_Heidy, do que você está falando? – questionamos eu e Rosalie ao mesmo tempo.

         Rosalie se desequilibrou e caiu sentada, Heidy levou a mão a cabeça e se apoiou na parede de repente, ambas gemendo de dor.

         _O que está acontecendo? – tentei saber, Bella as olhava assustada e ainda agitada, mas estava abraçada a mim.

         Tentei ler a mente de Rosalie e Heidy e ambas pareciam sentir muita dor. Heidy sibilou e me mostrou Bella em forma de vampira. Apertei os olhos sem entender porque ela pensou em Bella como vampira, mas fiz o que achei que poderia. Jasper tentava usar seu poder para acalmar o ambiente e amparava Rosalie tentando ajudá-la a se levantar.

         _Meu amor, olha pra mim. O que você está sentindo? – minhas mãos seguravam-na pelo rosto, os olhos de Bella pareceram estar fora de foco e de repente ela piscou e soltou o ar como se estivesse liberta de algo. Heidy e Rosalie soltaram suspiros de alivio.

         _O que foi isso? – gritou Rosalie.

         Heidy sussurrou em minha mente ainda recostada à parede.

         “Meu principezinho, tenho uma novidade pra você...” – ela respirava com dificuldade até por pensamento, Bella ainda me encarava tentando assimilar minha pergunta e responder – “Sua esposa está grávida”.

         _O que? – olhei para Heidy e ela riu sem nenhum humor.

         _O que foi? – Bella balbuciou parecendo dopada.

         _Ela está grávida. E tem mais...

         _Como ela pode estar grávida se nossa primeira vez foi esta noite? – questionei.

         _Eu nasci de uma humana que se deitou com um vampiro... a gravidez é mais rápida. Geralmente os sintomas aparecem com pouco mais de 4 semanas, mas neste caso o feto está com um dia, mas com tamanho de dois meses ou mais.

         Bella riu uma risada lenta, dopada e eu continuei olhando para Heidy que emendou a resposta.

         _Sim, vampiros podem ter filhos. Eu existo Edward. – sussurrou amarga, ainda séria – Mas tem mais...

         _O que?

         A esta altura a família inteira estava no quarto ouvindo o discurso de Heidy sobre a impossível historia de Bella estar grávida.

         _O feto já tem habilidades desde o ventre e... é inteligente. Pode nos ouvir e entender... e...

         _E?

         _Ela é poderosa.

         _Ela? – Bella se soltou de mim e encarou Heidy parecendo voltar a si com o susto.

         _Uma menina. Ela achou que eu e Rosalie estávamos te atacando por isso nos fez sentir dor.

         Fiquei boquiaberto. Uma filha, uma filha de verdade e minha. Ouvi Rosalie arfar e olhar para Emmett com esperança, idéias sobre usar uma humana para ter um filho passando por sua mente. Bella perdeu o equilíbrio e se apoiou em mim. A abracei e levei até a cama novamente.

         _Estou me sentindo mal... – o estomago dela roncou – e com muita fome. – ela passou a língua nos lábios.

         _A sede é da criança. Bella respondeu irracional pois estava dopada de remédios, não tinha controle sobre sua mente. Como disse, a menina é poderosa.

         _Como você sabe?

         _Porque quando ela tentou entrar na minha mente eu permiti pra poder entrar na dela. Ela vê tudo o que fazemos... desde quando você acordou antes de Bella, saiu e retornou pro quarto. Vi tudo.

         _Co..como? – Bella me olhou assustada.

         _Eu sai mesmo. – disse – Pra falar com Alice.

         Tentei me lembrar se eu e Bella tínhamos feito amor novamente, seria muito estranho nossa filha ver tudo. Fiquei confuso, parecia nauseado mesmo não sendo possível. Será que a gravidez seria normal? Nove meses? Chá de bebê, sapatinhos cor de rosa. Peguei Bella encarando a porta do quarto e desviei meu olhar até lá, os pais dela estavam parados à porta, assustados.

         _Mãe, você está bem? – perguntou.

         _Você tentou me morder. – ela sussurrou se mantendo nos braços de Charlie.

         _Eu? – ela fez uma cara de nojo que logo foi substituída por desejo.

         Carlisle estava recolocando o soro na veia de Bella e limpando o sangue que se espalhara quando ela correu arrancando a agulha da pele, eu estava tão nervoso que nem percebera o cheiro do sangue e me surpreendi por nenhum dos meus irmãos ter notado também, parecia que nenhum estava atento suficientemente para a sede.

           _Já me explicaram... tem algo bom em você virar vampira. – começou Renee e todos a olhamos em duvida – Nunca verei minha filha morrer, uma dor que não precisarei viver, nunca. Eu acho horrível os pais que perdem os filhos, isso não deveria existir. – ela parou de falar assim que Charlie a apertou contra si e sorriram tímidos.

         _Bom, pelo menos minha mãe não pegou uma arma ou algo assim. – riu Bella contente pela aceitação, mas eu sabia que ela estava imaginando a própria mãe em volta em sangue e ela bebendo. Era estranho saber que Bella, ainda humana, sentia sede.

         Heidy se sentou na cama e olhava para Bella como se estivessem conversando, tentei ouvir o pensamento mas nada, não havia nenhuma comunicação entre elas.

         _Edward... – ela começou – sua filha quer se alimentar.

         _Ergui os olhos e encarei Heidy, meu riso saiu alto, divertido. A historia era absurda demais, mas Bella gemeu confirmando e levou a mão a barriga acariciando. Quando olhei, notei que ela estava mais redonda e cheia do que na noite anterior, eu sabia que estava, beijei milhões de vezes este local.

         _Vamos conseguir algum. – Carlisle que já parava de trabalhar no soro anunciou e levou Emmett, Rosalie e Jasper consigo. O destino que estava na mente de Carlisle era o hospital da cidade vizinha, só fiquei imaginando como chegarão lá nessa claridade. Esme, Alice e Jacob que havia chegado no meio da confusão estavam nos observando assustados.

         Maya entrou e foi abraçar Jacob, ela nos examinou pensativa e triste da mesma forma que Heidy me olhava.

         _Tem mais? – perguntei quando não consegui ouvir o pensamento delas. 

         _Você terá de transformá-la assim que a criança nascer.

         Encarei Heidy e Maya continuou por ela.

         _Meu pai precisou transformar minha mãe, se não ela tinha morrido. A criança é metade vampiro, não esqueça. – vi o que ela estava escondendo em seus pensamentos, ela se lembrava de seu nascimento com exatidão. Mordidas na carne até ver a claridade e então sair de dentro de sua mãe, pareceu-me que ela mordia algo muito duro como se fosse a minha pele. Grunhi e Heidy confirmou.

         _A placenta. – disse.

         Bella me encarou confusa, mas beijei-lhe a testa fingindo que tudo estava bem. Não fazia idéia de como fazer para Bella não sentir dor, a cena pareceu terrível e Maya se sentia culpada por ter machucado tanto a mãe e aliviada pela mãe ter sobrevivido apesar de ter se tornado mista de raças.

         Heidy passou a tarde nos explicando como nasciam as crianças meio humanas e meio vampiras, tentou acalmar Bella sobre o nascimento e nos explicou como a gravidez se seguiria, que precisaríamos cuidar muito de Bella pois a criança era forte e iria sugar toda a energia da mãe e por este motivo que ela havia passado mal pela manhã e não pela quase mordida que eu tinha lhe dado. Todos riram quando contei bem por cima sobre ter bebido do sangue de Bella.

         _Daqui a pouco vai pedir daqueles canudinhos de Toddynho pra poder ficar chupando o sangue da Bella. – brincou Emmett e todos riram exceto eu e a família de Bella que não viamos graça.

         A tarde passou tranqüila, Bella logo recebeu sangue das mãos de Carlisle num copo grande de Mc Donalds e tampado pra que ela não precisasse ver o conteúdo. Achei que ela teria nojo mas ela bebeu com gula, lambeu os lábios e pediu mais quando os 500 litros iniciais se acabaram. Coloquei a mão sobre a barriga de Bella e sussurrei no ouvido da mãe.

         _Princesinha, assim sua mãe vai engasgar, não precisa beber tudo agora.

         Bella riu e beijou meu nariz, o cheiro forte de sangue humano modificando p hálito dela. Dei-lhe um selinho capturando aquele gosto maravilhoso e respirei me contendo.

         “Viu papai, por isso eu quero mais”. – uma voz aguda, com dicção e nitidez perfeitas falou em minha mente.

         Me afastei e olhei pra barriga de Isabella, meu sorriso se tornando bobo e largo. Heidy riu percebendo o que aconteceu.

         _É bom, eu sei princesinha, mas aprenda com o papai, quando mais demorar mais gostoso é. – sussurrei pra barriga, me ajeitando na cama pra ficar com o rosto repousado na barriga de Bella.

         _Ela falou com você? – perguntou Bella e eu confirmei – Ela só pode falar com você porque você ouve mentes?

         _Não sei... acho que sim.

         Bella de repente riu e fez que não, depois beijou minha cabeça voltando a se deitar. Ela estava com a aparência cansada, bolsas escuras abaixo dos olhos.

         _Ela disse que me ama. – sussurrou – Também amo você, Reneesme.

         _Reneesme? – varias vozes incluindo a minha questionaram.

         _É, o nome da nossa filha.

         _Porque Reneesme?

         _A junção do nome das avós.

         Esme choramingou emocionada e Renee deixou algumas lagrimas descerem por seu rosto, eu evitei uma careta pois achei o nome cumprido demais, mas achei bonito Bella já ter pensado no nome.

         _Nessie. – sussurrou Rosalie.

         _Nessie! Que lindo o apelido!! – Alice veio pulando e se sentou na beirada da cama.

         _Nessie não! – reclamou Bella – parece aquele monstro do lago Ness!

         Ri alto com a comparação e beijei a barriga de Bella pensando em Nessie, imaginando como será o rosto de minha filha. Se ela já aparenta ter dois meses de gestação provavelmente a menina nascerá daqui um mês, precisaríamos de muitas bolsas de sangue para alimentá-la.

         Pensei em conseguir sangue animal, seria uma alternativa assim ela aprende desde cedo a ser vegetariana, mas a menina reclamou em minha mente o que me fez rir, ela já era manhosa como sempre imaginei que seria se um dia eu pudesse ter filhos.

         Rosalie voltava com a idéia de ter filhos e estava discutindo o assunto com Emmett, podia ouvir ele aceitar e logo recusar, estavam discutindo em tom baixo mas para mim era possível ouvir. Emmett não queria ter outra mulher que não fosse Rosalie e teria de transformar a humana o que o faria responsável por ela. Pensei sobre o que ele dissera e concordei, se estivesse no lugar dele também iria achar estranho, mas Rosalie estava irredutível.

         _Eu quero um filho... – choramingou com os lábios no pescoço de Emmett, ela certamente venceria a batalha se continuasse assim.

         Passaram-se algumas semanas desde que descobrimos a gravidez de Bella. Carlisle achou melhor que voltássemos para Forks pois possuíamos mais recursos estando perto de Seatle. A viagem fora longa e cansativa para as minhas meninas, Bella estava cansada e não tirava o canudo do copo de sangue dos lábios, bebericando enquanto olhava pela janela do avião até repousarmos e Nessie falante, não parava um minuto de me perguntar as coisas. Como era do lado de fora, porque eu não tocava mais a mamãe, me lembrou que Bella senti falta e eu expliquei em pensamento que era porque a mãe não podia se cansar, evitei ter o assunto ‘sexo’ tão cedo com minha princesa.

         Os lobos que haviam ficado na Ilha conosco também retornaram no avião e a maioria tinha retornado para suas tribos, apenas Maya e Luka ficaram com os Quileutes, Luka por querer cuidar de Maya e Maya por Jacob. Eles não se desgrudavam um minuto causando ciúmes em Nessie o tempo todo que adorava conversar com Jacob quando eu não estava por perto.

         A gravidez estava no final e a qualquer momento ela iria nascer. Carlisle havia montado uma enfermaria em meu quarto e Bella já não saia de lá para nada, a barriga pesava por causa da menina e da placenta, ambas mais pesadas que o normal devido ao tipo de pele de nós vampiros. Havíamos preparado sedativos para Bella agüentar o nascimento e eu estava pronto para fechar os machucados e transforma-la assim que tudo terminasse, mas evitava pensar pois Nessie podia entrar em minha mente a hora que quisesse. Heidy estava me ensinando a proteger e as vezes me lembrava de bloquear meus pensamentos, mas para garantir eu não pensava no horror que a cena seria. As imagens de Maya nascendo iam e vinham em minha mente sem nem que eu quisesse ver, mas logo afastava.

         _Edward.. – Bella chamou e a encarei. Estávamos deitados na cama de casal, ela bebendo o sangue tipo B que Carlisle conseguira e eu acariciando a barriga enquanto tinha outra conversa longa com Reneesme – Acha que poderá cuidar dela sozinho?

         _Como você é absurda Bella! – me deitei ao lado dela sentindo o choque das palavras com uma dor aguda em meu peito – Nós cuidaremos dela juntos.

         _Mas e se...

         A calei com o beijo, o gosto do sangue morno em sua boca me fez gemer baixo, ela apertou os dedos em meus cabelos pedindo mais e me esqueci de Nessie, minha mão subiu pela barriga até encontrar os seios fartos de minha esposa que estavam prontos com leite. Bella reclamou e gemeu mas continuou o beijo, faminta. A mão deslizou até minha calça e ela apertou minha masculinidade e grunhi me recordando que não podíamos. Me afastei com dificuldade e ri, dando inúmeros beijos pelo rosto de Bella até ela parar de reclamar.

         _Ela vê tudo. – sussurrei e Bella levou a mão até meu rosto.

         _Ela vai nascer agora. – um gemido de dor passou pelos lábios de Bella e ela desmaiou nos meus braços, sangue começou a escapar dos seus lábios.

         _Nessie, cuidado! – pedi desesperado – Carlisle!! Ta nascendo! – chamei arrumando Bella na cama.

         Haviamos treinado algumas vezes o que eu deveria fazer e brincava de morder o pescoço de Bella, mas agora, vendo a boca dela cheia de sangue, meu desespero estava acentuado.

         _Carlisle! – gritei.

         _Estou aqui. – ele aplicava o sedativo na veia de Bella. Ela estava se contorcendo na cama e eu podia ver que era só da cintura para baixo onde Nessie mordia para tentar sair.

         _Ela morreu? – perguntei, o horror passando no tom da minha voz.

         _Não. – ele apontou o monitor com os batimentos cardíacos dela baixos e inconstantes – Se prepare.

         De repente um buraco surgiu na barriga de Bella espalhando sangue pelo colchão e lençóis, Carlisle agarrou a menina a embrulhando em um pano, Rosalie a pegou protetora e começou a dar uma mamadeira de sangue enquanto Nessie devorava como um animal.

         Eu só conseguia olhar todo aquele sangue, Carlisle me empurrou e gritou.

         _Começa!

         Me debrucei sobre Bella segurando as convulsões que o corpo dela dava por causa da dor, mordi cada corte da barriga dela até se fecharem, mordi o pulso e também o pescoço, estava desesperado para o veneno correr rápido, se ela morresse não adiantariam as mordidas. Carlisle injetou direto no coração de Bella uma dose do veneno que havia recolhido de minha saliva quando caçamos na semana anterior. Continuei mordendo até que ouvimos Bella arfar e ela parou de convulsionar.

         Carlisle me fez parar as mordidas, o coração dela parara de bater a mais de cinco minutos mas ela continuava respirando uma das únicas coisas que continuamos fazendo quando estamos vampiros pois temos a impressão de precisar de ar.

         Cai sentado ao lado dela, a angustia me fazendo esquecer que Nessie acabara de nascer. O sangue não me incomodava e parecia não incomodar a ninguém, todos estáticos querendo saber se ela estaria bem ou não.

         Mais tarde Carlisle limpou o quarto e trocamos Bella para um dos quartos de hospedes que estava vazio. Ele colocou uma cadeira e fiquei ao lado dela o tempo todo, sabia que a qualquer momento as dores da transformação iniciariam, mas um dia se passou e depois outro e o terceiro estava iniciando e nenhum som havia escapado dos lábios dela. Nessie havia sido levada pra ver a mãe e dizia que ela estava bem e que não sentia dor, mas só não conseguia acordar. Nessie era esperta, inteligente, mas ainda assim era uma criança e não poderia saber, ao menos eu queria Bella acordada pra dizer ela mesma.

         Deitei a cabeça ao lado do braço dela e deixei meus lábios próximo a mão, dando beijos e cheirando a pele que agora possuía um perfume diferente, ainda agridoce mas muito mais forte, e a pele dele estava morna na temperatura que eu sentia a de meus irmãos. Ela mexeu os dedos e me ergui olhando para ela, segurei a mão e esperei, minutos mais tarde Bella abriu os olhos e olhou-me, um sorriso largo surgindo em seus lábios. Haviamos combinado de ter sangue pra ela assim que acordasse pra que não machucasse Nessie, mas me esqueci totalmente de chamar alguém quando ela se sentou e tocou meu rosto.

         _Você disse que ia doer.

         _Eu disse. Doeu?

         _Não muito. – ela sorriu e encostou os lábios nos meus – Você está quente?

         _Nossa temperatura agora é igual. – informei puxando os lábios dela para os meus.

         _Gostoso... – sussurrou – muito gostoso.

         _Com fome? – ela riu e fez que sim.

         _De você.

         Ri sem acreditar no que eu ouvia, Bella se levantou e sentou em meu colo com uma perna de cada lado, se eu fosse humano acreditaria que era um sonho muito bom. Ela não estava louca por sangue, se lembrava de mim e estava me desejando mais que se alimentar. Isto era novo e muito estranho, mas não me opus, a saudade daquele corpo junto do meu me fez deslizar as mãos por dentro da camisola que ela usava e rasguei a calcinha fazendo Bella gargalhar, a risada ecoou pela casa como um trovão e ela me olhou assustada.

         _Você está linda, Bella. – sussurrei. A beleza intensificada pelos traços vampiricos.

         Ela fez uma careta e voltou a me beijar, as mãos agora rápidas se atrapalharam ao abrir meu zíper e ela rasgou minha calça.

         _Ops. – rimos – Gostei disso.

         Ouvi que estavam ameaçando entrar e segurei as mãos de Bella parando de beija-la.

         _Não entrem! – alertei – Vão embora! – ri – Agora!

         Alice viu o futuro e avisou aos outros, Carlisle não entendeu como Bella não queria sangue mas achou bonito estarmos nos amando ao terceiro dia da transformação.

         Bella me olhou interrogativa, os olhos no tom negro de sede me derretendo nela.

         _Eu te amo! – sussurrei assim que meu corpo penetrou o dela com uma estocada firme e precisa, eu estava desesperado por te-la sem ter medo da minha força.

         Bella jogou o tronco pra trás, marcas das mordidas em seu colo estavam brilhando com o raio de sol que passava pela janela, ela jogou o quadril para a frente fazendo meu corpo enterrar mais no dela, um gemido alto me escapou e pensei em Nessie ouvindo tudo.

         _Eu também... te amo! – Bella inclinou-se para mim quando o ritmo se tornou forte, a cadeira desmontou e continuamos no chão, Bella faminta como uma recém-nascida, mas por mim e não por sangue.

         Quando terminamos ela deitou o rosto em meu peito e puxou a pontinha da minha orelha com os dentes.

         _Eu sou mais forte que vocês, não sou?

         _É, porque?

         _Quero caçar.

         Olhei para ela notando a maturidade nela. Parecia um vampiro adulto ensinado, que sabia controlar sua sede. Ela não estava desesperada por sangue apesar de eu saber que ela precisava de sangue. Os olhos cintilavam famintos enquanto ela passava a ponta da língua nos caninos expostos.

         A beijei mais uma vez e novamente fizemos amor mais selvagem e quebramos mais algumas coisas no quarto, Bella sempre rindo cada vez que ouvíamos mais algum móvel destruído.

         Uma hora mais tarde a levei para ver Nessie que dormia nos braços de Rosalie, ela não deixou Bella pegar a menina com medo e Jacob e Maya testaram a capacidade dela de ficar perto de humanos, logo permitindo que ela olhasse Nessie mais de perto mas ainda assim não a deixaram pegar a menina.

         _Você ficou com os peitões. – disse Emmett quando entrou na sala e a viu acordada.

         Rosalie rosnou pra ele que se encolheu e Bella também ficou envergonhada e senti falta das bochechas vermelhas. 

         _Você é tão discreto.

         Ela se inclinou e beijou a face de Nessie para depois sair comigo para a floresta. Nossa vida estava mais perfeita do que eu teria sonhado.