The Cord Of Protection escrita por Ana Gabi di Angelo s2, Bacon


Capítulo 2
Observando humanos.


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem :3



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Acordei com uma loba lambendo o meu rosto.

_ Lua! - reclamei e afastei o animal de cima de mim _ Quantas vezes eu já disse que você não pode me acordar desse jeito?!

A loba branca desceu da minha cama e se sentou. Ela ficou me encarando com aqueles grandes olhos cinzas parecendo arrependida.

_ Awn. - falei _ Não consigo ficar brava com você.

Lua latiu feliz e caminhou até a porta. As vezes me perguntava se aquela loba era metade cadela.

Me levantei e a segui até a porta.

Minha casa era um pouco maior que as outras da aldeia, ainda mais por meu pai ser general do exército do Reino. Desci a escada em espiral que dava para a sala e já pude sentir o cheiro do café da manhã vindo da cozinha. Lua saiu em disparada pela porta para ser a primeira a comer, como sempre aliás. Encontrei minha mãe compenetrada em uma maça, por algum motivo.

_ Oi. - falei, tentando chamar sua atenção.

_Oi filha. - disse ela, ainda olhando a maça. _ Pode vir aqui um instante?

Minha mãe é umas das elfas mais bonitas da aldeia. As pessoas dizem que me pareço com ela, mas tenho sérias dúvidas. Seus longos cabelos negros caiam sobre os ombros escondendo as orelhas pontudas, seus olhos azuis e penetrantes pareciam querer olhar através da maça, ela usava um vestido longo marrom com detalhes prateados. Me aproximei e também encarei a maça.

_ O que foi?

_ Observe esta maça e veja se há algum defeito nela. - pediu minha mãe.

_ Hã.. .ok. - peguei a maça e comecei a observá-la. Virei de um lado pro outro, para cima e para baixo, mas não encontrei nenhuma imperfeição. Ela era completamente vermelha e tinha uma folha verde no cabinho encima. Devolvi para minha mãe.

_ E então? - perguntou ela, esperançosa. _Achou algo?

_ Não. Essa maça é completamente perfeita.

Minha mãe torceu o nariz, parecendo frustrada.

_ foi o que pensei. - ela jogou a maça na lixeira.

_ porque fez isso? - perguntei _ Ela era perfeita!

_ Exatamente. - disse, pegando uma maça nem tão vermelha da cesta _ Quanto mais as coisas parecem perfeitas, mais devemos desconfiar delas.

Eu e Lua trocamos um olhar que dizia “Ela está maluca”.

_ Então... - falei _ O que temos para o café da manhã? Tenho que sair daqui a pouco.

_ Sair? - minha mãe levantou uma sobrancelha _ Sair para onde? Vai espionar os humanos de novo não é?

_ Eu jamais faria uma coisa dessas! - respondi, tentado parecer inocente _ você sabe que eu nunca quebraria uma regra tão importante quanto essa!

_ Claro que não. Não depois das 54 vezes que fez isso.

Abaixei os olhos, tentando aparecer arrependida.

_ É, mas eu só fico olhando, não vou falar com eles.

Minha mãe suspirou e se virou para Lua:

_ Cuide para que ela não se meta em encrenca por favor.

_ É! - gritei feliz _ Obrigado, obrigado, obrigado! - me virei para Lua_ Vamos logo! Eles já devem estar lá!

Saí correndo da cozinha com Lua atrás de mim.

_ Pelo menos coma alguma coisa primeiro! - gritou minha mãe, mas eu já estava do lado de fora.

Desci pelo jeito mais rápido: tirolesa.

Segurei firme enquanto descia rapidamente da árvore onde estava minha casa para o chão.

Todas as casas da aldeia ficavam nas árvores, algumas mais alto do que outras. Todas eram ligadas por escadas e pontes para melhor locomoção. Mas se você quisesse chegar ao chão rápido, a melhor maneira era de tirolesa.

Quando cheguei no chão, Lua já estava sentada em baixo de uma árvore me olhando de um jeito que parecia que estava perguntando “Por que demorou tanto?”. Não me perguntem como ela conseguiu descer aquela distância toda e chegar antes de mim porque eu não sei.

Entramos na floresta e nos certificamos que não estávamos sendo seguidas. Depois de meia hora de corrida, chegamos ao acampamento dos humanos. Ao que parece, sempre em um determinado período de tempo apareciam pela floresta humanos acampando. Eu ouvi eles dizendo algo sobre férias de verão, mas não entendi muito bem o significado. Eles sempre ficavam no mesmo lugar, armavam barracas, acendiam fogueiras, e cantavam músicas estranhas e desafinadas em sua língua.

Eram sempre os mesmos humanos, mas ás vezes chegavam novos, como hoje.

Subi em uma árvore e me escondi entre as folhas para não ser vista. Eles estavam fazendo uma chamada, provavelmente para se certificar que ninguém se perdeu. Alguns nomes eram bonitos, outros, bizarros, mas não posso esperar menos de humanos.

_ Joseph Williams. - disse o humano mais velho.

Um garoto de cabelos pretos e olhos azuis levantou a mão. Nunca tinha visto ele por ali antes, mas ele se destacava entre os demais, mesmo mantendo distância dos outros humanos. Ele também era extremamente bonito, mas isso não vem ao caso.

Fiquei observando-o por um tempo, até que ele me viu.

Na verdade, acho que não viu. Foi muito rápido : ele virou a cabeça em minha direção e eu me desequilibrei, caindo de costas no chão.

Lua me olhou preocupada, mas eu não tinha me machucado. Levantei e saí correndo para dentro da floresta, na esperança de que ninguém ouve-se me visto.


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Notas finais do capítulo

quero coments :3