My Problem Is You escrita por Bárbara Farias


Capítulo 20
Battle cry


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas, como vão?

Vim aqui par postar mais um capitulo e responder uma pergunta feita no comentários:

1- A Katniss e o Peeta ainda não vão se beijar nesse capitulo. Eu sei, eu sei. to demorando pacas e minha fanfiction peetniss parece que é só pala. Se acalmem jovens!!! A fic não é sobre o casal feliz, é sobre os problemas que os seu amigos passam, o couple é apenas uma consequência da aproximação deles.

Adorei os comentários no capitulo anterior e mando um beijo para Sisi Gardelha, Pão de queijo do Peeta (Bia sá linda) e FeerEaton que deixaram o anonimato e resolveram dar o ar da graça. #BejoPraVocês

Capitulo musical. Juro que é o ultimo que faço.
Battle Cry - Imagine Dragons : http://www.youtube.com/watch?v=oejTE2bForo



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Pov Katniss

– Tem certeza que vai funcionar? – perguntei novamente a Peeta enfatizando o “Certeza”.

– Não Katniss, eu não tenho certeza – falou enquanto nos seguíamos o mesmo caminho para ir até salas diferentes que ficavam no mesmo andar – ninguém tem certeza de nada, afinal, os planos podem mudar e nada sair como planejado.

Olhei para ele incerta.

– Acabei de sair de uma aula de filosofia – respondeu a minha confusão. – ainda to com o assunto na cabeça.

– Me diz novamente onde estão os meninos – pedi a Peeta – eu não escutei da primeira vez.

– Cato vai passar o dia todo ajeitando a quadra coberta para o teste de hoje, e Finnick está o ajudando e Gale... – falou e eu o interrompi.

– Não era para você está ajudando no lugar do Finnick? Não é você o vice capitão?

É, sou eu, - falou desgostoso como se desaprovasse a ideia – mas o treinador falou que dois Mellark’s juntos prestam para jogar bola. Ajeitar qualquer coisa, não.

Gargalhei sonoramente atraindo a atenção de alguns ali.

– Então você ficou assistindo aula em vez de se divertir? – fali após para de rir – Isso é hilário.

– Não é – falou se encostando em um dos armários do lado da porta da minha sala, na qual estava sem professor – Eu também queria matar aula.

– O aluno perfeito matando aula? Inacredito – ri mais um pouco.

– Então – Pigarreou mudando de assusto – Sabe o que vai fazer, não é?

– Sim, vou falar com a Clove no teste, nós vamos ver as meninas, aproveito e falo com ela sobre isso.

– Falo com o Cato também no teste – olhou para a porta da sua sala – Meu professor chegou, tchau – beijou minha testa e saiu correndo para a sua sala, o professor ia fechar a porta e Peeta apareceu enrolando o professor e dando um jeito de entrar na sala.

Ri comigo mesma da cena e avistei o professor de Literatura chegando conversando com duas alunas sobre alguma coisa, ele faz um sinal com a mão para que os alunos que estão do lado de fora da sala entre, e o fiz. Pouco depois Clove, Glimmer e Madge, que haviam ido no banheiro, retornam e se sentam no lugar de costume.

~*~

Clove e eu já estávamos sentadas a uns 10min esperando o teste começar. Delly estava sentado em uma mesa, localizada na frente de uma das arquibancadas da quadra aberta.

A quadra aberta é, basicamente, uma quadra de futebol americano, por que nos bons anos desse colégio, tinha um time de Futebol americano. E segundo a lenda, o jogador estrela do time foi para uma festa antes do dia do jogo final, eles permaneciam invictos até aquele jogo. O Cara estava visivelmente ainda bêbado e totalmente chapado, então o treinador do time mandou ele ficar no banco por que pesou que o resto do time podia jogar. Mais o time ficou totalmente deslocado sem o jogador estrela. O diretor daquela época, ficou totalmente irado e excluiu o esporte do colégio até hoje. Desde então o diretor aposta no basquete e o campo ficou para as garotas treinares, aulas de educação física e eventos.

Em pequenos grupos, as garotas aparecem na quadra e Delly manda elas se sentarem na arquibancada. Glimmer e Madge surgem então com regatas grudadas ao corpo e leggins específicos para exercícios físicos. Se sentaram perto de nos.

– Todas estão ai? – perguntou Delly um tempo depois – Vamos começar. Primeira fase: Eu vou chamar uma por uma, e vocês vão improvisar uma dança com a música que estiver tocando, ela pode ter uma batida forte, fraca ou ambas. Vale passos famosos, inventados, acrobacias e coreografias prontas. – Não sei se ela notou, mas “passos famosos” e “Coreografias prontas” são quase a mesma coisa.

Clove revirou os olhos.

Então ela começou a chamar as garotas em ordem alfabética.

– Glimmer Mellark – pronunciou o nome com um certo repudio, depois de umas dez apresentações. – O palco é todo seu.

Mandamos um boa sorte para a Glimm antes dela ir à frente da mesa onde estavam a Delly, Cashmere e a treinadora. Todas as outras lideres estavam no primeiro banco da arquibancada, com cara de entediadas.

– Você vai dançar essa música – um ritmo calmo de teclado começou a tocar, e em seguida um som parecido com um uivo e em seguida um som parecido com violão acompanhou o teclado e o uivo. Eu conhecia bem à musica, mas duvidava que a Glimmer conhecesse. – Comece.

Just one more time before I go

I’ll let you know

That all this time I’ve been afraid

But wouldn’t let it show

Nobody can save me now, no

Nobody can save me now

Ela ficou perdida por alguns segundos, mas assim que começou a letra ela deu uns passos esquisitos, como se estivesse dançando ballet. Então lembrei que ela falou uma vez que quando era pequena dançou ballet por 4 anos.

Levava a mão ao céu e dava uma pirueta abaixando a mão e dava curtos saltos, até a música voltar a tocar só o uma nota de teclado. E depois da primeira frase uma bateria e instrumentos de percussão acompanham fazendo improvisar passos de break e hip-hop – que eu sabia que Glimmer sabia fazer.

Stars are only in darkness

Fear is ever changing and envolving

And I, I feel poisoned inside

But I, I feel so alive

Ela se esforçou para seguir acompanhando a música que provavelmente nunca escutou na vida, e depois de um tempo ela parou de fazer passos e seguiu fazendo gestos no mesmo ritmo da música e balançando o tronco da mesma forma.

Nobody can save you now

The king is crowned, it’s do or die

Nobody can save you now

The only sound

It’s the battle cry

It’s the battle cry

Nobody can save you now

It’s do or die

Ela então dançou o resto da música misturando ballet com break fazendo uma dança linda e combinando perfeitamente com a música. Foi a melhor apresentação até agora, e não digo isso por que ela é minha amiga, mas sim porquê foi a melhor apresentação até agora, até a Clove está curtindo.

Quando a música parou, todos batemos palmas, diferente de como fizemos com as outras, a da Glimmer ficamos empolgadas e falantes. Mas a Delly bateu palma por educação, não tinha empolgação nela.

Vi isso quando ela virou e encontrou meus olhos, em um aviso mudo que eu prestasse atenção em alguma coisa, ser atenta a alguma coisa. Virei para traz a procura de alguma “seguidora” sua, porém não encontrei ninguém.

Ela voltou a sua posição original e escreveu alguma coisa e chamou a próxima. Glimmer olhou para nós e sorrimos em aprovação para ela, que gesticulou para mim se eu estava com o celular e a bolsa dela, levantei-os para ela saber e saiu do campo em direção aos corredores do colégio. Possivelmente para beber agua.

Após mais algumas apresentações, Delly finalmente chama Madge e manda ela dançar Summer do Calvin Harris. Ela também faz uma apresentação incrível com piruetas, mortais e escalas, gestos e passos coreografados. Quando terminou aplaudimos com animação, e ela foi beber agua para depois se sentar com as garotas que já dançaram sentadas no gamado. E Delly chamou a próxima. Decidi então que está na hora de falar com a Clove sobre o assunto.

– Clove? – a chamei.

– Oi, Kat? – ela tirou a atenção do celular em suas mãos.

– Por que você anda assim ultimamente? – perguntei. – Tão aluada.

– Por que eu não to conseguindo dormi direito, - respondeu – ta impossível dormir naquela casa, com o Tonny passa mais tempo lá em casa do que na casa dele, e fica me pedindo as coisas direto e quando eu nego minha mãe me olha feio e me obriga a ir buscar aquilo ou leva qualquer coisa para qualquer canto.

Ela estava com uma aparência chateada e cansada.

Olhei para seus pulsos e ela, quando notou, levantou os braços na altura da cabeça, para eu ver que ela não tem mais se cortado. Ela estava com a camisa de manga curta, o que possibilita ver se tem alguma coisa no braço dela. Não tinha nada além de umas marcas de dedos vermelha de quando foram tirar ela de cima de um rapaz mais cedo.

– Isso não explica o porquê de você tá mais agressiva ultimamente, tá brigando mais com mais pessoas e só essa semana já foi duas vezes para a sala do Sêneca.

– Sempre foi agressiva Katniss. As pessoas dão motivo para brigar com elas, eles são cegos para não verem uma pessoa tão estressada com eu? Mas não, eles esbaram em mim o tempo todo. – falou irritada – E em minha defesa aquele garoto que eu bati hoje de manhã perguntou se eu tava de TPM, e é bem capaz dele nem saber o que é isso.

– Talvez esse seu estresse todo venha a ser da magoa que você guarda.

– Pode ser. – Falou simplesmente.

– Então não seria interessante tentar se dar melhor com as pessoas em sua volta com que você briga constantemente? – Não falei com quem, por que ela sabe de quem foi que eu falei. Cato e Madge.

Ela olhou para mim com os olhos serrados, procurando algum traço de brincadeira, mas meu roto demostrava seriedade.

– Até seria, - suspirou – se eles parassem de ser tão idiotas.

– Geralmente é você que começa as brigas Clove – falei cuidadosa.

– ...Por que eles me irritam primeiro.

– Mas sério, não seria interessante vocês três ficarem em um lugar sozinhos sem ninguém sair ferido?

– Pra mim tanto faz, sabe que eu não saio ferida. – brincou mais eu não estava brincando. – É, Katniss, seria ótimo ficar sozinha com eles sem precisar gritar ou bater em ninguém.

– Então por que não tenta conversar com eles e resolver as diferenças? – perguntei.

– Eu adoraria Katniss – falou verdadeiramente – mas você sabe que eu não dou o primeiro passo.

Esse é um dos defeitos da Clove, ela é muito orgulhosa. Nunca vai atrás de ninguém para nada, se ela estiver certa, e ela sempre sabe quando está certa e quando está errada. A maldita tem um controle mental incrível, pena que muitas vezes não faz bom uso dele.

– Mas se tipo, por exemplo, o Cato te chamasse para conversar? Assim para conversar mesmo, você iria?

– Cato? Tomando iniciativa para alguma coisa? – zombou – Sei lá, ele provavelmente só estaria me zoando. Diria que sou uma idiota iludida e sairia rindo.

– É, talvez você tenha um pouco de razão. – ficamos em silencio por um tempo. – Mas se alguém que, sei lá, queira resolver as coisas com você, de alguma forma. Seja ela sua mãe, Madge, qualquer um que tenha e ofendido e queira se desculpar – falei com seriedade -, ou seu pa-pai, Delly-ly ou C-Cato. – falei esses três últimos com dificuldade por que estava rindo e isso era impossível de acontecer (Talvez não o ultimo) – Só não vá conversar a sós com o Tonny, ele é um idiota – voltei a falar seria, e ela que estava me acompanhando nas gargalhadas parou e assentiu com seriedade.

A abracei de lado e ficamos o resto das apresentações assim e quando deu 2:25h PM Delly deu um intervalo para as garotas, para que elas voltassem ao campo de 3h PM para saber quem iria para a segunda fase.

Clove e eu encontramos as meninas embaixo da arquibancada, entregamos suas coisas e decidimos ir ver como os meninos estavam se saindo no teste de basquete.

Chegamos na quadra fechada acompanhada de muitas outras pessoas que estavam no teste de líderes e outras saindo do auditório – que fica no andar superior e tem uma escada exclusiva para o local que fica perto do portão da quadra e do corredor que dá acesso ao campo.

A arquibancada estava razoavelmente cheia e a quadra, em si, estava dividida em diferentes “provas”. Um circuito no caso.

Os jogadores do time estavam jogados na primeira fileira da arquibancada, conversando, usando o celular ou escutando música, nenhum prestando realmente atenção ao eu acontecia na quadra. Cato e o treinador estavam em pé explicando alguma coisa a cerca de 35 garotos – cansados, suados e ofegantes – que estavam jogados no chão no canto da quadra. As pessoas que acabaram de chegar, aproveitaram o intervalo que eles fizeram para sentar na arquibancada.

As meninas e eu fomos direto para onde o time estava e nos sentamos na fileira acima de Peeta, Finnick e Gale.

– Olá meninas! – Gale foi o primeiro a nos saudar, já que não nos vimos nos intervalos – Como foi o teste? – perguntou para Madge e Glimmer.

Lacramos – respondeu Madge e Clove riu como se ela tivesse dito algo muito engraçado, que passou para uma gargalhada de escarnio.

Ficamos um tempo olhando para ela, mas ela ria naturalmente, tinha até lagrimas saindo dos seus olhos. Até que olhei para onde estava Cato, ele estava com uma cara furiosa para cima de um menino e estava sendo segurado por uma pessoa que estava fazendo o teste. Clove continuava gargalhando.

Eles estavam a uma distância que não poderia ser ouvido, mas vi o garoto abrir a boca e falar alguma coisa. Cato conseguiu se soltar do garoto e avançou em cima do primeiro rapaz. E Clove, que estava finalmente parando de rir, gargalhou mais ainda. Foi quando eu me toquei que ela estava rindo do pobre rapaz que estava levando uma surra.

Foi então que percebi que todos na arquibancada estavam olhando para o ataque da Clove e ninguém ia ajudar a separar a briga.

– Clove – repreendi – Não já falei para você que violência é feio e que não é para ficar rindo das surras dos outros?

Sim mamãe – respondeu com dificuldade, depois apontou para a briga – é que aquilo é muito engraçado.

Foi quando todos que estavam observando a Clove ter um ataque seguiram seu braço e viram a briga.

Peeta foi o primeiro a levantar para tentar tirar o irmão dali, já que os que estavam fazendo o teste não conseguiam. Foi seguido por Finnick, Gale e o resto do time, que saiu de transe. Eu não via o treinador em canto nenhum. E uma gritaria começou. Uns incentivando, outros apenas gritando.

Segundos depois Cato foi segurado por Peeta, Finnick e outro garoto do time, enquanto Gale e outro garoto, mantinha o rapaz que apanhou em pé e a uma distância segura do Cato.

– O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – gritou o treinador quando chegando na quadra com Sêneca.

A gritaria sessou e o treinador e o vice-diretor se aproximaram do grupo e falaram alguma coisa, houve um momento que todos – TODOS – que estavam fazendo o teste apontaram para o rapaz apanhado. O treinador mandou ele sair da quadra e ele foi acompanhado de Gale, o outro garoto e Sêneca. Então o treinador apontou para a porta do vestiário masculino, e Cato, Peeta, Gale e o outro garoto foram para o vestiário. O treinador falou mais alguma coisa e alguns saíram da quadra e outros se sentaram na arquibancada.

Minutos depois os que saíram voltaram e Finnick e o outro garoto também saíram.

– O que aconteceu? – perguntei ao meu irmão quando ele se sentou onde estava anteriormente.

– O rapaz que apanhou, Athilá, começou uma briga verbal com Cato, e ele se estressou e foi bater nele. Depois o aconteceu tudo aquilo, e o treinador perguntou o que aconteceu, mandou o Athilá para a sala do Sêneca e o Cato ir esfriar a cabeça, literalmente. Agora ele ta tomando um banho frio.

– Peeta ficou lá? – perguntou Madge.

– Meio obvio não? – respondeu Clove e eu cutuquei ela com o cotovelo.

Já Madge ignorou seu comentário.

– Ele provavelmente vai dar um sermão no Cato – falou Finn.

Ficamos conversando até os gêmeos saíram do vestiário. O técnico então que havia pedido para quatro pessoas do time desmontarem todo o circuito feito, mandou todos – jogadores e quem queria entrar no time – irem para o meio da quadra.

– Está melhor? – perguntou alto para Cato quando chegou ao meio da quadra.

Ele estava com uma cara de cansado e estava com o cabelo loiro molhado, confirmando o que o Finnick falou, dele ter ido esfriar a cabeça, literalmente.

Ele apenas balançou a cabeça.

– Vocês vão jogar basquete agora – falou o treinador e algo me dizia que ele sempre falava alto. – vocês são trinta e quatro, quer dizer trinta e três iniciados, vou fazer três equipes e três jogos. Cada equipe com onze jogadores. O terceiro jogo vai ser iniciados contra o time original. Lembrando que todos vão ter que saber seu número, para trocarmos os jogadores durante o jogo. Exemplo: time vermelho, número um pelo número 2.

Percebi então que tinha uma bolsa enorme nas mãos de alguém do time.

O treinador pegou um monte de regatas, abertas na lateral, da cor vermelha e da cor verde. E saiu distribuindo ela aleatoriamente pelos os jogadores iniciados, quando terminou, entregou a da cor amarela para os que restaram. Os do time ficaram com o uniforme azul.

Quando deu 5minutos para 3h, Delly apareceu na porta da quadra chamando – gritando histérica – pelas meninas que faziam o teste para entra para as líderes. Atrapalhando o pré-jogo.

Algumas meninas fizeram caras de tedio e indignação, por que alguns meninos tiraram a camisa para colocar a regata, a minoria colocou por cima da camisa/regata que estavam.

Agora que estava ficando bom. – escutei uma das garotas dizer.

Boa parte da plateia das líderes ficou para acompanhar o teste dos meninos. Clove e eu decidimos ir com Glimmer e Madge.

A Treinadora então sem enrolação falou o nome de vinte das trinta meninas que iriam para a segunda fase. As meninas estavam nessas vinte.

– Lembrando que só vai ficar 10 garotas, para cobrir a vaga das últimas 5 que saíram do time ano passado, pois estão na faculdade. – Falou Delly – A segunda fase vai ser a seguinte: vai ser um treino normal, como se todas estivessem sendo verdadeiras líderes. Vamos fazer o alongamento, ensaiar os passos e por fim tentar juntar tudo. Eu e a Cashmere vamos avaliar vocês novatas. Amanhã vamos divulgar o nome das quinze que vão para a terceira fase, que vai ser no sábado. Entendidas?

Todas as garotas fizeram 5 filas indianas e começaram a imitar a treinadora no alongamento. Até mesmo a Delly e a Cashmere estavam se alongando. De coisas simples como segurar o pé esquerdo por 20 segundos, depois o outro; à complicadas como abrir escala – impressionante como todas as iniciantes essa terrível e dolorosa habilidade. Eu fiquei cansada de apenas ver elas fazendo o alongamento, que durou 35 minutos.

Depois elas passaram a imitar a mulher que fazia passos simples, e passavam para complicados. Colocava a música para tentarem fazer os passos iguais e com ritmo.

Claro que as líderes antigas já tinham a manhã, e já estavam acostumadas, e claro, também, que as iniciadas tinham um pouco de dificuldade com os passos complicados. Mas eu diria que a Glimm e a Mad estão indo muito bem.

Quando deu 5h PM, o teste dos meninos acabou e a plateia, os garotos que querem entrar pro time e o time – estes dois últimos estavam molhados como se tivessem saído de um banho mais na verdade era só suor–, veio para ver o, resto do, ensaio das meninas.

Já estavam na última parte de juntar tudo com a música. Elas davam manobras no ar, mortais, passos – quase – sincronizados, e no fim da música, passos ousados, com: reboladas, morder a ponta da unha e olhar sedutoramente para a plateia – tive que rir quando a treinadora mostrava como fazer o passo.

Quando acabaram de dançar a arquibancada estava cheia de garotos suados aplaudindo as garotas de pé. Até mesmo Peeta e Finnick estavam lá assoviando e rindo da vergonha de algumas.

~*~

Já passavam das 6h da noite quando eu finalmente cheguei em casa, estava tão cansada que subi direto para um banho e me joguei na cama com o cabelo ainda molhado.

Isso é meio irônico, começou meus pensamentos, Glimmer e Madge que pegam no pesado e você que fica cansada.

Era totalmente verdade.

Depois de implorar para Finnick me levar até o andar de baixo, tive que fazer isso eu mesma. Fui o caminho todo resmungando.

– Você não fez nada o dia todo Katniss – repreendeu-me meu irmão – eu que deveria estar cansado, não você.

– Você não sabe do que está falando, Finn. – defendi-me – aquelas garotas são loucas de fazer aquele tipo de atividade física, só de olhar para elas cansa. Minhas costas estão doendo pela a Madge, ela deu cada mortal Mortal.

Effie ria da minha desgraça.

– Um dia você vai encontrar a atividade física ideal para você Katniss – falou Effie pacientemente – Quando encontrar, não vai mais querer parar.

– Tipo você no fitness querida? – perguntou Haymitch.

– Sim – respondeu divertida.

Após o jantar me joguei novamente na minha cama, com o cabelo úmido e nada incomodada com o molhado na cama que meu cabelo fez da última vez que deitei com o cabelo molhado.

Peguei meu celular e coloquei para tocar música em aleatório. O Som ecoava no meu quarto e eu dançava com as mãos no ritmo da batida.

Duas ou três músicas depois, começou a tocar Battle Cry do Imagine Dragons. A mesma música da apresentação da Glimmer.

Dessa vez eu comecei a cantar em vez de dançar. E quando a música acabou me toquei realmente sobre o que falava a letra da música.

Voltei para o início e prestei atenção na letra, dessa vez.

Só mais uma vez antes que eu vá
Deixarei você saber
Que todo esse tempo tive medo
Mas não deixei transparecer
Ninguém pode me salvar agora, não
Ninguém pode me salvar agora


Estrelas são visíveis apenas na escuridão
O medo está sempre mudando e evoluindo
E eu, eu me sinto envenenado por dentro
Mas eu, me sinto tão vivo

Ninguém pode te salvar agora
O rei é coroado, é fazer ou morrer
Ninguém pode te salvar agora
O único som
É o grito de guerra
É o grito de guerra
É o grito de guerra
Ninguém pode te salvar agora
É fazer ou morrer

“Ninguém pode te salvar agora” Eu nunca fiquei tão apavorada com uma música. Por isso ela olhou para mim quando a música terminou. Ela usou a apresentação da Glimmer para me atingir. Ela vai atacar, era tudo que minha mente dizia.

Tentei levantar da cama, mas minha mente girou e eu cai de volta no colchão.

Eu queria me mostrar forte. Queria mostrar que isso não tinha me atingindo, mais era difícil, já que eu sabia o que a Delly era capaz de fazer. Isso me deixava apavorada.

Mais a situação só tende a piorar, por que eu não sei o motivo de todo esse ódio.

Desliguei o celular, não querendo saber dele por um bom tempo. Eu queria dormir, mais minha mente me levava a minha infância, ou os piores momentos dela. 98% envolviam a Delly.

Quando eu notei já estava dormindo mais acordando a cada segundo com pesadelos e mais pesadelos.

~*~

– Você está com uma cara péssima – comentou Clove quando me aproximei dela.

– Você é a quarta pessoa que fala isso hoje – falei – Primeiro foi a Effie, depois o Finnick e Haymitch.

Ela riu, hoje ela estava radiante. Estranho.

– Por que está me olhando assim? – perguntou para mim quando caminhamos para os armários.

– Você ta muito estranha hoje – falei – ta rindo, animada, e nem parece que ta com sono...

– Não estou, pelo contrário, eu estou feliz. – falou divertida – Liesel e Tonny não estavam em casa quando cheguei ontem. Eu dormi a noite toda. E quando acordei eles também não tavão. – gargalhou – por tanto que minha mãe não chegue em casa gravida, ela pode dormir fora de casa com aquele ser quantas vezes quiser.

Ri junto com ela. Clove tinha um humor negro respeitável.

Por um momento eu esqueci minha noite terrível.

Peeta e Cato estavam na frente do armário da Clove. Chegamos mais perto deles, obviamente estavam esperando Clove.

– O que vocês estão fazendo ai? – perguntou ríspida, nem parecia a Clove de alguns segundos atrás.

Cato abriu a boca para falar algo, mas Peeta foi mais rápido.

– Cato quer falar com você Clove – falou num só folego. Olhamos para o segundo Mellark que balançou a cabeça positivamente.

Clove olhou para mim quase desesperada, perguntando se ia ou não.

Respondi silenciosamente para ela ir, ou para se lembrar da nossa conversa de ontem.

– Se você falar alguma besteira – falou ameaçadoramente – eu espalho para a escola que você pega os frangos no banheiro.

Cato engoliu seco e ofereceu a mão para Clove, que negou com uma cara de nojo. Ela me deu sua bolsa e segui Cato lado-a-lado em uma distância segura.

– Isso foi muito bizarro – comentou Peeta.

– Sim foi – falei olhando eles até serem engolidos por uma massa de adolescentes no corredor – O que você falou com ele?

– O que foi planejado – disse – Perguntei a ele se não cansava de brigar com a Clove, lembrei a ele que ela ficou mal quando ela beijou ela e incentivei ele a falar com ela, resolver tudo. E você?

– Também o planejado. Comecei perguntando o motivo de toda a revolta dela nos últimos dias, se ela não estava cansada de brigar com o Cato e Madge. Mas ai lembrei que ela é muito orgulhosa, então incentivei a ela ir conversar, CONVERSAR, com as pessoas com que ela já brigou ou fez algum mal a ela ou ao contrário, mas apenas se ela vinherem falar com elas, já que ela é orgulhosa o bastante para nem olhar na cara da pessoa.

Conversamos mais um pouco sobre Clove e Cato e sobre o nosso plano. Contei sobre a ideia que eu tive e ele teve um ataque de risos. Fingir-me magoada, mas na verdade era uma ideia terrível.

Logo que o sinal tocou, ele beijou minha testa e saiu andando até sua sala.

Clove não apareceu nas primeiras duas aulas, e Glimmer e Madge perguntaram dela para mim, já que eu estava com sua bolsa. Mandei uma mensagem para ela que respondeu que na terceira aula aparecia.

Quando tocou fui direto para a sala de física, onde ela estava me esperando. Dei sua bolsa que agarrou como sua vida dependesse disso.

– O que aconteceu Clove? – sentei ao seu lado na mesa.

A sala de física tinha 4 mesas grandes com cadeiras o suficiente para a sala toda – e ainda sobrava.

– A felicidade passou – respondeu como o peixinho Martin de procurando Nemo fala em alguma parte do filme.

– Ele pediu para eu sair com ele, Katniss – segredou-me.

– O que? – perguntei mais baixo, já que já estavam chegando mais alunos na sala.

– E eu aceitei Katniss, assim de primeira, sem pensar – falou rápido – Isso quer dizer que eu ainda gosto dele Katniss, eu não quero gostar dele.

Eu a abracei.

– Então eu pedi segredo. Sabe, por que Glimmer e Madge são duas matracas chatas e eu não queria ser perturbadas com elas, e sobre a minha resposta rápida eu falei sobre a nossa conversa de ontem, sobre você me dizendo que eu devia conversar mais com as pessoas e resolver as coisas pendentes. Ele aceitou a condição.

O professor chegou na sala junto com Madge e Glimmer que sentaram na nossa mesa. Clove não chorava, mas parecia triste.

O professor barrou muita gente de entrar, já que ele já estava na sala. Então nossa mesa ficou apenas com Clove, Glimmer, Madge, Annie – que saiu da mesa onde estava e pediu para senta com a gente – e eu.

Ficava de instante e instante olhando meu celular para nada. Talvez Peeta não saiba disso.

– Sta. Everdeen, - chamou-me o professor – poderia guardar o celular? Ou vou ter que guardar na minha mesa?

Levantei minha bolsa na altura do seu campo de visão e joguei meu celular lá dentro. Que cara chato.


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Notas finais do capítulo

Vocês gostaram? Real ou não real? Please me façam feliz me respondendo, assim como nos leitores ficamos feliz ao ler a antepenúltima pagina de a esperança. (pelo menos as Peetniss shippe'res ficaram)

Então... Gostam de SongFic's??? Supresinha vindo por ai hehehehespokaspoakksoakspaksoaksp