P.O.V Mizore

Dia seguinte
Meu despertador tocou ás 03:20 am.
Eu desliguei-o e me espreguicei.
Hoje seria meu primeiro dia de aula... Segunda-feira...

" Ontem foi um dia e tanto. Scepter 4, a mulher dos peitões ou Seri, Fushimi, o rei azul... Munakata certo? Shiro, Kuro e Neko... me pergunto se eles estão bem. E aquele cara que Fushimi se referiu como Misaki." Eu pensei, levantando para tomar um banho.

Após o banho e higiene pessoal...
Saí do banheiro no meu roupão indo procurar pelo uniforme.
— Erwww...— Eu gemi em desgosto. - Que saia curta.— Eu digo, olhando para peça na minha mão.
Olhei para o relógio. 03:45 am.
Felizmente, ali havia o uniforme masculino também.

" Pelo visto, eles sabem da minha preferência... Perseguidores. " Eu pensei, rindo um pouco, antes de pegar o uniforme.

Ele cabia perfeitamente, só um pouco largo nas mangas e eu precisei usar cinto, para garantir que minhas calças não iam cair.
Foi ai que me lembrei.
— Kuso... Com todo a agitação de ontem, eu esqueci de comprar o meu tênis. - Eu disse para mim mesma.
Fui fazer meu lanche.
Nada demais, só três onigiris e suco em caixa, embrulhados estilo americano.
Arrumei a minha mochila e pus o lanche. 04:15 am, o relógio digital dizia.
"Relógio... "
Em cima da minha mesa tinha um relógio de pulso de alta tecnologia e meu PDA.
— Isso não estava ai antes.— Murmurei, colocando o relógio no pulso e o PDA no bolso da calça.
Eu voltei para o armário e peguei um uniforme extra e uma muda de roupas, para emergências, e coloquei tudo na mochila.
Calcei as meias e arrumei o meu cabelo. Eram duas tranças feitas na frente e que eu puxei para trás em uma terceira trança.
04:55 am.
— Isso levou tempo. - Eu disse, mordendo um onigiri que tinha sobrado.
Depois escovei os dentes, guardei minha arma e katana e pendurei o bastão nas minhas costas.
Verifiquei tudo, peguei a mochila e fui para fora trancando a porta.
Fui até a minha vizinha e bati na sua porta.
Ela a abriu comendo uma tigela de Ramen.
— Oi! Mizore. Já está pronta tão cedo?— Ela perguntou pondo uma grande porção de ramen na boca.
— Você tem um tênis para me emprestar? Esqueci de comprar um ontem. - Eu pedi, ignorando a sua pergunta.
— Craro. Tanho dum soprando. Entla.— Ela disse com a boca cheia e falando errado.
Seu quarto era mais tecnológico do que o meu. E consistia nas cores preto, roxo e vermelho,alguns detalhes em rosa choque.
— Quarto legal.— Eu digo.
— Obrigada.— Ela diz, com um par de tênis pretos nas mãos.

" Uau. Mais preto. " Eu pensei, causando-os.

— Arigato.— Eu digo, me curvando de leve.
— Você é muito formal. - Riu. - Que tal sairmos mais tarde?— Ela perguntou.
— Eu não sou muito boa em interagir. Talvez não seja uma boa ideia. - Eu disse em troca, encolhendo os ombros.
— Bobagem. Então... que tal shopping?— Tentou novamente
— Prefiro que me matem com um caminhão. - Digo, dando-lhe as costas, não me importando em ser grossa.

" Se não se passa de uma patricinha. " Eu penso um pouco irritada.

— Então, podemos ir em outro lugar?— Ela perguntou, raiva na sua voz.
— Quem é você?— Eu perguntei, soltando o bastão das costas.
— Do que está falando? Sou Evy!— A pessoa gritou.
— Sei... a Evy que conheci, teria me perguntado o que aconteceu. Como estou e se eu queria ir as aulas com ela e não ia me chamar para sair. Se você é Evy então, não se importaria que eu revistasse seu quarto, correto?— Ela permaneceu quieta.
Eu abri o armário e vi a verdadeira Evy amarrada.
Desamarrei-a e me virei para o impostor.
— Quem diabos é você? - Eu pergunto friamente.
— Não é da sua conta garota enxerida.— A pessoa disse com uma voz masculina.
Percebi que a janela estava aberta, então corri para a pessoa e acertei um soco em seu rosto fazendo-a voar pela janela.
— Gha! Eu estou aqui desde ontem.— Choramingou. - O que foi isso? - Evy perguntou.
— Não faço ideia. - Eu digo, colocando o bastão nas costas.
— Hm... - Pensou um pouco, um pequeno silêncio pairando. Até que... - Você faz sucesso com os menino hein? Parece que todos querem um pouco de você. - Ela disse, sorrindo maliciosamente.
Meu rosto virou cinquenta tons de vermelho.
— N-não sei do que está falando. *suspiro* Enfim...— Eu me virei para sair. - Vou ficar com os tênis. - Declarei.
— Claro,nuvenzinha.— Ela disse, com a voz cantante,enquanto cavava no rámen semi-devorado.
— Hein?— Eu virei um pouco, para ver o seu rosto.
— Seu cabelo é branco. Como as nuvens. Já sei! Podemos ir ao bar do Honra! O bar-man de lá é lindo.— Ela disse, com corações nos olhos.
— Hm... Tá. - Concordei.

" Ela é engraçada. " Eu pensei.

— Yup! - Ela comemorou.
— Até depois.— Eu digo, abrindo a porta.
— Até, nuvenzinha!— Ela gritou.
Rolei os olhos para o apelido.

" Espero que Shiro e os outros estejam bem. " Eu pensei atravessando o corredor.