Quase Uma Vingança escrita por Lola Carvalho


Capítulo 13
A fuga


Notas iniciais do capítulo

É hojeee!! Acabou o hiatus :P
VIVAA!
E pra comemorar, capítulo novooo *---*

Boa leituraa!



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Teresa Lisbon

Acordei eram ainda quatro horas da manhã. Acordei sem sono algum, completamente desperta. Me levantei, troquei de roupa e fiz café para mim. Em poucas horas Patrick Jane estaria aqui para me ajudar a recuperar a memória.

Patrick Jane... O que eu vou dizer pra ele? Flashes da noite passada ainda rodavam em meus pensamentos.

Acho que eu gosto dele, mas preciso primeiro me lembrar quem eu sou!

Se eu pedir para ele esperar, o clima ficaria ruim o dia inteiro. Pensei em ligar para ele e dizer que estou doente, mas ele provavelmente saberia que eu estou mentindo. Pensei em fingir que nada aconteceu, ou até mesmo em dispensá-lo, mas isso só pioraria as coisas.

Então eu decidi fugir por um dia, para clarear a cabeça... Me decidir quanto ao que vou fazer daqui pra frente e, quem sabe, recuperar minha memória. Enquanto eu me arrumava para a fuga, encontrei dentro do meu guarda-roupa um livro de capa preta com anotações minhas... Um diário. Coloquei-o na bolsa para lê-lo mais tarde, afinal, Patrick estaria na minha casa em poucos minutos.

Entrei no carro e saí bem a tempo, pois quando estava a apenas alguns metros da minha casa, vi pelo retrovisor que Patrick Jane acabara de chegar. Nesse instante eu pensei o quanto seria bom se eu tivesse deixado um bilhete na porta avisando-o. Mas agora já era tarde de mais.

Fui para um parque bem longe, sentei embaixo de uma árvore e fiquei apreciando a vista de um pequeno lago à minha frente, e várias famílias reunidas fazendo piqueniques, brincando, rindo...

Mas não consegui parar de pensar em Patrick Jane um minuto sequer!

A verdade é que eu fugi porque o amo... No minuto em que abri os olhos no hospital, apesar de não saber quem ele era, fiquei encantada pelo jeito doce com que ele me olhava. Depois em minha casa, quando eu perguntei se estávamos namorando... Sinceramente queria que a resposta fosse sim! E eu não tive como não notar no cinema que, propositalmente, ele colocava a mão no pote de pipocas todas as vezes que eu estava pegando pipoca também só para tocar em minhas mãos. Ou da careta estranha que ele fez quando eu pedi que ele me levasse para dançar – eu ri com a lembrança – E de como ele me olhava discretamente, pensando que eu não estava vendo, de cima a baixo. O sorriso... Ah, e que sorriso! Seu cheiro, sua voz delicada e profunda, suas piadas... Eu amava tudo nele!

Também me lembrei de quando fomos ao parque juntos, após almoçar. Ele pareceu honesto, e reconheceu um erro que cometeu, e me pediu desculpas, mesmo eu não sabendo do que se tratava por completo. Seja lá o que for, eu o perdoo. Se eu pudesse saber um pouco mais sobre ele... Se eu pudesse me lembrar... Ainda não consigo me lembrar de nada!

O diário! É isso... Talvez lá tenha algo sobre ele.

Olhei página por página e encontrei apenas anotações sobre casos. Tudo sobre o mau comportamento de Patrick, e como ele conseguia resolver os crimes em tão pouco tempo. “Uma coisa compensa a outra” pensei

Quando fui guardar o diário na minha bolsa, ele escorregou das minhas mãos e caiu no chão. Levantei-me e fui pegar de volta, mas um envelope endereçado ao Patrick caiu de dentro do diário. Eu praticamente rasguei de curiosidade de saber o que estava dentro. Encontrei um pequeno papel branco, com minha letra, escrito:

“Patrick Jane, quando estiver pronto, venha até meu escritório e me responda pessoalmente.”

Mas o que será que isso significa? Responder? Qual é a pergunta? Patrick deve saber... Então vou comer alguma coisa e depois vou procurá-lo, não só para saber qual é a pergunta misteriosa, mas também para dizer que eu o amo.

Terminei de almoçar umas três horas da tarde, enquanto caminhava até meu carro, parei em frente uma loja de roupas, e me vi no reflexo do vidro. Eu não poderia ir até Patrick Jane me declarar vestida daquele jeito.

Entrei na loja e escolhi alguns vestidos para provar e, apesar de todos os que eu escolhi serem lindos, ainda não tinha encontrado o que eu queria. Fui a algumas outras lojas, mas parecia que nada combinava com a ocasião.

Quando eu estava prestes a desistir, eu vi do outro lado da rua, na vitrine, um vestido lindo! Verde escuro, simples e perfeito. E assim que provei, superou todas as minha expectativas. Ficou maravilhoso em mim!

Agora eu estava preparada para surpreender o Patrick.

Cheguei na CBI, e fui até o andar onde eu trabalho. As cortinas do meu escritório estavam fechadas, mas dava para ver que as luzes estavam acesas. Milésimos de segundos antes de eu entrar eu escuto alguém conversando:

- Oi Lisbon... Sou eu o Patrick, eu... Eu estou preocupado com você. Por favor me ligue assim que você ouvir esta mensagem. Eu... Espero que esteja bem... Por favor me ligue.

Eu não queria preocupá-lo, então entrei na sala, e ele, ao me ver, se levantou do sofá branco onde estava sentado.

 - Teresa, graças a Deus você está bem! – ele me abraçou – O que aconteceu?

 - Nada, eu só precisava de tempo para pensar... sabe?! Em ontem... Nós... Tentar recuperar minha memória... Me desculpe, eu deveria ao menos ter deixado um bilhete.

 - Já passou! – segundos de silêncio – Mas e então... Você pensou? Recuperou sua memória?

 - Sim e não...


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Notas finais do capítulo

Prévia do próximo capítulo:
" (Jane) - Sim - respirei fundo, encontrei coragem e - Eu estou pronto para te responder... Se quiser... - ela não disse nada. Estava tão assustada e paralisada quanto eu. Mas quebrando a paralisação, eu me aproximei dela, e ela correspondeu. Fomos aproximando os rostos um do outro... "

Na quarta eu posto o próximo :P
Se vcs encontrarem algum erro de português me avisem, por favor!