Quase Uma Vingança escrita por Lola Carvalho


Capítulo 12
Onde está você


Notas iniciais do capítulo

Atendendo aos pedidos de vcs que tiveram pensamentos malignos de me matar, um novo capítulo :P
E para comemorar que amanhã sai o primeiro capítulo da sexta temporada, vou postar mais um capítulo amanhã tbm :D Mas não deixem de comentar, ok?! Amo ler o que vcs acharam :)
Espero que gostem,
Boa leitura!



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Kimball Cho

– Então o sr. trabalha na Parker Accounting? – eu perguntei

– Sim - respondeu o sr. Lewis

– Descobrimos que você tinha um relacionamento muito próximo com o dono da empresa, o sr. Julian Parker...

– Sim, e daí?!

– “E daí” que o sr. Parker morreu... Foi assassinado, há três meses atrás. Mas eles deixaram uma herança para Melanie... A posse da empresa e de todos os outros bens que eles possuíam.

– Ainda estou tentando entender aonde o sr. quer chegar com isso... – disse sr. Lewis, que parecia um tanto quanto nervoso.

– Com a morte de Melanie vocês ficariam com a herança...

– Espera, espera. Você está me dizendo que acha que eu matei minha PRÓPRIA filha para ficar com a herança dela? – ele estava vermelho de raiva, mas eu não dei muita importância... – Que tipo de monstro vocês acham que eu sou? – eu não respondi. Saí da sala e fui para a sala ao lado, para analisar o interrogatório da sra. Lewis.

Entrei na sala e me sentei ao lado de Van Pelt que conduziria o interrogatório.

– Sra. Lewis, a sra. conhecia os pais biológicos de Melanie? – perguntou Van Pelt. A sra. Lewis estava bem tranquila... Tranquila até de mais, me arrisco a dizer.

– Conhecia ambos: Os que vocês acham ser os pais biológicos de Melanie e os verdadeiros pais biológicos de Melanie.

– Como assim?

– Julian Parker e Patricia Parker; Patricia Parker e meu marido...

– O sr. Lewis era o pai biológico de Melanie?

– Claro que era... – ela sorriu, abaixou a cabeça e voltou a nos encarar ainda com o sorriso – dizem que a vingança é um prato que se come frio, não é?! Mas nunca me disseram que era tão gostoso...

– Sra. Lewis a sra. pode ser mais específica?

– Há 23 anos atrás, meu marido estava tendo um caso com a esposa do dono da empresa. Mas eu não sabia, até que eu cheguei um dia mais cedo em casa e peguei os dois aos beijos no sofá da minha sala. Fiquei tão irada. Eu sempre fui fiel a ele, e ele me traiu sem pestanejar... Dois meses depois disso, Patricia Parker ficou grávida... E o marido dela acabou descobrindo do caso dos dois, porque o casamento deles era apenas uma fachada. Mas Julian era calmo. Deixou que meu marido continuasse trabalhando na empresa dele, e a esposa ficou em casa durante todo o tempo da gravidez para que ninguém descobrisse... E assim que Melanie nasceu, eles deram para adoção. Meu marido me convenceu a adotá-la, e eu concordei só para poder me vingar deles mais tarde. – ela respirou fundo e continuou – Quando eu fiquei sabendo que Julian e Patricia iriam para um evento fora da cidade, foi a minha chance... Eu contratei um rapaz para cortar os fios do freio, e... Esperei em minha cama, tomando leite quente. E as boas notícias não demoraram a aparecer... Eles morreram.

– E quanto a Melanie?

– Pobre garota... Ela descobriu sobre o suposto acidente dos pais biológicos e pediu para que eu fosse até o bar que ela trabalhava para conversarmos. Quando ela disse que sabia e que ia contar para os outros, eu tive que fazer alguma coisa! Parei em uma loja perto da boate e comprei um revólver. Paguei a amiga de infância dela para ela dizer que o irmão dela estava lá fora, e quando ela saiu e foi até o beco, eu... Atirei nela. – estávamos boquiabertos com a confissão espontânea e com a tranquilidade com que ela falava.

– Você acabou de confessar um crime... Sabe que vai para a prisão, não sabe? – disse Van Pelt

– Não importa o que vai acontecer comigo. Eu estou em paz. Ele vai ter que acordar todos os dias e lembrar que a culpa é toda dele!

– Você puxou o gatilho. A culpa é sua. Inteira. – eu disse por fim.

– Sra. Lewis, a sra. está presa pelo assassinato de Julian, Patricia e Melanie Parker. – disse Van Pelt e já chamou os guardas para efetuarem a prisão.

Resolvemos dois casos de uma vez. Deveria estar contente, mas... Embora eu já esteja acostumado com assassinatos e vinganças, isso é horrível. As pessoas são cruéis. Mas pelo menos nós as faremos pagar pelo o que elas fizeram.

Respirei fundo e dispensei os dois, amanhã faremos os relatórios. E Van Pelt receberá uma surpresa de Rigsby. Hoje, mais cedo, eu conversei com ele a respeito do relacionamento dele com Van Pelt... Disse que se ele enrolasse muito, ele poderia perdê-la.

Por mais cabeça dura que ele seja, ele aceitou meu conselho, e fomos até uma joalheria encomendar um presente...

Patrick Jane

– Eu... Eu vou pensar a respeito. Tudo bem? – disse Teresa com os olhos vermelhos e um semblante triste. Eu não queria fazê-la chorar... Eu NUNCA vou querer! Mas naquele momento tudo o que eu fizesse ou dissesse iria fazê-la chorar mais ainda, porque ela não queria me magoar me dispensando, mas também não queria tomar nenhuma decisão precipitada. A única coisa que eu podia fazer era dizer para ela o quanto eu me importava com ela, e que eu a esperaria, e eu o fiz. A outra, eu não sabia bem se devia, mas não consegui não fazer. Dei um passo para frente e depositei um beijo em suas bochechas rosadas.

Fui embora com meu coração quebrado... Eu já tinha chorado antes, e agora não consegui conter as outras lágrimas que desejavam desesperadamente caírem dos meus olhos. Não me envergonho de chorar, mostra que se têm sentimentos... E eu os tenho... Aos montes por Teresa Lisbon!

No dia seguinte, “descansado”, passei no shopping e comprei outra camiseta e vesti com jeans que Teresa me ajudou a escolher no dia anterior. Fui até a casa de Teresa para ver como ela estava e passar o dia com ela.

Estacionei o carro na garagem, mas o carro dela não estava lá. Eu tinha levado o carro dela noite passada, pois ela tinha fugido de taxi.

Bati na porta, toquei a campainha diversas vezes, mas ela não atendeu. Fiquei desesperado, peguei um clipe que estava dentro do meu carro prendendo algumas coisas e abri a porta da casa dela. Pensei duas, até três vezes antes de fazer isso, mas eu precisava saber se ela estava bem... Se ela estava lá.

Entrei gritando seu nome, mas ela também não me respondeu. Subia as escadas e fui até seu quarto, mas ela não estava lá também. Sua cama estava bagunçada ainda, mas ela não estava lá! Não estava em lugar nenhum. Liguei para ela, mas o celular dela estava fora de área ou dava caixa postal.

Fui até a CBI para ver se ela estava lá... Quem sabe ela não recuperou a memória e foi trabalhar?

– Van Pelt... – gritei, ela estava no estacionamento – Você viu a Lisbon?

– Não, eu acabei de chegar e... – eu a deixei falando sozinha e corri até o elevador, mas ele estava no último andar, então subi de escada.

Infelizmente para a minha surpresa, Teresa não estava lá. Tentei ligar mais uma vez no celular dela, e nessa hora, todos os presentes já haviam notado minha preocupação, e estavam me olhando. O celular dela deu caixa posta de novo.

– Jane... O que está acontecendo? – perguntou VanPelt, que já estava no escritório.

– A Lisbon, ela... Eu não sei onde ela está... – estava tão desesperado que eu não conseguia nem respirar direito.

– Se acalma – Grace me fez sentar no meu sofá e pediu para Rigsby trazer água para mim; eu bebi, ainda estava muito nervoso, mas respirei fundo para poder falar – Agora conta, o que aconteceu?

– Ontem eu e Lisbon passamos o dia juntos e eu a levei para casa de noite. Era para fazermos isso hoje também porque eu estou ajudando ela a recuperar a memória, mas quando eu cheguei na casa dela essa manhã, ela não estava lá. Nem o carro dela. Eu consegui abrir a porta da casa dela com um clipe, mas ela não estava lá. Então pensei que ela pudesse ter recuperado a memória e ter vindo trabalhar, mas ela também não está aqui! Eu não sei aonde ela possa estar, e o telefone dela está fora de área ou dá caixa postal...

– Calma Jane – começou Rigsby – Onde quer que ela esteja nós vamos encontrá-la, tudo bem? Apenas se acalme!

Já era hora do almoço, mas não paramos para comer. Passamos a tarde inteira procurando por ela. Por pistas da onde ela possa ter ido. Ligamos para os irmãos em Chicago, mas eles não sabiam dela. Saí da CBI e fui com meu carro até lugares da cidade aonde ela pudesse estar, mas eu não a encontrei. Voltei para a CBI já eram dez horas da noite. Estava exausto, mas precisava encontrar Teresa.

Entrei no escritório dela, me sentei no sofá que eu havia dado para ela anos atrás. Não havia mais nada que eu pudesse fazer para encontrá-la.

Liguei para seu celular novamente, e este chamou, mas caiu na caixa postal.

– Oi Lisbon... Sou eu o Patrick, eu... Eu estou preocupado com você. Por favor, me ligue assim que você ouvir esta mensagem. Eu... Espero que esteja bem... Por favor, me ligue.

De repente ouvi um barulho na porta, levantei e minha cabeça rapidamente e...


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Notas finais do capítulo

Prévia do próximo capítulo:
"(Lisbon) Encontrei um pequeno papel branco, com minha letra, escrito:
Patrick Jane, quando estiver pronto, venha até meu escritório e me responda pessoalmente.
Mas o que será que isso significa? Responder? Qual é a pergunta?"

Hasta mañana :P