Irresistível Fanfic Twiligth escrita por Mari Scotti


Capítulo 2
Capítulo 1 - Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo curtinho... mas espero que gostem!



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Era verão na cidade de Forks, apesar das nuvens que encobriam todo o céu e poucas gotas de chuvas que teimavam em cair - hora sim, hora não - nos mantendo protegidos e sem dificuldade em circular pela cidade durante o dia.

Apesar de que, eu pouco me importava, já não suportava mais aquela rotina. Sem prestar atenção em nada e sempre tirando notas excelentes na escola, sempre me dando bem em qualquer atividade.

Saber tudo o que todos pensavam e mesmo assim, sem atentar a nenhum pensamento especifico; era entediante, até mesmo em dias como o de hoje.

 Teríamos um campeonato entre escolas, todos ficavam alvoroçados, pensando nas meninas da torcida do outro time ou nos rapazes do time adversário.

 Era engraçado como a vida deles se resumia em se apaixonar e se desiludir da vida.

 Nunca soube o que era isso. Me tornei vampiro antes mesmo de saber escrever direito.

 Eternamente com 17 anos, com a mentalidade de um velho ranzinza e solitário.

 Claro, que tinha minha família: Esme, minha mãe, Carlisle meu pai, Alice, Rosalie, Jasper e Emmet... sempre estarão comigo.. Mesmo assim ainda sinto um vazio, algo faltando dentro de mim.

 Quase sempre ouço Esme choramingar em seus pensamentos de que gostaria de me ver feliz, completo, ao lado de Tânia, uma das nossas, da família Volturi.

 Mas eu constantemente fugia desta conversa, já sabendo onde ela terminaria: com Esme triste pela minha indiferença.

 “Se for pra amar, que seja alguém que me tire o chão, que me faça sorrir a toa...”

 Sempre ouvi isso nos pensamentos dos humanos, pouco entendi, mas isso se tornou verdade no meu coração de gelo.

Andava agora pela escola, atrás de Alice e Jasper e ao lado de Rosalie e Emmet. Os quatro sempre apaixonados, sorridentes, exceto por Jasper, muito atento, com receio de atacar alguém.

 Eu ficava feliz em vê-los felizes, em atender aos seus desejos, em ajudá-los em tudo, apesar de que quase nunca precisavam de ajuda.

 Observei alguns alunos a direita encarando Rosalie, sempre dita como a garota mais linda da escola e ela se sentia assim mesmo.

 “Nossa, ela é deslumbrante!” – os olhos da garota brilharam ao nos ver passar. Isso era mais que comum, era um saco.

 Rosalie sorriu para ela, como se entendesse seu pensamento e jogou o cabelo para trás das costas com uma das mãos.

 “Eu sei!” – ela pensou antes de voltar novamente seus olhos para Emmett.

 Muito presunçosa, porém muito amorosa também e dedicada quando necessário.

 Uma mulher extraordinária Rosalie. Sentia muito não tê-la visto como Esme e Carlisle queriam, mas ela era feliz com Emmett e eu também em tê-la como irmã.

 Alice era diferente de nós. Sempre teve facilidade em estar com os humanos, pois quando fosse atacar um, sempre previa antes e evitava que acontecesse.

 Sempre alegre, sempre dançando, sua voz doce cantarolando, era a mais “humana” de nós, se posso assim dizer.

 Minha confidente e melhor amiga. Apesar de que não dava pra esconder muita coisa dela, se algo estava errado, logo ela descobria.

 “Edward!” – a ouvi em seus pensamentos, me tirando de meu devaneio e apertei os lábios em resposta.

 Ela me mostrou em sua memória: Uma mulher diferente. Eu estava paralisado no centro da quadra de basquete, em posição de ataque, os dentes a mostra. Enquanto a mulher, continuava vindo tranquilamente em minha direção.

 “O que será isso?” – ela pensou assustada, voltando seus olhos rapidamente pra mim e sorrindo amigavelmente enquanto passávamos por outros alunos.

Balancei a cabeça negativamente, sem que ninguém notasse e Alice começou a verificar meu futuro vendo se eu atacaria a mulher, tentando descobrir quem era ela.

Automaticamente vasculhei o pensamento de todos os alunos que eu via, tentando descobrir se alguém havia cruzado com ela pelos corredores, afinal, se foi na quadra de basquete, ela estaria na escola e em Forks.

 Alice parou de repente, os olhos mortos, as mãos tremulas, Jasper a levou até a parede apertando seu corpo contra o dela para que outros alunos não vissem e logo acalmou o ambiente com seu dom peculiar.

 “O que foi Alice?” – ele sussurrou, abraçado a ela, enquanto alisava seus cabelos com uma das mãos.

 Parei ao seu lado, fingindo ler um livro enquanto Rosalie e Emmett ficaram a alguns passos de nós, à porta do refeitório.

 As imagens na cabeça de Alice eram confusas, vultos sombrios, pessoas correndo e uma moça, não a mesma que vimos antes, mas ela estava parada, observando tudo como se fosse algo muito natural.

 A mulher novamente apareceu, colocando-se entre mim e a moça. Seus olhos sedentos nos meus, estava em posição de ataque, a boca num meio sorriso. Então ela deu um passo em minha direção e eu recuei.

 Pelos olhos de Alice, vi meus olhos vermelhos, senti o gosto do cheiro na minha boca e um rugido saiu da minha garganta.

 Me senti dominado.

 De repente tudo escureceu.

 “Edward! Edward!” – ouvi Alice me chamar, meio atordoado. Meu corpo estava pesado a cabeça rodando. Abri os olhos e encarei os de Alice. Sua mente me dominou, ela revivia os últimos segundos sem parar. Eu estava em pé, de repente caído no chão, assisti assustado.

“Você... vo-você...” – ela respirou fundo – “Você desmaiou Edward!”

Alice caiu por sobre seus joelhos e começou a vasculhar o futuro desesperadamente. Olhei em volta e haviam muitos alunos nos observando, também assustados.

 “Edward, levantem-se e venham ao ambulatório!” – ouvi os pensamentos de Carlisle enquanto passava por nós no corredor.

 Imediatamente fiquei em pés levantando Alice. Sorri para os demais e segui Carlisle.

 “Acho melhor ir a enfermaria” – afirmei – “Me acompanha mana?” – pisquei para Alice.

 A apoiei nos meus ombros, já recuperado e seguimos pelo corredor até a porta da enfermaria, fechando-a atrás de nós.

 “O que foi isso?” – Carlisle me encarou.

 “Não sei pai!” – sussurrei – “Alice estava tendo uma visão, de repente, estava tudo escuro pra mim!”

 Emmet, Rosalie e Jasper entraram e fecharam a porta em silencio, os três evitando pensar, mas igualmente assustados. Nem mesmo Jasper conseguia acalmar-se.

“Ele desmaiou pai!” – Alice informou, revivendo tudo novamente em sua cabeça.

Carlisle ficou imaginando o desmaio, tentando entender como um vampiro, que não dorme, não fica doente, não morre – não em circunstancias normais – poderia desmaiar.

 Sentou em sua cadeira, a mão no rosto, pensativo.

 Lembrou-se de quase todos os livros já lidos e estudados, te todas as historias vividas; um turbilhão de pensamentos me invadindo.

 Novamente me senti atordoado e perdi o equilíbrio das pernas, caindo sentado no chão.

Somente Emmet reagiu, gargalhando alto, em seguida, envergonhado, me ajudou a sentar na maca.

 “O que é isso?” – Alice choramingou baixinho.

 Carlisle levantou-se com o ar preocupado, eu sabia que ele pensava, mas não o ouvia, o que era incomum também.

 Ele se aproximou de mim, estendeu a mão e tocou minha testa, em seguida franziu o cenho e se afastou. Pegou um termômetro e o colocou embaixo da minha língua.

 Eu ri.

 “O que é isso Carlisle? Estou com febre?”

Ele me encarou aturdido. Balançou a cabeça duas vezes e voltou a me olhar.

 “O que foi?” – perguntei inquieto, segurando o termômetro para não cair.

Todos me olharam.

 “Edward, você não me ouve?” – Carlisle perguntou pacientemente.

 “Claro que escuto pai!”

Ele me encarou por alguns segundos, suspirou e falou - “Não, você não me ouve!”

Minha boca se abriu “Ohh!”. Eu não ouvia o pensamento de ninguém na sala.

Fiquei tremulo, o corpo fervendo, meus olhos embaçaram e eu tombei na maca.

Me sentia febril, doente, humano.

 “Humano!” – falei alto, desesperado.

Carlisle arregalou os olhos, feliz.

 “Sim, claro!” – pegou um comprimido na gaveta de remédios, água e me mandou tomar.

 “Você deve estar brincando!” – resmunguei com a voz mole.

 “Você está gripado Edward!”

Todos caíram na gargalhada, exceto por Alice e Carlisle.

 “Pai, isso é impossível!” – engoli o remédio com a água, fazendo careta.

 “Meu menino, nós sabemos que quase nada é impossível. Só precisamos descobrir o que ou quem, desencadeou isso”.

Ele tirou o copo da minha mão, examinou o termômetro.

“42!” – resmungou pra ele mesmo, pegando o telefone, falou baixo e desligou.

“Vamos pra casa, agora!”

“Não podemos, pai!” – Alice disse baixo, a voz tremula.

A encarei, suas feições como se chorasse demasiado.

 “Não vai dar tempo!” – ela continuou – “Ele vai morrer!”

Alice colocou as mãos em seu rosto, sentando sobre suas pernas. Rosalie soltou um palavrão e Emmett me agarrou num abraço.

 “Tem certeza Alice?” – ouvi Carlisle dizer, antes de apagar de novo.

 


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Notas finais do capítulo

OPINEM PLEASE PLEASE



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