Minha primeira reação foi me afastar bruscamente, meus olhos presos no corpo de Bella, a respiração pesada e o desejo cortante rasgando minha garganta e meu estômago. Bella sorriu visivelmente satisfeita com a minha reação, me deu as costas e desatou o sutiã tomara que caia e também o deixou cair a seus pés, estava hiperventilando novamente mas desta vez de uma maneira totalmente sexy e irresistível para mim. Com calma me afastei da parede.

         _Precisamos participar da nossa festa de casamento. – sussurrei quase sem voz, minhas mãos envolvendo a cintura de Bella e a prendendo em meu tronco, dava beijos leves na nuca perfumada dela, acariciando a sua barriga com a ponta dos meus dedos frios, Bella encolhia a barriga e a pele arrepiava cada vez que a tocava o que me deixava um pouco mais desejoso e sem controle. Só havia um motivo para não fazê-la minha naquele segundo que era o medo de machucá-la, respirei fundo e continuei – E precisamos esperar os humanos irem embora ou se esqueceu que será uma de nós depois da Lua de Mel?

         _Não me esqueci, mas não pensei que você seria tão apressado. – falou baixinho, ela se desprendeu de mim e virou de frente, o rosto vermelho e os seios livres, à mostra. Enrijeci e tremi com a visão, ela era mais linda do que eu havia imaginado, fixei os olhos nos seios pequenos e pontudos e lentamente subi até encontrar os de Bella que me olhavam em expectativa.

         _Você é linda! – sussurrei sentindo a boca seca – Perfeita! Maravilhosa... – deslizei as mãos abertas pela barriga dela e apertei-lhe a cintura a puxando para mim carinhosamente, a barriga quente tocando meu abdômen gelado. Bella sorriu e se esticou para me dar um beijo que retribui cheio de ternura, tentando me concentrar em vesti-la e voltarmos à festa. Com destreza tirei minha camisa e a vesti em Bella que resmungou baixinho contrariada, os lábios num bico infantil e lindo.

         _Quero meu marido! – disse se sentando na cama.

         _Teremos a eternidade, meu amor. Por favor... vamos cumprimentar nossos convidados e mais tarde voltamos para cá.

         _Está bem, Edward. – ela sorriu e se levantou indo até o armário onde estavam nossas roupas – Eu já sabia que você não ia topar.

         Arregalei meus olhos e vi quando ela tirou uma camisola branca do armário e a deixou sobre a cama, depois tirou um vestido leve e curto também branco, arrancou a camiseta, voltou a vestir o sutiã e colocou o vestido por cima.

         _Você vai usar aquela camisola? – apontei enquanto admirava o tecido e o imaginava sobre o corpo da minha esposa.

         _Anram, mas já sei que você vai estragar ela, então tenho duas. – ela puxou uma camisola parecida mas preta e sorriu a colocando dentro do armário de novo.

         _Não sabia o quanto você é vaidosa meu amor e... como sabe que vou estragar sua camisola?

         _Alice. – ela riu e eu senti vergonha, Alice teria nos visto fazendo amor? Balancei a cabeça e estendi a mão puxando Bella comigo para fora do quarto.

         _Ela viu a gente...

         _Ela disse que sobrevivemos. – riu – Mas que a camisola não. Só isso.

         Olhei para Bella e ri pretendendo perguntar alguns detalhes para Alice.

         Ao chegarmos novamente na praia havia uma roda de lobos dançando em volta de uma fogueira, Charlie e Renee estavam conversando próximos às ondas o que fez Bella sorrir esperançosa, os outros estavam com Emmett e Jasper que estavam brincando de lutinha como se fossem humanos, Bella e eu nos aproximamos deles.

         _Os noivos! – gritou Emmett se virando para nós e levando um soco nas costas, ele olhou Jasper como se não tivesse sentido o soco e continuou falando – Foram rápidos pra primeira noite de vocês! E tão silenciosos. – Bella apertou minha mão e corou imediatamente.

         _Emmett! – chamou Bella envergonhada – Nada aconteceu, só fui trocar de roupa.

         _Demorou tanto pra trocar... – ele ria se divertindo pela timidez de Bella, Jasper se juntando a ele, mas um pouco mais sério.

         _Edward que não quis. – se defendeu.

         Todos caíram na gargalhada e olhei Bella um pouco contrariado, ela deu de ombros e pediu desculpas baixinho.

         _Alice... – chamei, dei um selinho em Bella e me afastei deles indo na direção das pedras perto do mar.

         _Com medo?

         _Tem certeza que ela não vai se machucar?

         _Tenho Edward, absoluta. Porque vocês não vão pra um Hotel na cidade? Ela quer muito ficar sozinha com você.

         _Eu sei, mas você sabe que não é bom ter humanos por perto.

         Alice riu, colocou as mãos na cintura e me encarou.

         _Tem a edícula, vocês podem ficar lá, eu levo as coisas de vocês pra lá. Pode pedir uma ajudinha a Heidy também... – sugeriu.

         _Minha ajuda para que, principezinho?

         Abri um sorriso sentindo o estomago se agitar como sempre acontecia quando ela me chamava assim, aspirei o perfume de rosas que vinha de Heidy e esperei um momento pensando nos prós e nos contra de estar como humano esta noite.

         _Heidy, você precisa estar muito próximo pra ilusão funcionar? Fica ligada a mim?

         _Um pouco, mas não preciso me concentrar o tempo todo. Eu lanço a ilusão e a deixo acontecer naturalmente, só preciso estar perto quando a pessoa a quem ataquei luta contra ou deseja voltar ao normal, porque isto quebra o encanto.

         _Por isso quando eu pedia pra voltar ao normal você falava que o desejo era meu?

         Ela sorriu e assentiu.

         _Isso mesmo. Demorou pra perceber.

         _Pode me tornar humano até todos irem embora?

         _Posso e Bella pediu o mesmo, Edward. Você não se sente mal dela querer você humano?

         _Não... na verdade eu a entendo...

         _Entende? E porque acha que ela quer isso?

         _Porque sou gelado, porque posso machucá-la ou perder o controle e matá-la. – sussurrei, passando os dedos abertos por meus cabelos enquanto olhava Bella brincando com Emmet.

         _Não é por isso. – Heidy sorriu e me fez olhar para ela – É porque quando você está como humano, você se solta com ela, sorri, não fica o tempo todo preocupado se vai machucar ela... ou carrancudo. Ela pensa que quando você é humano você se sente mais feliz, mas ela esconde que na verdade te ama como você é e te deseja gelado, te deseja com a sede que te deixa descontrolado. É assim que ela ama você, como você é.

         Coloquei a mão em minha nuca e olhei Bella admirado, ela me queria humano por achar que eu queria isto e não porque preferia uma pessoa normal dormindo com ela como eu imaginei, olhei para Heidy e me despedi com um sorriso de lado.

         “Você deveria saber que Bella sempre pensa nos outros e não nela mesma”. – Alice pensou e se afastou indo na direção de Jasper.

         Alice tinha razão, mas havíamos passado por tantas coisas que não sabia direito se permanecíamos nós mesmos, cheguei por trás de Bella e a abracei dando um chupão fraco em sua nuca, protestos e gritinhos de incentivo partiram de vários pontos da praia, ela riu e eu me aproveitei a apertando um pouco contra meu corpo.

         _Eu te amo! – sussurrei e brinquei com a pontinha da orelha dela, deixando meu hálito frio roçar a pele dela que estava úmida pelo calor da cidade.

         _Também... amo... Edward... – ela fechou os olhos e apertou os braços e mãos sobre os meus – Esta tudo bem? – olhou de lado, o coração disparado e a respiração levemente agitada.

         _Perfeitamente bem. Nós vamos sair daqui, quero curtir a minha esposa. – disse roubando um selinho dela que retribuiu alguns segundos atrasada.

         _Pra onde?

         _Pra edícula

         _Mas você disse que...

         _Eu sei meu amor, Alice dará um jeito de ninguém se aproximar até amanhã cedo.

         Ela abriu um sorriso e seus olhos estavam vivos e esperançosos, senti que seu corpo tremeu junto do meu e sabia que era pela expectativa, finalmente seriamos um do outro e eu não sabia ainda como faria para não machucar Isabella. Nos afastamos andando pela praia na direção dos pais dela que agora estavam acompanhados de Esme e Carlisle.

         _Mãe, fiquei tão feliz de te ver aqui! – Bella abraçou a mãe.

         _Você estava tão linda Bells, tão linda! – sussurrou mexendo nos cabelos de Bella fazendo o perfume forte do seu sangue passar por minhas narinas, aspirei e deixei o monstro gemer dentro de mim, em breve estaríamos próximos demais e eu precisava me acostumar ainda mais a esta sede.

         _Obrigada mãe... a senhora está linda também! – Charlie suspirou e acompanhou o olhar de Bella sobre o vestido da mãe.

         Ele tinha um ar apaixonado, um brilho esperançoso no olhar mas não pensava em nada além de admirar a beleza da ex mulher.

         _Obrigada Bella. Vocês vão viajar? – perguntou para mim.

         _Não, ficaremos na edícula esta noite, não queremos nos afastar muito da nossa família. – informei.

         _É lindo aqui! – ela olhou em volta e esticou os dedos na direção de Charlie, ele recuou com o gesto e logo pegou a mão de Renee e se aproximou colocando a mão dela entre as dele.

         Bella olhou com os olhos marejados e apoiou o tronco em meu peito, Carlisle limpou a garganta e começou a falar.

         _Renee você pode ficar no quarto que era o de Bella, já arrumamos pra você. – ele sorriu amigável.

         _Ah obrigada! Vocês são muito receptivos! Bella escolheu uma família maravilhosa para fazer parte.

         Esme estufou o peito feliz com o elogio e Charlie estava tentando se lembrar se os quartos eram próximos, me olhou e riu abaixando os olhos se recordando que eu podia ouvir, de repente se lembrou também que Bella se transformaria e senti o medo tomar conta dele pouco a pouco.   

         _Charlie podemos conversar um momento, sogro? – chamei e ele fez uma careta divertida com a forma que o chamei.

         _Claro genro. – nos afastamos um pouco de todos e a contragosto ele soltou a mão de Renee.

         _Não fique com medo, cuidarei dela com a minha própria vida.

         _Renee vai perceber não vai? Você disse que mais ninguém pode saber e tem tanta gente aqui! – murmurou.

         _Não será esta noite, não estou preparado e nem vocês... e ela precisa da mãe. Olha como fica feliz com Renee por perto! – apontei e ele concordou – Você e Renee estão se acertando? – perguntei me voltando para ele.

         Charlie sorriu de lado, passou o dedo no bigode e com um suspiro dramático respondeu.

         _Parece que sim, ela está solteira novamente e você viu como pegou minha mão? – ele sussurrou como um segredo, era divertido o ver parecendo um adolescente apaixonado.

         _Vi sim, vocês merecem ser felizes.

         _Ela pensou alguma coisa sobre mim? Algo que possa me dizer que ela quer esta reconciliação?

         Sorri e olhei Bella e Renee conversando e nos olhando, logo percebi que ela e Renee estavam tendo a mesma conversa. Repeti em voz baixa o que Renee estava falando para Bella.

         _Você acha que seu pai ainda me ama? Renne perguntou... – avisei a Charlie – Acho que ele nunca deixou de amar, mãe. A Bella respondeu. – Charlie suspirou baixo e me encarou – Acha que devemos... tentar? Você acha que daríamos certo depois de tantos anos? Eu o magoei tanto filha... – usei o mesmo tom triste que ela para que Charlie sentisse a força das palavras – Acho que ele é a pessoa certa mãe, você só demorou demais a notar. A Bella respondeu. – senti orgulho ao ouvir as palavras, minha esposa sempre agindo como mãe no lugar de filha.

         _Bella é sempre mais adulta do que parece. – Charlie sussurrou e voltamos a andar indo na direção deles – Obrigado Edward... você sabe que terei de contar a Renee uma hora, não sabe?

         _Sobre nós? – me referi aos vampiros e lobos e ele assentiu – Sei, você não tem uma lei a seguir se contar não terá problemas, mas precisa ter certeza de que ela não contará a mais ninguém.

         _Serei sensato. – disse – Bella... – ele abraçou Bella quando estávamos com elas novamente e a soltou – Vão... amanhã nos veremos.

         _Eu te amo, Charlie. – Bella retribuiu o abraço e beijou-lhe o rosto – Beija a mamãe! – ela sussurrou e ouvi Charlie gemer baixo envergonhado.

         _Também amo você, Bells. Cuidado vocês dois.

         Nos despedimos de Esme e Carlisle e também de Renee que estava perdida em seus pensamentos duvidando da própria capacidade de sedução e escolha, nos afastamos de mãos dadas e logo adentrávamos a floresta, peguei Bella no colo como se fosse um bebê e sussurrei encostando meus lábios na ponta da orelha dela.

         _Feche os olhos, não quero que sinta tontura.

         Ela riu e agarrou meu pescoço, o rosto afundado em meu peito, a respiração tão pesada quanto as batidas desconexas de seu coração, segundos mais tarde eu corria pela floresta na velocidade vampírica, Bella ainda mais agarrada a mim, chegando próximo da edícula que ficava a cerca de três quilômetros da casa principal eu parei e comecei a andar, ela ergueu os olhos avistando a casa térrea. Era uma cópia quase exata da casa principal porém com apenas dois quartos, cozinha e uma cachoeira aos fundos que Bella não via mas eu podia ouvir o barulho continuo das cascatas de água caindo no lago.

         _Chegamos? – sussurrou.

         _Sim. – girei a maçaneta e abri a porta passando com Bella para a sala onde deixei a luz baixa. Ela arfou e se ergueu em meus braços olhando. Havia um piano de caldas branco no canto esquerdo, uma parede de vidro à frente dele que dava uma visão perfeita do jardim de rosas lateral a casa, a sala simples com móveis brancos, uma TV de plasma na parede, havia um balde de gelo com uma garrafa de vinho tinto dentro dele e duas taças sobre a mesinha de centro.

         Coloquei Bella no chão e a beijei solene sentindo o nervosismo do momento me dominar, a lua prateada se refletia no piano deixando o ambiente mais romântico e pessoal.

         _Perfeito, Edward. – ela sussurrou raspando a ponta dos dedos por meu pescoço e descendo lentamente até meu peito.

         _Quer vinho? Precisa de alguma coisa? – sussurrei tirando o colar de seu pescoço.

         _Preciso.

         _Do que? – encarei os olhos dela.

         Ela tirou o colar das minhas mãos, tirou também os brincos de pérolas pequenas e os colocou sobre a mesinha central, se voltou a mim jogando os braços em meu pescoço e o corpo colando-se ao meu com cautela.

         _Você, só preciso de você. – sussurrou.

         Abri um sorriso entendendo o recado e a peguei no colo novamente, Bella encostou os lábios na base do meu pescoço e começou a dar beijos leves com a boca trêmula, estreitei o olhar passando pela porta do quarto e a fechando com o pé, Bella deu um chupão leve que me fez prender o ar e me imaginar fazendo o mesmo em seu pescoço quente e pulsante, a soltei lentamente quando ela se agitou em meus braços querendo descer.

         _Você sabe que temos que...

         _Tomar cuidado? – ela completou – Sei. Amor... vou me trocar, apaga a luz e me espera na cama? – ela pediu baixinho dando um passo pra trás e pegando a camisola que estava sobre a cama.

         _Espero sim, Bella.

         _Mas... como ela veio parar aqui? Estava lá na outra casa! – Bella olhou a camisola e depois pra mim.

         _Alice trouxe.

         Ela abriu um sorriso tímido e após um selinho demorado entrou no banheiro fechando a porta e me deixando sozinho no quarto.

         Olhei em volta me sentindo tenso, tirei a roupa e fiquei apenas de cueca boxe branca, tirei os enfeites da cama, diminui a iluminação coloquei a música das núpcias que eu havia gravado com a ajuda de Rosalie pra tocar baixinho no som – até isso Alice havia se lembrado de trazer, o CD com a musica – e me deitei no lado direito da cama, indeciso sobre qual lado Bella escolheria.

         Ela estava demorando um século para se arrumar, ouvi o som da água do chuveiro e conclui que estava se banhando, pensei em ir para o outro quarto e fazer o mesmo mas se ela saísse e não me visse poderia ficar triste então permaneci na cama, minutos mais tarde um perfume forte e delicioso de pele quente e banhada preencheu o quarto, abri um sorriso lento e fechei meus olhos ouvindo a respiração pesada de Bella dentro do banheiro, imaginando-a nervosa enquanto se arrumava para a nossa primeira noite.

         Ouvi um barulho forte de queda e algo se quebrou dentro do banheiro, abri meus olhos e corri para a porta pronto para arrombá-la.

         _Bella?

         _Estou bem, não entra! – falou – Droga, Bella atrapalhada! – disse para si mesma.

         Me afastei relutante e logo estava na cama novamente. Momentos depois vi a sombra dos pés de Bella na fresta embaixo da porta e quase tive certeza de que ela estava ensaiando a saída do banheiro.

         _Edward...

         _Sim?

         _Fecha os olhos? – pediu ainda dentro do banheiro.

         Eu ri porém sem soltar algum som para não constranger minha Bella, estava tão ou mais nervoso que ela, fechei meus olhos e com um sorriso respondi.

         _Fechados.

         Ouvi a porta do banheiro se abrir e o perfume de banho e pele aquecida impregnou minhas narinas, ela estava descalça pois quase não havia som nas pisadas que dava na direção da cama, sabia que ela estava vindo até mim porque o cheiro dela ficava cada passo mais intenso. Mordi meu lábio e segurei na borda da cama aguardando o toque, concentrado na sede que brincava arranhando minha garganta. Bella colocou a mão na minha e abri meus olhos lentamente.

         Ela estava perfeita, os cabelos presos num coque de fios soltos, o rosto sem nenhuma maquiagem como eu gosto, a camisola de alças finas e longa até os pés semi-transparente deixando as curvas e detalhes do corpo feminino bem aparentes, prendi a respiração enquanto esmiuçava cada detalhe e o guardava em minha mente. Bella tocou meu queixo e me fez olhar em seus olhos, estava com as bochechas avermelhadas e as mãos tremulas, eu podia sentir meu coração morto quase disparar se fosse possível, ela era uma deusa e eu seu servo eterno.

         _Linda... – sussurrei, coloquei as mãos em sua cintura e a trouxe para a cama passando o corpo pequeno sobre o meu até deitá-la delicadamente ao meu lado.

         _Obrigada... gostou? – ela sussurrou espalmando a mão em meu peito e deslizando até debaixo dos lençóis que me cobriam.

         Encolhi o abdômen e fechei meus olhos, tudo estava intenso e o toque fez meu corpo responder quase que imediatamente em desejo, luxúria e amor.

         _Amei... – sussurrei rouco pelo desejo.

         Me inclinei sobre ela mas Bella não esperou, ergueu o tronco e capturou os meus lábios com uma fúria que me surpreendeu, nos beijamos como se não houvesse perigo, nossas bocas sincronizadas e os corpos se moldando automaticamente. Eu sentia o coração de Bella batendo contra o meu peito, minhas mãos deslizaram devagar – apesar do beijo ardente – tocando as costas nuas até a fenda da camisola que ficava no quadril, a pele dela se arrepiou debaixo dos meus dedos e o quadril se encaixou perfeitamente no meu. Bella afastou os lençóis, puxou a camisola até as coxas e se sentou em meu colo, uma perna de cada lado do meu corpo. Gemi muito baixo mas não cortamos o beijo, deslizei as mãos pesadas na lateral do quadril dela apertando as coxas com firmeza, meu corpo pedindo pelo dela como nunca me permiti demonstrar ou querer.

         O beijo se tornou um súplica, sentia o desejo de Bella e o meu se misturando, deixei minhas mãos adentrarem a camisola e Bella respirou quando toquei-lhe o bumbum sobre o tecido da calcinha imediatamente forcei meu corpo no dela sabendo o que fazer como se tivesse toda experiência em amar e ser de alguém. O beijo ficou mais lento e aos poucos senti Bella entregue, o corpo se movendo no meu como uma dança lenta e prazerosa, amparei as costas dela e girei o corpo ficando sobre Bella e entre suas pernas, Bella sorriu no beijo e delineou minha coluna com a ponta dos dedos, arqueei o tronco e ela arranhou minha pele fazendo força para me fazer soltar o peso sobre ela. Respirei no beijo dando mordidinhas no lábio dela enquanto puxava a camisola fina, ela reclamou e a olhei.

         _Não pensa Edward, só me ama! – e erguendo o quadril, roçou o corpo úmido no meu.

         Um gemido baixo passou pelos meus dentes e num gesto rápido e impensado rasguei o tecido ao meio, Bella riu e me puxou pela nuca para um beijo ainda mais apaixonado.

         Tirei o tecido de sobre ela jogando os farrapos para o lado enquanto me soltava dos lábios dela para explorar sua clavícula e o pescoço com a ponta da minha língua. Cada toque fazia Bella prender a respiração e se encolher pra logo pressionar o quadril contra o meu. Os movimentos estavam me enlouquecendo e sabia que ela podia perceber o quão desejoso eu estava, mas agora não havia vergonha ou receio, esta era minha esposa e seria pela eternidade.

         Sorri me demorando com chupões fortes no pescoço alvo dela me controlando para não colocar toda a minha força nos movimentos para que não a machucasse, desci os lábios pelo tórax nu e ergui o olhar até encontrar o dela, Bella estava sorrindo e com uma das mãos levou meu rosto até o seio rosado e pequeno. Fechei meus olhos sentindo o bico intumescido na ponta da minha língua, gememos juntos numa sincronia perfeita, delicadamente mas não menos faminto, engoli o seio deixando meu desejo dominar minhas ações, me demorei em cada seio aproveitando o gosto da pele e do biquinho durinho, a sensação me fazia sentir humano, vivo e totalmente dela. Bella se contorcia embaixo dos meus toques arranhando minha pele, puxando meus cabelos e soltando gemidos controlados, o corpo estava quente e frio onde eu beijava, o coração saltado e a respiração descontrolada. Lentamente desci a boca pela barriga dela, Bella se encolheu e riu segurando meus cabelos e afastando meu rosto, ri e a encarei a olhando curioso.

         _Cosquinha, Edward! – ela mordeu o lábio e sorriu soltando meus cabelos – Eu te amo... – sussurrou.

         _Também te amo Sra Cullen.

         Desci o olhar pelos seios úmidos com a minha saliva e logo minha boca brincava com a pele dela novamente, descobrindo cada curva, o perfume e a diferença em cada parte de seu corpo. Bella gemeu pedinte quando rocei a ponta da língua pela pelve e num sussurro me mandou fazê-la mulher. Sorri afastando-lhe as pernas, a calcinha se desfez com meu puxão fraco e ela riu deixando o corpo sobre a cama.

         _Alice estava certa!

         _Completamente. – sussurrei deixando minha respiração fria tocar a intimidade da minha esposa. Bella estava pronta para mim, o perfume agridoce de sua sexualidade me fez gemer e num ímpeto abocanhei o local e beijei como se fossem os lábios dela.

         Bella soltou um gemido alto e senti as mãos segurando meus cabelos com força, os dedos dos pés de Bella contraídos e movia o quadril e as pernas se contorcendo em desejo e gemidos, quando ameacei parar ela empurrou meu rosto contra seu sexo, minha língua deslizou delicadamente pela fenda úmida e a adentrei preparando o local para me receber. Ela ficou parada por um tempo apenas sentindo minha invasão cada vez mais imprópria, senti o corpo feminino estremecer e Bella soltou o ar e as pernas caíram ao lado do meu corpo, acabava de ter seu primeiro orgasmo da noite.

         Ri me deliciando com o gosto dela e comecei a provocar para que ela ficasse desejosa novamente, Bella reclamou baixo e logo senti o espasmo forte que passou pelo quadril dela até apertar minha língua. Beijei o ventre e subi meu corpo dando beijos pela barriga, seios e a encarei, Bella abriu os olhos e sorriu, estava com o rosto corado e as mãos leves em minhas costas, brincando e me apertando contra si.

         _Edward...

         _Meu amor... – ela se ergueu e começou a descer minha cueca, apressado rasguei o tecido, Bella riu e se deitou novamente – Me faz sua!

         _Já é minha, minha... eternamente minha!

         Lentamente me posicionei e comecei a me encaixar em Bella, ela gemeu de dor e parei saindo um pouco e voltando a me encaixar, aos poucos nos tornamos um só, nos amamos com calma apesar do meu corpo pedir por muito mais e logo Bella atingiu um novo orgasmo, caindo exausta sobre a cama.

         Nos abraçamos, devagar nos desencaixamos e amparei Bella suada e feliz em meus braços, a cobri e encaixei meu rosto na curva do pescoço dela. Bella beijou meu rosto e arranhou meu pescoço com força ainda tomada pelo desejo apesar do cansaço, sorri e ouvi o sussurro que me fez sentir os caninos saltarem em meus dentes.

         _Me morde.

         Meus dentes roçaram a pele fazendo um pequeno corte, logo o cheiro do sangue me dominou e um gemido alto escapou dos meus lábios.