Irresistível Fanfic Twiligth escrita por Mari Scotti


Capítulo 4
Capítulo 3 - Veneno


Notas iniciais do capítulo

Finalizaaaaaaaaaadoooooo



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... não haviam passados segundos até que senti Esme me tocar delicadamente, ela não me empurrou, não gritou, não fez nada, só tocou minhas mãos.

Eu abri meus olhos, soltando um grunhido baixo, estava quase sugando o sangue de Edward, quando me dei conta do que estava fazendo e a olhei assustada pedindo socorro; Emmet me esmurrou e eu desgrudei dele caindo de costas no chão. Fiquei ali, deitada, sentindo meu corpo pesado, agitado.

“O veneno!” – gritei.

Me levantei e corri para a maca, Edward estava imóvel, congelado. Os olhos esverdeados cravados em algum lugar do teto.

Carlisle o examinava, virava o pescoço de um lado pro outro angustiado, todos entendiam minha reação, ninguém parecia me condenar por aquilo, mas eu me sentia mal, tão culpada.

Tentei buscar no futuro se ele viraria vampiro de novo, se ele morreria, mas parecia uma pagina em branco, nada.

Parei e pensei alguns segundos enquanto todos mexiam nele. Passei a língua pelos meus dentes mas estava tudo normal.

Então, sussurrei: “Não deu tempo, o veneno não penetrou sua pele...”

Carlisle balançou a cabeça confirmando e todos nos sentimos aliviados.

Era uma sensação estranha, ver Edward tão vulnerável.

Eu me encolhi num canto da sala tentando entender o que ocorreu, buscando mais e mais o futuro, mas não via nada, pela primeira vez desde que me lembro, minha mente estava vazia.

Jasper se sentou do meu lado confuso, percebi que ele estava analisando minhas emoções.

“O que há?” – ele perguntou.

“Oh Jazz, quase matei meu irmão e me pergunta o que há?” – ralhei triste.

Ele pôs a mão na minha e tirou rapidamente.

“Carlisle!” – chamou um pouco alto demais e eu o repreendi com o olhar.

Todos olharam, incluindo Edward que já estava sentado na maca, recuperado, lindo.

Seu cheiro não me incomodava mais, mas aqueles olhos... não pude segurar o longo suspiro. Ele era lindo na forma humana.

Percebi então que todos estavam a minha volta, Esme com um balde de água e um pano, passando na minha testa, Carlisle me examinando, Rosalie soltando palavrões andando de um lado pro outro, Edward confuso e Jasper segurando minhas mãos, ele estava incrivelmente gelado, me dava até calafrios... calafrios?

“Pai...” – sussurrei – “.. eu estou como o Edward?”

“Alice, você esta quente e seus olhos... castanhos...” – ele balbuciou.

Emmet parou ao lado de Edward e lhe perguntou algo muito baixo, percebi que todos olharam para trás confusos e voltaram os olhos pra mim, Emmet se afastando um pouco em direção a porta.

“O que Emmet disse?” – perguntei, lagrimas escorrendo pelo meu rosto – “Pai, o que esta havendo?”

Automaticamente cobri meus olhos, soluçando enquanto chorava. Eu não podia entender porque ataquei meu próprio irmão e porque parecia que tudo estava estranho.

Então eu vi a mesma visão de antes, Edward e a menina dos olhos castanhos, abraçados a porta de uma varanda e Jasper e eu atrás deles, ambos sorrindo, desta vez notei algo diferente, eu estava... corada. Corada?

“Pai....” – minha voz saindo entrecortada – “estou voltando a ser humana também?”

“Aparentemente sim Alice...”

“Mas acabei de ver o futuro...” – sussurrei, ainda com as mãos no rosto.

Ele parou por um momento, pensou.

“O que você viu?”

“Edward e uma menina numa varanda, comigo e Jazz. Eu estava corada.” – falei rápido, as palavras atropeladas.

Um breve silencio tomou a sala, Jasper quem falou.

“Amor, vamos descobrir o que esta havendo, vamos...” – ele me tocou muito leve, me levando até a maca onde antes Edward estava deitado.

Eu olhei Edward no outro canto, risonho.

“O que foi Edward?”

Ele gargalhou.

“Rá!! Vocês que são venenosos  e eu que te passo vírus!” – ele começou a rir alto, colocando a mão na barriga. Sua bochecha bem avermelhada.

Fiquei confusa.

“Ah Alice, você me mordeu certo? Mas quem te envenenou fui eu!!”

Ele não parava de rir, eu estava ficando irritada!

“Pai!” – berrei.

“Aparentemente, ele te passou a doença que o fez voltar a ser humano filha... eu vou descobrir, te prometo. Mas até lá, não quero ninguém desta família tocando os dois... Todos pro banho.”

Eu tive que rir, era irônico. Um humano envenenar um vampiro.

Eu me sentia cansada. Deitei a cabeça na maca e tudo escureceu.

 

 

Pelos olhos de Edward

 

Eu não conseguia parar de rir, era uma sensação maravilhosa não ouvir as vozes do mundo inteiro na minha cabeça. Era incrível!

Alice estava linda, corada e assustada e eu, Rá!! Eu a envenenei!

Ela me assustou... me assustou muito quando me mordeu, mas eu senti sair de mim algo, parecido a uma carga elétrica, essa carga envolvendo o corpo de Alice.

Eu devia contar pra Carlisle, mas não conseguia parar de achar isso muito engraçado.

Eu, humano.

A sensação do frio, de sentir a pele quente, do calor, era tudo maravilhoso. Maravilhoso! Eu não parava de repetir a mim mesmo.

“Edward!” – Carlisle ralhou, porque eu não parava de rir.

“Pai...” – respondi segurando a boca pra não soltar mais gargalhadas.

“Filho, essa reação não é de sua natureza. Estamos preocupados. O que você sentiu? Como foi? O que está sentindo agora?” – ele estava me examinando com os olhos, mas mais ou menos a dois metros de distancia, os outros fora da sala já, provavelmente se desinfetando. Soltei outro riso.

“EDWARD!”

Aí eu assustei. O som foi alto como de um trovão, Carlisle estava sério. Eu tapei meus ouvidos e me encolhi perto da maca onde Alice dormia. Quando ele falava alto comigo, já era assustador, agora com esses ouvidos sensíveis – assim ele acabava com toda a graça em eu ser humano – me dava muito medo dele.

Eu o encarei, tentando alinhar as idéias aos últimos acontecimentos.

“Edward” – ele amenizou o tom – “Me conte tudo que se lembra, incluindo as sensações”.

“Er... pai.. “ – eu falei baixo – “... me lembro de estarmos na escola e... e Alice teve uma visão. A visão era confusa, tinha uma mulher muito bonita, ela parecia estar me ameaçando, mas eu estava com medo dela, o que não seria normal não é?” – eu ri e em seguida me encolhi de novo – “então, eu e Alice começamos a vasculhar, ela o futuro, eu os pensamentos. Ela viu uma menina, nova, talvez uns 18 anos, esta estava entre eu e a mulher... depois me lembro de ter acordado no chão da escola. Me senti confuso, meio desorientado. A cabeça doía e eu...” – eu me lembrei – “... eu me sentia feliz...” – franzi o cenho estranhando, porque não era uma felicidade comum a que senti – “... feliz... depois me lembro do senhor me examinando e mais nada. Acordei aqui”.

Carlisle ficou me olhando pensativo. Foi até Alice, mediu sua temperatura e sua pressão e depois se sentou nos olhando.

“E então...?”

“Isso não é normal filho... você voltar a ser humano e com a doença com que quase morreu... e Alice, ela não está febril, a temperatura é a natural pra um ser humano e sua pressão esta excelente!... esse vírus deve agir diferente em cada vampiro”.

Ficamos os dois pensativos. Eu me lembrando das inúmeras aulas que participei, nesse quase 1 século de vida, sobre medicina.

Após alguns minutos desse silêncio, me senti inquieto, as pernas doíam, a cabeça latejando.

Me levantei e comecei a andar pelo quarto. Carlisle pareceu não perceber, mas isso estava me incomodando.

Estiquei as pernas o máximo que pude, os braços no alto da cabeça, me espreguiçando. Parei a janela da Mansão.

Olhando daqui, com estes olhos, tudo parecia tão grande. Imenso. Já era noite, estava frio e ventando.

O barulho das arvores se debatendo entre si, o uivar dos ventos, até o murmúrio vindo do quarto ao lado me davam calafrios que subiam desde a espinha até a cabeça.

Encarei firme a janela, corajoso, olhando para a escuridão.

Me lembrava vagamente de poder ver todas as formas nesta floresta, porém agora, só enxergava vultos, arvores e mais nada.

De repente alguém pareceu correr do lado de fora, instintivamente berrei.

Sim, eu - Edward Anthony Masen Cullen - dei um berro amedrontado.

Acredite, eu mesmo não acreditei com o som que saiu da minha garganta.

“O que foi Edward?” – em milésimos de segundos todos estavam a minha volta, me olhando, me examinando, mas ninguém me tocou a não ser Carlisle.

Alice resmungou baixo acordando e veio em nossa direção.

“Ain.. o que há?” – perguntou.

“Eu vi algo lá... lá fo-fo..ra” – percebi que minhas mãos tremiam, minha voz saiu rouca e sinceramente, eu precisava me sentar, minhas pernas estavam moles, pesadas, tremendo com tanta força que tive medo de cair sobre meus joelhos.

Jasper pareceu perceber e me trouxe uma cadeira aonde joguei todo o peso do meu corpo.

Olhei em volta e Emmet e Rosalie não estavam entre nós, antes que eu pudesse perguntar por eles, Emmet apareceu na porta da enfermaria improvisada.

“Tinha alguém lá fora, não sei como não percebemos, o cheiro dela é incrível!” – Rosalie deu um soco no ombro dele enciumada e emendou “... é sim, havia uma mulher lá fora. Um perfume muito enjoativo por sinal, mal gosto viu?” – ela comentou irritada – “.. mas seu cheiro não é natural. Não é humano. Ou melhor, é humano...” – ela franzia a testa como se tentasse pensar melhor – “...mas era de vampiro também... será que eram duas pessoas?” – disse pressionando os dedos nas têmporas.

Emmet balançava a cabeça positivamente – “Sim, sim... tinha um cheiro muito familiar ao nosso e ao de Edward e Alice agora...”

Todos se entreolharam e eu novamente cai na gargalhada.

Eu não entendia porque eu sentia tanta vontade de rir.

“Edward posso?” – Carlisle se aproximou, colocando seu nariz em meu pescoço. Eu estremeci com o toque gelado.  Depois ele foi até Emmet e fez o mesmo.

Ficou parado no centro da sala, inalando o ar, pensativo. Ah como eu queria ler pensamentos agora pra saber o que ele estava concluindo disso tudo!

Ele nos encarou assustado.

“Você consegue rastreá-la Rosie?” – ele perguntou.

“Talvez, segui seu rastro até a beira do rio...” – ela falou pensativa.

“Seria bom ter Edward e Alice normais hoje...” – ele balbuciou para si mesmo. Imaginei que queria dizer que, Alice saberia “ler” o futuro enquanto eu, ouvir os sons vindos da floresta lá fora.

Isso parecia tão surreal pra mim, incomum, estranho.

Rosalie saiu com Emmett logo atrás.

“Edward...” – Esme se agaixou na minha frente – “Esta com frio filho?” – ela estendia uma manta sobre as minhas pernas. Eu ainda estava encolhido no chão.

“Er... não mãe...” - devolvi a manta me colocando em pés – “... Na verdade eu não sei como estou me sentindo..” – anunciei – “Carlisle...” – chamei sua atenção tocando em seu ombro – “... qual a sua teoria?”

Carlisle pensou por alguns segundos, saiu de perto de mim e foi até o balcão ao lado da maca onde Alice dormia novamente.

Nossa, ela só vai dormir agora é? Preguiçosa.

“Eu acho que vocês foram envenenados e a cura está com essa mulher... ou mulheres... que Rosalie e Emmett estão seguindo agora.” – concluiu.

Esme e eu tivemos a mesma reação. O encaramos angustiados.

“Mas se ela consegue nos envenenar e nos fazer voltar a ser humanos... ela pode acabar com nossa raça... pode acabar com os Volturi... seremos...” – eu parei.

“Humanos” – Alice sentou-se na maca, espreguiçando-se ao mesmo tempo – “Humanos.” – ela repetiu – “O que há de tão ruim nisso?” – ela começou a rir – “Vou sentir falta da velocidade, das nossas habilidades, de prever o futuro... mas Edward, morreremos. Teremos um fim. Essa vida terá um fim. O que há de tão ruim?”

“Será que temos alma agora?” – perguntei baixo, Carlisle bufou.

“Nós nunca deixamos de ter Edward, senão, não teríamos compaixão por nada, nem ninguém, nem por espécie alguma” – ele se virou saindo da sala.

Novamente senti o choque de suas palavras forte, atingindo meus ouvidos e me encostei a Alice.

“Ora ora... meu irmãozinho agora é medroso?” – ela riu.

Dei um tapa no seu ombro e começamos a nos bater simultaneamente, gargalhando ao mesmo tempo.

“Cara! Sou uma criança agora!” – eu falei enquanto puxava a orelha de Alice e corria pra ela me pegar – “Você não sabe como vou agir!” – ri alto – “Você é pega de suspresa!” – fiz uma dancinha ridícula e corri novamente.

Esme divertia-se conosco, porem seus olhos estavam fixos, provavelmente atentos a outros sons.

Eu parei e fui até ela.

“Mãe, algo errado?”

Ela tocou meu rosto e eu estremeci – “Não Edward... nada errado. Só...” – seus olhos pareciam marejados – “... eu sempre quis crianças correndo pela casa... risadas e brincadeiras infantis...” – ela fez sinal e Alice se juntou a nós – “... sem preocupações, medo que nos descobrissem... ah eu amo vocês meus filhos” – Alice desabou, claro! Sempre teve cara de quem é chorona, ta confirmado agora.

Senti algo quente no meu rosto, passei os dedos e olhei – “Água?” – foi a vez de Alice rir.

“Aiai Edward, você está chorando...” – revirou os olhos.

Rá! Eu?? Chorando? Impossível.

“Nada é impossível Edward...” – olhei em volta e não era nenhuma voz conhecida e não havia mais ninguém ali. A voz feminina invadiu meu corpo me fazendo sentir quente em varias partes, um desejo subindo e me queimando por dentro. A voz era sedutora, mágica. E me ouviu... e eu a ouvi.

 

 


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Notas finais do capítulo

opinemmmmm



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