Segredos De Uma Paixão escrita por Gil Haruno


Capítulo 1
Daisuke


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu... novamente! rsrs
Ok. Essa história surgiu do nada e resolvi postá-la. Mas ela será curtinha.
Beijucas!



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Andava de um lado a outro, tirando as roupas do closet, e jogando-as dentro da mala. Quando todas as roupas tinham sido tiradas dos cabides, ela parou para respirar, e se virou para o bebê dentro do carrinho; ele olhava-a como se quisesse entender o que sua mãe fazia.

–Deixe-me tirar esse termômetro, mocinho.

Cuidadosamente ela levantou o pequeno braço da criança e removeu o termômetro.

–Meu bebê está sem febre!

Suspirou alto e levou a mão ao peito em alívio.

–Você vai ter que ficar aqui até a mamãe terminar de arrumar nossas coisas. Ok?

Ao terminar de falar, ela se levantou, mas no mesmo instante ouviu o protesto do filho. Ele tinha apenas três meses de idade, mas já sabia se espernear quando queria algo, e sua mãe sabia que ele queria o seu colo.

–Eu sinto muito Daisuke, mas eu tenho que arrumar nossas malas antes do meio dia.

Sua vontade era de deixa-lo no colo até que ele dormisse, mas ela tinha que fazer inúmeras coisas antes de viajar.

–Podemos entrar? – quatro garotas apareceram na porta entreaberta.

–Podem. – respondeu com um sorriso. –Mas eu não posso dar muita atenção a vocês no momento.

–Entendemos. – disse a garota loira de olhos azuis que, cheia de pressa, correu para pegar o bebê do carrinho. –Vem com a tia Ino, Daisuke.

Ela o pegou com cuidado e um pouco desajeitada.

–Você não notou que Daisuke anda muito manhoso, Sakura?

–Notei sim, Tenten. – respondeu se virando para a amiga de cabelo castanho, que segurava a pequena mão do seu filho.

–É culpa da Ino que não o tira mais do colo. – comentou outra garota de cabelo loiro, porém curto.

–Como eu vou tirar essa coisinha linda do colo? – indagou cheia de mimos, sem tirar os olhos azuis da criança. –Você já pensou em vender as fotos do Daisuke para uma agência? – perguntou olhando a jovem mãe do menino. –Ele é um bebê muito lindo.

–Claro que é afinal Sakura e Sasuke... – ao perceber o desconforto que seu comentário causou a amiga, a moça de cabelo preto e olhos perolados, freou as próprias palavras. –Desculpe Sakura, eu sei que você não gosta de ouvir o nome do pai do Daisuke.

–Tudo bem Hinata, eu não ligo mais para isso. – um sorriso brotou em seus lábios e, mantendo-o, ela voltou a arrumar as roupinhas do filho, sem deixar que suas amigas percebessem o quanto era arrasador escutar aquele nome.

–Seus pais já sabem que você está indo morar com eles?

Sakura se virou para Ino.

–Eu decidi não contar nada agora. – sua resposta deixou-as surpresa. –Eu não posso pegar o telefone e dizer a eles que eu abandonei a faculdade e que estou com um filho de três meses. – inquieta, ela se sentou na cama e passou as mãos no cabelo. –Eu menti para eles todo esse tempo, não sei como irão reagir.

Um silêncio aterrador pairou sobre elas.

–Você já tentou falar com Sasuke pelo menos?

–Eu prefiro correr o risco de ser esculachada pelos meus pais, que procurar aquele idiota!

Tenten suspirou fundo, sem saber como convencê-la de que Sasuke tinha mudado nos últimos meses.

–Eu sei que você o odeia e não gosta de falar no nome dele, mas você está se esquecendo de que ele não sabe que você engravidou numa única noite que dormiram juntos e que ele é o pai do seu filho. – Sakura levantou a cabeça para olhar a dona de tais palavras. –Desculpe, mas nós achamos que você está se precipitando demais.

–A Temari tem razão, Sakura. – Ino chamou sua atenção. –Ele pode ter sido um idiota e tudo mais, mas não acreditamos em toda aquela frieza dele. Depois que você sumiu da Universidade, ele perguntou por você umas três vezes.

–Naruto, Gaara, Neji e Shikamaru estão de prova. – concluiu Hinata.

–Vai vê ele se lembrou de que tinha levado uma garota estúpida pra cama. – disse irônica e sem mais perder tempo voltou a arrumar as malas. –Eu não posso me despedir dos garotos, então digam a eles que eu liguei e estou morrendo de saudades.

Elas, no entanto, só puderam concordar.

–Que horas é seu voo? – perguntou Temari.

–Às três da tarde.

–Tão cedo assim? – indagou Ino.

–Meus pais chegam de viagem ainda hoje, por volta das duas da tarde, e fizeram questão de irem ao aeroporto me buscar. – Sakura fechou a última mala, deixando apenas a bolsa que precisava carregar. –Não faço a mínima ideia de como eles irão reagir quando souberem que são avôs.

–Eles irão adorar o neto. – comentou Ino, encarando os olhos verdes do pequeno.

–Será que vocês podem cuidar dele pra mim? Eu ainda tenho que comprar umas coisinhas para ele na farmácia.

–Você ainda pergunta? – indagou Temari, tirando o menino do colo de Ino.

–Temari, eu acabei de pegá-lo! – disse Ino irritada.

–Por que você não pede um filho a Gaara? – pergutou Temari, arrancando risos das outras.

–Você é uma cunhada cruel.

Em resposta, Temari lhe mostrou a língua.

–Bem, então eu vou correr para a farmácia!

Cheia de pressa, Sakura caçou o tênis e vestiu uma jaqueta jeans.

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Pela terceira vez Sakura tinha verificado a cesta de compras, ainda assim, achou que estava faltando algo.

–Forma de pagamento?

–Cartão. – respondeu tirando os olhos da cesta e olhou a balconista. –Acho que estou esquecendo alguma coisa.

–Quer conferir as compras?

–Ah! É melhor, não é? – indagou sorrindo.

Depois de conferir as compras, Sakura notou que tinha se esquecido de pegar lenços umedecidos.

–Agora não está faltando nada.

–Primeiro filho?

A pergunta da balconista deixou-a atônita, mas ela sorriu balançando a cabeça.

–Sim, é o primeiro.

–Essa fase dos bebês é a melhor que existe! – comentou a mulher sorrindo.

–Em partes por que eu não me lembro da última vez que tive uma boa noite de sono. – ambas sorriram.

De vez em quando Sakura parava de frente a uma vitrine e se perdia nos anúncios de liquidação. Assim que soubera que estava grávida, todo o dinheiro que recebia dos pais era poupado mensalmente, e parte dele ia para a poupança. Gastos ela tivera apenas para montar o quarto do filho, que era seu também e de Ino assim que ela se mudou. Nunca ia se esquecer de como suas amigas transformaram o apartamento e mudaram suas rotinas por causa dela.

–Quem sabe outro dia. – quase murmurou voltando a andar.

O dia estava quente, então ela parou para comprar um sorvete de casquinha. Ao chegar à esquina, parou esperando o semáforo fechar, e não demorou muito para que ela atravessasse.

–Sakura?

Ao ouvir seu nome, sendo pronunciado por um dos motoristas, ela parou no meio da faixa, em frente ao carro esportivo de cor prata.

–Sakura!

Seu nome foi pronunciado com certeza, fazendo-a olhar bem para dentro do carro prata, e reconhecer o dono daquela voz. Apressada, ela andou até chegar à calçada e não parou, nem olhou para trás.

–Sakura!

Ela fora obrigada a olhar para trás, percebendo que o mesmo homem corria atrás dela, sem se importar com a quantidade de buzinas; devido o seu carro está parado com o semáforo aberto.

–Céus! – murmurou aumentando os passos, quase correndo, mas parou por que seu braço fora agarrado.

–Estou correndo atrás de você como um idiota. – seus olhos negros pousaram nela, mas Sakura evitou olhá-lo. –Por onde você andou todo esse tempo?

–Não te interessa! – respondeu ríspida, tentando se soltar da mão dele.

–Claro que me interessa! – gritou, fazendo-a olhá-lo nos olhos. –Você sumiu da universidade de repente, nem mesmo suas amigas sabem onde você está! – algo brotou em seus pensamentos, deixando-o duvidoso. –Elas sabiam onde você estava, não é?

–O que você quer com minha vida? – novamente ela puxou o braço, mas não obteve resposta. –Eu quis sumir da universidade e não queria que ninguém me encontrasse!

–Por quê? – Sakura sorriu, cheia de sarcasmo. –Por minha causa?

–Não, foi por minha causa. – respondeu conseguindo se acalmar. –Me solta.

Vendo-a calma, ele a soltou.

–Vamos nos sentar em algum lugar e conversar.

–Não temos nada para conversar. – ele suspirou fundo ao ouvi-la. –Se você quer me pedir desculpa por ter me usado naquela noite... está desculpado.

–Sakura...

–Eu que não quis enxergar o que estava acontecendo.

Sem ter mais o que dizer e ouvir dele, ela se afastou rapidamente. Quando se sentiu longe dele o suficiente para que suas lágrimas não fossem presenciadas, Sakura não as freou mais. Era triste e vergonhoso constatar que, depois de longos e dolorosos meses, ela ainda gostava daquele canalha.

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–Abre bem a boquinha senão a tia Hinatinha não vai conseguir dá papinha.

Tenten revirou os olhos.

–Você está fazendo de novo, Hinata.

–O quê? – por um instante a morena posou os olhos na garota de coques.

–Falando com o Daisuke no diminutivo e fazendo careta ao mesmo tempo. – respondeu rindo da cara dela.

–É que você não viu a Temari trocando fraudas. – Hinata e Tenten riram do comentário de Ino.

A porta foi aberta e Sakura entrou, sem tirar os óculos escuros.

–Como ele se comportou?

–Muito bem. – respondeu Hinata, terminando de alimentar o pequeno.

–Eu vou trocar de roupa.

Antes de ir ao quarto, ela esvaziou as sacolas, deixando os produtos em cima do sofá.
Hinata paparicava Daisuke tentando fazer que ele arrotasse antes de deitá-lo. Ino lia uma revista. Temari assistia TV. Tenten lia um livro.

–Eu vou levar o Daisuke para o quarto.

Hinata saiu e, ao dá as costas, a campainha tocou.

–Eu atendo!

Temari correu para abrir a porta e quase teve um infarto ao se deparar com quem menos esperava.

–Sasuke?

–Eu sei que Sakura está aqui e não adianta dizer que é engano.

Ino e Tenten se levantaram de imediato, como se quisesse impedi-lo de entrar.

–Como o porteiro te deixou entrar? – perguntou Ino.

–Não interessa. Eu posso entrar ou terei que tirar as três do meu caminho?

–Estressado, é? – indagou Tenten.

–Mentirosas! – acusou ele, deixando-as desconcertadas. –Todo esse tempo e vocês jurando não saber onde Sakura estava!

–Não temos o direito de ir contra a vontade dela. Foi Sakura que não quis vê-lo mais. – retrucou Temari.

Ino cutucou Tenten e assim que a morena a olhou, a loira fez um gesto sutil com a cabeça. Atrás de Tenten estavam as fraudas, remédios, lenços umedecidos e outras coisas comprados para Daisuke. Disfarçadamente Tenten se sentou no sofá, cobrindo os produtos.

–Vá embora, Sasuke.

–Saia da minha frente, Temari.

Pelo olhar determinado dele, a loira deduziu que o rapaz não sairia dali.

–Se você não for embora, terá grandes problemas com o noivo de Sakura. – Ino viu a expressão surpresa dele com sua mentira. –Ela está feliz, nem se lembra mais de que vocês tiveram um rápido relacionamento. Para que procura-la agora?

Ele parecia não querer acreditar no que ouvira e, incerto, deu um passo para trás.

–Noivo? – perguntou sem muito acreditar.

–Na verdade eles estão morando juntos. – concluiu Temari, em resposta. –Foi por isso que ela não voltou mais para a universidade. E, sinceramente, ela fez muito bem.

Sasuke chegou a olhar para dentro do apartamento, como se quisesse vê Sakura por ali, mas acabou se convencendo de que ela tinha mesmo seguido em frente. Sem nada a dizer, ele saiu, deixando Temari bater a porta.

–Essa foi por pouco! – disse a loira, trancando a porta à chave.

–Eu ouvi tudo. – Sakura apareceu na sala. –É melhor assim.











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Notas finais do capítulo

Gostaram?