrasados, fora as alterações necessárias por causa disso.

—AH! –exclama Rock Lee do nada. –Por que você não falou nada sobre o Gaara??

—Porque simplesmente não é necessário. Ele é um jinchuuriki afinal. -ia terminar por ai mas viu as caras dos ninjas intimando uma explicação melhor. –Não possuímos ponto fraco em nenhum dos três aspectos. Temos muito mais chakra para ninjutsus, nosso taijutsu fica varias vezes mais forte devido ao poder da besta e genjutsus são mais difícil de nos afetarem devido ao nosso chakra estar frequentemente em contato com os dos bijuus. Jinchuurikis não são criados pra ser fracos, se forem serão descartados e substituídos. Não é atoa que as nações ninjas nos mantem como armas.

—... –sabiam que o rapaz falava a verdade, pois depois de tudo que vinham descobrindo sobre esses seres ultimamente comprovavam a veracidade disso, mas isso não tornava mais fácil da aceitar.

—Falando nisso... Ne, Gaara, o que acha de lutarmos enquanto eles fazem o teste com chakra? –Naruto propõe subitamente.

—Isso é uma péssima ideia. Dois jinchuurikis não devem lutar entre si só por diversão. –Kakashi fala se opondo a ideia.

—Não seja um estraga prazeres, Hatake. Não sou o que sou recentemente, como o Menma. Fora que a Kyuubi não ia arriscar perder o seu hospedeiro favorito. –riu secamente. –Vamos, Gaara, sei que quer lutar comigo tanto quanto quero lutar com você. Isso desde que descobri sobre o seu caso. – fala se afastando dos outros. –Não está curioso pra ver qual de nós é o mais forte? O jinchuuriki do uma cauda ou o das nove? –sorri, se alargando quando vê o ruivo indo em sua direção.

—Nada bom. Ele esta fazendo aquilo. –o albino fala aparentemente pra si mesmo.

—O que? –pergunta Sakura.

—O que deu a ele seu nome na anbu. Ele está manipulando o adversário, fazendo-o fazer exatamente aquilo que ele quer. –explica.

Nisso já bem afastados, os dois jovens se encaram. E em suas mentes as bestas se agitam sentindo uma a outra. O que ninguém ali sabia era da enorme rivalidade entre o primeiro e o ultimo dos nove bijuus, que se fuzilavam dentro das mentes de seus hospedeiros. Sentindo o desafio lançado pelo Uzumaki ambas queriam manter seu orgulho intacto. Ambas rosnaram pra seus respectivos jinchuurikis:

“Não ouse perder, moleque! Senão vai pagar por isso!”

E ao ver o sorriso que aparecia no rosto do garoto loiro o Hatake acrescentou.

—E é exatamente por isso que dizem que ele é tão traiçoeiro quanto uma raposa. –diz enquanto observa preocupado com o que pode acontecer a seguir.

Continua...

Próximo capitulo: Seguindo as raposas


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Notas finais do capítulo

Muita coisa nesse cap né? Coloquei uma enxurrada de informações. kkk
Agora estou em duvida se faço um cap mostrando o crescimento do Naruto na vila em seguida, ou outro cap especial.
Também preciso pensar bem em quais elementos cada um tera, o que vão desenvolver, nossa tanta coisa, eu adoro complicar minha vida né? rs
Ah gente o que acham de criar um grupo, pagina ou algo do tipo pra mim ir mantendo vocês informados, além de poderem me perguntar as coisas e cobrar os caps?
Aguardo ansiosamente as respostas de vocês. Peço desculpas novamente, e espero ter conseguido compensar de alguma forma nesse cap.
Beijinhos, Arianny.



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