As Cinco Regras Da Conquista escrita por Winchester B


Capítulo 2
II - Regra Nº 1: PERSONALIDADE


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e desculpas pela demora. Ignorem quaisquer erros, não revisei.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/407892/chapter/2

- Ainda não consigo acreditar que concordei com isso... – ela resmungou, enquanto rolava os olhos.

- No fundo você sabe que sou um gênio e que isso dará certo, minha querida – ele disse, andando de um lado para o outro da sala.

- Claro – ela sorriu sarcasticamente e colocou os sapatos vermelhos de salto que havia ganhado dele – Mas você ainda não me disse aonde iremos...

- Você precisa relaxar um pouco, sabia? – ele disse, parecendo ansioso. Uma coruja de repente bateu na janela do quarto fazendo um barulho que ambos se assustaram – Por Merlin, você não consegue ser mais elegante Aurora? – ele abriu a janela para a coruja, que apesar da bronca, foi para o lado de seu dono, que lhe deu carinho e alguns doces antes que ela saísse novamente – Finalmente!

- Finalmente o que? – ela perguntou curiosa, chegando mais perto dele para tentar ler a carta que ele havia recebido.

- Curiosa Granger? – ele brincou, levantando a carta de modo que ela não alcançasse.

- Claro que não – ela disse, fazendo cara de quem não ligava mas no fundo estava morrendo de curiosidade – Provavelmente é de alguma de suas milhares de namoradas mesmo; eu que não quero ler nada dessas criaturas – e gargalhou de sua própria piada.

- Namoradas? – ele indagou sério, arqueando uma sobrancelha – Parece que alguém não ouviu direito, agora eu sou uma pessoa séria, com uma namorada somente; que por acaso seria você. – ele virou para ela – Se você quer que isso dê certo, você também terá de fazer sua parte, portanto você agora é minha namorada e terá de fazer o que eu quiser.

- Ok senhor, como deseje – ela se inclinou em ato de submissão – E por onde começaremos o plano?

- Pelo Plaza Hotel – ele respondeu, enquanto tentava arrumar a gravata, erroneamente.

- O que tem no Plaza Hotel? – ela questionou e bateu na mão dele, para que ele a deixasse arrumar direito a gravata.

- Um jantar beneficente que nós fomos convidados – estendeu a carta para ela, que tirou dois convites dourados de dentro – E que por um acaso o seu “amor” também comparecerá. É a perfeita oportunidade para iniciarmos nosso plano – colocou os sapatos.

- Certo, mas acho que a roupa que estou usando não é muito adequada para a ocasião – usava um vestido preto decotado e justo, com scarpins vermelhos; ambos presentes dele – Aqui diz que será uma reunião mais formal; não acha que está um pouco ousado demais?

- Está linda e perfeita para o nosso propósito – ele sorriu de canto – Causar ciúmes naquele maldito que roubou o seu pobre coraçãozinho – e começou a zombar da amiga.

- Haha – ela riu sem humor – E o que eu terei que fazer nesse jantar, oh Sr. Soberano?

- Você terá de me seduzir – ele disse, com um sorriso descarado, no qual ela enrubesceu.

- Como assim te seduzir?! – ela engasgou com a própria saliva e ele sentou para esperar que aquilo passasse – Você não disse nada sobre sedução!

- E como você achou que ia conseguir aquele palerma? Pra conseguir provocar ciúmes, você terá de ser bem convincente nessa sua sedução, ou será que você não é capaz? – ele provocou, sabendo que a amiga morderia a isca. Desde que a conhecia sabia que ela nunca rejeitara um desafio.

- É claro que consigo – respondeu raivosa enquanto pegava sua bolsa – Considere-se seduzido!

- Ótimo – ele gargalhou alegremente – Agora só mais duas coisinhas antes de sairmos; você não poderá olhar, conversar ou se dirigir ao Fred em nenhum momento que estivermos na festa, toda sua atenção terá de ser voltada para mim – ela começou a abrir a boca para retrucar, mas ele apenas ignorou – E em segundo, você terá de modificar um pouco sua personalidade; deixará de ser tímida e conversará com todos e sobre diversos assuntos, não importando o quão banais forem. Aceita? – ele perguntou.

- Vai dar certo? – ela perguntou desconfiada.

- Você confia em mim? – perguntou sorrindo.

- E eu tenho escolha?– ela respondeu cansada e deu o braço para aparatarem até o local.

O Plaza Hotel era um dos mais elegantes hotéis de toda a comunidade – bruxa e trouxa – e quando eles aparataram na esquina do local, quase foram flagrados por uma trouxa em vestes elegantes que levava seu pequeno cachorro para seu passeio diário. Ela piscou duas vezes em descrença e seguiu em frente, ao passo que os dois riam e davam graças por não terem sido descobertos. Entraram por uma porta do beco e caminharam alguns minutos por um corredor escuro e frio, até chegarem ao patamar do salão de festas, onde já haviam várias pessoas sentadas e dançando; a completa aristocracia bruxa.

- Córmaco, tem certeza de que  é uma boa ideia? – ela questionou nervosa, analisando os vestidos chiques e os milhares de pedras preciosas que as outras bruxas ostentavam com orgulho.

- Shhh, é claro que tenho. Você não tem nada a desejar, minha cara. Pode ter certeza que todas terão inveja de você – ele disse carregando-a pelo salão como um troféu, e ganhando diversos olhares de aprovação e inveja – Não se esqueça de suas tarefas da noite – sussurrou no ouvido dela cruelmente.

Ela rolou os olhos e eles continuaram andando, até a mesa onde deveriam sentar. Aparentemente, ele havia conseguido lugar na melhor mesa da festa, pois o Ministro Kingsley estava sentado ali, junto com os melhores aurores de todo o mundo, o que incluía Harry Potter e Fred Weasley. Harry sorriu quando viu a amiga, alegre de ter alguém mais íntimo na festa, visto que Gina havia ficado em casa cuidando do bebê.

- Herms! – ele disse feliz – Que saudade. Até agora você foi uma amiga relapsa que nem foi em casa nos visitar – ele resmungou.

- Harry, eu só estou na cidade há três dias, largue de ser ciumento – ela abraçou o amigo e ambos riram.

- É tudo muito lindo e tocante – Córmaco disse enquanto analisava as unhas tediosamente – Mas hoje a Hermione tem uma missão – pegou-a pela cintura e apertou – e ela precisa iniciar seus trabalhos imediatamente – sorriu de lado, com seu sorriso mais cafajeste.

Com raiva de não poder continuar conversando com Harry e ainda infeliz por ter aceitado aquele plano ridículo, ela mordeu o lábio e decidiu que iria seduzi-lo até ele não aguentar. Chegou bem perto dele e sussurrou no ouvido dele sensualmente:

- Se você quer sedução, é o que você vai ter! – e mordeu o lóbulo da orelha dele, que estremeceu levemente.

Harry sem entender nada só deu de ombros, enquanto Fred estava indignado atrás, pois ela sequer havia olhado pra ele e nem o cumprimentara. Desde quando ela era tão íntima do Córmaco?

Ela puxou-o para a pista de dança, onde dançaram uma valsa complicada de modo impecável. Todos os presentes no salão observavam a cena, pois eles haviam ensaiado aquilo durante dois dias inteiros (ele sequer deixara a garota arrumar sua casa) e estava lindo. Ao final, todos bateram palmas e queriam conversar com o casal mais cobiçado da noite.

- Hermione, que prazer em vê-la esta noite – disse Jonathan Du Verier, um importante auror francês que trabalhara com ela durante o tempo que estivera na França – Está cada dia mais bela- e beijou a mão dela, que enrubesceu.

- Ora Jonathan, e você cada dia mais galanteador – sorriu alegremente – Como vai a Srtª Catherine? – perguntou sobre a amiga e noiva de Jonathan.

- Está ótima, estamos morando juntos no apartamento dela agora – ele começou – Quando o quarto do bebê ficar pronto vamos nos mudar em definitivo para a mansão.

Enquanto conversavam sobre os mais diversos assuntos e passeavam pelo salão, Hermione mal notara o olha enfurecido que determinado ruivo lhe direcionava; mas aos olhos treinados de Córmaco, nada passava direto. Ele fazia questão de tocá-la a cada segundo e de fazê-la enrubescer a todo e qualquer momento, provocando-a até o limite.

Não que ela o deixasse ir muito alem, estava bastante decidida do seu poder de sedução. Até o momento cumpria sua parte no trato muito bem, conversara com todos, dançara com muitos e, para sua própria descrença, estava se divertindo muito.

- O que está achando minha cara? – Córmaco perguntou, chegando por trás e abraçando-a pela cintura.

- Estou me divertindo muito – ela sorriu e virou para ficar de frente com ele, entrelaçando seus braços no pescoço dele – E você, acha que está dando certo? Estou conseguindo te seduzir? – ela mordeu o lábio inferior e o beijou no pescoço lentamente.

- Olha, você está fazendo um trabalho excelente! – ele disse segurando a gargalhada – Consigo sentir daqui o tanto de ódio que estão direcionando pra mim só com olhares – apertou a cintura dela – Está pronta para o grand finale?

- Grand Finale? – ela questionou confusa, mas não teve sequer tempo de raciocinar sobre aquilo; Córmaco a beijou com paixão, fazendo-a esquecer de todo o resto; até mesmo de que Fred estava ali, presenciando aquilo. Separaram-se após alguns segundos, ela ainda confusa e ele sorrindo de lado, observando a reação de todos com sua visão periférica.

- Porque você fez isso? – ela perguntou baixo, mas em seus olhos havia raiva – Isso não fazia parte do trato!

- Você pode não entender agora, mas pode ter certeza que no futuro você irá – e olhou diretamente para Fred, sorrindo descaradamente. Pegou os casacos e ambos deixaram o salão – Acho que você deveria me abraçar agora – ele disse – Para o bem do plano.

Ela o abraçou a contragosto (e também porque estava uma noite fria) enquanto saiam para as ruas de Londres; já estavam virando a esquina para irem ao beco quando ouviram gritos e passos apressados em direção deles. Viraram e para a surpresa de Hermione, Fred vinha correndo pela calçada, com o rosto vermelho e os cabelos bagunçados.

- Herms – ele começou, mas estava sem fôlego e teve de falar pausadamente – Você está bem?

- Eu? – perguntou surpresa – Claro, porque não estaria?

- Não sei – ele respondeu, fuzilando Córmaco com os olhos – Você sequer falou comigo a noite inteira, até parece que não me viu.

- Estávamos ocupados, não é Herms? – Córmaco respondeu por ela, enrolando nos dedos uma mecha do cabelo castanho dela.

- Err... Claro – ela respondeu incerta, mas logo entendendo o jogo de Córmaco – Achei que você estaria ocupado com a Emilia; sem contar que meu namorado precisa da minha atenção, agora que estou em Londres – e virou para Córmaco sorrindo.

- Namorado?! – ele exclamou e engasgou um pouco – Bem, você não tinha dito que estavam namorando, mas muitas felicidades para o casal – Fred olhou friamente para ambos – Quando der passe na loja Herms... – e saiu andando com as mãos nos bolsos, parecendo confuso.

- Pode deixar que nós vamos! – Córmaco gritou para ele, enquanto Hermione tentava se segurar para não gritar de alegria. – Eu disse que ia dar certo – ele beijou o topo da cabeça da garota e aparataram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixem reviews com suas opiniões. Beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Cinco Regras Da Conquista" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.