Blood Moon - O Coiote e a Dama do Deserto escrita por LalaMarry


Capítulo 7
Em quem confiar?


Notas iniciais do capítulo

Hey peoples! Eu sei que eu demorei um tempão para postar e peço desculpas mesmo por isso (Não me matem!). Mas meu fim de ano está um pouco corrido e só hoje consegui sentar para escrever aqui. Vou tentar não demorar na próxima. Na verdade, vou tentar postar outro hoje mesmo por ter demorado todo esse tempo.

Boa Leitura!



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O rosto de Molly se contorcia em expressões de tristeza, raiva e surpresa em uma careta estranha. Não sabia o que sentir, nem o que falar tudo o que estava prestes a gritar pareceu se esconder em sua garganta, deixando-a entalada.

–Molly... – Scott tentou se aproximar com os braços abertos como quem se rendia.

Mas a menina recuou tão bruscamente que tropeçou nos próprios pés e quase caiu. Seu olhar alternando-se entre os dois rapidamente, esperando para ver qual seria o primeiro a matá-la.

–Molly – tentou novamente – Eu posso explicar a você... E-eu não sabia...

Ela tampou os ouvidos com as mãos e apertou os olhos balançando a cabeça, como se a voz dele a incomodasse. Suas pernas davam instintivos passos para longe deles.

–Por quê? - indagou sem som encarando Scott e depois simplesmente fugiu dos dois.

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–Estou achando essa história cada vez mais interessante – comentou o homem me encarando com curiosidade e logo depois se endireitou na cadeira.

O comentário, por algum motivo, me incomodou e eu estava prestes a argumentar algo grosseiro quando ele se levantou num salto e correu para a beirada da laje.

–O que foi? – me aproximei lentamente.

–Espere aqui. - murmurou

Ele me olhou rapidamente, os olhos escuros ficando mais claros e amarelados, e depois saltou sem nenhum medo de quebrar algum osso. O baque de algo batendo no chão foi maior do que se ele tivesse apenas caído em pé.

Observei lá de cima que havia um corpo de baixo de seus pés e eles pareciam estar discutindo em tom baixo. Alguns rosnados pareciam escapar dos lábios do corpo estirado no chão. Quando comecei a pensar na possibilidade de descer, o homem pegou o corpo que estava embaixo de seus pés, revelando pelo seu tamanho e forma de que era um garoto de seus dezessete anos, e prendeu-o pelo pescoço na parede.

A falta de claridade no beco em que estavam dificultava a visão de seus rostos. Desci aos poucos pela escada de emergência, eu não sou a pessoa mais obediente que existe, para tentar pelo menos ouvir o que estavam discutindo tão baixo.

O que acabou resultando na minha queda nos últimos degraus quando consegui enxergar seus rostos por um ângulo mais perto. Os dois viraram-se para mim simultaneamente e os olhos do garoto se arregalaram de surpresa, assim como os meus estavam.

Só então vi o motivo do porque estarem discutindo, o garoto estava sujo de sangue, como se tivesse acabado de matar algo com as próprias mãos.

–Depois eu cuido de você – finalmente soltou o garoto, que não parava de me encarar.

–Você devia estar morta – ele engoliu em seco -Eu juro que não foi culpa minha, eu não sabia, eles nunca me contaram nada daquilo... Sinto muito. - e correu para algum outro beco.

– O que diabos foi aquilo? - pronunciou o homem depois do silêncio durante todo o caminho até sua casa.

Depois do que acabara de testemunhar ele achou melhor irmos para um lugar privado, onde não seríamos interrompidos por aparições estranhas.

– Vou chegar nessa parte ainda. – disse entrando na casa, que na verdade era um apartamento no décimo andar.

Ele indicou um sofá de couro escuro para eu sentar, envolvia-me com meus braços, desde que o garoto fora embora eu passara a sentir frio, e não era por causa do tempo.

–Acho que a partir de agora não precisaremos mais mudar de lugar. – falou enquanto vinha da cozinha trazendo uma bebida quente para nós, a qual aceitei de bom grado.

O apartamento era pequeno, porém aconchegante e moderno, tirando algumas quinquilharias que usava para enfeitar o lugar e cheirava a produtos de limpeza, provavelmente fora limpo há pouco tempo.

–Então, Molly. – sentou-se em um sofá para apenas uma pessoa. – O que fez depois de sua descoberta?Para onde fugiu?

–Para o nada.

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Ela afastou-se o mais rápido que conseguiu com suas curtas pernas. Sua visão estava embaçada com as lágrimas que se acumulavam e apenas parou quando percebeu que estava perdida em meio às dunas.

Encolheu-se no chão, pouco se importando com a areia que se prendia em seus cachos e foi embalada pela brisa que passava até pegar no sono.

Acordou com um par de olhos brilhantes encarando-a, ao longe o sol se empunhava novamente e refletia os raios ainda a mostra nos pelos do lobo que estava sentado na sua frente.

–Vá embora! – gritou jogando um punhado de areia em seu focinho.

O lobo recuou para longe da areia e, após alguns instantes, no lugar dele apareceu Lawrence, usando roupas gastas.

–Sinto muito pelo que fiz, não teria feito isso se soubesse que eles eram realmente importantes para você.

Molly estava prestes a pegar mais areia, mas foi detida pelas por uma de suas mãos.

–Aquilo que você falou... Era verdade? – disse hesitante.

Ele assentiu com pesar.

–Porque você acha que as pessoas os deixaram morar aqui, sendo que isso só atrai mais coiotes para a região? Primeiro eles ameaçaram e depois mataram. Eu poderia fazer o mesmo com você, você deve ser muito importante para ele te manter viva.

Tirou a areia acumulada de suas roupas e pôs-se a andar. Apesar do perigo de ficar próxima a ele, ela parecia cada vez mais interessada no homem de olhos estranhos.

–E porque não faz isso, então? – ela deu uma corridinha até ele.

Um sorriso de divertimento apareceu em sua face, demorando-se a responder para atiçar a curiosidade da pequena.

–Posso até ser tachado de assassino, mas não mato alguém sem nenhum motivo aparente. – e voltou a ficar e silêncio.

–Mas continua sendo errado. – murmurou para si mesma – Então porque os matou? – disse aumentando o tom de voz.

Ele olhou rapidamente para ela e depois para o chão.

–Não foram só seus pais a quem eles mataram. E também foi por causa deles que me tornei isto, eles criaram o seu próprio assassino.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Até o próximo capítulo(a qual espero sair hoje).

Kissus



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