Irresistível Fanfic Twiligth escrita por Mari Scotti


Capítulo 25
Capítulo 24 - Acerto de Contas


Notas iniciais do capítulo

Penultimo capitulo da primeira fase. Já aviso que as lacunas e duvidas serão reveladas na fase dois que postarei aqui tb. beijaooo



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Os lobos corriam ao lado de Heidy e dos Volturi, finalmente eles haviam chegado como previu Alice tantas vezes e o ambiente era parecido a uma de suas visões, uma fina chuva se derramava por Forks e graças a Deus – ousei agradecer – Bella não seria morta. Estava bem segura no armário de remédios. Toquei a chave em meu bolso.


O som ficava cada vez mais alto e forte, Aro estava irritado e amaldiçoava o Conde em sua mente.


“Ora ora! Quem é vivo sempre aparece!” – brincou Aro parando ao meu lado e tocando meu ombro.


Fiz uma breve mesura e olhei em volta. Cerca de 100 vampiros, Jane, seu irmão, Aro, Heidy e os lobos, todos ao meu lado e atrás de mim. Os 4 vampiros que antes vigiavam minhas costas tinham corrido para junto de Sara e Carlisle que ainda estavam abraçados.


“Quanto tempo Aro, ainda matando para viver?” – brincou o Conde com o mesmo cinismo.


“Vivendo para matar meu caro, sou viciado em sangues raros...” – Aro passou a língua nos dentes pensando em arrancar a cabeça do Conde com uma mordida.


“Quanta violência!” – ao que respondeu o Conde – “Estamos aqui em paz, resolvendo um problema de família, não há necessidade de nenhuma intervenção”.


“A muito você foi banido de nosso meio Nicolay e não existem direitos sobre você, somente deveres. Nosso dever é limpar as suas sujeiras”.


“Ainda enciumado por ela ter me amado?” – owww como assim?


Firmei meus pés no chão pronto pro ataque, Aro estava furioso. Era estranho tê-lo lutando ao nosso lado e mais estranho os outros irmãos não tê-lo seguido hoje.


“Além de incestuoso é ridículo!” – Aro o olhou prepotente, como um Rei.


Conde ficou sentido como Aro previa, seu rosto se contorceu em nítida dor e Heidy ao meu lado rangeu os dentes infeliz.


“O amor prega suas peças”. – desdenhou Nicolay.


Meu coração estava preso aos que amo, travando batalhas internas entre correr para a escola e salvar Bella ou entrar em combate para libertar minha família.


Aro tocou meu pulso e aspirou o ar pesaroso, senti minha mente ser tomada e os acontecimentos serem lidos por ele. O poder de Aro era incrível, podia ver a história de uma vida com apenas um toque.


Ele me olhou curioso pensando em Bella escondida na escola e no dom que ela deveria ter caso se tornasse vampira, inúmeras imagens da família Cullen como seus guerreiros pessoais, com Bella ao meu lado.


Afastei a mão dele e reprimi a repulsa pois ele estava aqui pra nos ajudar.


Interessante essa menina Edward” – sussurrou em sua mente enquanto encarava novamente o Conde – “Liberte-os Nicolay e vamos tomar um vinho!” – brincou dando um passo na direção do Conde.


Aro tinha um plano traçado, entender os motivos e resolve-los. Não agradava estar exposto a luz solar, apesar da manhã apenas ter iniciado logo os humanos acordariam e estaríamos expostos muito mais que a luz do sol.


“Não os mantenho prisioneiros...” – riu o Conde e o ar se encheu do aroma de grama recém cortada que tanto me perseguiu nos últimos dias. Entendi que esse e zimbro eram os cheiros do Conde, seu hálito e seu suor. Talvez pelos dons que possui, isso eu nunca saberia.


Carlisle e Sara agora estavam prestando atenção a nós, Carlisle visivelmente preocupado com os acontecimentos, virava rosto para Esme e voltava para Aro.


“Qual o motivo disto tudo Nico?” – Carlisle o encarou, ficando de costas para todos nós.


“A encontrei moribunda, sendo queimada pelos seus Carlisle e você onde estava? Uma criança havia sido gerada em seu ventre, um filho seu! E você? Fugiu com medo da represaria? Do julgamento por ter se deitado com a própria filha? Um covarde eu diria...”


“Não fugi Nicolay, fui retirado” – Carlisle virou-se para Heidy aflito.


Aro tomou a frente, mas antes que pudesse falar o Conde chamou um de seus recém-nascidos e o mandou seguir até nós.


O vampiro ruivo, de olhos esverdeados e pele salpicada mas incrivelmente branca se curvou diante de Aro que fez um sinal de cabeça fazendo-o se erguer.


“Meu senhor deseja lutar” – falou firme – “Porém existe uma forma de evitarmos o combate.” – até então seus pensamentos estavam ocultos, mas como que uma barreira se desfez e ouvi nitidamente qual era.


Enquanto falávamos o Conde providenciava sua fuga, achava que não sairia vencedor nesta briga. Os pensamentos e lembranças me invadiram e eu urrei pesaroso. Todos me olharam menos Heidy que junto comigo começou a correr na direção da escola.


Aro surpreendido nada fez, era um homem pacificador e se uniria a uma luta somente em casos extremos, manteve seus homens debaixo de suas ordens.


Os lobos nos seguiram, Jacob berrando em meus pensamentos perguntando o que estava acontecendo. Foi Heidy quem invadiu a mente do cachorro e respondeu da forma que lhe é peculiar.


O Conde achou Isabella e ela é a moeda de troca, todos os Cullen por sua mortalidade intacta” – sussurrou e ao ouvir senti meu estomago revirar.


Jacob ganiu alto, junto com os demais lobos e avançamos.


Eu já via o fim. Ele a beberia como um vinho, a deixaria agonizar e morrer.


Entrei em combate com um de sua guarda e ouvi todos os demais lutando, o barulho era como de uma guerra, ossos se partindo, sangue jorrando. Urros, murros, ganidos animais, gritos.


Quebrei o pescoço do meu agressor e Heidy o desmembrou com maestria. Uma tremenda bagunça. Aro e os seus não se moveram, estavam aguardando algo.


Um grito conhecido me fez parar na porta de entrada da escola. Era o grito de Bella.


Soquei um dos quatro vampiros adultos que antes estavam em meu encalço e olhei na direção do grito. O Conde estava com ela em seus braços, Bella parecia desmaiada, a mão presa em seu colarinho, os olhos fixos no céu. A visão de Alice vendo-a em um caixão me desnorteou.


Parei de lutar rendido, não tinha muito a fazer minha vida pela dela, assim seria e se possível também pela minha família.


Andei esbarrando pelos que lutavam debaixo do olhar impiedoso do Conde. Eu não entendia tanto ódio voltado a mim.


O cheiro de sangue humano pareceu despertar todas as feras a minha volta e a luta parou, rugidos e investidas contra o Conde para pegarem a menina foram barradas por ele com um simples olhar.


“Você a quer?” – Bella começava a convulsionar em seus braços, gemendo e se contorcendo de dor. Aos meus olhos parecia ter alguns ossos quebrados e uma ferida na testa que jorrava muito sangue.


“Solte-a!” – gritei.


“Seja meu e ele a soltará” – disse Sara chegando ao lado do Conde.


Tentei ler sua mente mas estava oculta por uma nevoa. Heidy estranhou o comportamento de Sara e temeu.


“Filha, eles não são culpados dos crimes que colocamos sobre seus ombros, eu estava errada e seu pai também” – disse referindo-se ao Conde, sussurrando de modo maternal.


“Carlisle é meu pai” – ela lançou um olhar confuso para Heidy.


“Sim é... mas ele não tinha conhecimento da sua existência, ele achava que eu tinha morrido” – tentou se explicar.


Vi que a prisão que mantinha minha família começou a se desfazer e todos estavam parecendo conscientes agora. Carlisle caminhou lentamente até ficar lado a lado com o Conde.


“Que poder magnífico” – sussurrou tentando amenizar a discussão e encarou Heidy – “Como é possível?” – ele olhava Sara com grande encantamento, visivelmente abalado.


“Ela foi gerada do nosso amor... e concebida dentro da dor de sua partida” – Heidy escondeu as lágrimas que queriam ser derramadas.


O Conde impaciente pressionou os dedos sobre o osso quebrado de Bela, que gemeu contida.


“Não!” – berrei e avancei mas fui detido por Aro e Emmett.


“É o que ele quer, guerra!” – Emmett disse ao meu ouvido.


“E terá se não solta-la!” – eu estava tomado pela dor dela, seus olhos estavam se fechando e a mão caiu ao lado de seu corpo. O coração estava enfraquecendo pela perda de sangue e as batidas diminuíam consideravelmente.


Heidy me olhou aflita e pesarosa sentindo-se culpada por tudo o que estava acontecendo. Uma vingança a trouxera aqui e a morte seguia seu curso.


“Eu estava errada...” – ela parou de frente para Sara, os olhos do Conde cravados nos meus – “... eles não são culpados da nossa desgraça” – e tocou o rosto da filha com carinho.


“Ele te deixou pra criar aquilo! Ele te trocou por aquilo!” – ela apontava para mim – “Ele não sabe o que é amar, ele não tem um coração vivo dentro do peito! Você vê? Ele finge desconhecer para salvar os seus, ele esconde... é um mentiroso, um mentiroso e um cafajeste!” – Sara gritava e gesticulava, seu rosto banhado em lágrimas.


“Ele não sabia que sobrevivi, para ele eu era humana, mais humana que vampira... a fogueira, a morte... ele acreditou nela. Nunca soube exatamente o que houve comigo, nunca soube sobre você”.


Carlisle tentava processar as informações, lembrava-se do nascimento de Heidy e da morte da mãe dela no leito de palhas improvisado. Não haveria como sobreviver, vampira ou não.


“Ela não é minha filha, é princesa?” – sussurrou.


“Ela é fruto do nosso amor...” – respondeu Heidy.


Sara olhou para o Conde que imediatamente se inclinou sobre o pescoço de Bella. Tentei correr mas fui barrado e ouvi sua risada diabólica.


“Seja meu e ela será liberta como todos os outros, principezinho” – ironizou Sara.


Caminhei até ela e estendi os braços cruzando meus pulsos a frente do meu corpo.


“Seu escravo” – sussurrei.


O Conde libertou Bella e todos os outros.


Edward o que está fazendo?” – Alice perguntou em seus pensamentos.


“Salvando vocês” – respondi.


Sara riu de forma infantil, como se tivesse ganho um presente. Entrelaçou sua mão a minha e olhou o Conde com olhos suplicantes.


Nesse momento vi que era ela que mantinha a todos sob seus encantos e não o Conde, ele era mais uma marionete em suas mãos.


O Conde sorriu de volta, com olhos paternais e esticou a mão para Heidy que imediatamente se recolheu aos braços dele.


Sara tinha a família feliz, mas submetida as suas vontades. Eu precisava entender como esse dom funcionava pra subjugá-la. Se ao menos Heidy tivesse me explicado... ela tinha tantos dons que eu chegava a me confundir!


Você faz a minha vontade principezinho, mas possui o livre arbítrio... a maioria das pessoas é fraca para resistir... só isso” – me lembrei parte de suas palavras, ditas a tempos em um de nossos treinamentos.


“O que quer de mim?” – sussurrei passando a ponta do polegar sobre a mão de Sara.


Ela pareceu não esperar o toque e ficou alguns segundos calada.


“Sua morte” – respondeu secamente.


“Ou...”


“a dele...” – ela encarou meus olhos e olhou para Carlisle com nojo.


“Ou...”


Era um jogo, eu a faria decidir, a faria libertar a todos de seu vinculo estranho e mental.


Os Cullen e os demais nos observavam distantes, esperando por algo. Aro havia decidido nos ajudar se novamente entrássemos em combate, o que me deixava mais seguro.


Carlisle estava cuidando dos ferimentos de Bella, mas sem tirar os olhos de nós.


“Ou...” – ela pensou alguns segundos e sorriu, sentindo minhas caricias agora em seu braço – “... sua eternidade ao meu lado” – a voz falhou.


Eu sorri como se gostasse da idéia e Heidy entendeu meu raciocínio. Não sabia como ainda não haviam notado o rumo de meus pensamentos.


“E se eu não quiser nada disso... você...” – minha mão estava posta sobre seu pescoço de forma carinhosa e com o polegar acariciava sua clavícula.


“...vou...” – ela fechou os olhos quase dominada. Sua pele se arrepiou e a vi arfar – “ter que te matar” – sussurrou ainda de olhos fechados.


“Se me matar, não me terá...” – sussurrei segurando o lóbulo de sua orelha na ponta de meus dedos.


“Você não será morto, você me quer” – senti a força de seu poder invadir minha mente com palavras de desejo para ela, desejo, amor, carícias. Tudo me fazendo desejar beijá-la e tomá-la em meus braços para sempre.


Mas quando iniciei isso, já sabia o que esperar. Heidy havia me mostrado esse poder tantas vezes quando começou a atormentar meus pensamentos que pensei que conseguiria vencê-lo.


Tentei me focalizar no que era importante.


“Não te quero e você sabe...” – sussurrei com meus lábios quase nos dela. A vontade de beijá-la gritava dentro de mim.


Ela aspirou e inclinou-se para tocar meus lábios, fiz o mesmo tomado pelo desejo dela.


Nossos lábios se tocaram lentamente e logo o beijo tornou-se ávido, intenso. Tudo muito diferente de com tinha sido com Bella; com Sara eu não precisava segurar minha força, ela era igualmente forte e o melhor, tinha a pele morna e macia como a de Bella.


Abracei sua cintura e a puxei contra meu corpo. Ouvi murmúrios e protestos e a felicidade do Conde.


Ele agora conversava animadamente com Carlisle, pedindo perdão pela luta e planejando ajudar-nos a reconstruir a Mansão. Eu via e ouvia tudo, mas estava preso nos braços dela, entregue ao seu amor.


As caricias provocantes me fizeram retirar meus lábios dos dela pra respirar, mas logo fui puxado e voltamos a nos beijar com mais intensidade ainda. Meu corpo ardia em resposta. Uma vontade nunca experimentada nesse meu século de vida.


Carlisle estava atento, Alice e Rosalie tentavam me chamar e alertar, Jasper usava seus poderes para amenizar a tesão e o desejo.


“Filho... o que está fazendo?” – Esme sussurrou em sua mente, estava infeliz e preocupada.


Por seus olhos vi Jacob se aproximar de Bella e a pegar nos braços. Carlisle agora o seguia.


“Edward...” – ouvi Bella choramingar me olhando beijar Sara, Esme estava atônita e eu via tudo através de seu olhar.


Eu ainda estava envolto nos braços de Heidy, mas vi através de Esme Bella se sacudir nos braços do Jacob, que a colocou em pé.


Bella se firmou segurando nele e tentou andar na minha direção, gritou de dor assim que o pé tocou o chão e caiu desmaiada nos braços dele.


Não sei como me desgrudei da boca de Sara e de seus beijos e amparei Bella nos meus braços.


Voei para dentro da escola com Carlisle atrás de mim e a coloquei na maca, não me importava mais nada, só vê-la bem e sem aquela dor nos olhos.


Tudo ficou imerso no silêncio. Carlisle limpava os cortes e fazia curativos em Bella. A perna e as costelas estavam quebradas, a testa com um corte profundo, eu precisei sair da sala por causa do cheiro, era insuportável e irresistível. No corredor encontrei o Conde, Heidy e Sara, junto com minha família e alguns dos lobos.


Pareciam amigos de infância, veja que irônico.


Não sei porque, mas me amparei nos braços de Sara, meu coração doía só de pensar na dor que Bella estava sentindo e no perigo que corria. Emmett tinha ido até o hospital pegar bolsas de sangue, Bella tinha perdido muito e estava fraca, Carlisle faria uma transfusão.


Sara acarinhava meus cabelos e sussurrava que tudo ficaria bem. Era estranho, muito estranho. Parecia um sonho, algo ilógico, irreal.


Heidy se aproximou de mim e sussurrou em minha mente.


Você nos libertou do ódio, seu amor pela humana...” – ela respirou olhando na direção da sala – “...vi o velho Carlisle em você.” – beijou minha testa e foram embora, me deixando sozinho no corredor.


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Notas finais do capítulo

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N/A: seria tão legal ter comentários!!!



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