Irresistível Fanfic Twiligth escrita por Mari Scotti


Capítulo 24
Capítulo 23 - O Confronto


Notas iniciais do capítulo

NA: pessoinhas, nã sou boa pra escrever brigas e tal, mas espero que agrade a todos. bjitus. Primeira fase chegando ao final
—___________________________________________________________



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/40811/chapter/24

Bella e eu ficamos conversando por algum tempo até que sugeri que ela dormisse. Afaguei seus cabelos e senti seu corpo amolecer em meus braços.

Não parei de ligar, preocupado, o silêncio estava me matando.

“Edward” – ouvi a voz conhecida de Heidy – “Edward, fuja, se esconda, leve Bella... ele está a caminho” – uma breve brisa acariciou meu rosto e sumiu.

Bella abriu os olhos assustada, respirando ofegante e me agarrou de novo.

“Você... você ouviu?” – ela ouviu?

“Você ouviu Bella?”

Ela assentiu olhando em volta.

“Não tem ninguém aqui... devo ter sonhado...” – ela relaxou nos meus braços.

“Não, Heidy estava mesmo nos avisando, precisamos sair daqui”.

Bella ficou imóvel me encarando, parecia perdida. Eu ficava chamando Heidy nos meus pensamentos, sem obter resposta. Me levantei levando-a em meus braços novamente.

“Edward.. eu.. eu posso andar!” – reclamou.

“Assim é mais rápido Bella” – sem perceber beijei seus lábios, aflito que algo a machucasse.

Um choque tomou conta de meu corpo, Bella pareceu sentir, ficou me olhando confusa e implorativa. Não suportei seu olhar; o gosto, a textura, o aroma me dominaram.

A encarei por alguns segundos como se pedisse permissão e senti seus dedos traçarem um caminho na minha nuca, cerrei meus olhos aflito, segurando a respiração. Ela pôs pouca pressão no meu pescoço e puxou minha cabeça para si, abri meus olhos novamente pra encontrar os dela semicerrados e nossos lábios a milímetros de distância.

“Be...lla” – sussurrei em alerta.

Nossos lábios se tocaram novamente, macios, temerosos, sem movimento. Seus dedos se prenderam em meus cabelos e meus braços a apertaram contra mim.

Abri meus lábios e fiz uma leve pressão nos dela, Bella fez o mesmo com meus lábios inferiores, senti um tremor me percorrer a espinha e o coração de Bella errático em meu peito. Saboreei mais da carne macia e de repente senti o toque de sua língua na minha. O que senti foi inexplicável, o gosto de sua boca era incrível e o desejo quase palpável.

Bella mexeu os lábios e fechou a mão em meus cabelos, a respiração presa em ambos os peitos. Tentei me afastar mas ela me prendeu e passou a buscar meus lábios com urgência. A coloquei no chão sem desgrudar de sua boca e puxei seu corpo contra o meu sentindo todo seu calor humano na minha pele. Ela gemeu e senti-a se arrepiar, mas mesmo sem movimento, nossos lábios não desgrudaram.

Senti como se fosse a única coisa no mundo que importava, Bella e eu e nosso primeiro beijo.

Então as mãos dela penderem sobre meus ombros e seu corpo amoleceu nos meus braços.

“Bella? Bella...” – ela estava desacordada – “Bella! Bella!” – a peguei no colo de novo e corri para o jipe, enquanto tentava prende-la no cinto ela abriu os olhos.

“Acho que esqueci de respirar...” – sussurrou erguendo a mão lentamente e tocando meu rosto.

Não consegui conter o riso, eu estava desesperado! Apertei meus lábios nos dela novamente e sentei no banco do motorista, acelerando a caminho de Forks.

O que eu faria? Não tinha a menor idéia, só não a deixaria morrer.

Bella ficou me observando dirigir, nada disse nem eu, o perfume e seu gosto estavam impregnados em todos os meus sentidos, evitei respirar, Bella acompanhava cada movimento meu.

“Você é gelado” – Bella quebrou o silêncio depois de alguns minutos.

“Sou” – olhei nervoso e apaixonado.

“É bom...” – eu ri.

Estávamos fugindo do Conde, procurando minha família e os amigos dela e ainda assim conseguíamos nos beijar e flertar um com o outro.

A observei brevemente. Será que foi o medo que a fez responder ao meu beijo? O que há de errado comigo pra beijar uma menina que eu mal conheço?

Milhões de perguntas vazaram na minha cabeça, mas eu só tinha uma coisa a pensar agora: o tinha acontecido com todos eles?

Paramos em frente a escola, pensei que poderia ser o lugar mais seguro, era final de semana e ninguém a procuraria aqui.

Entramos pela janela da enfermaria, ela apoiada em meu pescoço, porque na tentativa de subir a janela ela caiu de bunda no chão.

A deixei ali na enfermaria e vasculhei toda a escola a procura de perigos; estava tudo bem e por algum tempo estaríamos seguros.

Voltando pra lá senti meu celular vibrar.

“Alice?” – ouvi seus pensamentos antes de colocar o telefone no ouvido – “Onde estão?”

“Edward você precisa sair, precisar sair daí com ela, a escola não é segura. Ela vai morrer pelas suas mãos se ficar aí. Edward!”

E a linha caiu.

Pelos pensamentos dela eu vi um campo aberto, todos estavam cercados de vampiros, lutando pra se salvarem, Alice tinha conseguido um segundo a mais para me ligar. Meu peito se apertou aflito e no segundo seguinte eu estava na frente de Bella.

“Você corre perigo Bella!”- a segurei pelo braço tentando pensar no que fazer.

“O que....?” – ela encarou meus olhos – “Você está com fome?” – enruguei a testa com a pergunta, eu não pensava na sede já a algum tempo na tentativa de amenizar meu instinto, mas a pergunta me despertou.

Eu rugi e me afastei, grudando minhas costas na parede.

“Não estou... com sede.” – sussurrei tentando me recompor e sai da sala.

Sentei no chão do corredor ao lado da porta, puxei minhas pernas e deitei a cabeça em meus joelhos, eu precisava pensar, me controlar, salvar a todos e não matar Bella.

Senti a presença dela as minhas costas mas não me movi, permaneci de olhos fechados e cabeça baixa e ela voltou para a sala.

“Durma um pouco Bella” – sussurrei de onde eu estava.

“Não estou com sono...” – ela suspirou de volta.

“Mas você precisa descansar...” – falei quase sem voz.

“Não consigo dormir...” – e ouvi que ela deitou em uma das macas e ficou em silêncio.

Que dia mais longo!

Tracei algumas rotas de fuga para nós, eu a levaria para Phoenix de volta a casa da mãe e depois de tudo resolvido a buscaria de volta. Era simples.

Enquanto ela dormia liguei e reservei as passagens.

Tentei algumas vezes ligar em todos os celulares, mas não obtive resultado, estava aflito, queria poder ver onde eles estavam.

Uma brisa fraca roçou meu rosto e o aroma de grama recém aparada atingiu meu olfato. Era manhã em Forks.

Abri a janela deixando a luminosidade entrar e o ar fresco da manhã fazer seu papel, liberando todos os males noturnos.

“Edward...” – ouvi Bella se agitar em seu sono.

Ela estava assim desde que conseguira dormir, vez balbuciando meu nome, vez o de Jacob.

“Shhhhh” – parei ao lado da maca fazendo carinho em seus cabelos desgrenhados. Ate dormindo ela é linda!

“Edward” – ela falou abrindo os olhos assustada e se encolhendo toda na maca.

“Calma Bells, está tudo bem estamos na escola ainda..” – falei sem tirar as mãos de seus cabelos.

Ela continuou olhando para a frente.

“Eu fiz eles sumirem, eles estão em perigo ou mortos ou sei lá o quê por minha culpa!” – Bella balbuciava com os olhos fixos em algum ponto invisível da parede.

“Você não tem culpa Bella..” – sussurrei repousando meus lábios em sua cabeça – “E eles sabem se virar.”

“Aquele monstro quer a mim, se seu irmão não o tivesse impedido naquele dia, todos estariam a salvo agora!”

Fiquei pensativo por algum tempo sem saber o que responder. Como ela podia pensar que estaríamos a salvo com ela em risco?

“Bella, estaríamos no mesmo barco, você era a moeda de troca do Conde”. – expliquei encabulado. Ela me olhou interrogativa – “Ele queria tocar em nós, nos ferir, nos fazer entrar na sua armadilha... ele nos vigiou por algum tempo e quando percebeu que você era importante para...” – pensei bem – “para nós, tentou te atacar, mas o Emmett foi mais rápido só isso”.

“Eu nem conhecia vocês direito, como sou assim importante? Olhe pra vocês Edward! São deuses! São lindos!” – ela balançava a cabeça confusa.

Passei para a frente dela e segurei seu rosto entre as minhas mãos.

“Bella, não vai acontecer nada eu prometo. Vou cuidar de você.” – eu vi ela abrir a boca para protestar e continuei logo – “eles também ficarão bem, todos estaremos juntos ainda hoje”. – falei com toda a certeza do meu coração tentando tranqüilizá-la, mas a incerteza atormentou minha mente.

Bella me abraçou e por alguns segundos desejei ser o humano que fui a semanas atrás, poder retribuir seu calor, seu carinho sem medo de machucá-la, poder me casar com ela e lhe dar filhos, ser seu porto seguro... seu companheiro por uma vida inteira. A firmei em meus braços percebendo que logo seriam outros braços a confortá-la. Seria inevitável ela se apaixonar, se casar... seus filhos serão tão lindos...

Ouvimos um barulho na porta da frente da escola e nos soltamos na mesma hora como se fosse errado estarmos assim tão abraçados com todos os problemas a nossa volta.

Fiz sinal para que ela fizesse silêncio e fiquei imóvel atento ao som no corredor.

Os passos eram leves mas apressados, não havia batimento cardíaco e nem som de ar entrando e saindo de pulmões, não haviam pensamentos, mas uma ansiedade feroz em seus gestos.

A pessoa abria as portas das salas no corredor, olhava e fazia o mesmo na porta seguinte. Eu precisava tirar Bella daqui, mas como?

Os passos estavam cada vez mais próximos e a respiração de Bella cada vez mais forte e ofegante, o coração martelando forte e errático.

Olhei em volta e não havia nenhuma saída, só a janela, mas eu tinha medo do que havia lá fora nos esperando. Na memória de Alice haviam muitos vampiros lutando com eles no descampado que vi, o Conde não viria sozinho.

“Edw...” – Bella começou e eu a silenciei com a mão. Seria útil poder ouvir seus pensamentos agora.

Ela apontou para uma porta onde armazenavam as medicações, era pequeno mas ela caberia lá dentro.

A peguei no colo sem nenhum protesto, beijei sua testa e sorri, antes de fechar a porta a chave. Se ela se mantiver calma, talvez não a notem ali.

Sai pela porta da enfermaria antes que o visitante nos localizasse. O homem de meia idade cabelos grisalhos e olhos avermelhados me encarou surpreso, abrindo um sorriso mostrando os caninos pontudos.

“Sssssssenhorrr Cullen, esstavamosss a ssua procura. Meu sssenhorrr o aguarrrrda!” – o vampiro se inclinou para a frente num gesto solene e virou-se de costas para mim, indo em direção a saída da escola.

Seu sotaque era estrangeiro e ele forçava a pronuncia dos s de forma estranha, parecia não viver muito entre os humanos, seus gestos eram graciosos, quase imperceptíveis, movia-se como uma brisa fina.

Pensei em Bella e acompanhei o vampiro.

Eu não conseguia ouvir sua mente, na verdade parecia que ele deliberadamente se forçava a não pensar.

A luz do sol ofuscou meus olhos por alguns segundos e demorei um pouco para entender o que me esperava do lado de fora.

Alice, Esme e Rosalie estavam ao lado do Conde, presas numa espécie de gaiola de armação de aço, quadrada na largura e retangular na altura. Elas fugiriam dali com facilidade mas a impressão que eu tive foi que um poder as segurava ali.

Do outro lado estavam Carlisle, Jasper e Emmett, igualmente presos, mas por uma corrente em seus pulsos e pernas, olhei Carlisle e seu rosto era de dor e seus pensamentos estavam desordenados.

Procurei por Heidy nessa bagunça mas não achei o que me preocupou ainda mais.

Dei um passo na direção do Conde e ele esbravejou.

“Quieto!” – o som parecia como de uma tempestade ao mar, furioso e impetuoso. Imediatamente recuei e continuei na espera.

Pra manter todos vivos e estar aqui, algum objetivo o homem tinha.

Incrivelmente não conseguia ouvir pensamento nenhum ali, somente vozes baixas mandando esperar e algumas ordens para me atacar.

A frente do Conde tinham cerca de 20 vampiros recém nascidos, seus olhos eram num vermelho intenso e os lábios estavam curvados para baixo, me olhavam com ódio. Atrás de mim apenas 4. Vampiros adultos e experientes, dentre eles o que me recepcionara na escola.

“O que faremos com ele mestre?” – um dos quatro, um vampiro alto e forte, aparentando 30 e poucos anos, longos cabelos dourados questionou em sua mente.

Não demonstrei alguma reação temendo revelar meu poder.

O olhar do Conde revelou que ele respondia no pensamento do guerreiro, mas eu não ouvia nada. Fiquei intrigado, como eles conseguiam fazer isso? Esse truque a Heidy deve ter aprendido com o papaizinho dela aí.

O Conde rangeu os dentes forte e avançou até mim. Não me movi, encarando-o de frente. Não deixaria espaço pra que ele matasse minha família ou Bella.

“Heidy não é minha filha moleque insolente!” – ele estava a centímetros do meu rosto.

“Não é o que ouvi falar Nicolay” – respondi desdenhoso.

“Ela é filha do meu pai!” – senti como um soco e uma voz aguda e feminina nos meus tímpanos.

Arqueei urrando de dor, me jogando no piso de cimento da garagem da escola. Ninguém havia me tocado, mas eu sentia meus órgãos se chocarem lá dentro.

“Conheça sua irmã Edward!” – o Conde riu alto, satisfeito.

Eu não conseguia me mover, puxava o ar com dificuldade, parecia precisar dele. De repente a dor cessou como se não tivesse me atingido e eu já estava em pé.

Olhei para onde vinha a voz e vi a menina que estava no sonho de Heidy, a garota dos cabelos dourados, ela era ainda mais linda de perto. Estava crescida, agora era uma mulher feita.

Seu corpo esguio me chamou a atenção, seios maduros, pele branquinha, lábios medianos e nariz pontiagudo. Ela me examinava da mesma forma que eu e por alguns segundos a senti em meus pensamentos.

Você é mesmo lindo principezinho... minha mãe tinha razão...” – ela sorriu maliciosa – “Uma pena que meu pai a deixou para a morte antes de me ajudar a nascer”. – continuou.

De repente tudo fez sentido. A vingança de Heidy, o sumiço de todos, a menina no sonho.

“Ele não trocou vocês por mim” – falei num sussurro – “Ele achou que sua mãe havia morrido. Por séculos permaneceu só e só então quando não suportava mais a solidão, aceitou a um pedido de uma moribunda e me trouxe a vida” – resumi nossa história em poucas palavras.

“Mentirrra” – o cabeça branca atrás de mim resmungou e vi a troca de olhares entre eles. Eram amantes, certeza absoluta.

“Se você duvida, entre na mente de seu pai” – ousei fingir acreditar em sua história. Por algum motivo senti que seu dom ia além de ler mentes. Ela lia a vida e o passado.

Suas mãos estavam cobertas por grossas luvas de couro pretas e o vestido também em couro preto lhe dava um ar de “mulher gato”.

Carlisle tombou ao lado do Conde e se ergueu, pacifico como só ele consegue ser.

Olhou para mim mas não pensou em nada, só que seus olhos mostravam que tinha alguma idéia em mente.

A menina, desculpem mas eu só conseguia ver a criança a minha frente, a menina do sonho de Heidy e não a mulher-gato que ela se tornou. A menina seguiu em curso reto até Carlisle e parou em sua frente.

Antes que ela o tocasse ele agarrou seu pescoço num abraço paternal. Sara protestou sem forças e por fim o abraçou também. Fiquei paralisado com medo que fosse mais algum truque, mas nada aconteceu até que as lágrimas se derramaram pelo rosto dela.

“Não posso ser seu pai minha filha” – ele sussurrou afagando os cachos dourados em suas costas.

“Você é, eu confio na minha mãe!” – ela berrou parecendo uma criança birrenta.

Ouvi um murmúrio e barulho de patas atrás de mim, seguido de uma marcha forte e decidida, quase todos olharam na direção, eu não, continuei observando a cena de Carlisle e Sara.

Talvez não houvesse necessidade de confronto afinal.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

___________________________________________________________
Por favorzinho, comentem!!