Blood Moon - O Coiote e a Dama do Deserto escrita por LalaMarry


Capítulo 1
Perdida em território desconhecido


Notas iniciais do capítulo

Hi peoples o/ Aqui estou novamente e com uma nova história, mesmo eu tendo falado que iria demorar para postar uma nova.

Obs: Não tenho prazos para postar novos capítulos e vocês me perdoam se eu demorar um pouco, né?

Agora chega de enrolação e vamos a história!

Boa Leitura!



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Uma orquestra de sons tocava no céu enquanto eu tentava não afundar minhas botas de cano longo nas poças que insistiam em ficar no meu caminho.

“Que pensamento idiota.” – pensei comigo mesma.

Eu já estava completamente encharcada, minhas roupas estavam coladas em meu corpo e meu cabelo em meu rosto, então não fazia alguma diferença se havia ou não poças, chuva, tsunami ou seja lá o que fosse.

Suspirei tentando manter a calma. O meu estresse excessivo acabaria resultando na queda de meu cabelo.

Algo cobriu a luz do poste da esquina a qual eu estava, voltei a respirar normalmente ao perceber que era um guarda-chuva.

–Vai acabar pegando uma pneumonia se ficar nesta chuva. – uma voz grave soou.

O dono do guarda-chuva era um homem com aparência de no máximo trinta anos, apesar das pequenas rugas embaixo dos olhos e de uns poucos cabelos grisalhos.

–Faz alguma diferença? – dei de ombros e voltei a andar.

–Não vá! – ele ficou na minha frente, sem tirar a proteção do guarda-chuva de mim. –Que tal você entrar e beber algo? Parece que está a dias perambulando por aí.

“Na verdade meses.” – corrigi mentalmente.

Percebi que ele não iria sair da minha cola, então aceitei o convite e segui-o até uma pequena lanchonete na esquina de frente, era enfeitada com diversas luzes neons que poderiam ser capazes de cegar alguém que estava acostumado a andar nos escuros becos da cidade.

Como um bom cavalheiro ele abriu a porta para eu entrar, mesmo o gesto tendo sido um tanto teatral, agradeci com um aceno de cabeça. Sentamos em uma mesa bem afastada das que estavam ocupadas, o que não era muito longe.

O homem chamou a garçonete e esta colocou uma mecha invisível atrás da orelha quando se aproximou, seu rosto pareceu se iluminar ao ver o cliente que iria atender.

Girei os olhos, eu quase havia esquecido o quanto as atitudes humanas eram tão estranhas quando alguém lhe interessava.

–Eu vou querer duas Cocas. – o sorriso malicioso que apareceu no rosto do homem indicou que ele também havia reparado o comportamento.

–Não gosto de Coca-Cola. – comentei quando a mulher já estava saindo.

–Senhorita... – ele segurou a mão da garçonete que empalideceu mais do que sua cor já aparentava. – A moça ali não gosta de Coca, poderia substituir por...

–Chá. – completei.

–Isso, chá. – ele soltou a mão dela e expressou um sorriso gentil.

A mulher colocou outra mecha invisível atrás da orelha, corrigiu o pedido e depois saiu de perto da mesa.

Agora que estava em um local com maior luminosidade, reparei o porquê do nervosismo da mulher. Não era todo dia que se encontrava com alguém como ele, os olhos e cabelo extremamente negros entravam em contraste com sua pele branca e levemente mais morena nas partes mais expostas do corpo, era alto e poderia se candidatar para fazer um comercial de pasta de dente se quisesse.

–É difícil encontrar ruivas como você por aí. – ele também me analisava.

–Ainda não sei seu nome. – mudei de assunto.

–Faz alguma diferença? – deu de ombros me imitando.

–Acho que não. Pois bem... O meu é Molly.

Ele esticou a mão e eu a apertei.

–Prazer... Parece que andou brigando, Molly.

Ele indicou para uma cicatriz em meu braço.

–Só foi apenas um mal entendido. – cobri a marca com a manga de minha jaqueta.

–Então quer dizer que andou se desentendendo com canibais? – sua expressão de deboche deixava claro que ele sabia de algo.

Ergui-me sobre a mesa para ficar próxima a seu ouvido.

–Como pode saber disso? – sussurrei.

Ele sorriu.

–Não é difícil reconhecer o cheiro de um lobo, principalmente quando ele está vagando por meu território a espera que um caçador apunhale-o pelas costas. – sussurrou de volta.

Joguei-me de volta no banco.

–Eu deveria saber disso. – murmurei.

–Não, não devia, mas essas cicatrizes me preocuparam.

Ficamos em silêncio até a garçonete colocar nossas bebidas na mesa e dar uma piscadela para o homem e deixar-nos a sós novamente.

–Que tal me contar sobre você, agora que já nos revelamos? – ele bebeu um gole de sua Coca.– De onde você veio?

Assoprei um pouco o chá antes de beber, não precisava disso, mas um humano normal agiria assim.

–Do deserto.

–Está longe de casa, pelo jeito vai ser interessante essa história. – ele se inclinou.

Concentrei-me em todas as lembranças, que vieram como enxurradas. “Interessante” não seria a palavra certa que eu usaria, mas também não sabia sua definição da palavra para julgar.

Lembrei do início ao fim, do fim ao início, se é que teve um fim, pelo menos não para mim. Os diálogos, as mortes, as mentiras e verdades, pareciam agora bem próximas como se tivessem acontecido todas ontem. Foquei em todos os rostos as quais me lembro suas atitudes, jeitos e opiniões.

Fechei os olhos por um instante quando o rosto dele apareceu...

O rosto de Lawrence.


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Notas finais do capítulo

Então gostaram?
O que será que seu passado esconde?(Nem eu sei tudo rs).

Até o próximo capítulo.

Kissus.



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