Cap. 29- What Do I Think About Her

Carl’s Pov

Acordando novamente, mas a cama estava sendo abanada, uni as sobrancelhas, sentindo os raios de luz travessando pela cortina quase toda aberto, entreabrindo um pouco os olhos e na minha frente, vi a pessoa responsável pelo abano da minha cara, Sam pulando em cima dela, parecia contente da vida.

–Bom dia.- Praticamente gritou nos meus ouvidos e eu fiquei um pouco surpreso, fechando os olhos, esfregando minhas mãos neles. Fiquei tentando me acordar, porque ainda estava pensando se isto era sonho ou realidade, me belisquei só para ter a certeza, doeu.

–Bom dia!- Lhe puxei pelas pernas fazendo com que se assustasse e desse um gritinho, ficando por cima dela e lhe dando um beijo. Uma perfeita manhã, para um perfeito dia- Muito bom dia.- Lhe dei outro beijo- Que faz aqui?

–Te acordando, para que não fique nenhumas dúvidas de quem eu amo.- Respondeu me dando um beijo demorado na bochecha, saindo de debaixo de mim e eu ainda parecia um walker, desacordado de olhos abertos, bem poderíamos ficar assim por um bom tempo- Temos treinos hoje, lembra?- Disse sorrindo e eu suspirei fundo me sentando na cama treinos...

Oh, treinos, eu odiava esses treinos, a maioria dos rapazes olhava sempre para Sam como se fosse um naco de carne fresco. Eu gosto muito de olhar para ela também, mas apenas eu e não o grupinho de rapazes, incluindo a Zendaya. Não me importava muito com essa também, era só uma lésbicazinha que nunca iria ter o que queria, como o fim de nós dois.

Vesti uma coisa simples, arrumando a mala com as coisas necessárias, saindo dali e vendo o sorrisinho de Sam. Ok, eu adorava ele, apesar de parecer um pouco bobo, acho que o dia não seria o mesmo sem ele. Estou muito filósofo hoje... Bem, amanhã posso acordar morto, por isso, vou ser filósofo pela primeira vez na vida.

[...]

Depois dos treinos, voltámos para casa. Estava andando pelo corredor, tinha acabado de sair do banheiro, tinha autoclismo, e funcionava, até a água corrente e quente (rimei), quem diria que as simples coisas são as melhores? Um dia Sam e eu podemos ter uma casa só para nós dois. Ela me servindo o jantar e... Abanei minha cabeça abanando meus pensamentos.

–Carl, Carl.- Chegou Maggie me entregando um balde de roupa- Será que pode pôr lá na cozinha, é que a Judith está chorando e os outros bebés e depois...- Continuou sua conversa enorme e eu desliguei pensando que passaria pelo quarto de Sam.

–Ok, eu trato disso.- Andando, andando e andando, esse prédio é enorme, para dizer a verdade parece um hotel, um daqueles enormes. Passei pelo quarto de Sam, e a porta estava entreaberta, parei, espreitando e ficando a engolir seco, ela estava passando creme na perna em cima da cama.

Mirei ela toda que tinha uma toalha e sua pele branquinha ali, eu simplesmente adorava. Alguém abriu a porta, e eu fechei a porta de Sam continuando a andar e passando por Lucas sorrindo de volta.

Desci as escadas colocando as coisas em cima da bancada. Olhei para o lado, vendo um bolo de chocolate com cobertura de cacau, olhando para cima, talvez Sam gostasse dele. Tirei uma fatia enorme, indo ao quarto dela.

–Oi?- Abri a porta e ela estava com duas camisas sobre a cama e tronco nu, apenas sutiã. Fechei a porta como é claro, oportunidades como essas são raras. Ela se aproximou de mim com um sorriso, me retirando logo o pratinho e começando a comer.

–Obrigado.- Apenas a mirava e ela parou de comer- Quer um bocadinho?- A observei por um tempo, me aproximando e passando o dedo pela cobertura e colocando no seu nariz

–Sim, quero.- Lambi seu nariz, levando a cobertura e ela começou ficando vermelha e eu sorria feliz por tal coisa, ela parecia o Rodolfo com o nariz vermelho- Está envergonhada?-Me aproximei do rosto dela e saiu do seu transe, coçando o pescoço. A maneira de descobrir as mentirinhas de Sam, sempre achei interessante

–Não. Claro que não.

–Mentirosa.- Coloquei o braço em volta de sua cintura, lhe dando beijos no rosto e alguns beijos húmidos no pescoço, deixando algumas marcas roxas e não passamos por mais do que isso, seria um problema se os outros ouvissem.

[...]

Agora estávamos na pastelaria, Sam estava sentada na mesa, na minha frente, comendo bolo de manga e chocolate branco e eu comia bolo de noz e café, não, era mais que ela comia dos dois, porque eu gostava de ver sua cara de felicidade ao comer esses bolinhos.

–Você simplesmente adora futebol, mas eu sou melhor.- Disse convencida piscando o olho e eu fiquei um pouco irritado

–Lucas disse que você era uma maria-rapaz antes disso tudo acontecer.- Afirmei com um sorriso de lado e ela estremeceu torcendo o maxilar

–E?- Deu os ombros- Andávamos praticamente num colégio de miudinhos ricos, porque eu era de uma classe média alta. Por caso você era de Atlanta não é?- Tínhamos falado disso vagamente

–E você, de onde é?- Fiquei curioso, comendo meu bolinho

–De Maine.- Tirou uma garfada do meu e eu mirei seu garfo, estava já no terceiro bolo, como tinha estômago para isso tudo e como não engordava?-Ainda não tocou no seu, se for assim, é todo meu.- Afirmou e eu acordei do meu transe e ver seus lábios se movimentando- Está muito estranho hoje.

–Não é nada, não posso observar minha namorada?- Ela me encarou de volta de sobrancelha erguida- Se não acredita...- Dei os ombros- Ok, eu digo a verdade. Eu estou testando seu estômago, já viu como você come?- Ela entreabriu a boca parecendo ofendida

[...]

Agora estávamos sentados no sofá, vendo um filme de acção, Velozes e Furiosos, esse filme passava várias vezes, mesmo assim adorava ter um desses carros aí, como Glenn no acampamento e o seu ferrari. No fim, Sam parecia estar quase dormindo, sério? Quer dizer, com tanta violência e som, ela ainda tem vontade de dormir?

–Tem sono?- Questionei e ela negou com a cabeça que nem uma criancinha.

5 Minutos depois, ela estava dormindo, aconchegada no meu peito, mulheres são sempre a mesma coisa, falando que não tem sono, mas...