O Defensor escrita por That Girl


Capítulo 14
Capítulo 14 - Caos.


Notas iniciais do capítulo

Oi!! O capítulo de hoje está fofo *-*. Acho que vão gostar hehe.

Quero dedicar para:
— minhas novas leitoras, e meu novo leitor! Lucas, seja bem vindo!
— as Flores lindas que favoritaram
— a todas as minhas lindas que deixam seus reviews e acompanham!

Leiam as notas finais por favor!

Boa leitura!



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Terminamos de jantar e Bella parecia meio fora de órbita enquanto caminhávamos até o carro, Renée havia ligado e as duas conversavam enquanto eu apenas analisava suas expressões. Eu já tinha lido algo sobre as mudanças pelas quais passamos ao longo da vida e sabia que a primeira reação era se espantar, depois sair dos eixos e também tinha a fase do caos e essa era necessária, primeiro tudo viraria uma bagunça pra depois ir se ajeitando até chegar ao estágio da calmaria. Ela teria que aceitar as mudanças, conviver com o caos da mudança, para depois apreciar as novas sensações e viver o novo. Fiquei todo perdido em pensamentos e nem notei que ela havia encerrado a chamada.

– Edward, o que acha de dar uma volta? – disse meio hesitante e eu prontamente segurei suas mãos.

– Acho perfeito, já avisou sua mãe que vamos demorar mais um pouco? – perguntei e ela assentiu. O sol estava se pondo e um vento frio nos fez fechar nossos casacos, caminhávamos de mãos dadas quando ela virou a rua e entrou uma galeria e ia caminhando olhando as vitrines até parar em uma loja de artigos esportivos.

– Se importa de me contar o que está tramando? –perguntei arqueando as sobrancelhas e ela riu.

– Quando minha mãe me ligou contei a ela do campeonato de natação... E ela apenas me desejou ‘boa sorte’, e disse que posso usar meu cartão para comprar o que for preciso. – olhei espantado, ela nem tinha falado comigo e quando Renée desejou ‘boa sorte’ ela simplesmente resolve que vai participar?

– Você nem falou comigo sobre isso... – disse meio chateado e ela me puxou para sentar num banco que tinha em frente à loja.

– Mas vou falar agora. Leah disse que já estou na academia há três anos e sou boa... – disse corada e eu sorri. – Minha mãe me desejou boa sorte porque eu já estou inscrita, se eu abandonar a competição irá prejudicar a academia... – disse tímida.

– Oh! Leah te inscreveu? – perguntei feliz, essa professora era das minhas. Se fosse eu teria feito o mesmo.

– Sim, e foi porque eu sou a única da ‘categoria’ que treina há mais tempo... Já estamos em novembro e a competição é dia quinze de dezembro. – assenti e então senti um estalo, logo seria natal e depois ano novo. Em breve teria que perguntar à ela sobre a faculdade.

– Então você vai competir? – disse animado e ela assentiu.

– Decidi arriscar, o pior que pode acontecer é eu não conseguir nadar de tão nervosa, mas acho que isso não vai acontecer... – ela falava calma e eu olhei interrogativo. – Se eu consegui nadar hoje com você me observando, consigo nadar na frente de uma arquibancada lotada.

– O que você quer dizer com isso? – disse confuso, eu realmente não tinha entendido.

– Hum.... Como vou explicar... – disse corando. – Eu sou tímida e você é meu namorado, ficar de maiô sabendo que você estava me observando foi um pouco constrangedor no início... – me explicou timidamente e eu assenti meio sem jeito.

– Ah, entendi... Sabe, foi complicado não olhar para as partes que o maiô não cobriu... – acho que fiquei roxo porque ela me olhou e riu baixinho afagando minha bochecha. “Ainda bem que dessa vez você conseguiu segurar a língua na boca... Imagina? Se eu solto que eu adorei ver certas partes que ficaram em evidência naquele pedaço de pano colado no corpo dela... Epa, pára Edward, ela tá rindo, acho que você tá quase um cosplay de berinjela....”. Sacudi a cabeça levemente para clareá-la e ela continuava rindo.

– Porque está rindo? – ela tapou a boca e respirou fundo para conseguir parar de rir.

– Por que você sempre me deixa sem graça, e agora está aí parecendo uma berinjela de tão roxo... – ela voltou a rir e eu bufei derrotado.

– Não tenho culpa de estar roxo, aliás, ela é toda sua. – disse tímido e ela ainda ria, seus olhos brilhavam com as lágrimas que se formavam.

– Eu? Culpada de quê? – ela limpava as lágrimas e meu filtro resolveu não funcionar.

– De me deixar sem graça, você me fez lembrar a visão que tive quando vi seu corpo... Tão linda e cheia de curvas, fiquei encantado. – disse de uma vez a última frase e ela corou de leve e gargalhou porque tampei meu rosto, juro que pensei que poderia colocar fogo naquela galeria.

– Posso ver se suas bochechas estão quentes mesmo? – perguntou com lágrimas escorrendo, de tanto que gargalhava.

– Rá, rá, rá dona engraçadinha. Como você está saidinha hein... – tentei deixá-la sem graça e ela nem se importou, apenas colocou as mãos em minhas bochechas e arregalou os olhos.

– Estão quentes de verdade! Uau, vou me lembrar de hoje sempre que me deixar sem graça, agora já sei como dar o troco! – disse limpando o rosto e eu bufei.

– Engraçadinha... Isso não vale sabia? – disse apoiando a cabeça no seu pescoço.

– Vale sim! – disse me dando um beijo no topo da cabeça e se levantando. – Vamos? Preciso comprar um maiô para a competição, Leah pediu. Também quero comprar mais dois novos para treinar. – levantei e entrei com ela na loja. Uma vendedora veio nos atender e Bella foi pedindo maiôs específicos para praticar natação e um para competir.

– De que cor quer o maiô para competir? – a vendedora perguntou.

– Verde. – ela respondeu rápido e me olhou de esguelha.

– Ok, vou encomendá-lo. Ficará pronto semana que vem. – Bella assentiu e foi até o caixa pagar a compra e pegar o canhoto da encomenda. Saímos da loja de mãos dadas e ela seguia para uma ótica, fiquei meio desconfiado, seus óculos eram lindos e não pensei nisso só porque eu dei de presente. Ela parou lá e falou com a moça, tirou os óculos e ela levou.

– Fica perto de mim. – disse agarrando meu braço, ela não enxergava muito bem sem eles e tropeçava. Segurei sua mão e beijei-a.

– O que você pediu pra ela fazer com seus óculos? – perguntei acariciando seus cabelos.

– Pedi pra trocar as plaquetas, estavam muito amareladas. – disse dando de ombros e eu resolvi tirar uma dúvida que eu tinha.

– Bella... Porque você pediu o maiô da competição na cor verde? – ela riu baixinho e afagou meu queixo.

– Porque quero fazer uma homenagem à pessoa que mais vai torcer por mim, além da minha mãe. – disse sorrindo de um jeito que fez meu coração falhar uma batida. – E não é apenas verde, meu maiô será verde esmeralda, como os seus olhos. – eu acho que parei de respirar, ela ainda sorria e eu ia beijá-la como nunca, mas fui interrompido pela atendente da ótica que veio lhe entregar os óculos, a troca era feita gratuitamente e de repente eu fiquei com pressa de ir embora.

– Tem algo mais que queira fazer por aqui? – perguntei meio rouco.

– Não, podemos ir. Quer dirigir na volta? – assenti e ela me passou a chave. Chegamos ao carro e eu abri a porta pra ela, que entrou e foi colocando suas compras no banco de trás. Liguei o carro e logo estávamos pelas ruas de Port Angeles em direção a rodovia que ligava à Forks. Ela ia mexendo no celular e tirando fotos de mim e eu sorria ou fazia caretas. O caminho todo foi assim; e quando chegamos estacionei em frente à sua casa, desliguei o carro e saímos dele, segurei as sacolas e entramos. Passamos pela cozinha beber água e tinha um bilhete na geladeira.

Bells, estou na Esme.

Volto antes da meia-noite, tem brigadeiro na bancada.

P.S: Edward, não vão dormir tarde, amanhã tem aula. Traduzindo: nada de brincadeirinhas demoradas!

Não esqueça que estão sozinhos e tenham juízo.

Beijos, Renée.

Eu li o bilhete gargalhando e Bella deu de ombros.

– Nem quero ler, só me diga onde ela está. – disse guardando a garrafa de água na geladeira.

– Está na minha casa... – disse ainda rindo e ela me puxou escada acima.

– Preciso ligar o aquecedor do quarto, está frio e não quero morrer congelada durante meu sono. – ri, ela detestava o frio e logo nevaria, ela simplesmente se negava a curtir a neve, como havia me contado.

– Eu posso ficar um tempo aqui ou está cansada? – ela ligou o aquecedor e foi até seu closet.

– Claro que pode ficar, não é nem oito da noite ainda. Vou colocar meu pijama, fique a vontade. – ela foi em direção ao banheiro e eu me sentei em sua cama, era de casal e tinha uma colcha fofa, ela gostava de roxo e lilás e tudo em seu quarto era dessa cor. Eu tinha estado poucas vezes aqui e raramente subíamos, já que eu amava ficar com ela no jardim dos fundos de sua casa; mas agora que iria chegar o inverno, seu quarto seria nosso novo refúgio. Pensando em como seria me lembrei do motivo da minha pressa em chegar logo em casa (na minha ou na dela, pouco importava). Ela saiu do banheiro usando uma calça roxa e uma blusa lilás de magas curtas, os longos cabelos castanhos soltos e um lindo sorriso. Sentou ao meu lado e eu tirei meu casaco, o quarto já estava aquecido.

– O que tanto pensa? – disse passando as mãos em meus cabelos.

– Estava ansioso para chegar logo aqui, fiquei muito emocionado com a homenagem... – disse puxando-a para o meu colo e colando nossos lábios, ela rapidamente captou meu espírito e correspondeu meu beijo tão entusiasmada quanto eu e rapidamente nossas línguas se enroscaram numa dança lenta e muito, muito calma. Eu espalmei minhas mãos nas suas costas e ela agarrou meus cabelos ainda me beijando; para recuperar o fôlego e no calor do momento eu desci minha boca para o seu pescoço e fui beijando lentamente até o pequeno decote V da sua blusa e para minha surpresa ela deitou sua cabeça no meu ombro alcançando meu pescoço e fazendo o mesmo que eu fazia com ela. Minhas mãos involuntariamente subiam e desciam por suas costas e as dela já acariciavam minha nuca, e uma escorregou para minhas costas, suas unhas iam arranhando e eu subi minha boca, ela fez o mesmo e nossos lábios grudaram novamente num beijo um pouco mais afoito. A língua dela dançava sobre a minha e num impulso meu, ela caiu de costas no colchão e quando nos demos conta ela já tinha invertido as posições e estava em cima de mim. Parei o beijo arfando e ela espalmou as mãos no meu peito.

– Tudo isso foi a emoção da homenagem... – disse lhe dando um selinho e ela deitou-se ao meu lado.

– Engano seu... Isso foi explosão de hormônios e o calor do momento. – disse arfando e eu virei de lado para encará-la.

– Está irritada por isso? – perguntei hesitante e ela rolou os olhos.

– Irritada por ganhar um... É, amasso desses de um cara tão lindo quanto você? Acho que não estou irritada. – disse rindo e eu sorri presunçoso.

– Cara lindo é? Alguém aqui está abrindo as asas... – ela corou de leve e me deu um selinho.

– Sim, lindo. Você me deixa a vontade, então eu posso fazer e falar o que sinto. Por exemplo, você parece ter costas bem largas... – disse sorrindo sapeca e eu corei.

– Um dia você terá a honra de ver minhas costas e meu tanquinho... – disse piscando e ela riu. – Mas agora eu preciso ir antes que minha mãe venha me buscar... – disse fingindo bufar e ela riu.

– Ok, mocinho! Ah, eu terei treinos todos os dias... – disse encabulada e eu sorri.

– Oba! Vou levar você e trazer, todos os dias. Estarei lá te dando apoio moral e prometo não olhar mais de cinco segundos pra cada parte do seu corpo. – disse fazendo uma figa e ela riu alto.

– Bobo... Mas eu agradeço o apoio moral nos treinos. Boa noite e até amanhã! – disse me dando um beijão. Sorri todo bobo e lhe dei um beijo na testa.

– Até amanhã, linda. – me despedi e fui pra minha casa. Tomei um banho e caí na minha cama ainda lembrando o dia de hoje e o quanto isso estava trazendo mudanças para o seu comportamento. Ela estava no caos, no meio das mudanças e eu seria seu ponto de equilíbrio.

O dia seguinte e todos os outros foram normais, escola e treino, depois minha casa ou a casa dela. Eu ajudava a fazer os deveres e ela ia revezando os finais de semana entre os estudos e os esboços de seus ensaios para a feira. O encontro triplo que teríamos foi cancelado até que passasse o campeonato, o que deixou as meninas eufóricas, elas disseram que estariam presentes e James ficou me zoando sobre “como você reagiu ao vê-la de maiô hein?”, eu havia cometido a burrada de contar ao meu amigo que minha sogra era totalmente liberal e sem neuras e que Bella era tranqüila quanto a sexo, falava tranquilamente sobre isso; eu tive que ignorar vários dias o maldito, já que ele se divertia gargalhando todas as vezes que me zoava porque eu ficava roxo feito uma berinjela.

Nas semanas seguintes as coisas pioraram um pouco, Bella ficou incrivelmente ansiosa com os treinos e a proximidade da competição, e o motivo foi que vários instrutores da mesma vieram conversar com ela e dizer que Leah a elogiava muito e dizia que a categoria dela já estava praticamente ganha. Fui obrigado a pedir para o meu pai um calmante natural para que ela dormisse, Renée havia me contado que ela estava dormindo apenas três ou quatro horas por noite, e passava metade da madrugada acordada esboçando os textos para a feira.

Ela não descontava nada em mim, mas notava ela mais afoita em determinados dias e um pouco chorosa em outros. Como solução temporária, levava chocolate pra ela todos os dias e ainda ficava com ela até que dormisse. Mesmo com todo o caos acontecendo, ela tirava dois dias da semana para jantarmos fora e ainda me ajudava em Espanhol, eu era péssimo nessa matéria.

Os dias passaram voando e a competição finalmente chegou: seria no sábado e Leah disse que teria treino apenas até quinta, Bella teria a sexta para se concentrar e descansar. Falando em descanso, a gangue dos gêmeos havia dado uma trégua, com a suspensão e as denúncias, Tyler e Lauren se sentiram intimidados por não saberem quem os tinha delatado e ao que tudo parecia, estava ‘investigando’ quem teria feito isso. Bella estava tão nervosa e ocupada que nem havia notado a mudança de atitude dos gêmeos, Vic e Tânya estavam com ela, sempre tentando distraí-la. Sexta-feira, finalmente e ela estava com o semblante choroso quando entrei no carro para irmos embora.

– Ei, o que foi linda? – disse puxando-a para os meus braços.

– Já é amanhã... – disse enterrando o rosto no meu peito.

– Ei, calma... Você está preparada. Treinou intensamente durante este mês... Você dará o seu melhor, eu sei disso. – disse afagando seus cabelos e ela respirava fundo.

– Não quero decepcionar as meninas, Jay, você, minha mãe e seus pais. – falava baixo e eu beijei sua testa.

– E não ficaremos decepcionados. Pra nós é uma vitória você ter aceitado competir! Ei, olhe pra mim. – segurei seu queixo e ela me olhou. – Lembra que você é forte? Não te dei uma gargantilha escrito isso à toa. – ela sorriu fraco e eu lhe dei um abraço. – Vamos pra casa, lá eu vou fazer uma massagem relaxante nos pés da minha namorada linda e pediremos pizza pro jantar, falei com sua mãe, vou dormir lá hoje. Ficarei com você até a hora que você cair na piscina. – ela sorriu mais confiante e se recompôs, deu partida no carro e fomos embora.

Chegamos e fui rapidamente pra minha casa tomar banho e buscar uma troca de roupas para amanhã, ela havia estacionado meu carro em frente a sua casa e quando entrei Renée estava na sala.

– Boa noite sogra! – disse lhe dando um beijo no rosto.

– Boa noite querido! – disse e me olhou de canto.

– Bells subiu tomar um banho, está mais calma pelo menos. – disse aliviada e eu me sentei ao seu lado.

– Ela estava bem mais nervosa antes de chegarmos aqui. Acho que o peso de todas as mudanças está atingindo-a... – disse e Renée afagou minhas mãos.

– Sim, mas ela está reagindo bem. Está enfrentando as mudanças ao invés de fugir. – assenti concordando e logo ouvimos passos na escada, Bella surgiu na sala e sentou-se ao meu lado.

– Podemos pedir a pizza já? Estou com fome... – disse mordendo os lábios.

– Claro, vou pedir. – fui até a cozinha ligar e voltei pra sala e sorri ao ver a cena: ela estava deitada com a cabeça no colo da mãe, que lhe afagava os cabelos.

– Minha querida, o importante é competir. Estaremos lá para festejar o simples fato de você estar competindo! – Renée falava e Bella apenas assentia. Fiquei assistindo a cena até ouvir a campainha, atendi o entregador e levei as pizzas para a cozinha. Nem precisei chamar, Renée surgiu na cozinha rebocando a filha. Jantamos entre risos e piadas, eu e Renée tentávamos distrair uma Bella visivelmente ansiosa. Acabamos o jantar e minha sogra disse que arrumaria a cozinha.

– Então eu vou subir mãe, tentarei dormir cedo... – Bella disse beijando a bochecha da mãe.

– Boa noite filha, querido genro. – ri e lhe dei um beijo na bochecha.

– Boa noite sogra! – disse e acompanhei Bella até o quarto. Como eu já estava de pijama, apaguei a luz enquanto ela acendeu o abajur. Deitamos lado a lado e ela se aconchegou em meus braços. As estrelas do teto brilhavam e ela tinha os olhos fixos nelas.

– Apenas concentre-se em fazer o que sabe: brilhar. – disse afagando seus cabelos e ela inclinou a cabeça para me beijar.

– Será por mim, e por vocês. Pensarei em você e subirei naquele pódio nem que seja em terceiro lugar. – disse determinada e eu sorri torto.

– Pra mim será como se fosse o primeiro lugar, sempre a verei como uma campeã. – sorri e ela respirou aliviada. Afaguei seus cabelos até que ela ressonasse tranquilamente, apaguei o abajur e deixei que meu corpo relaxasse, sentindo ela em meus braços; dormi tranqüilo sabendo que ela estava aqui e que amanhã ela seria a minha primeira visão.

Acordamos cedo e ela estava aparentemente calma, sua mochila já estava arrumada. Tomamos café e saímos, ela precisava chegar mais cedo e Renée iria com meus pais. Durante todo o caminho ela foi cantando um cd do Bruce Springsteen, nós dois gostávamos, ela ia cantando e eu acompanhava. Chegamos na academia e ela retesou o corpo ao ver o ônibus de Tacoma e os diversos carros parados no estacionamento. Respirou fundo, pegou a mochila e marchou decidida em direção aos vestiários.

– Estarei junto com a Leah... – disse na lhe dando um beijo na porta do vestiário e ela sorriu.

– Obrigada por estar sempre comigo! – disse afagando meu rosto.

Segui para a área em que Leah ficaria, ela tinha me providenciado um ‘crachá de assistente’, para que eu pudesse ficar mais perto da minha Bella. Os minutos foram se arrastando e logo as arquibancadas foram se enchendo, acenei para meus pais, minha sogra e meus amigos. Sentei, levantei, senti de novo, remexi meu cabelos, dei uma pulo na arquibancada cumprimentar todos, desci de novo e já estava quase indo aos vestiários quando ouvi um burburinho e olhei na direção contrária. Vi todos os competidores e entre eles uma linda morena com um maiô verde esmeralda. Meu coração trepidou e ela sorriu na minha direção e eu lhe soprei um beijo. Todo o cerimonial de praxe foi feito e logo a competição iniciou, as categorias de doze à catorze anos eram de cinqüenta metros. As de quinze a dezoito anos eram de cem metros.

Na vez de Bella a vi sorrir para mim e para a arquibancada, ela se posicionou e eu não agüentei ficar sentado, o sinal foi dado e ela pulou na piscina, era nado borboleta e ela parecia uma sereia e eu ficava hipnotizado. Ela estava em quarto na ida, ela acelerou e bateu em segundo, virou rapidamente e nadava num ritmo acelerado e explodiu na metade da piscina, assumindo a ponta e batendo em primeiro.

Explodi em lágrimas quando a vi levantar a cabeça em direção ao telão e ver seu nome em primeiro. Ela saiu da piscina ainda atordoada e fui ao seu encontro e ela pulou em meus braços.

– Parabéns minha estrelinha!! – dizia entre lágrimas e risos.

– Eu ganhei Amor, eu ganhei! – ela tremia e chorava.

– Sim, você ganhou! Estava absurdamente fantástica! Parecia uma sereia! – eu falava emocionado e ela ria ainda sem acreditar.

Entre lágrimas e sorrisos e em meio ao caos das mudanças, ela estava linda e radiante enquanto todos vinham abraçá-la.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até o próximo!

Indico hoje a fic da Isa Salvatore Cullen: http://fanfiction.com.br/historia/381767/Onde_Ela_Deveria_Estar

Beijos!