My Problem Is You escrita por Bárbara Farias


Capítulo 15
Glad You Came


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu sei que demorei e mereço ser linchada pela demora, mas aqui esta um capitulo grandinho pra compeçar.



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POV Katniss

Os dias se passavam lentamente em Long Beach. Acordamos tarde, ficamos horas fritando na areia, passamos à tarde na piscina e dividíamos a noite em jogos com bola e tabuleiro, com direito a pausas para churrasco, pizza caseira e hambúrguers.

Quando falávamos sobre o ano escolar seguinte, eu sempre dava uma pista a Effie e Haymicht sobre a carona merecida ate a escola, que ficava a um quarteirão de distancia a antiga escola – fora que aquela escola é enorme e que, segundo os meninos, a tantas escadas e rampas, que só de olhar cansa -, uma vez, ate dei a ideia de dar um carro a Finnick, afinal, o caminho era longe, ele é um bom irmão, ele tem carteira, ele seria meu chofer particular e ele daria carona também para Clove, Madge e Glimmer.

Foram muitas indiretas sobre o assunto.

Enquanto Clove fugia do namorado da sua mãe, que em alguma vez durante o mês que passou, pediu Liesel em casamento na frente de todos durante um jantar que o mesmo preparou. Clove não comeu a comida que ele fez com medo de que seu prato estivesse envenenado. E ainda bem que ela não comeu nada, pois a cara de nojo e enjoo que ela fez, e provavelmente, colocaria tudo para fora. Na hora ela tomava um copo bem cheio de refrigerante, que foi para direto na cara dele – que estava sentado de frente pra ela e do lado de tia Sel -. Ela tentou argumentar dizendo que sua mãe não podia fazer isso e a gritar que se ela aceitasse sairia de casa, tornando um momento que era para ser “bonito e agradável” se transformasse em “gritaria e caos”, e fazendo com que as outras famílias ficassem envergonhadas de presenciar aquilo e com mais vergonha ainda de atrapalhar qualquer coisa para sair da sala. Mas após sua mãe aceitar o pedido Clove saiu correndo para o andar de cima com lagrimas nos olhos.

Escondi minha cara de nojo muito bem, sorrindo falsamente para os “noivos”. E vi os gêmeos, Glimmer, Madge e Finnick fazem o mesmo. Nós sabíamos que Clove não ia com a cara dele – e que ‘todos’ os namorados que Liesel tinha não eram o “exemplo” de pessoa do bem -, mas só eu sabia o motivo da repulsa da Clove pelo Tonny – Namorado agora noivo de Liesel.

Quando fui dormir Clove não estava em sua cama e sim no banheiro – com a porta trancada -, dei duas batidinhas na porta avisando que eu e as meninas estávamos ali no quarto. Tranquilizei Glimmer e Madge sobre Clove, e rapidamente dormiram esquecendo momentaneamente os problemas atuais.

No dia seguinte acordei bem cedo e fui para a suíte, onde Clove ainda se encontrava, mas a porta agora estava aberta, como se esperasse minha chegada.

Encontrei Clove sentada no chão, com duas enormes bolsas escuras embaixo dos olhos, olhos vermelhos, lendo meu exemplar da culpa é das estrelas – já nas paginas finais -, com praticamente metade do cortes abertos novamente. Já não sangravam mas provavelmente doíam tanto quanto se estivessem sendo aberto pela primeira vez.

Escovei meus dentes e penteei meu cabelo enquanto Clove lias as ultimas paginas do livro, não liberando nenhuma lagrima sequer.

– Leu esse livro só pra sentir mais dor? – perguntei arrancando um sorriso mínimo enquanto ela me entregava o livro e se desculpava por pegar sem pedir. – Tudo bem. – suspirei. – Sente ai em cima – apontei para a bancada – Vamos ver se nesse tempo que você parou de fazer isso ai, eu esqueci como se faz um curativo.

Seu rosto não tinha nenhum resíduo de nenhuma lagrima. Apenas olhos vermelhos. Fiquei na duvida se ela tinha guardado as lagrimas da tristeza e raiva que sentiu lá em baixo, com a da dor que sentiu abrindo os cortes novamente e com as do livro ou se tinha cheirado alguma coisa.

Cheirado o que, Katniss? Gel de Cânfora? Pensei livrando minha mente de qualquer besteira.

Passei o dia inteiro com a Clove no quarto, saindo apenas para dizer a todos que ela estava bem, e para pegar comida e agua.

Disse a sua mãe que ela não queria falar com ninguém, o que talvez fosse uma mentira, pois de tarde ela me pediu para que chamasse nossos amigos – inclusive o Cato.

Deitamos no chão, na área sem moveis, observando o teto e as paredes – coloridas com rosa, verde e preto –, em silencio, dividindo algumas garrafas de Coke, Coke zero e Sprite.

De um minuto para o outro o silencio mórbido foi substituído por dolorosas e divertidas gargalhadas. Que, para Clove, rapidamente foram substituídas por lagrimas.

Paramos de rir assim que vimos a Clove chorando. Então, Madge, que estava encostada em uma das camas, pegou um travesseiro e jogou para Clove, que começou a berrar contra o mesmo e a espancar.

Já vi/li essa cena antes. Pensei

– Hã... Alguém tem algo quebrável e que não vai mais usar? – Perguntei.

Achamos algumas caixa de papelão nos quartos e dermos a Clove, que após o sinal verde, rasgou, pisou, cortou, chutou e triturou as caixas.

Foi ainda pior do que ter o Isaac quebrando alguns troféus de basquete. Pensei. Foi uma ideia péssima fazer isso.

Durante o processo de ‘guerra’ contra as caixas de papelão. Finn, Cato, Peeta, Glimmer, Madge e eu ficamos escondidos atrás das camas, e fomos interrompidos pelos nosso pais algumas vezes. Mas nessas vezes os asseguramos que estava tudo bem.

No final ela caiu exalta na cama e depois nos ajudou a limpar nosso quarto. Nessa noite, formos todos dormir cedo, juntamos nossas camas – a da Clove, da Madge, da Glimmer e a minha – , Clove ficou no meio, a abraçada a ela estava e Madge, Finn estava do meu lado na ponta, depois de Mad estavam Peeta, Prim, Glimm e Cato na outra ponta.

Antes de dormir ficamos brincando e contando historias para Prim, e traficando chocolates e salgadinhos.

Poucos dias depois Clove já tinha feito as pazes com Liesel e voltado a morar na sua casa, mas nem olhava para seu “padrasto”. Passava a maior parte do dia o evitando e ganhando sermões da sua mãe.

E nem preciso falar sobre o sermão que ela levou sobre o show que ela fez. Ficou de castigo por um bom tempo.

No final de julho Haymitch precisava voltar, pois precisavam dele no trabalho e isso acabou afetando todos, fazendo voltarmos mais cedo pra casa.

Agora aqui estou eu, junto com Madge, Glimmer e Clove, em uma sala que fica no segundo andar da minha casa, que tem uma televisão enorme, um sofá muito confortável, uma estante com diversos filmes – dos mais variados -, assistindo um filme de romance agua com açúcar, onde o protagonista desce ate o inferno para agradar sua amada, fazendo Glimm e Mad vomitarem arco-íris a cada frase do personagem principal – Um ruivo bonitão com covinhas.

– Que filme lindo! – falou Madge encanto nos descíamos a escadaria, quando o filme acabou.

– Muito! – Falou Glimmer – Agora, serio meninas, eu ainda vou casar com um ruivo bonitão que tem covinhas.

Estávamos indo para a cozinha, para isso temos que passar pela sala, onde meu irmão estava confortavelmente jogado no sofá assistindo um jogo de basquete qualquer.

Assim que Glimmer falou aquilo, ele olhou pra nos com uma sobrancelha erguida, e então falou:

– Sinto muito Glimmer – falou como se defendesse de uma indireta – Você não faz o meu tipo.

– Oque? – perguntou indignada enquanto Madge, Clove e eu gargalhávamos – Não estava falando de você Finn, e depois, você não é ruivo, é castanho – corrigiu fazendo Finnick rir – Ei vocês, isso não tem graça!

– Oh tem, - falou Clove – quais são as chances de você falar uma coisa e outra pessoa pensar que era uma indireta e responder – falou tentando parar de rir.

– Hilário! – respondeu Glimm irônica e a olhamos assustados. – Oque foi?

Você e ironia não combinam. – respondi.

– Me deixem em paz. – falou depois de fazer uma cara ofendida, rumando para a cozinha.

Rimos mais um pouco, deixando ela mais irritada. No final do dia já estávamos nos falando de novo.

~*~

Primeiro ano médio. Primeiro dia de aula. Professores novos. Assuntos novos. Amigos antigos.

Sigo Finnick ate a secretaria para pegar nosso horário e vejo Peeta, Cato e Glimmer mais a frente.

– Oi! – cumprimentei meus amigos.

– Kat! – Glimmer abriu um sorriso e veio me abraçar – Que saudade eu tava de você e do Finn!

– Ficamos 3 dias sem nos ver, Glimmer! – Falou Meu irmão sendo sufocado pelo abraço dela.

– Muito tempo, - completou – e depois, papai mandou trocar a internet lá de casa, e ficamos sem por 2 desses 3 dias.

Fui cumprimentar os meninos e sussurrei no ouvido do Peeta e do Cato:

– Que irmã dramática vocês foram arranjar.

– Pode ter certeza que ela ficou com todo o drama dos irmão Mellark – concordou Cato e Peeta riu.

– Você já pegaram o horário? – perguntou meu irmão.

– Não – respondeu Peeta – estávamos esperando vocês.

– Vocês acham que a Mad e a Clove se perderam? – perguntou Glimm.

– Elas não devem nem ter chegado Glimm. – Falou Finnick.

– Se querer apressar nada, mas Peeta, Finnick e eu fazemos parte do time de basquete e precisamos estar lá na quadra para a apresentação. – Falou Cato olhando para o relógio.

Eles passaram o ultimo mês treinando para uma apresentação de Basquete, e sinceramente não entendi o por que de tanto treino, já que é uma apresentação demonstrativa do basquete na escola, para trazer novos estudantes para o time.

– Claro capitão – Falou Peeta usando tom de deboche.

Automaticamente Cato estufou o peito e tomou uma postura respeitável, fazendo todos nos rimos.

– E nos? – perguntou Glimmer já recuperada.

– Acompanhamos vocês até a quadra. – Respondeu Peeta – E de lá nós encontramos vocês.

Fomos ate a secretaria pegar nosso horário, oque demorou um pouco mais já que estava cheio de estudantes. Encontramos Clove no caminho, que nos seguiu ate a quadra.

– Cato! – Gritou um garoto alto, de cabelos escuros na porta da quadra – Achei que não ia vim mais. – falou quando chegamos perto.

– Faltam meia hora Gale, - falou Cato olhando no relógio. – Aposto que nem todo mundo do time chegou.

– Não chegaram, mas ouve um contra tempo com os que já estão aqui. – Explicou – Hã... Oi! – Mandou um sorriso para mim, Glimmer e Clove, que revirou os olhos. – Quem são vocês?

– Sou Glimmer – falou a loira o cumprimentando com um abraço.

– Katniss – falei e bati na sua mão com um hi-five depois com a mão fechada. – Iae?

– Clove – falou indiferente, acenando com a cabeça.

– Sou Gale – falou o moreno, dando um sorriso divertido, provavelmente rindo das nossas personalidades diferentes.

– Apresentados, agora os avisos – disse Cato – Glimmer é minha irmã, então fique longe dela.

– E – continuou Finn – A Katniss é a minha irmã e Clove minha protegida, então também fique longe delas.

Glimmer ficou vermelha e Clove riu, eu apenas continuei indiferente, já estava acostumada com os ciúmes dos meninos.

– Mas – começou Gale – Eu não disse nada.

– Não precisa dizer nada Gale, - falou Peeta - Nós lemos os seus pensamentos.

Okie – abaixou a cabeça rapidamente e levantou de novo com o mesmo sorriso divertido – É um prazer conhecer vocês garotas, e não se preocupem caras, irmãs de amigos meus pra mim precisa ser respeitada, e eu realmente não estou afim de levar uma surra.

– Tudo bem – Cato revirou os olhos – vamos nos arrumar para a apresentação.

Os meninos falaram pra nos seguimos em frente para ir para a quadra e que depois nos encontramos lá. E assim foi, seguimos em frente, seguindo alguns alunos que ultrapassavam uma porta dupla enorme no final do corredor extenso. Ficamos ainda alguns minutos do lado de fora, tentando ligar para Madge, que não havia aparecido.

– Vamos entra. – sugeriu Clove depois da sétima ligação de Glimmer. – ela deve estar vindo.

A contragosto Glimmer nos seguiu a quadra de esportes coberta e nos sentamos em um bom lugar, tanto para ver as apresentações tanto para ver o comunicado do diretor ou seja lá quem for falar.

Do outro lado das arquibancadas há um palco com um microfone, mais ao canto do palco tem uma mesa com um notebook e uma mulher mexendo no mesmo.

Exatamente as 9h em ponto, um senhor de aparentemente 60 anos de idade, de cabelos completamente brancos e que conseguia passar uma imagem de homem adulto respeitável e que não tinha problemas de coluna. Eu fiquei com medo dele.

– Bem vindos, bem vindos alunos, ao College of Secondary Education Panem – Começou a falar o senhor. – Eu sou o Diretor Coriolanus Snow, desejo a todos um bom dia e um ótimo ano letivo. – terminou de falar e passou o microfone para um homem de cabelo preto ensebado, e com, provavelmente, metade da idade dele. Enquanto os alunos batiam palmas.

– Bom dia alunos veteranos e calouros. Me chamo Seneca Crene e pra quem não sabe eu sou o Gestor pedagógico e vice-diretor. E gostaria de falar sobre o dia de hoje. – Falou – Daqui a pouco teremos apresentações do time de basquete e das líderes de torcida, do grupo de teatro e do grupo de dança. Logo depois teremos a apresentações dos professores e depois o intervalo do almoço. Depois iremos todos para suas respectivas sala para receberem o material, apostilas e conversarem um pouco com os professores sobre qualquer coisa. – terminou de falar e as luzes da quadra foram apagadas, mesmo sendo dia o local estava escuro.

Deve ter algo haver com as apresentações pensei, eu estava quieta e calada no meio de adolescentes em murmúrios.

– Tenham um bom dia. – terminou de falar Seneca, quando uma batida familiar começou a tocar.

The sun goes down

The stars come out

And all that counts

Is here and now

My universe will never be the same

I’m glad you came

Uma luz em neon apareceu e quem estava com alguma peça de roupa branca começou a brilhar e cerca de nove garotas apareceram meio do ginásio, com roupas brancas e alguma outra cor que não consegui distinguir, e foram dançando conforme a batida.

Então da porta do ginásio surgiu 6 garotas com roupas de lideres de torcida, e 6 garotos com roupas de basquete. Ambas brancas com faixas da mesma cor das garotas dançando no meio do ginásio.

Turn the lights out now.

Nessa hora as luzes se acenderam e apagaram novamente, e em menos de um segundo pude ver que dos garotos estavam Cato e Gale na frente e das lideres a pessoa que eu menos gostaria de ver. Delly. E que a cor das listras era azul.

Sim, claro. Pensei. Azul e branco são as cores da escola, Dã.

As lideres faziam passos sincronizados com as dançarinas, indo para perto delas, para se juntar as outras garotas, formando uma forma estranha. Cheia de espaços e “vias”. Pom-pons e bolas de basquete surgiram do nada (ou apenas outras pessoas jogaram para eles).

Make you glad you came

“Luzes” azuis, estilo discoteca, apareceram de algum ponto dos lados da quadra, fazendo as bolas e os pom-pons, que também eram azuis e brancos, ficarem em mais evidencia, assim como as listras nas roupas das dançarinas e jogadores.

Mais 6 jogadores apareceram com outras bolas e começaram a jogar as bolas uns para os outros, passando pelas “vias” que as dançarinas fizeram. Fazendo cestas e enterradas. As lideres começaram a fazer passos diferentes das dançarinas, passos de torcida e a dançarinas aos poucos iam se retirando, assim como os jogadores e as bolas, ficando por perto.

As luzes se acenderam e as lideres não estavam mais la.

Turn the light out now.

Now I’ll take you by the hand.

Um rapaz apareceu puxando a mão de uma garota ate uma mesa que estava no canto e ela bebeu goles de uma garrafa de agua que ele ofereceu.

Hand you another drink.

Drink it if you can.

Deixaram a garrafa em um canto e começaram a dançar como se estivessem em uma balada, e as luzes novamente se apagaram.

Um grupo de garotas e jogadores se juntaram ao casal, que agora dançavam em tons de azul, laranja e verde. Fazendo que tivesse essas cores ficassem em evidencia na arquibancada.

Tudo ocorria muito rápido, do ao meu redor havia jovens impressionados, em choque e/ou dançando/mexendo o tronco conforme a batida de Glad you came.

Outros polos se juntaram para dançar em outros cantos da quadra.

Após um tempo assim, muitos, na plateia, cantavam, faziam dancinhas acompanhando o ritmo da musica, e gritavam quando algum dos dançarinos faziam um movimento mais ousado. Até que uma das lideres começou a bater palmas que foram seguidas pelo pessoal que estava na plateia.

Encontrei Finnick e Peeta observando a apresentação em um lugar da quadra, provavelmente nem pisaram lá, pensei, já que não estavam suados e cansados, só riam, muito. Provavelmente do Cato.

O sol se põe

As estrelas saem

E tudo que importa

E o aqui e agora

Meu universo

Nunca será o mesmo

Fico feliz que você veio

Fico feliz que você veio*

Cantamos todos juntos o ultimo paragrafo, batendo palmas e gritando quando acabou. Quando as luzes se acenderam pode ver mais detalhes. Clove, Glimmer e eu encontramos primeiro o Cato – que estava, muito, suado e cansado, ao contrario do meu irmão e do seu gêmeo.

Em seguida Cato, acompanhado de Delly, Peeta e outra garota – que eu já vi em algum lugar – sobem no palco improvisado. Começam a falar sobre o esporte da escola, dos títulos, o mascote, e etc. Poderia ate ser algo chato, mas eles fizeram uma dinâmica que ate ficou bem legal, e em seguida passaram o microfone para um professor.

– Bom dia – falou o homem que pegou o microfone. – Ceasar professor de Ingles... – Alguns alunos começaram a gritar, provavelmente do segundo e terceiros anos. – Dos primeiros e segundos anos. E gostaria de desejar um bom ano a todo e a todas. Agora passo para a nossa professora de química.

Ele passou o microfone para a mulher ao seu lado que fez a mesma coisa do outro professor, dando um bom dia, falando seu nome e a matéria que leciona, e para terminar desejando um bom ano a todos.

Ate que uma professora deu o microfone para um homem moreno de cabelo cacheado, e antes dele falar qualquer coisa uns alunos mais velhos começaram a gritar, que foram seguidas pela turma do segundo ano – que é um pouco mais velha.

O homem tentava falar, mas a galera não deixava.

– Gente – tentou e os adolescentes gritavam mais ainda, então ele apenas deu um sorriso e esperou que a turma do terceiro ano parasse.

Eu estava confusa, virei minha cabeça para os lado, afim de ver melhor os outros alunos, e encontrei-os que estavam como eu. Perdidos.

Voltei a olhar para o palco onde o tal do professor falava com outra pessoa discretamente. Perto da porta de saída o time de basquete se misturava com as lideres e com as dançarinas. Todos rindo ou gritando.

Finnick parecia que teria um infarto de tanto rir, Peeta e Cato não estavam diferentes.

Depois do que eu acho que foram 3 minutos, o professor volta a falar:

– Posso falar agora? – perguntou. – Bom dia alunos, meu nome é Cin...

E em vez dele terminar seu nome, uma líder puxou um corinho que foi seguido pelos terceiros anos.

Cinna! Cinna! Cinna! Cinna! Cinna!...

Ele fez uma referencia engraçada.

– Sim, vocês acertaram! – sua voz sobressai às outra, tinham aumentado o volume – Aos que ainda não me conhecem, eu sou Cinna Hawthorne, Professor de Biologia dos segundos e terceiros anos, e pelo visto sou muito querido. – Voltaram a Gritar – Obrigado, obrigado. Tenham um bom ano.

Depois dele sair do palco, a quadra foi dividida em quatro.

Dançarinas, Atores, Atletas e Lideres.

Formaram uma cena estranha, como um pause. Na parte dos jogadores Peeta segurava a bola, enquanto ia passar para Cato, mas foi impedido por Gale. As lideres começaram a fazer uma pirâmide e tinham outras incentivando o jogo e outras iniciando uma “onda”. Dançarinos fizeram um semicírculo para dançar break. E os atores ensaiavam ema peça.

Então as lideres começaram a torcer, gritando sobrenomes, “Vamos Mellark’s”, “Pra cima do Hawthorne!”. Terminaram de fazer a pirâmide e desceram pulando e cantando e soletrando, “P-A-N-E-M”, “P-A-N-E-M”. Fizeram saltos e acrobacias quase profissionais, quando vi a Delly olhar ‘deliciosamente’ para a porta, lá estavam uns sete alunos atrasados, incluindo Madge que olhava com admiração.

Oque ela estaria pensando. Pensei, mas logo esqueci por que a cena dos jogadores voltou ao normal, fazendo com que Peeta em vez de jogar pra Cato, jogasse para Finnick, que estava um pouco mais longe da cesta. Então ele correu e deu uma enterrada, fazendo as lideres, a galera do segundo e terceiros anos que conhecem eles, Clove e eu.

Logo em seguida a cena dos atores voltou ao normal com eles ensaiando romeu e julieta, repetiam frases do texto alto, para que nos ouvíssemos, tempo depois os dançarinos voltaram ao normal e devo dizer que eles dançam muito.

Já vi que vou gostar muito dessa escola, só não sei por que... Ainda.


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Notas finais do capítulo

Comentem e deixem uma escritora feliz!!



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