Night Rain escrita por ZeNieR


Capítulo 21
Secrets!


Notas iniciais do capítulo

Boa noite galera, eu sei que sumi durante 1 ano mas eu prometi pra mim mesmo que um dia (não sei quando) irei terminar essa história :p Vou escrevendo e a vida que segue õ/ Boa leitura :3



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[Narrador]

A tarde ensolarada na praça de alimentação não era tão animada quanto antigamente, havia menos pessoas do que antes por causa da suposta epidemia que já matou quase quatrocentas pessoas. Nick e Bobs, depois das tragédias que aconteceram com seus amigos, estavam sem rumo diante do enorme mistério que cercava toda Ranchou. Nick está sentado de frente à Bobs tomando açaí.

– E agora, o que a gente faz? - Já se passaram dias desde a ultima morte presenciada por eles, Nick preferia deixar tudo quieto e não tocaram no assunto até agora.

– Em relação à? - Bobs subiu a sobrancelha.

– Em relação a tudo que está acontecendo aqui. - Não tinha muita pessoa em volta deles, Nick poderia então falar normalmente. - Precisamos encontrar os outros.

– Os outros quem? Ta todo mundo morto já, e se bobearmos seremos mortos também.

– Acho que não... Zenier, Nycry e Lisa sumiram de repente... Talvez eles estejam vivos.

– Cara, já foi todo mundo pra Jeba de satanás... - Foi interrompido com o Nick se levantando rápido da cadeira.

– E se nós fugirmos da cidade?

– Acho que não dá, falaram que a ponte que liga a cidade com o interior foi interditada para obras. Não podemos sair da Ranchou até terminarem com isso.

– Você não acha isso estranho? - Nick ficava pensativo. Bobs o encarava com uma certa incerteza do que ele tinha a dizer.

– Estranho? Interditarem a porra da ponte? - Nesse momento a ficha caiu pra Bobs. - Quer dizer que os viados de crepúsculo estão por trás disso? - Ele fica espantado, derramando sem querer seu açaí na mesa.

~~

O temporizador da filmadora foi ativado.

– Luz, câmera, ação! – Após exatamente três segundos a câmera começou a filmar. – Boa noite, eu sou Karen, a sua repórter favorita, hoje iremos abortar sobre as mortes de Ranchou e... – Foi interrompida pelo tripé da câmera caindo no chão. – Ah que saco, de novo... – Desanimada, Karen começou a recolher seus instrumentos de gravação no chão. Ela é uma repórter novata de Ranchou e estava contratada para manter o povo atualizado sobre tudo que acontece na cidade. A jovem se mudou para a cidade pequena há dois anos buscando oportunidades de emprego, suas conquistas foram uma das melhores que ela poderia ter tido, porém esses dias não tem sido os melhores de trabalho pois todas as empresas estavam falindo e Karen está sozinha nesse rumo sem caminho. Encarregada de produzir e fornecer conteúdo, ela já está quase desistindo desse trabalho pesado. Contudo ela sente que existe algo por trás dessa simples doença e isso está determinada a descobrir – Merda de apoio. – Fala com um tom desafinado, com sua voz suave. – Acho que isso eu não posso mais usar. – Virando o suporte pro lado e pro outro procurando algum tipo de defeito. – Acho que ainda dá... – Nessa hora o tripé desmonta todo na mão dela. Pasma e aborrecida, Karen lança as peças sobrantes de suas mãos com força sobre o solo. – Desisto de tentar fazer essas reportagens! Programa bosta! – Disse colocando arrogância em seu tom. Ela novamente se abaixa, agora pegando sua câmera de gravação. Seus cabelos loiros curtos refletiam a luz do sol que estava dominando toda a tarde da pequena pracinha. Karen percebeu que ultimamente havia pouco movimento durante o dia, poucas pessoas andando nas ruas, poucos carros passando, várias lojas e diversos comércios, colégios e até a faculdade federal de Ranchou fechou. “Essas mortes não deve ser apenas uma epidemia”. Pensava. “Deve haver algo além do que isso.”

~~

A praça agora estava iluminada pelo reflexo da luz na lua, as estrelas são incontáveis essa noite e Karen passou horas sentada num dos bancos de pernas cruzadas configurando sua câmera e arrumando seus equipamentos de filmagem. Ela decide ir até a prefeitura da cidade para poder obter algumas informações para sua matéria. Mesmo que desistindo parcialmente de fazer a gravação, ela gostaria de pelo menos escrever um artigo para o jornal. A prefeitura não era muito longe da praça, alguns minutos de caminhada bastam para alcançar o destino.

No caminho, Karen percebeu que haviam mais pessoas andando de noite nas ruas do que durante o dia. “Isso é estranho, era pra ser o contrário.” Pensava.

Chegando na prefeitura, ela subiu os olhos e admirou o edifício. Era um prédio vermelho com uns cinco andares e várias janelas. A segurança desse local é quase que absoluta pois além de conter informações sobre o governo da cidade era também a residência do prefeito num dos quartos do último andar. Antes de entrar no prédio, ela olha no seu relógio no pulso e percebe que já eram dez e dezesseis. “Meus Deus, eu fiquei todo esse tempo mofando?”. Mesmo sabendo que era tarde, ela se dirige até a entrada e empurra a porta dupla. Logo após isso ela corre a visão sobre o local e percebe que não haviam ninguém, nem os atendentes e nem os seguranças que costumavam ficar trabalhando. “Tem algo muito de errado nisso”. Ela sabia que estava um pouco tarde e estava ciente que o horário de atendimento era de até as nove horas, porém depois disso ainda ficavam várias pessoas arrumando as coisas, e não havia ninguém, e ainda a porta estava aberta. O lugar estava muito bem arrumado, com o balcão feito de madeira para atendimentos na frente e as cadeiras de espera presas no chão logo mais atrás e, do lado dos assentos, o elevador. Sem pensar muito, Karen chama o elevador e se dirige até o último andar ligando sua câmera no modo filmadora.

[Narrador – Câmera]

O dispositivo estava com exatamente 19% de bateria, isso era o suficiente para Karen fazer uma gravação da própria sala do prefeito. Mesmo sabendo que ela poderia ser presa com isso, ainda assim gostaria de descobrir mais coisas a respeito do mistério que rodava Ranchou. O elevador parou no último andar, a porta se abriu, dando a entrada de um novo corredor cheio de portas.

– Isso parece muito com um hotel do que uma prefeitura. – Ela fala alto, fazendo com que a câmera pudesse gravar se sua for perfeitamente. As paredes eram azuis, e as portas eram feitas de madeira. Ao lados de cada porta tinha uma numeração de três algarismos. Karen foi percorrendo o caminho reto que havia disponível. Andando por alguns segundos, havia uma porta escrito “Restrito” no lugar dos números que deveria ter como as outras salas.

– Provavelmente estamos chegando perto da verdade. – Karen abaixa seu tom de voz, e ao mesmo tempo, abrindo a porta lentamente. – Ué, a porta “restrita” está aberta? – Resmungava enquanto adentrava o local. Seu corpo e sua mente entram em choque quando se depara com o corpo do prefeito estilhaçado sobre o chão banhado pelo seu sangue. Em choque, Karen deixa sua câmera cair no chão, a mesma começa a gravar a face do defunto, com os olhos pra cima e com a boca aberta, um ser idoso de cabelo castanho. Em pânico e sem saber o que fazer, Karen dá um passo para trás e, no mesmo instante, sua visão começa a ficar embasada, ela realiza alguns passos para frente, perde o controle sobre si e desmaia.

Uma mão aparece na frente da câmera. A gravação é encerrada.


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Notas finais do capítulo

Sei que foi meio fraquinho, mas são coisas importantes :v kkk Obrigado pela atenção ;3



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